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sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

.: Crítica: "Até os Ossos" é história de amor brindada com carnificina


Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em dezembro de 2022


"Até os Ossos", indicado para maiores de 18 anos, entrega carnificina enquanto constrói uma história de amor juvenil conturbada. Em cartaz no Cineflix Cinemas, o longa dirigido por Luca Guadagnino, de "Me Chame Pelo Seu Nome", é romântico e dramático, mas muito ágil a ponto de mexer com os estômagos mais sensíveis e conseguir abalar, um pouco, inclusive os mais fortes e fãs da série antológica "American Horror Story" ou de filmes slashers, por exemplo.

No longa de 2h10m, a jovem Maren Yearly (Taylor Russell) está numa festa do pijama com as amigas até que uma se fere e sua fome infreável de carne fala mais alto. Sim! Em segundos, um dedo da garota é devorado. Para tanto, a moça que não sabe lidar com tal desejo, começa uma peregrinação, uma vez que Frank (André Holland), o pai a abandona com um toca fitas K-7, um fone de ouvido e uma fita gravada. Nas palavras de Frank, um resumo da história do canibalismo da protagonista. Uma ferramenta inteligente que faz a trama se desenvolver com rapidez enquanto envolve o público.


Em fuga, e com bom gosto para a leitura -lê J. R. R. Tolkien e "O Fantasma da Ópera", de Gaston Lerou-, a jovem esbarra com o devorador Sully (Mark Rylance). Homem em idade avançada e com outra compulsão -revelada perto do fim do longa-, além da de também comer carne humana. Ele que sentiu o cheiro de Maren há grande distância, oferece abrigo numa casa invadida em que a dona está moribunda, ou seja, prestes a virar aperitivo para a dupla de canibais. 


A estadia da moça é breve. Afinal, Maren está numa odisséia -garantindo uma belíssima fotografia no filme. Tal qual uma nômade, segue em fuga quando esbarra em Lee (Timothée Chalamet, de "Duna""Me Chame Pelo Seu Nome"), outro devorador sem rumo, com quem estabelece um elo de simpatia, diferentemente de Sully. Enquanto o sentimento de afeição cresce entre os dois. Para entender a essência que carrega em si, Maren busca a mãe que a abandonou quando bebê e quem nem mesmo conheceu. Com a ajuda de Lee, Maren encontra a progenitora, Janelle Yearly (Chloë Sevigny, de "American Horror Story: Hotel" e "The Act") e pistas sobre quem ela é, uma vez que foi adotada.

Ainda que seja visivelmente perturbador, inclusive em cenas que deixam situações pesadas subentendidas, "Até os Ossos", mesmo retratrando canibais, permite uma leitura diferente e que foge ao pé da letra do que se vê na telona. No fundo, a produção com roteiro de David Kajganich é uma história de amor entre dois jovens sem uma base familiar firme que buscam entender seus anseios mais profundos e que encontram, um no outro, a base que tanto buscavam. Vale muito a pena conferir "Até os Ossos"!

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


"Até os Ossos" (Bones and All) 
Diretor: Luca Guadagnino
Roteiro: David Kajganich
Gênero: Romance/Drama
Classificação: 18 anos
Duração: 2h10
Data de lançamento: 1 de dezembro de 2022 (Brasil) 


Trailer





sábado, 31 de julho de 2021

.: "American Horror Stories": estreia com história de amor na Murder House


Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em julho de 2021


O episódio de estreia do spin-off de "American Horror Story", a nova criação de Ryan Murphy e Brad Falchuk, batizada de "American Horror Stories", levou o público para a "Murder House". Local muito conhecido pelos fãs da série originária, a mansão assombrada, protagonista da primeira temporada de AHS, é mais uma vez cenário de uma história apresentada por completo em 92 minutos. Para tanto, "Rubber(wo)Man" é um  episódio duplo, com abertura própria. 

Nitidamente uma homenagem a série que completa 10 anos em 2021, a nova franquia reapresenta a essência de AHS. Além da mansão e as "criaturas" que ali habitam, até bolinha vermelha que rola pelo chão convidando para uma visita ao porão reaparece. Outra figurinha conhecida em "American Horror Story" que retorna é Matt Bomer.

