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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

.: Como o trabalho de imagem enalteceu "Parasita" e outras produções do Oscar


Especialistas ressaltam a importância dos elementos visuais para envolver o público.

A noite mais aguardada da Indústria do Cinema, neste ano, veio para fazer história e atravessar fronteiras, afinal, pela primeira vez, na cerimônia do Oscar, um filme não falado em inglês leva os principais prêmios, incluindo Melhor Filme: o sul-coreano "Parasita", que também conquistou os prêmios de Melhor Direção para Bong Joon-ho, Melhor Roteiro Original e Melhor Filme Estrangeiro, sendo o longa com o maior número de premiações da noite.

Para Mariana Mascarenhas, jornalista e pesquisadora da linguagem cinematográfica, a decisão da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas em conceder o principal prêmio da cerimônia a uma produção estrangeira como "Parasita" reflete uma expansão do olhar para além das fórmulas cinematográficas já conhecidas, sem contar o reconhecimento da potencialidade de outras culturas que poderiam ser mais valorizadas mundialmente.

“É, exatamente isso que o filme sul-coreano faz: ele rompe com a previsibilidade do começo ao fim, em torno de um tema de repercussão mundial que é a desigualdade social, trabalhando diversos gêneros numa única história, como drama, suspense e tragédia, além de arrancar risadas em alguns momentos”, diz a jornalista. Mariana reforça tal afirmação ao dizer que a disputa para Melhor Filme estava acirrada e que outras produções como "1917", uma das favoritas a ganhar tal prêmio poderia ter ganho, afinal o filme estava impecável, com cenas de guerra em planos-sequência que traziam maior realismo às cenas, mas com uma narrativa que se tornava cada vez mais explícita com o desenrolar da trama. No entanto, em "Parasita", o elemento surpresa se faz presente durante todo o longa até atingir o ápice no final.

“Mas, além do fator-surpresa, também não podemos nos esquecer como este filme comove ao traçar um paralelo de duas famílias completamente distintas e como tal diferença se reflete em suas personalidades, afinal a trama narra a história de uma família pobre se infiltrando numa família rica sem que esta perceba alguma coisa”, ressalta a jornalista. Ela aponta como os elementos cinematográficos auxiliam na ilustração desta desigualdade, incluindo a presença constante de uma minúscula janela com grades, cuja vista é para a calçada da família pobre, que vive num porão, em contraste com a janela gigantesca e sem grade na mansão da família rica.

“Num dos momentos do filme, ambas as famílias enfrentam uma tempestade de modo que a pobre sente seus efeitos com muito mais intensidade do que a rica, fazendo-nos refletir sobre um cenário tão comum na realidade”, conclui a jornalista. Estudioso do impacto das imagens na sociedade há mais de 30 anos, o professor Jack Brandão, doutor em Literatura pela USP e diretor do Centro de Estudos Imagéticos CONDES-FOTÓS IMAGO LAB, ressalta o poder que tais elementos levantados por Mariana possuem na mente do público, mais até do que a própria narrativa em si.

“Na propaganda, por exemplo, uma das formas de atrair o consumidor é utilizar o chamado efeito latente, ou seja, de repetição de imagens e palavras-chave que se fixam no nosso inconsciente sem nos darmos conta. Num filme acontece o mesmo. No caso de Parasita, a presença constante da janela acentua essa desigualdade de modo que eu me sinta, até mesmo, sufocado na cena que exibe a casa da família pobre, enquanto ganho fôlego na cena em que observo a mansão da família rica”, diz Brandão.

Para o professor, o diretor da trama usa da imagem para causar um incômodo sensorial que seria, então, o incômodo da desigualdade. “Não devemos nos esquecer que a imagem não é apenas visual, mas auditiva, tátil, olfativa. A partir do momento que eu a consumo, estou consumindo a realidade que ela me apresenta e assim envolvo meus sentidos nela. Além disso, há uma série de acontecimentos surpreendentes ao longo da trama e percebemos que a maioria deles ocorre em planos escuros, fechados e num ambiente apertado e sufocante”. Para o pesquisador, é exatamente isto que o público deseja, ser surpreendido pela imagem, ou, ao menos, acreditar ser.

