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segunda-feira, 26 de março de 2018

.: Entrevista com Renata R. Corrêa, escritora e médica

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em março de 2018


Uma escritora que é mãe de gêmeos, médica, pisciana, dramática, chocólatra assumida e apaixonada por literatura romântica. Essa é Renata R. Corrêa, autora de livros como "As coisas não são bem assim" e "Um ano sabático"Em 2014, diante de cobranças excessivas, perfeccionismo e foco no trabalho, a leitora de histórias sobre o amor, foi diagnosticada com a síndrome de Burnout, um distúrbio caracterizado pelo esgotamento físico e mental intenso. Assim, assumiu o posto de contadora, no dever de compartilhar esse momento difícil por meio da literatura.

Segundo Renata R. Corrêa, as narrativas dela destacam a força da figura feminina. "Nelas você vai encontrar muita empatia, força de vontade, fé, esperança e a desconstrução da vida perfeita como nos comerciais de margarina", complementa. Aos fãs e admiradores, a dica é a de que a escritora estará na Bienal do Livro de São Paulo, neste ano, de quinta a domingo da segunda semana. Agora, aproveite a entrevista!



RESENHANDO - Em poucas palavras, no seu site, você se descreve "mãe, médica, escritora e apaixonada pela literatura romântica". Há mais alguma característica incisiva a acrescentar sobre você? Por quê?
RENATA R. CORRÊA - Sou muito determinada em tudo que faço. A determinação me fez chegar onde estou, mesmo tendo vindo de uma cidade muito pequena e de uma família sem muitos recursos.


RESENHANDO - O que há de autobiográfico em sua obra?
RENATA R. CORRÊA - Minhas obras são ficção, mas em todas elas há sim um pouco de mim. Acredito que isso seja comum a todo autor. Meu romance que mais tem coisas minhas é "Um ano sabático", pois minha personagem Rafaela sofre de um transtorno que eu tive: a síndrome de Burnout.


RESENHANDO - A realidade da vida sem efeitos mágicos e foco na superação. O seu intuito é o de conscientizar o leitor a respeito dos altos e baixos da vida? Comente.
RENATA R. CORRÊA - Certamente! Abordo isso em todos os meus livros. A vida nem sempre é como gostaríamos. Tristezas, doenças, desafios, fazem parte dela, mas sou muito otimista e acredito em recomeços e segundas chances, por isso procuro sempre passar uma mensagem de esperança para meus leitores.


RESENHANDO - Na escrita, em que você mais se expõe e o que tenta esconder?
RENATA R. CORRÊA - Eu me doo por completo à escrita, não há nada que eu esconda, apesar de as histórias não serem sobre mim, eu sempre me entrego a elas.


RESENHANDO - Quando começou a escrever? 
RENATA R. CORRÊA - Ainda adolescente escrevia poemas, depois passei a escrever contos, mas meu primeiro romance foi escrito somente em 2014.


RESENHANDO - Segue um ritual na hora de escrever?
RENATA R. CORRÊA - Sim! Preciso de silêncio e tranquilidade para me concentrar e me entregar à escrita. Procuro escrever todos os dias, mas há momentos em que precisamos de um descanso, então também me permito isso.


RESENHANDO -  Qual foi o momento mais marcante na sua carreira de escritora?
RENATA R. CORRÊA - O lançamento do meu romance "As coisas não são bem assim", o primeiro publicado por uma editora. Foi um dia inesquecível e incrível. Ver as pessoas chegando à livraria, comprando meu livro e entrando numa fila para que eu o autografasse me fez compreender que as coisas são mesmo reais, estão acontecendo!


RESENHANDO -  Entre os seus livros já publicados qual prefere? Por quê?
RENATA R. CORRÊA - Difícil isso! Gosto de todos, mas tenho um carinho especial por dois:  "As coisas não são bem assim", por ser o mais dramático deles e ter sido o único publicado por uma editora até agora, e "Um ano sabático", meu romance mais recente, porque acredito que ele tenha a temática mais relevante de todos os que escrevi até o momento.


RESENHANDO - Após o diagnóstico da síndrome de Burnout em 2014, a escrita passou a ser um exercício diário? Comente.
RENATA R. CORRÊA - Foi sim. Voltar a escrever fez com que eu me reencontrasse e percebesse que era forte o bastante para me reerguer, para dar um novo rumo para minha vida e voltar a ser feliz. Desde então passei a escrever diariamente e nunca mais parei. Foi terapêutico! A escrita foi parte fundamental para minha cura.



RESENHANDO - Há novidades literárias para serem impressas em 2018? Dê uma prévia.
RENATA R. CORRÊA -  Tenho novidades, sim! Em julho será lançado meu novo romance, publicado pela editora Pandorga. Ele é o mais sensual de todos, e também o que tem uma trama mais dinâmica. Mais uma vez passo uma mensagem de que é possível mudar o rumo da vida, basta ter coragem.


RESENHANDO - Na hora da leitura, qual é o seu estilo literário preferido?
RENATA R. CORRÊA - Tenho uma predileção por romances românticos contemporâneos, é o estilo que mais gosto de ler. Apesar de gostar de romances policiais e dramas.


RESENHANDO - O que a literatura representa em sua vida?
RENATA R. CORRÊA -  A Literatura é onde me sinto "em casa", fazendo o que amo. Ela me move, seja lendo ou escrevendo. Como leitora: me distrai, como escritora: me desafia.