A história de "AHS: Murder House" se repete, porém com algumas adaptações aos novos personagens. Inicialmente, vertendo sexo e jorrando sangue. Contudo, a trama que trouxe tantos elementos conhecidos da série originária, não passa de uma história de amor juvenil nos tempos atuais. 




Sabendo da morte de famílias inteiras ali, os pais de Scarlett (Sierra McCormick), Michael (Matt Bomer) e Troy (Gavin Creel) mudam-se para o lugar assombrado com o objetivo de transformar a mansão em um hotel e fazer uma grana com isso. Assim vemos em cena a filha de Michael Jackson, Paris Jackson e a de Cindy Crawford, Kaia Gerber.

Como toda adolescente, Scarlett não está nada feliz com a mudança. Seja por estar longe das amizades que mantém, assim como ter de morar em num lugar tão "famoso". Contudo, a jovem ouve de Michael (Matt Bomer) que "fantasmas não existem, maldições não existem" enquanto que o outro pai, Troy, complementa que "as pessoas fazem coisas horríveis com os outros". 


No entanto, é a presença de outro velho conhecido da Murder House, o Rubber Man, quem faz a trama funcionar, atiçando os fetiches sexuais da filha que ainda não se assumiu gay na nova escola. Entre malhos, reforma na mansão, DRs, papos abertos sobre sexo super selvagem e traições é empolgante ter uma nova história contada na primeira temporada da série antológica. 


Seriado: American Horror Stories
Temporada: 1
Episódio 1: "Rubber(wo)Man"
Episódio 2: "Rubber(wo)Man: Part Two"
Exibido em: 15 de julho de 2021, EUA.
Elenco: Matt Bomer, Gavin Creel, Sierra McCormick, Paris Jackson, Belissa Escobedo, Merrin Dungey, Selena Sloan, Ashley Martin Carter, Valerie Loo 


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.com.br. Twitter:@maryellenfsm


.: "American Horror Stories" tem "Drive In" apocalíptico lotado de esfomeados

Abertura de "Rubber(wo)Man" e "Rubber(wo)Man: Part Two"










sexta-feira, 26 de março de 2021

.: "The Act": série sobre caso Gypsy Rose é para quem tem bom estômago

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Vivemos em tempos sombrios, mas atitudes drásticas e fatais ainda surpreendem. Eis que a série "The Act"baseada em fatos reais, apresentada recentemente ao público brasileiro, choca e emociona com a mesma força. Com um elenco de primeira, o seriado que estreou em 20 de março 2019 no canal gringo Hulu, apresenta uma história de mãe e filha fora do comum. 

Tudo o que encenam para os vizinhos e até para a imprensa é, geralmente, o oposto do que acontece entre quatro paredes. A mãe Clauddine Blanchard, chamada de Dee Dee (Patricia Arquete) vê a filha, Gyspy Rose (Joey King), como um objeto, logo, assume o posto de dona, decidindo por tudo o que a filha deve fazer, seja com quem falar até o que comer -e como comer. Até mesmo a fala da filha é infantilizada.

Para manter Gypsy Rose sob seus cuidados, seguindo fielmente as regras por ela criadas, Dee Dee Blanchard adoece a menina com tratamentos desnecessários. Não há limite para a "mãe zelosa" e sorridente das matérias jornalísticas. Ao manter a filha em cadeiras de rodas, Dee Dee consegue convencer médicos a realizarem os mais diversos procedimentos cirúrgicos, incluindo a remoção das papilas gustativas da jovem para manipular a alimentação dela, via tubo de alimentação no estômago. 


O abuso acontece até no visual, ao manter os cabelos sempre raspados para alimentar a desculpa de que "irão cair, melhor já deixar arrumadinho". Em uma nova e linda casa doada, após perderem tudo com a passagem do furacão Katrina, Gypsy Rose faz amizade com Lacey (AnnaSophia Robb, a Violet de "A Fantástica Fábrica de Chocolate"). Mesmo infantilizada e vestida como uma menininha, Gyspy amadurece e percebe que a relação mãe e filha que tinha era, na verdade, abusiva. 

Ao se encantar por maquiagem e perceber que nela há uma mulher, Gypsy apaixona-se por um Wolverine (Joe Tippett), numa convenção de fãs de cultura Geek. Ele, que se chama na verdade, Scott, é o primeiro motivo para que Gyspy deixe Dee Dee. Assim, como nos clássicos contos de fadas que enchem a mente da menina, o vilão sempre retorna e ainda mais forte.

