Sucesso de bilheteria, o espetáculo "O Homem Mais Inteligente da História", de Augusto Cury, está de volta a São Paulo. Há quatro anos em turnê pelo Brasil, a peça ficará em cartaz até o dia 9 de março no Teatro Santo Agostinho. Daniel Satti e Natallia Rodrigues protagonizam essa emocionante jornada. O texto foi adaptado pelo próprio escritor e a direção é de Ivan Parente. Fotos: divulgação
Natallia Rodrigues é a novidade na nova temporada da peça teatral "O Homem Mais Inteligente da História", em cartaz até o dia 9 de março no Teatro Santo Agostinho, no bairro da Liberdade, que fica a 100 metros da Estação de Metrô Vergueiro. Sucesso de bilheteria pelos teatros do Brasil há quatro anos, o espetáculo, baseado na obra homônima de Augusto Cury, considerado o psiquiatra mais lido do mundo nas últimas duas décadas, está de volta a São Paulo. Em fevereiro, as sessões acontecem todo sábado, às 20h00, e domingo, às 18h00. E em março, serão apenas duas apresentações, nos dias 2 e 9 de março, sábados, às 20h00.
A peça contabiliza cerca de 165 apresentações por diversas cidades do país e foi vista por mais de 55 mil pessoas. Na trama, o público pode acompanhar a trajetória do cientista fictício Marco Polo, um perito no funcionamento da mente e ateu, que é desafiado pela ONU a estudar a inteligência de Jesus, o homem mais famoso da história. “Jesus foi, e ainda é, o maior especialista no território da emoção. O homem, mestre da sensibilidade, que demonstrou doçura e que enxergou nitidamente além das profundezas da nossa delicada condição humana. Soube lidar com a dor, não se abatia”, explica Cury, que assina a adaptação do texto para os palcos, ao lado de Francis Helena Cozta.
Sob a direção de Ivan Parente, Daniel Satti e Natallia Rodrigues protagonizam essa emocionante jornada. No palco, Satti comemora dois anos na pele de Marco Polo. Já Natallia faz a sua estreia na peça como a neurocientista Sofia. Os atores Renan Rezende, Murilo Inforsato, Priscila Dieminger e Pietro Alonso completam esse elenco talentoso. Além da gestão da emoção, o autocontrole, a criatividade, a solidariedade, a busca da felicidade e do amor, a depressão e a violência contra a mulher são alguns dos elementos abordados em cena.
A história começa quando o renomado psiquiatra fictício Marco Polo vai a Jerusalém participar de uma reunião na ONU e é desafiado a estudar a mente de Jesus. A princípio, ele, que é um dos maiores ateus da atualidade, recusa-se, alegando não discutir religião, mas acaba cedendo. É, então, montada uma mesa-redonda, composta por intelectuais e cientistas que analisam a mente de Jesus sob a ótica da ciência, e não, da religião.
“À medida que começam as pesquisas, ele se depara com coisas que ele nunca imaginava e começa a entender que o homem Jesus foi, de fato, um cara que soube gerir as suas emoções. Diante de tantas adversidades, circunstâncias, ele estava sempre pregando o bem, o amor, tentando mostrar o lado bom e sábio das coisas diante de todo o sofrimento que passou”, conta Daniel Satti, que há dois anos interpreta o protagonista Marco Polo. Aliás, o ator entrega que a obra de Cury o fez repensar muitas questões de sua vida.
“O que é muito legal no espetáculo é a quantidade de reflexões que provoca no público. As pessoas ficam emocionadas. Eu parei para refletir muitas coisas. Com certeza, foi uma transformação. São tantas as mensagens, que eu costumo dizer que alguma vai te 'pegar'”, aposta ele, que, entre os seus trabalhos de destaque na carreira estão a série da HBO MAX “Faixa preta – A Verdadeira História de Fernando Tererê” (2023), em que viveu o mestre do lutador; e as novelas “Carrossel”, no SBT (2012), e os “Dez mandamentos”, na Record (2015). No cinema, em 2020 e 2021, foi premiado em festivais internacionais por sua atuação no curta-metragem “Entreolhares”, como The Scene Festival e Cult Movies International Film Festival 3rd.
A atriz Natallia Rodrigues vive a Sofia, uma neurocientista, que, ao lado de Polo, embarca na jornada para conhecer a inteligência de Jesus. Ela tem um passado difícil e é um exemplo de força, delicadeza e superação. “É uma mulher forte e potente, decidida e com posicionamento firme diante das propostas discutidas no espetáculo”, detalha a atriz, que elege uma mensagem que acredita que toque o público: “a união apesar das diferenças”.