PING-PONG
Gosto de: histórias de amor e pessoas sinceras
Detesto: livros/filmes de terror
Meus escritores favoritos são: Clarice Lispector, Nicholas Sparks, Nora Roberts, Carina Rissi.
Escrevo por: amor
Mensagem para o público: nunca desistam de seus sonhos, por mais improváveis que sejam. Corram atrás do que desejam e confiem em Deus e no destino.
Site: autorarenatarcorrea.com
Redes sociais:
facebook.com/escritoraRenataRCorrea/
instagram.com/renata_rcorrea


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*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm


Saiba mais de Renata R. Corrêa!





quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

.: Romancista que venceu a Síndrome de Burnout usa literatura para alertar

Romancista Mineira que venceu a Síndrome de Burnout utiliza a literatura como instrumento de alerta. Escritora concilia jornada tripla e aposta no gênero romance para exaltar a força da figura feminina


Empatia, força de vontade, fé, esperança e a desconstrução da vida perfeita como nos comerciais de margarina. Essa é a mensagem que a autora Renata R. Corrêa transmite em suas obras literárias. A mineira natural de Guimarânia, interior do estado, foi diagnosticada com a síndrome de Burnout em 2014, um distúrbio caracterizado pelo esgotamento físico e mental intenso, é mãe de gêmeos, médica oftalmologista e ainda encontra tempo para se dedicar a escrita diariamente. 

Em meio a essa jornada, a autora, assim como muitas pessoas que passam por um período de stress prolongado acompanhando de cobranças excessivas, perfeccionismo e foco no trabalho, se viu no dever de compartilhar esse momento difícil através da literatura. A superação da síndrome de Burnout foi a inspiração para a obra Um ano Sabático. O livro conta a história de Rafaela, uma fisioterapeuta que se vê em um momento da vida onde tudo perde o sentido. Diagnosticada com Burnout, a personagem precisa recomeçar do zero e iniciar um novo ciclo, tanto na carreira quanto na vida pessoal.

“Nós, mulheres, somos mães, profissionais, esposas e nos cobramos para sermos brilhantes e perfeitas em tudo. Só que o excesso de cobrança e a busca incansável pelo perfeccionismo pode acarretar problemas sérios para a saúde, nos levando ao esgotamento físico, emocional, mental… tal como aconteceu comigo,” explica a escritora Renata R. Corrêa que acumula um portfólio de mais três romances.

Entre as obras estão: As coisas não são bem assim, publicada pela editora Pandorga em julho de 2017, Contra todas as probabilidades, seu primeiro romance em formato de ebook e por último Amores e Desamores, uma coletânea de onze contos curtos que abordam todas as perspectivas do amor bem como os medos, as inseguranças, os sofrimentos, sonhos e alegrias. Além destes a escritora conta com uma participação no ebook Sob os Fogos de Copacabana em parceria com outros três autores.

De acordo com a escritora, seu objetivo é utilizar a literatura para difundir boas doses de empoderamento feminino e mostrar que as mulheres podem ser felizes e realizadas em todas as esferas da vida, seja na pessoal ou profissional. “Utilizo os meus romances para inspirar as mulheres, motivá-las e estimulá-las a irem em busca de seus sonhos, desejos e realizações. É importante que nós, mulheres, busquemos o equilíbrio e possamos ser felizes no amor, na profissão e em tudo aquilo que queremos conquistar ”, finaliza a escritora Renata R. Corrêa. 

Sobre Renata R Corrêa: Uma romântica incorrigível, procura sempre passar uma mensagem de esperança com suas histórias. Escreve em seu blog https://www.autorarenatarcorrea.com/blogr e já escreveu quatro romances, voltados para o público New adult, e um livro de contos, sendo que Contra todas as probabilidades, seu romance de estreia e seu livro de contos Amores e Desamores, foram publicados de forma independente, em ebook na Amazon. Seu segundo romance, As coisas não são bem assim, foi lançado pela editora Pandorga, em junho de 2017. Em setembro de 2017 lançou seu quarto livro, e o terceiro romance, Um ano Sabático, em ebook de forma independente na Amazon. Juntamente com três amigos, lançou o livro de contos Sob os Fogos de Copacabana. 

domingo, 13 de agosto de 2017

.: Autora de "As coisas não são bem assim" na Bienal do Livro no RJ

Escritora que inspirou Uberlândia/MG com história de superação estará no RJ para a Bienal. Renata R. Corrêa, autora do livro "As coisas não são bem assim", terá sessão de autógrafos na Bienal do Livro no Rio de Janeiro pela Editora Pandorga


Quer uma grande inspiração para tornar seus sonhos realidade? Renata R. Corrêa, autora do livro As coisas não são bem assim, estará no Rio de Janeiro no dia 02 de Setembro, às 15 horas no estande da Editora Pandorga, para uma sessão de autógrafos com os fãs de livros de romance, superação e fé.