Mesmo sofrendo ainda mais nas mãos da mãe, Gypsy cria uma conta sozinha no Facebook -outra que não a partilhada por ela e a mãe. Logo, conhece Nickolas e vê nele a única saída para alcançar a liberdade. Com o plano certo, pede ao namorado para concretizar o desejo: matar a mãe Dee Dee.


A trilha sonora escolhida para complementar as cenas e até descrever o que se passa na mente de Gyspy, é selecionada por Jeff Russo, da banda de rock americana Tonic. Não há como deixar de destacar a dobradinha perfeita de Patricia Arquette e Joey King. As duas dão shows em sequência de atuação. 

Tanto que é na 71ª edição do Primetime Emmy Award, King e Arquette receberam nomeações para "Melhor Atriz em Minissérie" e "Melhor Atriz Coadjuvante em Minissérie", respectivamente. Pela atuação em "The Act", Arquette levou o Emmy de "Melhor Atriz Coadjuvante em Minissérie ou Telefilme" e o Globo de Ouro de "Melhor Atriz Coadjuvante em Televisão".

A atriz Chloë Sevigny (de "American Horror Story": Asylum e Hotel) que interpreta a vizinha desconfiada Mel, também impressiona na interpretação. Na verdade, quando Mel pressiona Dee Dee, ela assume o posto do público que fica sedento por encostar essa mãe maluca um pouco na parede. Outro ponto importante é a série tratar a síndrome de Münchhausen. Doença mental que gera abuso infantil por parte de cuidadores que provocam ou informam falsamente, a existência de alguma doença em crianças com o objetivo de chamarem a atenção para si mesmos.

A série totaliza oito episódios sem a pretensão de reconstituir um crime macabro com pitadas de drama. "The Act" provoca, dá socos no estômago e nos faz perceber que nem tudo é o que parece. Nem todo sorriso é de felicidade, muitas vezes, é de desespero. 

"The Act" pode ser assistida no Brasil, pelo StarzPlay, serviço que pode ser adquirido, via canal no Amazon Prime Video. Vale a pena assistir também o documentário exibido pela HBO Signature "Mamãezinha Querida e Morta" que tem grátis no YouTube!

*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura, licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos e formada em Pedagogia pela Universidade Cruzeiro do Sul. Twitter: @maryellenfsm

Seriado: The Act

Elenco: Patricia Arquette, Joey King, AnnaSophia Robb, Chloë Sevigny, Calum Worthy

Primeiro episódio: 20 de março de 2019

Episódio final: 1 de maio de 2019

Emissora original: Hulu


Trailer da série



Documentário




domingo, 21 de março de 2021

.: Diário de uma boneca de plástico: 21 de março de 2021



Querido diário...

Preciso contar para você... Há alguns anos eu assisti no canal Fatos Desconhecidos um vídeo com o queridão Bôco sobre uma relação pra lá de conturbada entre mãe e filha: Gypsy e Dee Dee. Também assisti outros vídeos e pedaços do documentário realizado pelo canal pago HBO, mas nunca cheguei a assisti-lo na íntegra. 

Eis que a chance chegou quando alguém em um dos grupos de seriados que participo comentou sobre o tal documentário e, por sorte, está completinho no YouTube. Comecei a assistir na sexta-feira. Daí, Auden Pink chegou e quis ver... Ok! Reassisti o comecinho mais uma vez...

Ontem, eu já fiquei pra lá de curiosa, pois existe uma série de 2019 sobre esse acontecimento de puro abuso. Até lembra "Bom dia, Verônica", mas aqui não é homem e mulher, mas uma mãe autoritária que fez milhões de coisas inimagináveis com a filha e resultou em alto terrível. 

Para pesar mais, é baseado em fato verídico.

Sabe o que aconteceu, diário? Comecei a assistir o seriado "The Act"... Noooooossa! Que interpretação para a mãe e filha... Fora que tem a Patricia Arquete, famosa e irmã da Rosana Arquete de "Procura-se Susan Desesperadamente", clássico que amo, além de ter outros irmãos atores como David Arquete.

No elenco também estão Chloë Sevigny, de "American Horror Story: Asylum" e "American Horror Story: Hotel". Até dá para voltar no tempo, lá para a "Fantástica Fábrica de Chocolate" e recordar da mastigadora de chicletes, nesse ela é a vizinha-amiga de Gyspy.

