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quinta-feira, 14 de julho de 2022

.: Crítica: Filmaço, "Elvis" é retorno avassalador de Baz Luhrmann

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em julho de 2022


Longa apresenta com toda pompa e estilo a vida do ícone do rock. Eis o novo filme do diretor consagrado Baz Luhrmann ("Romeu e Julieta", "Moulin Rouge: O Amor em Vermelho" e "O Grande Gatsby"), "Elvis". A produção de edição ágil e com transições impecáveis, e pré-estreia no Dia Mundial do Rock, na Rede de Cinemas Cineflix, é definitivamente uma belíssima homenagem ao rei do requebrado que não morreu: Elvis Presley.

Em 2h39 não há uma nova história ou segredos expostos -como no recente "Spencer". Contudo, ainda que romanceado e com passagens floridas, "Elvis" trata-se de uma cinebiografia com uma trilha sonora muito bem usada para complementar falas e até pensamentos dos personagens. No entanto, o modo em que tudo é estampado na telona, consegue trazer um ar de novidade quando associado aos fatos que ocorrem em paralelo, atribuindo veracidade a toda narrativa, incluindo, por exemplo, o assassinato de Martin Luther King Jr. e o impacto causado no rei do rock´n´roll.

A trama apresentada por um narrador, a mente por trás da carreira de Elvis -durante 20 anos-, Coronel Tom Parker (Tom Hanks) começa na infância do garoto que cresceu entre pessoas de pele preta, destacando assim a grande influência tanto no ritmo musical quanto na dança. Entre os pontos fortes da produção estão as batidas e compassos que volta e meia surgem ao fundo, geralmente de modo crescente. "Elvis" é um filme ritmado, seja no visual com recortes diversos de um mesmo momento de um show ou nas canções e efeitos sonoros. 

"Elvis" pode ser definido, facilmente, como uma obra-prima cinematográfica. Ao brincar com o sentimento do público, impacta, revolta e emociona com a mesma aligidade. Assim, Depois de se maravilhar com tamanha produção digna de futuras premiações, ao público, fica a vontade de ouvir as interpretações de "Elvis, the pelvis" e também conferir as produções de quando ele se arriscou por tantos filmes como ator, com o intuito de ser um James Dean

O longa com roteiro de Baz Luhrmann, Jeremy Doner, Craig Pearce, Sam Bromell é um filmaço arrebatador. Quando acontece num parque de diversões itinerantes, o colorido vibrante, puxado para o vermelho, por vezes, remete ao inesquecível "Moulin Rouge: O Amor Em Vermelho", do mesmo diretor. E ali, o trato do Coronel para Elvis, num ambiente mambembe, remete ao seriado de Ryan Murphy, "American Horror Story: Freakshow" e ao recente filme de Guillermo Del Toro "O Beco do Pesadelo".

No enfrentamento entre o antagonista do talentoso Tom Hanks e o mocinho que quer voar para longe de Austin Butler, é o público que ganha. Como passar impune a impostação de voz do ator em cada diálogo? E ele ainda canta. Conforme o compositor Elliott Wheeler e o editor musical Jamieson Shaw, os vocais foram misturados. Na primeira metade, tem-se mais a voz de Butler e quando o longa chega a mais ou menos 1968, escuta-se mais a voz do cantor. 

Outro ponto a ser destacado em "Elvis" é a maquiagem do protagonista e antagonista. Muito bem elaborada, principalmente, em Tom Hanks que, representa um homem em idade mais avançada e em três fases da vida, o que o deixou por horas na cadeira de maquiagem. Contudo, Austin Butler também ganha olhos marcados, boca com delineado em degradê, além de penteados dignos do rei do rebolado. O figurino idêntico também é um espetáculo de perfeição, assim como os cenários. Até "Graceland" foi recriada conforme o aspecto da época em que se passa o filme.