Renata desafiou a morte quando engravidou de gêmeos, após uma grave complicação no pós-parto. De origem humilde, ela teve muita garra e apoio da família para que pudesse alcançar seus sonhos. Primeiro, se esforçou tanto para passar no vestibular de Medicina que conseguiu entrar em terceiro lugar na Universidade Federal de Uberlândia/MG, depois de perder mais de 7 quilos, pois não tinha tempo para comer estudando como uma louca. Mais tarde, já casada, tentou engravidar, ter endometriose dificultou, mas Renata conseguiu, depois de longos 3 anos de tentativas, engravidar de gêmeos, de forma natural. Porém, durante a gestação, o pai da escritora faleceu de câncer de fígado e em menos de 25 dias da descoberta, faleceu. Ainda, por uma complicação no pós-parto, chamada hipotonia uterina, a médica precisou remover o útero.

Devido a tudo por que já passou na vida, Renata procura sempre transmitir mensagens de esperança e renovação em suas obras. De leituras leves, mesmo que às vezes sejam carregadas de drama, como é o caso de seu novo romance, as histórias que escreve são concretas, belas e realistas, ainda que sejam ficção. São transformadoras.  Seus personagens, que bem poderiam ser reais, superam dificuldades e demonstram que a força pela vida é sempre a melhor fonte de inspiração.

Serviço:
Sessão de autógrafo do livro As coisas não são bem assim
Data: 02/09 – Sábado
Horário: 15 horas
Local: Bienal do livro do RJ – Estande da Editora Pandorga
Endereço: Pavilhão 3 Azul – Estande I02

Sobre o livro: Em As coisas não são bem assim, o leitor é apresentado a uma linda história de superação e amor que demonstra que, muitas vezes, a vida não segue planos e que coisas ruins inevitavelmente acontecem com pessoas boas. Porém, o destino nunca falha em colocar no caminho dos bons outros com o poder de cura. O leitor segue a história de Clarice, uma jovem que perde o namorado e grande amor da vida, antes que os dois pudessem se formar na faculdade. Junto da morte do jovem, um pedaço da alegria, esperança e futuro de Clarice também é perdido. Depois de um ano, ela conhece Henrique, um pai solteiro viúvo e que vê nela a possibilidade de um grande amor, novamente. Entretanto, a vida nem sempre percorre o caminho que se quer, e o casal vai precisar enfrentar alguns percalços antes de encontrar “o felizes para sempre”. É uma bonita e delicada história sobre recomeços, fé, esperança e o grande poder do amor.

quarta-feira, 11 de maio de 2022

.: "Extra!Ordinárias" segue em cartaz no Clube Barbixas de Comédia

Show é formado por esquetes sobre temas clássicos e atuais e traz estrelas da internet para o palco do Clube Barbixas de Comédia. Com humor ácido sobre sexo, política e cotidiano, o espetáculo de humor Extra!Ordinárias segue nas noites de quarta-feira no Clube Barbixas de Comédia


Arrojado e divertido, o show de humor foi idealizado pela produtora Juliana Mesquita e conta com um time roteiristas que arrasta multidões nas redes sociais. O show também se destaca pelo emprego de mulheres em todas as funções, inclusive técnicas. E se tornou referência para jovens comediantes que buscam espaço no humor. Apesar do aumento das mulheres nesta área, ela ainda é dominada por homens: apenas uma mulher figurou na lista dos 10 comediantes mais bem pagos de 2021. “Quero que esse projeto seja uma porta aberta para muitas outras mulheres brilharem junto com a gente”, conta Mesquita.

"Extra!Ordinárias", que não é stand-up e nem improviso, nasceu do desejo de empregar mulheres de ponta a ponta de um espetáculo de humor. “Havia um buraco, um desejo muito grande de conhecer um trabalho assim encabeçado só por comediantes mulheres. O humor era um lugar muito masculino, inclusive a programação deste clube. A partir de agora, este lugar também é nosso”, diz.

Embora o olhar feminino para o cotidiano dê voz às vivências e aos anseios das mulheres, o dinamismo das esquetes perpassa todos os públicos, com situações que vão gerar identificação para todos os gêneros. O espetáculo estreou em novembro de 2021 e tem esgotado todas as sessões desde então.

Ficha Técnica:

Idealização e Produção: Juliana Mesquita. Roteiro final: Tatá Lopes. Atrizes:  Carla Zanini, Cecília Villar, Fafá Rennó, Helen Ramos, Jamile Godoy e Lilian Regina. Luz: Lica Barros. Som: Lays Somogyi. Direção de arte: Maria Carolina Marchi. Vídeos e edição: Raquel Nogueira e Mayara Blanco. Mídias sociais: Juliana Pithon. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Apoio: Converse via Agência Lema e Marca FALA Realização: Extra!Ordinárias.


Serviço:

EXTRA!ORDINÁRIAS

Dias 4 e 11 de maio

Direção: Tatá Lopes. Roteiristas: Paula Rocha, Luiza Yabrudi, Renata Corrêa e Tatá Lopes.

Dias 18 e 25 de maio

Direção: Rhena de Faria. Roteiristas: Thais Pontes, Maria Shu e Renata Andrade.

Dia 1º e 8 de junho

Direção: Fernanda Castelo Branco e Paula Weinfeld. Roteiristas: Thais Pontes, Renata Andrade, Renata Corrêa e Paula Rocha.

Dias 15 e 22 de junho

Direção: Érica Montanheiro. Roteiristas: Joana Penna, Luíza Yabrudi, Renata Corrêa, Thaís Ponte e Renata Andrade.

Clube Barbixas de Comédias

Rua Augusta, 1129, Cerqueira César, São Paulo.