E quem interpreta a protagonista? É a talentosa Joey King dos filmes de terror "Quarentena"e "Slender Man". Não é difícil elogiar a atuação da moça. Basta ver algum vídeo com imagens de mãe e filha Dee Dee e Gypsy Blanchard para comparar. Joey de Gypsy é magnífica!

E não é que eu e maridão assistimos o primeiro episódio do drama criminal americano, exatamente 3 anos após a estreia na Hulu?! "The Act" estreou em 20 de março de 2019. Super recomendo!

Beijinhos pink cintilantes e até amanhã,






sexta-feira, 25 de setembro de 2020

.: 1x3: "Ratched" diante do "Anjo da Compaixão" é morno


Por Mary Ellen Farias dos Santos


CONTÉM SPOILERS!


O terceiro episódio da série "Ratched", estrelada por Sarah Paulson, intitulado "Angel of Mercy" (Anjo da Compaixão) desenvolve ainda mais a trama da enfermeira Mildred Ratched (Sarah Paulson), em que apresenta um novo personagem perturbado ao lado de uma mãe podre de rica e cheia de vontades, com um macaquinho no ombro. Em contrapartida, é bastante morno.

Desta vez, uma casa suntuosa e com cara de museu recebe o vizinho de hotel da enfermeira Mildred Ratched, Charles Wainwright (Corey Stoll). O que ele faz na mansão? Está a serviço, ou seja, com as provas de ter encontrado Dr. Manuel Bañaga (Jon Jon Brione). Lenore Osgood (Sharon Stone) o quer morto. Por que será? Pois é. A revelação impactante, como em toda boa trama, tem uma narração assombrosa e é o próprio médico quem detalha como tudo aconteceu para que Henry (Brandon Flynn), o filho da ricaça ficasse no estado atual.

Wainwright recebe um agrado de 10 mil dólares de Osgood por ter encontrado o paradeiro do médico e ainda tem nova oferta de 250 mil dólares para matar o Dr. Bañaga. Na verdade, Lenore pede a cabeça do médico em celebração aos 21 anos do filho. Para tanto, o episódio tem umas ceninhas de perseguição. 

Enquanto isso, no Lucia State Hospital, a enfermeira-chefe Betsy Bucket (Judy Davis) aterroriza a senhora Cartwright (Annie Starke), com banho de imersão em água pelando seguido de água com pedaços de gelo. Diante da cena pavorosa, Mildred discute com Bucket, enquanto que o enfermeiro sobrevivente de guerra, Huck Finnigan (Charlie Carver), após a sessão, desabafa e expõe os próprios planos.

Entretanto, o maninho da protagonista Edmund Tolleson (Finn Wittrock) recebe uma ajudinha extra para extravasar, o que enciúma a irmã mais velha. E nessa mesma área libidinosa, Mildred e Charles Wainwright (Corey Stoll) têm um segundo encontro. Dessa vez, as loucuras da enfermeira vão além. Embora Ratched marque a brincadeira para a próxima quarta-feira, Charles é enfático ao não confirmar presença, uma vez que com ela teve o pior sexo da vida.

Outra revelação boa que estrutura mais a trama é o fato de trazer para o núcleo o marido de 
Gwendolyn Briggs (Cynthia Nixon): Trevor Briggs (Michael Benjamin Washington). O casamento dos dois? É de fachada. Ambos são gays, mas para conseguirem crescer, uniram-se e alcançaram excelentes postos de trabalho.

Em tempo, qualquer semelhança de Herny com Dandy, de American Horror Story: Freak show, talvez não seja mera coincidência. São pra lá de parecidos. E para aprimorar tudo, a classuda Sharon Stone esbanja a elegância das divas com mais idade, eleitas por Ryan Murphy, para brilhar em suas séries. 

Mesmo acrescentando mais drama e suspense para "Ratched" o episódio dá uma amornada no ritmo, provavelmente por incluir os novos personagens: Lenore Osgood (Sharon Stone), Henry Osgood (Brandon Flynn) e Trevor Briggs (Michael Benjamin Washington). Contudo, eu já assisti o quarto episódio, que é a segunda parte de "Angel of Mercy" e já aviso que está pra lá de agitado!