Mas, embora outras produções que disputavam o Oscar de Melhor Filme não tenham trabalhado o elemento surpresa como Parasita, também possuem seus méritos. “Em '1917', por exemplo, a imagem praticamente conta a narrativa do filme em planos-sequência que nos levam para a perspectiva de visão do protagonista. Tanto é que a produção levou os prêmios de Melhor Fotografia e Efeitos Visuais, além de conquistar também Melhor Mixagem de Som”.

Outro filme apontado por Brandão que ele acredita nos prender pela imagem é o "Coringa", que apesar de ter liderado em indicações - ao todo foram 11 - levou apenas de Melhor Ator para Joaquin Phoenix e Melhor Trilha Sonora Original, que, por sinal, foi elogiada pelo professor. “Como disse, a imagem também é auditiva e a trilha sonora ‘ilustrou’ com perfeição as perturbações mentais do protagonista, afinal é, justamente, a trilha adequada que condiciona a nossa interpretação para aquilo que ela quer ‘ilustrar’”, conclui.

Portanto, tanto "Parasita" quanto as demais produções nos mostram como a imagem pode nos influenciar sem que nos apercebamos disso e fazer toda a diferença numa premiação como a do Oscar.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

.: Todos os filmes indicados aos Oscar 2020 [Lista]


Nesta segunda-feira, 13 de janeiro,  os indicados ao Oscar 2020 fora divulgados pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

A 92ª cerimônia do Oscar será realizada no dia 9 de fevereiro, no Teatro Dolby, em Hollywood, sem a figura de um apresentador principal. Segue a lista:

Melhor Filme
"1917"
"Adoráveis Mulheres"
"Coringa"
"Era uma Vez em… Hollywood"
"Ford vs. Ferrari"
"História de um Casamento"
"O Irlandês"
"Jojo Rabbit"
"Parasita"

Melhor Diretor 
Bong Joon Ho em “Parasita”
Martin Scorsese em “O Irlandês”
Quentin Tarantino em “Era uma Vez em… Hollywood“
Sam Mendes em “1917”
Todd Phillips em “Coringa“

Melhor Ator
Antonio Banderas em “Dor e Glória”
Leonardo DiCaprio em “Era Uma Vez em… Hollywood“
Adam Driver em “História de Um Casamento”
Joaquin Phoenix em “Coringa“
Jonathan Pryce em “Dois Papas”

Melhor Atriz
Cynthia Erivo em “Harriet”
Scarlett Johansson em “História de Um Casamento”
Saiorse Ronan em “Adoráveis Mulheres“
Charlize Theron em “O Escândalo”
Renée Zellweger em “Judy – Muito Além do Arco-Íris”

Melhor Ator Coadjuvante 
Tom Hanks em “Um Dia Lindo na Vizinhança”
Anthony Hopkins em “Dois Papas”
Al Pacino em “O Irlandês”
Joe Pesci em “O Irlandês”
Brad Pitt em “Era uma Vez em… Hollywood“

Melhor Atriz Coadjuvante 
Kathy Bates em “O Caso Richard Jewell”
Laura Dern em “História de um Casamento”
Scarlett Johansson em “Jojo Rabbit”
Florence Pugh em “Adoráveis Mulheres“
Margot Robbie em “O Escândalo”

Melhor Filme Estrangeiro
"Corpus Christi"
"Dor e Glória"
"Honeyland"
"Os Miseráveis"
"Parasita"

Melhor Figurino 
"Adoráveis Mulheres"
"Coringa"
"Era Uma Vez em… Hollywood"
"O Irlandês"
"Jojo Rabbit"

Melhor Mixagem de Som
"1917"
"Ad Astra"
"Coringa"
"Era Uma Vez em… Hollywood"
"Ford vs. Ferrari"