Em tempo, o longa de Baz Luhrmann reforça o bom gosto musical da pequena fã do rei do rock, Lilo, da animação Disney "Lilo & Stitch" e desperta, por vezes, a ideia de que tocará "You're the Devil in Disguise", canção de Elvis Presley e The Jordanaires para o Coronel -o que não acontece. "Elvis" é um filmaço para se ver e rever! Sem um pingo de dúvida, imperdível!


Em parceria com a rede Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - uma oportunidade para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


Filme: "Elvis" ("Elvis")

Gênero: Cinebiografia musical

Classificação: 14 anos

Ano de produção: 2022

Diretor: Baz Luhrmann

Roteiro: Baz Luhrmann, Jeremy Doner, Craig Pearce, Sam Bromell

Música composta por: Elliott Wheeler

Duração: 2h39

Elenco: Austin Butler, Tom Hanks, Dacre Montgomery, Olivia DeJonge, Kodi Smit-McPhee, Luke Bracey, Natasha Bassett, Alton Mason, Rufus Sewell, Xavier Samuel, Yola, Helen Thomson, Gary Clark Jr., Richard Roxburgh, David Wenham, Kelvin Harrison, Shonka Dukureh, Kate Mulvany, Anthony LaPaglia, Charles Grounds, Nicholas Bell, Leon Ford, Christopher Sommers, D. J. Fontana, Josh McConville e Adam Dunn.


Mary Ellen Farias dos Santos, editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm


Trailer





quinta-feira, 14 de outubro de 2021

.: 10x9: "AHS: Double Feature" faz tratos e explica mortes em "Blue Moon"


Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em outubro de 2021


Em "Blue Moon", o terceiro episódio da segunda parte da série American Horror Story: Double Feature, intitulada de "Death Valley", é 1954 e Dwight 'Ike' Eisenhower (Neal McDonough) está cercado dos mesmos homens engravatados, mas um toque feminino o faz assinar um importante documento. Eis que três anos depois do ocorrido que quase teve um fim trágico paraa esposa dele, uma aparição clareia todo o lugar.


Tiroteio e seguranças tentam fazer a guarda do presidente, mas o poderoso e tecnológico Valiant Thor (Cody Fern) chega com o futuro que cabe na palma da mão: um computador potente e pequeno. Algo muito familiar a nós em pleno 2021, não é mesmo? Conforme um homem de negócios, a novidade é oferecida aos humanos ao abrir uma maleta, mas cabe aos engravatados aceitarem tamanha tecnologia. A cena do "ipod da Matrix" é bastante curiosa.



Na casa do presidente, a senhora Eisenhower (Sarah Paulson) segue falante e com os mesmos trejeitos de meter medo em qualquer um. Mamie sendo uma madame no portar, porém com um toque sombrio e fria, resgata um toque de "Ratched" em Sarah PaulsonE não é que vemos mais uma vez a Sarinha desfrutando de um garotão?! A cena a princípio choca, pela ideia de traição, mas também tem um toque de ridículo e nos faz rir.


Eis que o presidente chega a uma área secreta de experimentos -com alguns americanos sumidos, incluindo crianças. E não é que as criações "boiando" numa substância translúcida lembra muito a parte final de "American Horror Story Freakshow"?! E temos a Área 51. Contudo, o tempo segue seu curso e embora Eisenhower continue envolvido com o assunto até o pescoço, a presidência já não é mais responsabilidade dele. Logo, a área 51 é apresentada ao novato.


Até as produções cinematográficas entram em pauta numa conversa particular entre Nixon (Craig Sheffer) e Dwight 'Ike' Eisenhower (Neal McDonough). Sendo que o alvo é Marylin Monroe, ou melhor, dar um fim nela. Assim, testemunhamos a real forma do "suicídio" da atriz -nessa história de alienígenas, claro.