Episódio: "Angel of Mercy"
Exibição: 18 de setembro de 2020
Elenco: Sarah Paulson (Mildred Ratched), Finn Wittrock (Edmund Tolleson), Cynthia Nixon (Gwendolyn Briggs), Jon Jon Briones (Dr. Richard Hanover// Dr. Manuel Bañaga), Charlie Carver (Huck Finnigan), Judy Davis (Enfermeira Betsy Bucket), Sharon Stone (Lenore Osgood)

.: 1x4: "Ratched" explode com o "Anjo da Misericórdia - Parte 2"

*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos e pedagoga pela Universidade Cruzeiro do Sul. Twitter: @maryellenfsm

terça-feira, 22 de setembro de 2020

.: 1x1: Piloto de "Ratched" é eletrizante e dono de uma fotografia espetacular

Por Mary Ellen Farias dos Santos


CONTÉM SPOILERS!

"Ratched", série dirigida por Ryan Murphy (Glee, American Horror Story), lançada em 8 episódios, na Netflix em 18 de setembro de 2020, chega impressionando no capítulo inicial intitulado "Pilot", seja pela belíssima fotografia ou o figurino impecável de Sarah Paulson que interpreta a enfermeira protagonista Mildred Ratched.

Escrito por 
Evan Romansky, o primeiro episódio dá a cadência da trama com Edmund Tolleson (Finn Wittrock, o inesquecível Dandy de AHS Freak show), barbarizando com quatro padres. Por quê? Ele diz ser filho de um dos religiosos com uma freira que se tornou prostituta. Após vingar-se, o assassino, que é mentalmente instável, segue para o Lucia State Hospital.

Sem escrúpulos, a vilã e dona da história é uma forasteira, hospedada num hotel perto do hospital psiquiátrico. Com carinha de anjo e atitude de demônio, Ratched, não está empregada, apenas obstinada a conseguir uma vaga justamente no Lucia State Hospital

Assim, ela faz de tudo -literalmente- para conseguir integrar a equipe, inclusive incentivar um suicídio ou até -com poderes psíquicos flagrar a transa de dois funcionários do manicômio. Pois é... série adulta de Ryan Murphy sempre tem uma bunda para ser filmada, né?

Ainda nesse episódio piloto, nota-se bem o cuidado com o uso das cores, sempre dando espaço para o verde, seja no carro de Ratched ou até tomando toda a tela, quando a protagonista adentra algum espaço do hospital ou caminha pelo corredor. Embora, ela seja um demônio envolta em um universo esverdeado, segundo a cromoterapia, o verde é a cor que ajuda a promover o equilíbrio interno e a diminuir o estresse. Oferece ação refrescante e calmante, ajudando a promover o bem-estar físico e mental, pois relaxa e estimula a imunidade.

A produção derivada do filme clássico "Um Estranho no Ninho", tal qual um prelúdio, é ambientada 15 anos antes dos acontecimentos do filme estrelado por Jack Nicholson. No entanto, o foco está na trajetória da enfermeira Mildred Ratched e seu processo de transformação na vilã aterrorizante do manicômio.

Ah! Aos fãs de "American Horror Story" já aviso que há toques de "AHS Asylum" e bastante de "AHS Freak show", mas cada trama tem sua distinção. Agora é torcer para que a qualidade seja mantida no episódio sequência, 
"Ice Pick/ Picador de gelo" e não vá decepcionando a cada episódio como aconteceu com a série "Hollywood"! Mas... temos Sarah Paulson... e isso já coloca a série em outro patamar!

Imagem de divulgação

Episódio: "Pilot"
Exibição: 18 de setembro de 2020
Elenco: 
Sarah Paulson (Mildred Ratched), Finn Wittrock (Edmund Tolleson), Cynthia Nixon (Gwendolyn Briggs), Jon Jon Briones (Dr. Richard Hanover// Dr. Manuel Bañaga), Charlie Carver (Huck Finnigan), Judy Davis (Enfermeira Betsy Bucket), Sharon Stone (Lenore Osgood)

1x2: "Ratched" apresenta o uso do picador de gelo e faz cair o queixo

*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos e pedagoga pela Universidade Cruzeiro do Sul. Twitter: @maryellenfsm

Trailer



terça-feira, 29 de outubro de 2019

.: AHS 1984: 100º episódio surpreende, mas prossegue trama


Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em outubro de 2019
 

CONTÉM SPOILERS! 