Com 25 anos de carreira, Natallia já participou de dez novelas, 11 filmes e muitas peças de teatro. Com destaque na TV para os folhetins e séries “Desejo de Mulher” (Globo, 2002), “Malhação” (Globo, 2003), “Amor à Vida” (Globo, 2013), “Gabriela” (Globo, 2012), “Verdades Secretas” (Globo, 2015) e “Lili, a Ex” (GNT, 2016). No cinema, atuou em “Elis” (2016) e “Virando a Mesa” (2018), entre outros trabalhos. A paulista foi premiada como melhor atriz no 8º Festival de Cinema de Caruaru por sua atuação no filme “Skull: A Máscara de Anhangá”. No teatro, recebeu o Prêmio Top Quality Brazil de melhor atriz por “Caros ouvintes” (2014/2017). Também esteve nas produções “Sobre ratos e homens” (2016/2017), que levou o prêmio APCA de melhor espetáculo, “Jogo Aberto” (2016/2017), “O martelo” (2018), “O inevitável tempo das coisas” (2019), que concorreu a prêmios, e “Aquário com peixes” (2023).
Já o ator Renan Rezende se divide entre três personagens em cena: o Senador, uma autoridade que discursa durante uma assembleia na ONU, e questiona o Dr. Marco Polo; o teólogo Thomas, que participa dos estudos sobre Jesus; e o médico Lucas, que analisa como Jesus geria os seus sentimentos e emoções de acordo com as coisas que vivia. De todos os temas abordados no espetáculo, Rezende ressalta um que o contagia bastante.
“Não tem como assistir a essa peça sem olhar para si mesmo, ainda mais a gente que está dentro dela. Gosto que o texto aborda uma questão que parece simples, mas é muito complexa: a felicidade. Por vezes achamos que a felicidade está mais presente no mundo material, ou mesmo naquela pessoa que seguimos nas redes sociais, mas a peça nos passa a mensagem que a felicidade também pode estar no mais simples dos sentimentos, ou através de um gesto cotidiano, ou mesmo dentro da gente (sem a gente ao menos perceber). Gosto de como essa e outras questões são abordadas com delicadeza e atenção”, diz ele, que é bailarino, já realizou mais de 30 peças em diversas funções e faz parte do Coletivo Impermanente.
A coautora Francis Helena Cozta lembra como foi difícil adaptar o texto para o teatro: “Foi um desafio escolher as partes no livro que iriam para o palco e colocar a ‘dramaturgia’ nelas. Um texto lido é bem diferente de um texto falado. Acredito que o resultado ficou incrível, pois o retorno do público tem sido muito caloroso ao dizer que imaginou as personagens (do livro) iguais às que estão na peça”. Francis é bailarina, apresentadora, roteirista e já atuou na montagem. Ela realizou vários trabalhos no teatro e na TV e foi indicada ao festival internacional Rio Webfest 2022, por sua série autoral “Carta para Mim, Experiência Cênica (Auto) Biográfica”.
A palavra do diretor e a transição entre os dias atuais e as passagens bíblicas
A montagem transita entre os dias atuais e passagens bíblicas - Maria (mãe de Jesus), Paulo e Lucas entram em cena - para abordar os principais aspectos da gestão da emoção. Para o diretor Ivan Parente, esse encontro de tempos diferentes toca o espectador de uma maneira singular.
“É como se as personagens dos cientistas e dos teólogos, de tanto se aprofundarem nos estudos e nos relatos do Apóstolo Lucas, sonhassem com as passagens bíblicas. Através desses sonhos e dos debates, conseguem traçar um caminho pra estudarem a mente de Jesus como ser humano. É superinteressante o modo como Augusto Cury constrói essas cenas e, quando eu fui chamado pra dirigir a peça, achei que o encontro das personagens dos dias atuais e das passagens bíblicas poderia potencializar ainda mais a relação que o autor tenta traçar sobre a gestão emocional. Nenhuma história é contada do mesmo jeito por pessoas diferentes. Então, acredito que cada um é tocado de uma maneira diferente. São muitas histórias sendo contadas ao mesmo tempo e cada história conversa com um espectador”, avalia Parente, que aponta a abertura do diálogo como um ingrediente fundamental nessa narrativa.
“Acho que a peça-chave do espetáculo está na abertura do diálogo. De como as pessoas perderam a capacidade de dialogarem, de trocarem experiências, de aprenderem umas com as outras. Tem um momento da peça em que o Marco Polo diz: ‘Estamos surdos’. A era digital nos deixou mergulhados em nossos próprios mundos, nas telas brilhantes e nos mundos falsos criados virtualmente. Como o doutor Augusto Cury diz: ‘Contemplar o belo’. Precisamos estar mais vivos no mundo real, no presente momento em que as coisas acontecem. No mundo real. Contemplando o maior presente que recebemos: a vida”.