Tendo o nome de "Blue Moon", o episódio é, de fato, selado por diversos tratos, muitos em sequência, inclusive. Contudo, o título é mais explicado quando estamos de volta aos tempos atuais. Temos cores, logo reencontramos o núcleo juvenil. Tal qual o desfecho do episódio anterior, o rapaz só quer saber como que o bebê sairá de dentro dele. E não é que o rapaz dá a luz?! Tem até o sentimento de pedir para segurar a criatura que "precisa dele". Mas os ETs não permitem qualquer laço. 



Uma semana após parir, todos os jovens se reencontram. Contudo, é Leslie quem traz luz para tudo. Conta um pouco de sua história a fim de explicar, inclusive, a ida do homem à lua pela primeira vez -num estúdio montado na área 51. 


Mais desespero juvenil quando o outro rapaz está prestes a parir, até colocarem um plano em prática. Afinal, para os dois jovens o bebê é deles, logo podem começar uma família. Como não pensar "hein?!"? Ao menos os dois trocam juras de amor antes de a cesariana ser feita a seco e a cena final é ainda mais "hein?!". Fica a dúvida: Como será que tudo isso vai terminar em "The Future Perfect"? Tudo muito estranho!



Seriado: American Horror Story
Temporada: 10
Episódio 9: "Blue Moon" "(Lua Azul)"
Exibido em: 13 de outubro de 2021, EUA.
Elenco: Sarah Paulson (Mamie Eisenhower), Neal McDonough (Dwight 'Ike' Eisenhower), Kaia Gerber (Kendall), Lily Rabe (Amelia Earhart), Rebecca Dayan (Maria), Leslie Grossman (Dra. Calico), Cody Fern (Valiant Thor), Nico Greetham, Rachel Hilson, Angelica Ross, Isaac Powell, Craig Sheffer (Richard Nixon), Alisha Soper (Marilyn Monroe), Mike Vogel (John F. Kennedy), John Sanders (Buzz Aldrin), Briana Lane

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


quarta-feira, 20 de novembro de 2019

.: "AHS: 1984" termina com toque de "Murder House" e "Asylum"



Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em novembro de 2019 

CONTÉM SPOILERS! 



Não há dúvida alguma que, "AHS: 1984", conseguiu me empolgar, mesmo sem os grandes nomes -que todo fã de American Horror Story ama- como Jessica Lange, Sarah Paulson, Kate Bathes ou o queridinho Evan Peters. A verdade é que a trama da nona temporada foi simples, mas 
muito bem ambientada, num típico acampamento americano. Positivamente, teve ainda o talento de outras figuras que passamos a amar muito quando aparecem em AHS, como Emma Roberts, Billie Lourd, Leslie Grossman, Cody Fern e o sensacional John Carroll Lynch.

A temporada terminou com "Final Girl", ou seja, em nove episódios, que assim como os anteriores teve trilha sonora e edição impecáveis. A trama trouxe, além do horror certeiro, afeto, romance e até compaixão. O que dizer de Brooke brotando na cena para ajudar Trevor (Matthew Morrison), em seus minutos finais, para morrer dentro do acampamento? Em tempo, Montana (Billie Lourd) foi um espiritinho redentor, mudou por completo, mas convenceu.

Rever Finn Wittrock, o inesquecível Dandy de AHS Freakshow, aqui, na pele do filhinho de Benjamin, já crescido, foi outro presente aos fãs. A brincadeira de matar e reviver de Montana e Trevor feitas diante dos olhos do rapaz foi algo impagável. Logo, a presença dele no último capítulo foi o que alinhavou todos os pontos que estavam soltos. No entanto, outro ponto engraçado na trama foi ter Brooke após tantos anos com uma pele maravilhosa, justamente por estar muito bem casada com um doutor.

"AHS: 1984" não tem somente uma "Final Girl", Brooke, mas também Donna (Angelica Ross). O que dizer de Angelica? Arrebentou em American Horror Story, assim como em "Pose". A presença dela deu um gostinho de Angela Basset na trama. Será que é pedir muito ter as duas na próxima temporada? Amaria demais!