Ingressos: Entre R$30 e R$60 (couvert artístico).

Vendas: Sympla.com.br

Classificação etária: 16 anos.

Duração: 60 minutos.

Bilheteria: Segunda a Sábado, das 19h às 21h; Domingos e feriados, das 17h às 21h.


sexta-feira, 5 de novembro de 2021

.: "Extra!Ordinárias" estreia no Clube Barbixas de Comédia


Um time de mulheres roteiristas formado por Luiza Yabrudi, Nathalia Cruz, Paula Rocha, Renata Corrêa, Helen Ramos e Tatá Lopes vão tratar de temas do cotidiano no show de humor "Extra!Ordinárias".  Helen Ramos (conhecida pelo canal Hel Mother) e Tatá Lopes estão no elenco ao lado das atrizes Carla Zanini, Cecília Villar, Fafá Rennó e Jamile Godoy. 


Toda a sagacidade feminina ao olhar para as pautas do nosso cotidiano é empregue no show de humor "Extra!Ordinárias", idealizado por Juliana Mesquita, que estreia em apresentação única no Clube Barbixas de Comédia  no dia 10 de novembro, às 21h, e passa a integrar a programação da casa nas noites de quarta-feira, a partir do dia 9 de março de 2022.

O espetáculo reúne um time de roteiristas formado por Luiza Yabrudi, Nathalia Cruz, Paula Rocha, Renata Corrêa, Helen Ramos e Tatá Lopes, que assina a redação final dos textos. As duas últimas também estão no elenco ao lado das atrizes Carla Zanini, Cecília Villar, Fafá Rennó e Jamile Godoy.

“Sou muito criativa, tenho mil ideias por minuto e, às vezes, a ideia nasce totalmente fluída e combina com um momento propício. O Joca Paciello, um dos sócios do Clube Barbixas de Comédia, me propôs uma noite lá e eu tinha este desejo de ver um show só de mulheres, de humor, que não fosse nem improviso, nem stand up. Logo chamei as roteiristas e começamos a trabalhar”, revela Juliana Mesquisa sobre o surgimento do espetáculo.

Composto por dez esquetes de, no máximo, dez minutos, que não é improviso e nem stand up, "Extra!Ordinárias" se propõe a tratar de temas universais do cotidiano a partir do olhar feminino. Embora todas as personagens sejam mulheres, as situações também falam sobre homens. E as atrizes se dividem em cena em várias configurações – às vezes, sobem todas juntas ao palco. E, quando o espetáculo passar a ocupar as noites de quarta-feira da casa, todas as cenas cômicas serão renovadas a cada semana. Além disso, sempre contará com roteiristas, atrizes e diretoras convidadas. E toda a equipe é composta por mulheres.

O título do espetáculo surgiu coletivamente. “Nome é sempre difícil, né? Ficamos semanas experimentando nomes, então, um dia uma das roteiristas falou Ordinárias e a outra já respondeu de pronto Extra!Ordinárias. Esse nome destaca toda a potência feminina e humor. Para mim, uma 'Extra!Ordinária' é uma mulher que atravessa o seu tempo com coragem, que tem a escuta e o coração abertos para as mudanças e que entende que juntas somos mais fortes”, acrescenta Mesquita. 

Ficha técnica de "Extra!Ordinárias":
Idealização: Juliana Mesquita. Roteiristas: Helen Ramos (@ahelenramos), Luiza Yabrudi (@luyabrudi), Nathalia Cruz (@nathaliapontocruz), Paula Rocha (@paularochaeu), Renata Corrêa (@recorrea) e Tata Lopes (@a_tata_lopes). Atrizes:  Carla Zanini (@carlamzanini), Cecília Villar (@ceciliasvillar), Fafá Rennó (@fafarenno), Helen Ramos (@ahelenramos), Jamile Godoy (@eijamile) e Tata Lopes (@a_tata_lopes). Luz: Lica Barros. Som: Lays Somogyi. Direção de arte: Maria Carolina Marchi. Mídias sociais: Ana Luísa de Oliveira. Fotografia: Amanda Mirella. Maquiagem: Kalinka Esteves. Apoio: Converse via Agência Lema. Realização: Extra!Ordinárias (@extraextraordinarias).


Serviço de "Extra!Ordinárias":
Quarta-feira, dia 10 de novembro, às 21h.

Clube Barbixas de Comédias – Rua Augusta, 1129, Cerqueira César, São Paulo.
Ingressos: entre R$20 e R$50 (couvert artístico), vendas pelo site https://bileto.sympla.com.br/event/69562/d/112811
Classificação etária:
16 anos.
Duração: 80 minutos.
Bilheteria: segunda a Sábado, das 19h às 21h; Domingos e feriados, das 17h às 21h

terça-feira, 17 de maio de 2016

.: Espetáculo "Réquiem Para Um Amigo da Multidão" estreia dia 27

Crédito: Jonatas Marques
Projeto idealizado e protagonizado pelo ator Nei Gomes, "Réquiem Para Um Amigo da Multidão" estreia no Teatro Municipal Flávio Império, Zona Leste de São Paulo, dias 27, 28 e 29 de maio. 

Com direção de Renata Zhaneta, o espetáculo presta homenagem ao multiartista Flávio Império (1935-1985), que revolucionou a cenografia brasileira, celebrando sua contribuição para o teatro brasileiro. Flávio Império, se estivesse vivo, estaria com 80 anos de vida e 60 de carreira.