Melhor Edição de Som
"1917"
"Coringa"
"Era Uma Vez em… Hollywood"
"Ford vs. Ferrari"
"Star Wars: A Ascensão Skywalker"

Melhor Trilha Sonora Original 
"1917"
"Adoráveis Mulheres"
"Coringa"
"História de Um Casamento"
"Star Wars: A Ascensão de Skywalker"

Melhor Animação em Curta-metragem
"Dcera (Daughter)"
"Hair Love"
"Kitbull"
"Memorable"
"Sister"

Melhor Curta-metragem 
"Brotherhood"
"Nefta Football Club"
"The Neighbord’s Window"
"Saria"
"A Sister"

Melhor Documentário 
"The Cave"
"Democracia em Vertigem"
"Indústria Americana"
"For Sama"
"Honeyland"

Melhor Documentário em Curta-metragem 
"In the Absence"
"Learning to Skateboard in a Warzone (If You’re a Girl)"
"St. Louis Superman"
"A Vida em Mim"
"Walk Run Cha-Cha"

Melhor Direção de Arte
"1917"
"Era Uma Vez em… Hollywood"
"O Irlandês"
"Jojo Rabbit"
"Parasita"

Melhor Edição 
"Coringa"
"Ford vs. Ferrari"
"O Irlandês"
"Jojo Rabbit"
"Parasita"

Melhor Fotografia
"1917"
"Coringa"
"Era Uma Vez em… Hollywood"
"O Farol"
"O Irlandês"

Melhor Efeito Visual
"1917"
"O Irlandês"
"O Rei Leão"
"Star Wars: A Ascensão de Skywalker"
"Vingadores: Ultimato"

Melhor Cabelo e Maquiagem
"1917"
"Coringa"
"O Escândalo"
"Judy – Muito Além do Arco-Íris"
"Malévola – Dona do Mal"

Melhor Animação
"Como Treinar o seu Dragão 3"
"I Lost My Body"
"Klaus"
"Link Perdido"
"Toy Story 4"

Melhor Canção Original
“I Can’t Let You Throw Yourself Away” de "Toy Story 4"
“(I’m Gonna) Love me Again” de "Rocketman"
“I’m Standing with You” de "Superação: O Milagre da Fé"
“Into the Unkwnown” de "Frozen 2"
“Stand Up” de "Harriet"

Melhor Roteiro Adaptado
"Adoráveis Mulheres"
"Coringa"
"Dois Papas"
"O Irlandês"
"Jojo Rabbit"

Melhor Roteiro Original
"1917"
"Entre Facas e Segredos"
"Era Uma Vez em… Hollywood"
"História de Um Casamento"
"Parasita"


segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

.: "Parasita" e a representatividade no Oscar mostram que o mundo mudou


Para Pedro Butcher, professor de Cinema da ESPM Rio, a vitória do filme falado em coreano é uma evidência da busca de Hollywood em se tornar menos americana. Mas o que acontece daqui para a frente?

O sul-coreano "Parasita", dirigido por Bong Joon-ho ("O Hospedeiro", "Okja"), fez história ontem ao se tornar o primeiro longa não falado em inglês a ganhar o Oscar de Melhor Filme. Segundo Pedro Butcher, professor de Cinema da ESPM Rio, a vitória de Parasita - para além de seus evidentes méritos artísticos - é reflexo da recente postura da Academia de Cinema de Hollywood de buscar mais inclusão e representação na sua principal premiação. 

“Há uma pressão muito grande para que a  Academia se modernize e fique mais conectada às transformações sociais", diz Butcher.  "Nesse sentido, o prêmio dado a Parasita é um marco. Mas é pensar em como será daqui para a frente. A categoria filme internacional só contempla indicações. Na categoria melhor filme, são dez. Enquanto isso não mudar, filmes não falados em inglês permanecerão como nichos".