Não se iluda com a ideia de que o comemorativo episódio de "American Horror Story", o centésimo, na temporada 1984, seja repleto de referências aos personagens que amamos amar e odiar anteriormente. Embora, o episódio tenha sido alardeado por ex-integrantes do elenco, nas redes sociais, as criaturas emblemáticas e inesquecíveis, não dão o ar de suas graças na nova temporada.

O sexto episódio de "AHS 1984" é um bom episódio, uma vez que anteriormente a trama no acampamento, tecnicamente, foi esgotada e concluída. No entanto, confesso ter ficado decepcionada. Afinal, em minha mente elaborei diversas relações entre a atual temporada com a trama dos fantasmas da casa assassina, assim como com as bruxas e até com as aberrações do circo. O que amei ouvir no episódio? "I hate you!" e a resposta: "I hate you more!", como não lembrar de Dandy Mott, de "American Horror Story: Freakshow"?

A verdade é que as conexões supostas com as temporadas anteriores, principalmente com "AHS Apocalypse", embora não tenham sido estabelecidas no sexto episódio, ainda são muito possíveis. Será que Brooke não engravidou do fantasma sem cabeça e esse bebê foi adotado durante a passagem de tempo nessa temporada? 

O mais curioso de tudo é que Sarah Paulson não escondeu, recentemente, da imprensa sobre a possibilidade de retornar para décima temporada. Uma vez que as temporadas estão se conectando... Detalhe: Tudo indica que o oitavo episódio dará pistas sobre a próxima temporada. Enfim... todo fã precisa estar com as antenas ligadas e em pleno funcionamento para pescar os detalhes!


Além das suposições, está o episódio em si, exibido na quarta-feira, dia 23 de outubro. Nele reencontramos o Night Stalker (Zach Villa) e o Mr. Jingles (John Carroll Lynch), parceiraços, dividindo até quarto de hotel. Por outro lado, Jingles quer uma vida normal e, num jeitinho, entrega Richard Ramirez nas mãos da população que, por sorte, vai acabar na cadeia após ser linchado. E lembrando do pacto feito com o demônio, os efeitos do episódio remetem muito aos da série "Supernatural", que está prestes a chegar ao fim. Tem olhos pretos e espíritos no ar invadindo corpinhos.

No acampamento, Montana Duke (Billie Lourd) e Xavier Plympton (Cody Fern) divertem-se matando os visitantes do lugar que está abandonado, afinal, há passagem de tempo na trama. Já não estamos mais em 1984. Enquanto que Chet Clancy (Gus Kenworthy) tenta aproveitar a chance e se vingar de Margaret, Ray Powell (DeRon Horton) é quem some com os vestígios dos assassinatos no lugar. Eis que o mocinho, quem tirou a virgindade de Brooke, se cansa e... o lugar volta a ser pauta.

No entanto, a grande surpresa do episódio não fica no fato de Mr. Jingles, de fato, ter uma vida normal, até formar uma família e ter uma filhinha, mas pelas manobras mirabolantes da verdadeira assassina em série: Margaret Booth (Leslie Grossman). Ricaça, ela se casa com Trevor Kirchner (Matthew Morrison). Que casamento mais exótico! Confesso que para uma grande fã de "Glee" é bem estranho ver o ex-professor Schuester na pele de um homem ardiloso e amante quente. 


Como Margaret ficou rica? Continuando a agir de modo bizarro, mas sempre enganando a todos e culpando Brooke Thompson (Emma Roberts). E não é que a coitada vai presa e tem até a morte datada? Por outro lado, como se trata de "AHS", o final do episódio é sensacional. Viva, Didi (Angelica Ross)!



Episódio: "100" 
Exibição: 23 de outubro de 2019
Elenco: Emma Roberts (Brooke Thompson), Billie Lourd (Montana Duke), Leslie Grossman (Margaret Booth), Cody Fern (Xavier Plympton), Matthew Morrison (Trevor Kirchner), Gus Kenworthy (Chet Clancy), John Carroll Lynch (Benjamin Richter / Sr. Jingles), Angelica Ross (Enfermeira Rita), Zach Villa (Richard Ramirez), DeRon Horton (Ray Powell), Tara Karsian (Chefe Bertie), Orla Brady (Dr.ª Hopple).