Ivan Parente é ator, cantor, dublador, compositor e diretor. Na TV, viveu Lindomar Gomes na novela do SBT “As Aventuras de Poliana”. Em 2017, fez o Senhor Thenardier, do musical “Les Misérables”, e ganhou os prêmios “Bibi Ferreira”, “Destaque Imprensa Digital” e “Reverência” como melhor ator coadjuvante. Atuou em diversos musicais, como: “Ópera do Malandro”, com direção de Gabriel Villela; e "Godspell" e “Alô, Dolly”, com direção de Miguel Falabella. Como dublador, deu voz ao Demi da série “Vampirina”, entre outros trabalhos. E como diretor, entre os espetáculos de destaque: “O Mágico di Ó”, de Vitor Rocha, com codireção de Daniela Stirbulov, e “O Menino de Lugar Nenhum”, do Teatro de Panela.
Como nasceu a adaptação do livro para o teatro
Essa é a segunda obra de Augusto Cury adaptada para o teatro. O livro best-seller “O Vendedor de Sonhos” foi o primeiro a ser transformado para a linguagem teatral. A ideia nasceu durante a realização das palestras do Dr. Augusto Cury, pela Applaus, com direção de Luciano Cardoso, com 33 anos de expertise no cenário musical e das artes. Depois, foi a vez de “O Homem mais inteligente da história”, que é o romance mais vendido de Cury na última década. Em seguida, “Nunca desista dos seus sonhos”, e por último, “O futuro da humanidade”. As quatro montagens estão em turnê pelo Brasil, simultaneamente. Com 35 milhões de livros publicados em mais de 60 países, Augusto Cury lançou “O Homem mais inteligente da história”, em 2016, após 15 anos de estudos e pesquisas sobre gestão da emoção.
“Cada obra aborda um tema diferente: ‘O Homem Mais Inteligente da História’ é uma análise da inteligência de Cristo, sob a ótica da gestão da emoção e da relação com pessoas. Tem todo um lado, a partir do debate da atuação de Jesus Cristo, nessa gestão da emoção, de como ele fez em suas relações, como, por exemplo, com os apóstolos, e pessoas que eram, às vezes, até párias da sociedade, e se transformaram em líderes. E é uma análise muito legal. Sem contar o confronto entre ateus e religiosos no debate”, detalha Luciano Cardoso.
Ficha técnica
Espetáculo "O Homem Mais Inteligente da História", da obra de Augusto Cury.
Adaptação: Augusto Cury e Francis Helena Cozta.
Direção: Ivan Parente.
Elenco: Daniel Satti, Natallia Rodrigues, Renan Rezende, Murilo Inforsato, Priscila Dieminger e Pietro Alonso.
Direção geral de produção: Luciano Cardoso.
Cenário e criação de luz: Pitty Santana.
Trilha sonora: Wagner Passos.
Figurinos: Débora Munhys.
Técnica responsável: Julia Maria.
Coordenação de programação: Tay Lopes.
Produção administrativa financeira: Rafael Sandoli.
Assistente de produção: Magnus Nicollas.
Tour manager: Renan Rezende, Murilo Inforsato e Pietro Alonso.
Stand-ins: Júlia Orlando e Victor Garbossa.
Coordenação de comunicação: Bruna Freitas.
Design gráfico: Lucas Peixoto.
Edição de vídeos: Agência Alwa.
Gestão tráfego digital: ATMKT.
Assessoria de imprensa: Valéria Souza.
Assessoria jurídica: SVM Advocacia.
Assessoria registro de marcas: Ranzolin - Propriedade Intelectual.
Promoção: Dreamsellers.
Realização: Applaus Arte y Alma.
Serviço
Espetáculo "O Homem Mais Inteligente da História", da obra de Augusto Cury.
Adaptação: Augusto Cury e Francis Helena Cozta.
Direção: Ivan Parente.
Elenco: Daniel Satti, Natallia Rodrigues, Renan Rezende, Murilo Inforsato, Priscila Dieminger e Pietro Alonso.
Gênero: romance.
Temporada até o dia 9 de março
Em fevereiro: todos os sábados, às 20h; e domingos, às 18h.
Em março: dias 2 e 9 de março (sábados), às 20h.
Teatro Santo Agostinho – Rua Apeninos 118, Liberdade (a 100m do Metrô Vergueiro).
Entrada: entre R$ 50 e R$ 100.
Classificação: 10 anos.
Duração: 75 minutos.
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