Contemplado com o Prêmio Zé Renato da Cidade de São Paulo, o espetáculo circulará pelos teatros distritais da cidade durante os meses de maio e junho, com o apoio da Secretaria Municipal de Cultural. As próximas apresentações serão: Teatro Alfredo Mesquita, dias 3, 4 e 5 de junho; Teatro Leopoldo Fróes, dias 10, 11 e 12 de junho; Teatro Cacilda Becker, dias 17, 18 e 19 de junho e retorna ao Teatro Flávio Império, dias 24, 25 e 26 de junho. O projeto está habilitado pelo edital PROART Educação, sendo um estímulo para debate sobre arte e história.

Pela contribuição do artista para as áreas além do teatro, no dia 26 de junho, último dia do espetáculo, será realizado um debate, após a sessão, com os arquitetos Lívia Loureiro, Pedro Arantes e Yuri Quevedo, profissionais influenciados pela obra de Flávio Império.

Com dramaturgia do próprio Nei Gomes, o texto tem como base a obra e o trabalho do artista no teatro, na arquitetura e nas artes plásticas. “A peça é uma vivência, onde a relação espectador-ator é muito próxima, um happening de muitas linguagens. O objetivo é trazer à tona suas inquietações e contribuições para as artes”, define o autor.

Crédito: Jonatas Marques
Realçando a importância de Flávio Império para a arte brasileira, a peça retrata o artista nos momentos finais de sua vida, em um balanço consigo próprio e em reflexões sobre vida e morte. Em 1985, Flávio foi internado com encefalite decorrente da AIDS. A dramaturgia parte do processo de delírios, comuns nesse quadro clínico, para rememorar sua trajetória.

“O fio condutor são as suas memórias e experiências vividas. Então me veio a ideia de um devaneio ficcional, decorrente das infecções que teve quando internado. A memória não é perfeita, tem lacunas, criamos coisas, tudo isso aliado à situação do delírio me fez construir um narrador que passasse por diversos planos, podendo ser lírico, dramático ou narrativo. Assim o texto pode ter saltos não lógicos”, explica Nei.

Durante o processo de pesquisa, Nei Gomes entrevistou personalidades que conviveram com o cenógrafo, como Maria Thereza Vargas, José Celso Martinez Corrêa, Drauzio Varela, Suzana Yamauchi, Loira Cerroti, Iacov Hillel, Edmar de Almeida e Vera Império Hamburger. Personagens e textos dos espetáculos que Flávio montou também serviram de referências para os desdobramentos do espetáculo.

“Essas pessoas me ajudaram, a partir de cada ponto de vista, a construir um retrato. Os relatos ou mesmo a imagem que cada um guarda da figura do Flávio, somado à minha pesquisa, me fizeram chegar num ser humano intenso e complexo. O espetáculo é um lugar de encontro e celebração sobre a figura do Flávio e seus pensamentos. A obra é ficcional, mas as referencias são todas reais”.

Instalação cênica
A montagem traça um panorama da vida artística de Flávio, desde seu envolvimento com a Comunidade do Cristo Operário, em 1956, até os últimos trabalhos, em 1985. “Não dá para ignorar o momento histórico em que ele viveu. O Flávio era múltiplo. Foi um cidadão atuante, viveu na época da ditadura militar, morreu de AIDS, numa época em que pouco se sabia sobre a doença. Tudo isso não é central no espetáculo, mas certamente o afetou artisticamente”, fala Nei.

Uma cama hospitalar é o elemento central do cenário. Dois biombos servem como telas para projeção de luz e imagens que simulam os delírios. Os figurinos têm uma base branca e alguns elementos coloridos que, assim como os objetos cênicos, rementem ao aspecto limpo e asséptico de um hospital.
A encenação também se utiliza de diferentes formas de expressão como a videoprojeção, a iluminação e a trilha sonora executada ao vivo por três músicos. Alguns atores fazem participação especial em vídeo interpretando personagens contemporâneos ao Flávio como Cacilda Becker, Lina Bo Bardi, Myriam Muniz, Walmor Chagas, entre outros.A plateia será acomodada em cima do palco. Uma instalação com telas representa as várias áreas de atuação do multiartista e durante o espetáculo o público pode pintar e interagir com elas.

“O Flávio fez de tudo no teatro, além de romper com a estrutura de colaboração com a área em que atuava. Ele não trabalhava por encomenda, fazia um processo de acompanhamento de todo projeto e propunha muito, inclusive ajudando a determinar questões estéticas centrais da obra que montava”, comenta Nei.

Flávio Império
Cenógrafo, figurinista, diretor, arquiteto, professor e artista plástico. Suas experiências na pintura evidenciam o aprendizado da linguagem modernista. Reconhecido por seu trabalho artístico, Flávio trouxe ao fazer teatral, entre os anos de 1960 e 1980, uma nova forma de inserção das áreas artísticas de criação que, até então, eram consideradas secundárias em montagens de espetáculos de teatro.

Sua participação no processo de criação e seus estudos sobre os espetáculos o colocaram dentro das salas de ensaios com outros artistas criadores. Muitas peças tiveram sua concepção estética determinada pela cenografia, de tão poderosa, coerente e participativa que era sua presença. Flávio Império morreu às vésperas de completar 50 anos, no Hospital do Servidor Público Estadual, vitimado por uma infecção bacteriana nas meninges causada pela Aids, em 1985.