"Parasita", que também venceu a Palma de Ouro no Festival de Cannes, conta a história de quatro membros de uma família sul-coreana com dificuldades financeiras que se infiltram de maneira articulada no cotidiano do clã Park, cujo padrão de vida é luxuoso. O roteiro traz os contrastes sociais, as dificuldades econômicas e as relações familiares no universo dos personagens. 

.: Oscar 2020: confira os vencedores da noite histórica para o cinema


O Oscar 2020 surpreendeu ao entregar o principal prêmio da noite, o de Melhor Filme, para o sul-coreano "Parasita". Grande vencedor da noite, a produção levou quatro estatuetas. “Vou beber muito essa noite”, brincou o diretor Bong Joon-Ho, em uma das vezes que subiu ao palco. Outro grande vencedor da noite foi o longa-metragem "1917", que levou três prêmios em categorias técnicas. 

Melhor Filme
"Parasita"


Melhor Atriz
Renée Zellweger, por "Judy – Muito Além do Arco-Íris"

Melhor Ator 
Joaquin Phoenix, por "Coringa".

Melhor Ator Coadjuvante 
Brad Pitt, por "Era Uma Vez em… Hollywood".


Melhor Atriz Coadjuvante
Laura Dern, por “História de um Casamento” Rachel Luna/Getty Images

Melhor Filme Internacional
"Parasita" (Coreia do Sul)

Melhor Roteiro Original
"Parasita"


Melhor Roteiro Adaptado
"Jojo Rabbit"

Melhor Documentário 
"Indústria Americana"

Melhor Animação 
"Toy Story 4"


Melhor Canção Original 
"(I’m Gonna) Love Me Again", de Elton John, por Rocketman


Melhor Fotografia 
"1917"

Melhor Direção de Arte 
"Era Uma Vez em… Hollywood"


Melhor Trilha Sonora Original 
"Coringa"


Melhor Figurino 
"Adoráveis Mulheres"


Melhor Maquiagem e Penteado 
"O Escândalo"


Melhores Efeitos Visuais
"1917"


Melhor Edição de Som
"Ford vs Ferrari"


Melhor Mixagem de Som 
"1917"


Melhor Montagem
"Ford vs Ferrari"


Melhor Animação em curta-metragem
"Hair Love"


Melhor Curta-metragem 
"The Neighbors’ Window"

Melhor Documentário de Curta-metragem 
"Learning to Skateboard in a Warzone (If You’re a Girl)"

domingo, 4 de julho de 2021

.: "Tela Quente" exibe "Parasita", vencedor do Oscar de Melhor Filme


O "Tela Quente" desta segunda-feira, dia 5 de julho, traz um dos filmes mais prestigiados dos últimos tempos, e inédito na TV aberta. O sul-coreano "Parasita" (crítica neste link), de Bong Joon Ho, levou a Palma de Ouro no Festival de Cannes de 2019 e, na 92ª edição do Oscar, ganhou o prêmio de Melhor Filme, Melhor Filme Internacional, Melhor Roteiro Original e Melhor Diretor, um feito inédito para um filme estrangeiro. O longa também ganhou estatuetas em outras premiações, como Bafta Awards, Buil Film Awards, Sydney Film Festival e Critics' Choice Movie Award.  
      
Em 'Parasita', toda a família de Ki-taek (Song Kang-ho) está desempregada, vivendo num porão sujo e apertado. Uma obra do acaso faz com que o filho adolescente da família comece a dar aulas de inglês à garota de uma família rica. Fascinados com a vida luxuosa destas pessoas, pai, mãe, filho e filha bolam um plano para se infiltrarem também na família burguesa, um a um. No entanto, os segredos e mentiras necessários à ascensão social custarão caro a todos. Jang Hye-jin, Choi Woo-shik, Park So-Dam, Lee Sun-kyun e Cho Yeo-jeong também estrelam o filme.  
 