Os espíritos revoltados e unidos fizeram gato e sapato de Ramirez (Zach Villa). Ok. Aquela situação de "vigília" e a "fuga" ficou um tanto que descabida, mas teve um esforço para dar uma explicação ao final do Night Stalker que estava determinado em matar o filho de Benjamin. No entanto, o melhor foi ver o fim de Margaret (Leslie Grossman). Ah! Que alívio! Se bem que o espírito dela ficou preso por lá, no acampamento, embora "vivesse" escondida, como mostra depois. O momento vingança de todas as vítimas da ricaça nojenta, aconteceu e foi plausível.

Em tempo, a atuação de John Carroll Lynch, mais uma vez foi digníssima. Merece um prêmio? Certamente! Ele começou com um odioso assassino, teve sua redenção e terminou no posto de pai amoroso. E mesmo em pequena participação, Lily Rabbe, como a mãe louca vestida de branco conseguiu marcar a trama com sua atuação impressionante. Que dupla!

O que dizer do desfecho? Confesso que a cena me arrepiou e acabei chorando. A despedida entre pai e filho, com a presença da avó e tio, teve uma trilha sonora que ajudou? Sem dúvida! No fim, "AHS 1984" foi um "Casos de Família" pra lá de trágico. Eu amei essa temporada!



Episódio: "Final Girl"
Exibição: 13 de novembro de 2019
Elenco: Emma Roberts (Brooke Thompson), Billie Lourd (Montana Duke), Leslie Grossman (Margaret Booth), Cody Fern (Xavier Plympton), Matthew Morrison (Trevor Kirchner), Gus Kenworthy (Chet Clancy), John Carroll Lynch (Benjamin Richter / Sr. Jingles), Angelica Ross (Enfermeira Rita), Zach Villa (Richard Ramirez), DeRon Horton (Ray Powell), Tara Karsian (Chefe Bertie), Orla Brady (Dr.ª Hopple).



*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm


Trailer de "Final Girl"



terça-feira, 29 de outubro de 2019

.: AHS 1984: 100º episódio surpreende, mas prossegue trama


Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em outubro de 2019
 

CONTÉM SPOILERS! 


Não se iluda com a ideia de que o comemorativo episódio de "American Horror Story", o centésimo, na temporada 1984, seja repleto de referências aos personagens que amamos amar e odiar anteriormente. Embora, o episódio tenha sido alardeado por ex-integrantes do elenco, nas redes sociais, as criaturas emblemáticas e inesquecíveis, não dão o ar de suas graças na nova temporada.

O sexto episódio de "AHS 1984" é um bom episódio, uma vez que anteriormente a trama no acampamento, tecnicamente, foi esgotada e concluída. No entanto, confesso ter ficado decepcionada. Afinal, em minha mente elaborei diversas relações entre a atual temporada com a trama dos fantasmas da casa assassina, assim como com as bruxas e até com as aberrações do circo. O que amei ouvir no episódio? "I hate you!" e a resposta: "I hate you more!", como não lembrar de Dandy Mott, de "American Horror Story: Freakshow"?

A verdade é que as conexões supostas com as temporadas anteriores, principalmente com "AHS Apocalypse", embora não tenham sido estabelecidas no sexto episódio, ainda são muito possíveis. Será que Brooke não engravidou do fantasma sem cabeça e esse bebê foi adotado durante a passagem de tempo nessa temporada? 

O mais curioso de tudo é que Sarah Paulson não escondeu, recentemente, da imprensa sobre a possibilidade de retornar para décima temporada. Uma vez que as temporadas estão se conectando... Detalhe: Tudo indica que o oitavo episódio dará pistas sobre a próxima temporada. Enfim... todo fã precisa estar com as antenas ligadas e em pleno funcionamento para pescar os detalhes!