Sinopse
O espetáculo conta a história da vida e da obra do multiartista Flávio Império (1935-1985). A narrativa não linear é alimentada pelos delírios causados pela forte infecção que sofreu se misturando à história do próprio teatro.

Sobre Nei Gomes
Nei Gomes é ator, professor e diretor de teatro. Tem em sua formação a linguagem circense aliada à prática teatral. É membro-fundador da Cia. Estável de Teatro, criada em 2001.

Ficha técnica:
Idealização, Dramaturgia e atuação: Nei Gomes. Direção: Renata Zhaneta. Assistentes de direção: Andressa Ferrarezi e Osvaldo Hortêncio. Assistentes de produção: Maria Carolina Dressler e Adriano Rosa. Participação especial em vídeo: Andressa Ferrarezi, Daniela Giampietro, Karen Menati, Osvaldo Hortêncio, Maria Carolina Dressler, Osvaldo Pinheiro e Renata Zhaneta. Identidade Visual, Registro e Produção Multimídia: Jonatas Marques. Provocadores musicais: Piero Damiani e Rani Guerra. Cenografia: Luis Carlos Rossi. Figurino: Mariana Moll. Iluminação: Erike Busoni. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli. Grupo parceiro com sede para ações: Periferia Invisível.

Serviço:

"Réquiem Para Um Amigo da Multidão" 
Duração: 70 minutos. Classificação etária: 10 anos. Ingressos: Grátis.

Teatro Flávio Império - R. Prof. Alves Pedroso, 600 – Cangaíba. Telefone – 2621 2719.
Dias 27, 28 e 29 de maio e 24, 25 e 26 de junho. Sexta-feira e sábado, às 20h. Domingo, às 19h.
Capacidade: 100 Lugares. Estacionamento: Grátis. Acessibilidade: Sim.

Teatro Alfredo Mesquita - Av. Santos Dumont, 1770 – Santana. Telefone – 2221 3657.
Dias 3, 4 e 5 de junho. Sexta-feira e sábado, às 21h. Domingo, às 19h.
Capacidade: 60 Lugares. Estacionamento: Grátis. Acessibilidade: Sim.

Teatro Leopoldo Fróes - Rua Antonio Bandeira, 114. Santo Amaro. Telefone - 5541-7057.
Dias 10, 11 e 12 de junho. Sexta-feira e sábado, às 20h. Domingo, às 19h.
Capacidade: 60 Lugares. Estacionamento: Não. Acessibilidade: Sim.

Teatro Cacilda Becker - Rua Tito, 295 – Lapa. Telefone - 3864-4513.
Dias 17, 18 e 19 de junho. Sexta-feira e sábado, às 21h. Domingo, às 19h.
Capacidade: 60 Lugares. Estacionamento: Não. Acessibilidade: Sim.

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

.: "Avesso - O Musical" aborda conflito de gerações no Teatro Nair Bello

Foto: Divulgação



Trilha de Thiago Gimenez com pegada de rap e rock, cenas de ação coreografadas por Cristiano Fortes, áudio de cinema, efeitos especiais e projeção mapeada são elementos da encenação.

Com texto forte e conflituoso, o espetáculo "Avesso - O Musical" segue em temporada no Teatro Nair Bello, em São Paulo, até o dia 25 de novembro. Idealizado e dirigido por Hudson Glauber, o musical tem texto assinado por Daniel Torrieri Baldi e Maria Elisa Berredo com colaboração de Gustavo Amaral.

A encenação, de caráter ousado, desconstrói o clássico formato para apresentar uma montagem jovem, densa e dinâmica. O enredo expõe os conflitos entre as gerações de um ponto de vista contemporâneo, a partir das reivindicações de um grupo de universitários, que sequestram um professor em busca de diálogo com o novo reitor.

Eles exigem melhores condições de ensino. Em princípio, as várias ideias, os debates e pontos de vista são colocados em cena, mas os jovens acabam perdendo o controle da situação, seus ideais vão se confundindo com radicalismo e o sequestro toma rumos surpreendentes, atingindo proporções muito além do que eles poderiam imaginar. 

No elenco, destaque para a volta do ator e diretor Jair Assumpção, interpretando o antiquado professor Juca, ao lado de Vanessa Goulartt, André Pottes, Gabriel Vaccaro, Guh Rezende, Leticia Spanghero e Ricardo Manga.

A encenação: Enquanto tentam manter o plano do sequestro, os alunos acabam se envolvendo em discussões e embates que colocam em cheque os seus próprios princípios; dúvidas vão surgindo, difíceis de serem contornadas. As discussões também colocam na berlinda o ponto de vista do professor, conhecido por suas ideias rígidas e até antiquadas. “Estamos em um mundo onde ninguém mais entende ninguém, onde não se pratica a empatia, e as confusões se tornam grandes torres de babel. Juca, meu personagem, traz isso, ele não consegue sair do conflito, nem tão pouco apaziguar as coisas”, explica o ator Jair Assumpção.