Considerado uma obra-prima pela crítica especializada, "Parasita" também fez grande sucesso de bilheteria, arrecadando mais de 250 milhões de dólares, com sua mistura de suspense e humor, repleto de críticas sociais.  Nesta segunda-feira, dia 5 de julho, o "Tela Quente" vai ao ar após "Império". 

sábado, 16 de setembro de 2023

.: Crítica: "OLDBOY" volta aos cinemas com trama de hipnose e incesto

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em setembro de 2023


Produção coreana de 20 anos, premiada no Festival de Cannes em 2004, reestreia nos cinemas completamente restaurado. "OLDBOY", em cartaz no Cineflix Cinemas, é uma fábula de vingança protagonizada por Choi Min-sik, (Oh Dae-su), um homem que fala com a filha num telefone público, carregando asas de anjo como presente. Contudo, ele some e é misteriosamente encarcerado por 15 enlouquecedores anos, com direito a muitas horas de televisão. 


No entanto, quando Oh Dae-su é solto, ganha cinco dias para desvendar quem foi seu raptor, além de descobrir o que aconteceu para que ele tivesse virado prisioneiro e, claro, realizar vingança. Enquanto mantém seu foco, ele ganha a companhia de Mi-do (Kang Hye-jeong) por quem se encanta. Todavia, há um jogo mental maquiavélico entre Oh Dae-su e Mi-do que garante muitas reviravoltas na trama movida por hipnose e incesto.


Adaptado de um mangá de Garon Tsuchiya e Nobuaki Minegishi, ao retornar às telonas, "OLDBOY" alcançou o mérito de fazer uma média de público por sessão boa, perdendo apenas para “Barbie”. O que confirma o fato de o tempo não ter tornado o filme obsoleto, imprimindo inclusive um visual moderno.


Filme precursor do vencedor do Oscar "Parasita", da série de sucesso "Round 6", da trilogia de vingança do diretor Park Chan-wook, "Mr. Vingança" (2002), "Oldboy" (2003), "Lady Vingança" (2005), garante cenas de tortura que facilmente fazem o público se contorcer, uma vez que são retratadas com naturalidade. Apesar das sequências com certos exageros, no estilo dos filmes do lutador de artes marciais, Chuck Norris, ou das até excessivas explicações sobre o que levou a que para Oh Dae-su, "OLDBOY" é um filme a ser apreciado ainda nos dias de hoje em tela grande de cinema. Vale a pena!

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 


"Old Boy" ("Oldeuboi") Ingressos on-line neste link
Gênero: drama, suspense, ação. Classificação: 18 anos. Duração: 1h59. Ano: 2003. Idioma: coreano. 
Distribuidora: Pandora Filmes. Direção: Park Chan-WookRoteiro: Park Chan-Wook, Jo-Yoon Hwang. Elenco: Min-sik Choi, Yoo Ji-tae, Kang Hye-Jeong. Sinopse: Oh Dae-su (Choi Min-sik) é um homem comum, bem casado e pai de uma garota de 3 anos, que é levado a uma delegacia por estar alcoolizado. Ao sair ele liga para casa de uma cabine telefônica, para logo em seguida desaparecer, dexando como pista apenas o presente de aniversário que havia comprado para a filha. Pouco depois ele percebe estar em uma estranha prisão, onde há apenas uma TV ligada, no qual ele recebe pouca comida e respira um gás que o faz dormir diariamente. Através do noticiário da TV ele descobre que é o principal suspeito do assassinato brutal de sua esposa e sem ter outra opção, ele passa a se adaptar à escuridão de seu quarto e a preparar seu corpo e sua mente para sobreviver à pena que está sendo obrigado a cumprir sem saber o porquê.

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

sábado, 8 de fevereiro de 2020

.: Saiba quem os brasileiros querem que vença o Oscar 2020


A SEMrush, líder global em marketing digital, realizou um estudo para conhecer quais são as indicações ao Oscar mais populares da internet entre os brasileiros.