Além das suposições, está o episódio em si, exibido na quarta-feira, dia 23 de outubro. Nele reencontramos o Night Stalker (Zach Villa) e o Mr. Jingles (John Carroll Lynch), parceiraços, dividindo até quarto de hotel. Por outro lado, Jingles quer uma vida normal e, num jeitinho, entrega Richard Ramirez nas mãos da população que, por sorte, vai acabar na cadeia após ser linchado. E lembrando do pacto feito com o demônio, os efeitos do episódio remetem muito aos da série "Supernatural", que está prestes a chegar ao fim. Tem olhos pretos e espíritos no ar invadindo corpinhos.

No acampamento, Montana Duke (Billie Lourd) e Xavier Plympton (Cody Fern) divertem-se matando os visitantes do lugar que está abandonado, afinal, há passagem de tempo na trama. Já não estamos mais em 1984. Enquanto que Chet Clancy (Gus Kenworthy) tenta aproveitar a chance e se vingar de Margaret, Ray Powell (DeRon Horton) é quem some com os vestígios dos assassinatos no lugar. Eis que o mocinho, quem tirou a virgindade de Brooke, se cansa e... o lugar volta a ser pauta.

No entanto, a grande surpresa do episódio não fica no fato de Mr. Jingles, de fato, ter uma vida normal, até formar uma família e ter uma filhinha, mas pelas manobras mirabolantes da verdadeira assassina em série: Margaret Booth (Leslie Grossman). Ricaça, ela se casa com Trevor Kirchner (Matthew Morrison). Que casamento mais exótico! Confesso que para uma grande fã de "Glee" é bem estranho ver o ex-professor Schuester na pele de um homem ardiloso e amante quente. 


Como Margaret ficou rica? Continuando a agir de modo bizarro, mas sempre enganando a todos e culpando Brooke Thompson (Emma Roberts). E não é que a coitada vai presa e tem até a morte datada? Por outro lado, como se trata de "AHS", o final do episódio é sensacional. Viva, Didi (Angelica Ross)!



Episódio: "100" 
Exibição: 23 de outubro de 2019
Elenco: Emma Roberts (Brooke Thompson), Billie Lourd (Montana Duke), Leslie Grossman (Margaret Booth), Cody Fern (Xavier Plympton), Matthew Morrison (Trevor Kirchner), Gus Kenworthy (Chet Clancy), John Carroll Lynch (Benjamin Richter / Sr. Jingles), Angelica Ross (Enfermeira Rita), Zach Villa (Richard Ramirez), DeRon Horton (Ray Powell), Tara Karsian (Chefe Bertie), Orla Brady (Dr.ª Hopple).


*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm



Teaser do episódio



quarta-feira, 23 de outubro de 2019

.: Horror Expo 2019: sobre a primeira edição do evento no Brasil

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em outubro de 2019 



Segundo o Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa, o substantivo masculino horror é o mesmo que "forte impressão de repulsa, acompanhada ou não de arrepio, gerada pela percepção de algo ameaçador; sentimento de nojo, de aversão, de ódio". Eis que de 18 ao 20, em São Paulo, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, aconteceu a primeira edição da "Horror Expo", intitulada de "Horror Expo 2019".

No evento, a sensação foi de aconchego, mesmo em meio a atrações temáticas, monstros assustadores perambulando -ou patinando- pelo lugar, maquiagens com caracterização de machucados -inclusive nos participantes-, o evento que, curiosamente, dividiu o espaço com a "Expo Cristã 2019", trouxe a atriz Naomi Grossman, intérprete da inesquecível de Pepper de "American Horror Story: Asylum", "American Horror Story: Freakshow" e de Samantha Crowe em “American Horror Story: Apocalypse”, para participar de painéis durante os três dias da "Horror Expo".



A atriz, que é extremamente divertida, surpreendeu os participantes da exposição ao se esforçar e se sair bem ao falar a nossa complexa Língua Portuguesa. Extremamente simpática, Naomi Grossman comentou que seu objetivo era a comédia, embora tenha estudado de tudo na Universidade. "Agora eu me dou conta, eu entendo que foi muito limitado da minha parte. Eu posso fazer de tudo". Naomi também revelou o que pensou ao atuar em "American Horror Story""Agora eu acho que o universo estava ajudando. No momento, não. Pensava que o universo estava me castigando".