Outro viés interessante da trama é o destaque para o poder feminino, tendo uma mulher radical como líder da ação, interpretada por Vanessa Goulartt. “Ela não só lidera como tem um grande poder de persuasão. O problema é que está voltada para os seus próprios interesses”, comenta a atriz. Cada personagem surge com um ideal revolucionário, mas, no decorrer da trama, ficam perceptíveis os interesses individuais - de todos. “Avesso retrata a nossa atual sociedade, onde as pessoas estão sempre lutando por algo, seja o bem comum ou individual”, pontua o diretor Hudson Glauber.

Avesso tem trilha sonora original, com músicas e letras criadas por Thiago Gimenez que compôs um clima musical jovem e contemporâneo, no qual são destaques ritmos como o rap e o rock, além de estilos como MPB e até valsa. A montagem também traz para o teatro a sofisticação do som de cinema, sendo realizado com áudio 5.1. As cenas de luta e ação foram coreografadas pelo dublê profissional Cristiano Fortes; e a preparação corporal é de André Capuano. A encenação conta ainda com efeitos especiais e projeção mapeada em todo o palco que amarram as cenas, ilustrando acontecimentos externos, paralelos ao sequestro, que influenciam na mudança dos rumos da história encenada.

FICHA TÉCNICA – Idealização e direção: Hudson Glauber. Texto: Daniel Torrieri Baldi e Maria Elisa Berredo; colaboração de Gustavo Amaral. Direção musical / letras e músicas: Thiago Gimenes. Direção de movimento: André Capuano. Elenco: Jair Assumpção, Vanessa Goulartt, André Pottes, Gabriel Vaccaro, Guh Rezende, Letícia Spanghero e Ricarddo Manga. Cenário: Chico Spinosa e Kimiko Kashiwaya. Figurino e visagismo: Lígia Breternitz. Design de luz: Rodrigo Alves ‘Salsicha’. Design de som: Eric Ribeiro Christani. Engenheiro e operação de som: Alessandro Aoyama. Técnico/projeção mapeada: Clézio Campos. Coreografias de ação: Cristiano Fortes. Percussão: Beto Sodré. Trilha original e sonoplastia: Fábio Sá. Captação/edição de imagens: Vinícius de Araújo. Captação de áudio: Daniel de Castro Lopes. Edição/áudio: Matheus Gonçalves. Músicos: Tiago Saul e Jhonny Mantelato. Assistência de direção musical: Daniel Medeiros. Direção de palco: Beto Martins. Assistência de direção: Felipe Caiafa, Sávio Gabriel e Vitória Mori. Assistência de palco: Isadora de Almeida e Thais do Nascimento. Pichação: Mico, LDP e Cegos. Cenotécnica: Armazém Cenográfico. Montagem cênica: Tiago Nunes. Elenco / vídeos: Juçara Moraes, Leandro Tadeu, Lígia Breternitz, Angélica Prieto, Eduardo Carrilho, Vitória Mori e Sávio Gabriel. Administração: Fernando Rossilho. Auxiliares de administração: Renata Miranda e Márcia Okimura. Compras: Fábio Brazão. Técnico TI: Michael Banzatto. Design gráfico e fotografia: Francisco Júnior. Assessoria de imprensa: Alene Castilho, Heloísa Corrêa e Verbena Comunicação. Direção de produção: Daniel Torrieri Baldi. Produção executiva: Maristela Bueno e Rodrigo Trevisan. Assistência de produção: Renato Campagnoli.

Serviço 
Espetáculo: Avesso – O Musical
Temporada: 12 de outubro a 25 de novembro
Horários: Sexta e sábado (às 21h) e domingo (às 19h)
Duração: 60 min. Classificação: 16 anos. Gênero: Drama musical
Ingressos: R$ 60,00 (meia: R$ 30,00)
Bilheteria: quarta a sábado (15h às 21h) e domingo (das 15h às 19h)
Online: tudus.com.br/evento/teatro-nair-bello-avesso--o-musical

Temporada 2019
Reestreia: 11 de janeiro (sexta, às 21h) – Até 24/2 - Mesmos dias e horários.
Teatro Nair Bello
Rua Frei Caneca, 569 - 3° Piso, Shopping Frei Caneca. SP/SP.
Tel: (11) 3472-2442. Capacidade: 201 lugares.
Ar condicionado. Acessibilidade.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

.: Musical "Avesso" encerra temporada em fevereiro, no Teatro Nair Bello

Foto: Divulgação


O espetáculo "Avesso - O Musical" encerra sua segunda temporada no Teatro Nair Bello, no dia 24 de fevereiro. Dirigido por Hudson Glauber e com texto assinado por Daniel Torrieri Baldi e Maria Elisa Berredo, a montagem fez sua temporada de estreia no final de 2018, no mesmo local. As apresentações ocorrem às sextas e sábados (às 21h) e aos domingo (às 19h).

A encenação desconstrói com ousadia o clássico formato para apresentar uma montagem jovem, densa e dinâmica. O enredo expõe os conflitos entre as gerações de um ponto de vista contemporâneo, a partir das reivindicações de um grupo de universitários, que sequestram um professor em busca de diálogo com o novo reitor da instirtuição.

Eles exigem melhores condições de ensino. Em princípio, as várias ideias, os debates e os pontos de vista são colocados em cena, mas os jovens acabam perdendo o controle da situação, seus ideais vão se confundindo com radicalismo e o sequestro toma rumos surpreendentes, atingindo proporções muito além do que eles poderiam imaginar. 