A premiação cinematográfica mais importante do ano vai acontecer no próximo domingo, dia 9 de fevereiro. Se o resultado dependesse do volume de buscas realizadas pelos brasileiros na internet, quem levaria a estatueta? Para isso, a SEMrush , líder global em marketing digital, realizou um estudo para descobrir quais foram as indicações mais procuradas em mecanismos de busca, como Google Yahoo e Bing, pelos brasileiros durante os últimos 3 meses do ano passado.

Desde sua estreia em outubro, em primeiro lugar, "Coringa" dispara como o filme mais pesquisado com 7,3 milhões de buscas por seu nome; Em seguida, "Era Uma Vez em Hollywood" recebeu 491 mil pesquisas no trimestre. Em terceiro lugar, o filme "Ford vs Ferrari" recebeu 429 mil pesquisas, já "Parasita" foi buscado 297 mil vezes. Em quinto lugar, "História de um casamento" teve 252 mil buscas. "O Irlandês" com 215 mil, "Jojo Rabbit" com 80,8 mil e o filme "1917" com 35,4 mil. Em último lugar, está o longa "Adoráveis Mulheres", com 13,6 mil.

Segue abaixo o ranking completo dos filmes indicados ao Oscar 2020 mais buscados (de outubro a dezembro de 2019 em ferramentas como Google e Bing):

1. "Coringa" - 7,3 milhões
2. "Era Uma Vez em Hollywood" - 491 mil
3. "Ford vs Ferrari" - 429 mil
4. "Parasita" - 297 mil
5. "História de Um Casamento" - 252 mil
6. "O Irlandês" - 215 mil
7. "Jojo Rabbit" - 80,8 mil
8. "1917" - 35,4 mil
9. "Adoráveis Mulheres" - 13,6 mil

Qual a melhor atriz? De acordo com o levantamento da SEMrush, Scarlett Johansson - em "História de Um Casamento" - é campeã de pesquisas, foram 779 mil no período analisado. Em segundo lugar e com 300 mil buscas, a atriz Charlize Theron, que brilhou no filme "O Escândalo". Para concluir o top 4, Saoirse Ronan recebeu 82,4 mil pesquisas por seu nome, enquanto Cynthia Erivo obteve 10,6 mil buscas.

Do outro lado, os atores também foram analisados. Joaquin Phoenix é o campeão com incríveis 2,2 milhões de buscas por seu nome. Seguido por Leonardo DiCaprio, com 602 mil buscas e Adam Driver, com 346 mil. Em quarto lugar, Antonio Banderas com 123 mil e, em quinto, Jonathan Pryce com 100 mil pesquisas.

O documentário mais pesquisado na internet pelos brasileiros foi "Democracia em Vertigem", com volume de 51,8 mil buscas no último trimestre. Vale destacar que somente em Junho e Julho, a produção recebeu 478 mil pesquisas. Em segundo lugar, o documentário "The Cave" recebeu 3,9 mil buscas. Já "Honeyland" recebeu 3,7 mil, "Indústria Americana", 1,57 mil e "For Sama" teve 1,19 mil. Tirando o documentário brasileiro, os outros não tiveram picos de busca ao longo de 2019.

Como curiosidade, o filme "Dois Papas", que concorre ao Oscar de melhor roteiro adaptado, recebeu 314 mil buscas no último trimestre do ano passado.

Sobre a SEMrush
A SEMrush é um software de busca competitiva e business intelligence que entrega dados e análises de buscas pagas e orgânicas, social media e link-building mundialmente. Com um poderoso conjunto de ferramentas de análise competitiva, a SEMrush oferece o que é necessário para auxiliar as empresas a otimizarem sua presença online, como por exemplo, ferramentas de auditoria de sites, monitoramento de marca e conteúdo. Os principais clientes da SEMrush são agências de digital marketing e websites de e-commerce.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

.: Doença de Chagas: Dr. Bactéria alerta sobre o Açaí

Roberto Martins Figueiredo (Dr. Bactéria) 


O açaí é consumido na tigela ou em forma de sucos. A polpa comercializada não oferece riscos se exibir na embalagem o número do registro do produto junto ao Ministério da Saúde. Isso porque a comercialização de polpa de produtos tropicais requer que as empresas cumpram regras sanitárias exigidas pelo Ministério da Agricultura.