Durante os três dias, o cinesta Mick Garris, foi outro grande nome presente no evento, ele que já fez parcerias com Steven Spielberg, Stephen King e Michael Jackson. Mick Garris é diretor e roteirista de grandes clássicos do horror e terror para cinema e TV, como por exemplo, "Abracadabra""A Mosca 2" e "O Milagre Veio do Espaço"O cineasta participou de painéis e também de um bate-papo após a exibição do filme americano "Nightmare Cinema", antologia de terror de 2018 com direção de Alejandro Brugués, Joe Dante, Ryuhei Kitamura, David Slade e dele, Mick Garris.



Garris revelou que o longa demorou mais tempo com a pós-produção, totalizando 15 anos até ser concluído. Garris, que também filmou as cenas de dentro do cinema, revela que a produção "foi feita com muita paixão". "Tanto quanto eu vi aqui em todos os fãs nessa exposição, o que é incrível", conclui. Segundo o cineasta, a ordem foi de que cada um dos cinco diretores fizessem o que quisessem. 



Acessíveis e muito simpáticos, o trio Armando Fonseca, Kapel Furman e Raphael Borghi, especialistas em efeitos especiais, produtores da Infravermelho Filmes e fundadores do Cinelab -série-reality em que é ensinado a trabalhar com baixo investimento e muita criatividade, marcaram presença na Horror Expo 2019. No espaço cinema, os três mostraram e detalharam a concepção e a construção das cenas de efeitos especiais.

Kapel Furman comentou a importância dos festivais de filmes. "Felizmente, os nossos filmes, vão bem em festivais. Mais lá fora, do que aqui. Quando você não tem dinheiro para o marketing, o festival é uma das ferramentas para que as pessoas conheçam o seu filme". Contudo, Armando Fonseca destacou que não se deve ater aos festivais nacionais, mas pensar também nos internacionais.

O criador destacou a trajetória do filme "A Percepção do Medo", o qual foi finalizado e enviado a vários festivais de cinema, tanto no Brasil quanto internacionais. "Aqui no Brasil foi meio morno, nesse primeiro ano. Lá fora, passou em um monte de festivais, ganhou vários prêmios e chamou bastante atenção. No ano seguinte, os festivais do Brasil, que não estavam ligando para o nosso filme, quiseram. Chegaram até a pedir para passar. Por quê? Porque chamou atenção lá fora."


O ator canadense, Lochlyn Munro, conhecido por ser um dos principais antagonistas da série "Riverdale" e estrelar os filmes "Freddy Vs Jason", "Todo Mundo em Pânico" e "As Branquelas", marcou presença no evento no sábado, dia 19. O painel especial teve como objetivo tratar sobre a profissão, com perguntas do público, ao final.  

A Horror Expo 2019 também agitou o Pavilhão de Exposições do Anhembi com muita música do Deathstars, Sioux 66, Therion, The Secret Society, Venomous, Alchemia, Highschool, Furia Inc, Midnight Danger e a Orquestra de Metais da Banda Marcial de Cubatão com releituras e arranjos especiais para trilhas sonoras de filmes e séries do gênero. 

Que venha a segunda edição, a Horror Expo 2020!! 




AÇÃO E MEIA-ENTRADA: Na primeira edição, o evento possibilitou a qualquer visitante que adquiriu um ingresso inteiro comum ou passaporte inteiro comum, a entrada com 50% de desconto com o Ingresso Solidário Horror Expo, mediante a doação de 1 kg de ração para cães ou gatos, entregue no dia do evento. A venda de ingressos da "Horror Expo 2019" foi operada pela Eventbrite, com comercialização no site oficial do evento, horrorexpo.com.br.