*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm



Teaser do episódio



sábado, 19 de outubro de 2019

.: "Red Dawn" de "AHS 1984" desperta fantasmas do passado


Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em outubro de 2019


CONTÉM SPOILERS!


O quinto episódio de "AHS 1984" terminou tal qual o fim de um filme de terror fantasmagórico. Sem mistérios escondidos, inclusive aos personagens, "Red Dawn", a trama do "Camp Redwood" foi completamente desnudada. E a pergunta que não quer calar é: "E agora, o que acontecerá nos próximos episódios?". Contudo, entre os fãs, mil e uma teorias estão surgindo e, claro, sempre estabelecendo conexões com as temporadas anteriores.

Uma vez que a virgem Brooke (Emma Roberts) teve a primeira noite de amor com o espírito de Ray (DeRon Horton), que morreu decapitado. Caso a mocinha tenha engravidado, será ela a mãe do anticristo? Assim, haveria uma conexão com "AHS: Apocalypse".

A saída dos agora 100% endemoniados Night Stalker (Zach Villa) e Benjamin Richter, o Jingles (John Carroll Lynch), do acampamento, no maior estilo do videoclipe "Telephone", com Lady Gaga e Beyoncè, indicam uma ida da dupla ao inesquecível Hotel Cortez, para aquela reunião anual dos assassinos em série, de "AHS: Hotel". Talvez!

A verdade é que novamente, o episódio começa com um chute no peito, com direito a tortura, sangue jorrando de facões afiados em ação e gritaria. Enquanto Didi (Angelica Ross), num look mocinha da época, tenta dar um flagrante no pai com uma amante jovem, a surpresa é pra lá de pior do que qualquer pulada de cerca. Além de descobrir a maldade latente do pai, ela o convence a não matá-la e, reforça, que ele pode mudar. Afinal, ela é psicóloga.

É no acampamento que os espíritos estão à solta e voltam para dar seus recados. Alguns um tanto que ácidos, porém verdadeiros. Logo, Didi é lembrada que a "escuridão está dentro dela", por ser igual ao pai, mesmo não tendo seguido os passos dele.

Por outro lado, ainda sabemos pouco do passado da diabólica Margaret, que desta vez se realiza ao matar a quem puder. Tadinho do Chet (Gus Kenworthy)! Tem uma morte horrível, uma vez que já estava bem machucado, né?! Enquanto isso, Montana (Billie Lourd) decide por a mão na massa, ou melhor, em Brooke, uma vez que o Night Stalker deixou a mocinha escapar sã e salva.

No entanto, vale ressaltar que ao arregaçar as mangas para colocar a vingança em prática, a dupla Montana e Brooke garantem as caras de espanto das crianças dentro do ônibus escolar. Não é que os pimpolhos presenciam Brooke esfaqueando Montana com golpes frenéticos?! Apesar do horror, há uma dose de humor negro e dá para rir. Provavelmente pela surpresa! Assim, Montana vira um fantasminha até divertido -em partes.

Embora estejam, dessa vez, num acampamento, a história de espíritos interagindo com vivos, não é novidade em AHS. Uma vez que o público torceu loucamente por Violet (Taisa Farmiga) e Tate (Evan Peters), em "American Horror Story: Murder House", a primeiríssima temporada da série antológica.

Bem, quarta-feira será a vez do 100º episódio de "American Horror Story" e, já pelo trailer, promete ser perfeitamente redondinho. Também pudera, basta recordar do também comerativo episódio de "Glee". Foi um revival perfeito. Veremos! Que quarta-feira chegue logo. Amém!









Episódio: "Red Dawn" 
Exibição: 16 de outubro de 2019
Elenco: Emma Roberts (Brooke Thompson), Billie Lourd (Montana Duke), Leslie Grossman (Margaret Booth), Cody Fern (Xavier Plympton), Matthew Morrison (Trevor Kirchner), Gus Kenworthy (Chet Clancy), John Carroll Lynch (Benjamin Richter / Sr. Jingles), Angelica Ross (Enfermeira Rita), Zach Villa (Richard Ramirez), DeRon Horton (Ray Powell), Tara Karsian (Chefe Bertie), Orla Brady (Dr.ª Hopple).


*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm



Teaser do episódio



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