No elenco, destaque para a volta do ator e diretor Jair Assumpção, interpretando o antiquado professor, ao lado de Vanessa Goulartt, André Pottes, Gabriel Vaccaro, Guh Rezende, Leticia Spanghero, Marco Azevedo, Priscilla Sampaio e Vitória Mori.

Avesso tem trilha sonora original, com músicas e letras criadas por Thiago Gimenes que compôs um clima musical jovem e contemporâneo, no qual são destaques ritmos como o rap e o rock, além de estilos como MPB e até valsa. A montagem também traz para o teatro a sofisticação do som de cinema, sendo realizado com áudio 5.1. As cenas de luta e ação foram coreografadas pelo dublê profissional Cristiano Fortes; e a direção de movimento é de André Capuano. A encenação conta ainda com efeitos especiais e projeção mapeada em todo o palco que amarram as cenas, ilustrando acontecimentos externos, paralelos ao sequestro, que influenciam na mudança de rumo da história encenada.

Enquanto tentam manter o plano do sequestro, os alunos acabam se envolvendo em discussões e embates que colocam em cheque os seus próprios princípios; dúvidas vão surgindo, difíceis de serem contornadas. As discussões também colocam na berlinda o ponto de vista do professor, conhecido por suas ideias rígidas e até antiquadas. “Estamos em um mundo onde ninguém mais entende ninguém, onde não se pratica a empatia, e as confusões se tornam grandes torres de babel. Meu personagem traz isso, ele não consegue sair do conflito, nem tão pouco apaziguar as coisas”, explica o ator Jair Assumpção.

Outro viés interessante da trama é o destaque para o poder feminino, tendo uma mulher radical como líder da ação, interpretada por Vanessa Goulartt. “Ela não só lidera como tem um grande poder de persuasão. O problema é que está voltada para os seus próprios interesses”, comenta a atriz. Cada personagem surge com um ideal revolucionário, mas, no decorrer da trama, ficam perceptíveis os interesses individuais - de todos. “Avesso retrata a nossa atual sociedade, onde as pessoas estão sempre lutando por algo, seja o bem comum ou individual”, pontua o diretor Hudson Glauber. “Criamos um microcosmo capaz de refletir os problemas da sociedade contemporânea. O musical é uma pancada no estômago.” Completa o autor Daniel Torrieri Baldi.

FICHA TÉCNICA – Idealização e direção: Hudson Glauber. Texto: Daniel Torrieri Baldi e Maria Elisa Berredo; colaboração de Gustavo Amaral. Direção musical / letras e músicas: Thiago Gimenes. Direção de movimento: André Capuano. Elenco: Jair Assumpção, Vanessa Goulartt, André Pottes, Gabriel Vaccaro, Guh Rezende, Letícia Spanghero, Priscilla Sampaio, Marco Azevedo e Vitória Mori. Cenário: Chico Spinosa e Kimiko Kashiwaya. Figurino e visagismo: Lígia Breternitz. Design de luz: Rodrigo Alves ‘Salsicha’. Design de som: Eric Ribeiro Christani. Engenheiro e operação de som: Alessandro Aoyama. Técnico/projeção mapeada: Clézio Campos. Coreografias de ação: Cristiano Fortes. Percussão: Beto Sodré. Trilha original e sonoplastia: Fábio Sá. Captação/edição de imagens: Vinícius de Araújo. Captação de áudio: Daniel de Castro Lopes. Edição/áudio: Matheus Gonçalves. Músicos: Tiago Saul e Jhonny Mantelato. Assistência de direção musical: Daniel Medeiros. Direção de palco: Beto Martins. Assistência de direção: Felipe Caiafa, Sávio Gabriel e Vitória Mori. Assistência de palco: Isadora de Almeida e Thais do Nascimento. Pichação: Mico, LDP e Cegos. Cenotécnica: Armazém Cenográfico. Montagem cênica: Tiago Nunes. Elenco / vídeos: Juçara Moraes, Leandro Tadeu, Lígia Breternitz, Angélica Prieto, Eduardo Carrilho, Vitória Mori e Sávio Gabriel. Administração: Fernando Rossilho. Auxiliares de administração: Renata Miranda e Márcia Okimura. Compras: Fábio Brazão. Técnico TI: Michael Banzatto. Design gráfico e fotografia: Francisco Júnior. Assessoria de imprensa: Alene Castilho, Heloísa Corrêa e Verbena Comunicação. Direção de produção: Daniel Torrieri Baldi. Produção executiva: Maristela Bueno e Rodrigo Trevisan. Assistência de produção: Renato Campagnoli.

Serviço 
Espetáculo: Avesso – O Musical
Temporada: 18 de janeiro a 24 de fevereiro de 2019
Últimas apresentações: 22, 23 e 24 de fevereiro
Horários: Sexta e sábado (às 21h) e domingo (às 19h)
Duração: 60 min. Classificação: 16 anos. Gênero: Drama musical
Ingressos: R$ 60,00 (meia: R$ 30,00)
Bilheteria: quarta a sábado (15h às 21h) e domingo (das 15h às 19h)
Online: tudus.com.br/evento/teatro-nair-bello-avesso--o-musical

Teatro Nair Bello
Rua Frei Caneca, 569 - 3° Piso, Shopping Frei Caneca. SP/SP.
Tel: (11) 3472-2442. Capacidade: 201 lugares.
Ar condicionado. Acessibilidade.

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