*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm




Naomi Grossman na Horror Expo 2019


Mick Garris na Horror Expo 2019


Trailer de Nightmare Cinema


Trailer de "A percepção do medo"

Trio Cinelab na "Horror Expo 2019"




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A HORROR EXPO 2019 FOI APENAS O COMEÇO 🧟‍♂🧟‍♂ . A HORROR EXPO 2019 chegou ao fim. Os dias 18, 19 e 20 de outubro foram fantásticos e representam o marco inicial, o primeiro passo, para um formato de evento inédito para este segmento no Brasil. . Ao todo, tivemos mais de 30 horas de conteúdo simultâneo, entre painéis, mesas de debates, filmes, concursos e shows, além de atrações de entretenimento (e sustos!) e expositores, que reuniram, num mesmo local, produtos, ativações e experiências com muitas coisas interessantes desse mercado. . Os artistas do HORROR ARTISTS’ PAVILION fizeram história. Pela primeira vez no Brasil, tantos profissionais especializados nesse segmento puderam apresentar o seu trabalho… E que trabalho! Mais de 130 Ilustradores, Quadrinistas, Escultores, Escritores, Roteiristas, Artesãos, Fotógrafos, entre outros, mostrando o talento e riqueza que o país reúne para este gênero. . Com o Ingresso Solidário recolhemos toneladas de ração para cães e gatos recolhidas pela AMPARA Animal e distribuídas para uma rede que conta com ONGs e protetores independentes cadastrados. . Gostaríamos de agradecer a todos que fizeram parte do evento e nos ajudaram a dar este importante passo. Foi essa união que tornou possível o que aconteceu nesses três dias. Aprendemos muito nesta primeira edição, entre acertos e erros, para desenvolvermos algo melhor e mais grandioso em 2020. . Por fim, e mais importante, o nosso agradecimento mais que especial para os mais de 12 mil visitantes, nossos maiores apoiadores, que prestigiaram o evento e ao longo destes 15 meses, desde o anúncio, estiveram conosco em cada passo dado. . O mundo do horror veio para ficar, para todos nós. Nos vemos em 2020! . Foto: @mariserralhafotografia #horrorexpo #horrorexpobrasil #horrorexpo2019 #horrorartistspavilion #naomigrossman #mickgarris #lochlynmunro #therion #deathstars #alchemia #thesecretsociety #sioux66 #venomous #furiainc #midnightdanger #highschool #orquestra #zumbi #cosplay #halloween #ingressosolidário #amparaanimal
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AMPARA ANIMAL JÁ DISTRIBUIU TODA A RAÇÃO ARRECADADA COM O INGRESSO SOLIDÁRIO DA HORROR EXPO 2019! ❤❤ . É com muita felicidade que anunciamos que o Ingresso Solidário da HORROR EXPO 2019 atingiu arrecadação total de quase 2 toneladas de ração para cães e gatos! A AMPARA Animal, parceira fundamental nesta empreitada, já destinou o volume para as seguintes ONGs e protetores independentes cadastrados: . ➡ Abrigo Saltimbancos de São Bernardo do Campo/SP; ➡ Protetor Markinhos Perez de Mairiporã/SP - @kiinho_perez_ ; ➡ Protetora Cleonice do bairro São Mateus, São Paulo/SP. . Gostaríamos de agradecer a cada uma das pessoas que participaram do Ingresso Solidário e à AMPARA Animal por abraçar essa causa conosco e disponibilizar com agilidade as doações em uma época do ano que é tão crítica àqueles que resgatam e cuidam de animais abandonados. . Em 2020 o Ingresso Solidário estará de volta, e se você quiser conhecer mais sobre o trabalho tão bonito e amplo que a AMPARA Animal realiza, por favor visite @amparanimal. #horrorexpo #horrorexpobrasil #ampara #amparaanimal #somostodosviralatas ‪#JuntosPelosAnimais‬ ‪#DefesaAnimal #naocompreadote‬ #adotarétudodebom #adoteumamigo #animais #pet #cachorro #dog #animal #gato #pets #meiaentrada #ingressosolidário
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