A Doença de Chagas é causada por um parasita encontrado nas fezes do barbeiro. No Pará, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde de Belém (SESMA), a forma de transmissão mais comum da doença acontece pela ingestão de alimentos contaminados, como o açaí.

Ainda segundo a Sesma, este ano, seis casos da doença de chagas foram confirmados em Belém. Cinco pessoas da mesma família foram contaminadas. Em 2014, foram confirmados 28 casos.

A Secretaria de Estado de Saúde informou que, em 2013, foram registrados no Pará 133 casos de doença de Chagas e uma morte. Já em 2014 tiveram 137 casos e duas mortes. Os lugares com maior incidência dos casos são: Região Metropolitana de Belém, Marajó e Abaetetuba (G1).

Segundo a ANVISA, a Doença de Chagas é uma infecção causada pelo protozoário Trypanossoma cruzi, que pode ser transmitido ao homem pelas seguintes vias: vetorial (clássica), transfusional (reduzida com o controle sanitário de hemoderivados e hemocomponentes), congênita (transplacentária), acidental (acidentes em laboratórios), oral (com alimentos contaminados) e transplantes. Na transmissão vetorial o barbeiro, após picar a pessoa, deposita sobre a pele as fezes infectadas com o T. cruzi, que pode penetrar na corrente sanguínea. Historicamente, esse tipo de transmissão tem sido a principal causa da Doença de Chagas no Brasil. 

O período de incubação da Doença de Chagas varia de acordo com a via de transmissão, sendo de 5 a 15 dias na vetorial, de 30 a 40 dias na via transfusional, do quarto ao nono mês de gestação na via transplacentária e cerca de 7 a 22 dias para via oral. O quadro clínico caracteriza-se por febre prolongada, cefaléia, edema de face ou membros, manchas na pele, aumento do fígado ou baço, cardiopatia aguda, dentre outros. A confirmação da doença é feita por exame parasitológico e sorológico, conforme orientação médica. A transmissão oral considerada esporádica e circunstancial em humanos, tem se tornado freqüente na região amazônica e está relacionada à ocorrência de surtos recentes de Doença de Chagas Aguda (DCA) em diversos estados brasileiros, principalmente na Região Norte. 

A contaminação dos alimentos à base de vegetais in natura com T. cruzi é acidental e pode ocorrer durante a colheita, armazenamento, transporte ou até mesmo na etapa de preparação. Alguns estudos descrevem que a transmissão ao homem pode dar-se pela ingestão de insetos infectados ou de suas fezes, na hipótese de que sejam preparados junto com o alimento (caldo de cana, açaí); pelo consumo de animais que estejam infectados, sem uma cocção adequada da carne; pela ingestão de sangue de animais infectados; e pelo consumo de alimentos contaminados pela secreção dos animais reservatórios (do ciclo silvestre).

A contaminação do açaí se da no momento que este dica estocado nos "paneiros", antes de serem comercializados. O Barbeiro é atraído pelo cheiro do fruto na fermentação. Os microrganismos presentes se multiplicam rapidamente passando a produzir odores que atraem o barbeiro.

O controle se da por adoção de boas práticas, proteção dos paneiros a adoção de medidas como a lavagem das frutas, imersão em solução clorada a 200 mg por litro de água por 10  a 15 minutos e processos como o Branqueamento e a pasteurização.

No caso de frutos de açaizeiro, o branqueamento pode ser feito pela exposição à temperatura de 80 ºC, por 10 segundos, pois tais condições reduzem a carga microbiana

A pasteurização de açaí é normalmente realizada industrialmente, com a temperatura variando entre 80 ºC a 85 ºC, por 30 a 60 segundos. Em decorrência da viscosidade do açaí, a pasteurização é realizada em pasteurizadores do tipo tubular.

O congelamento a menos 20 graus C, segundo pesquisas da Unicamp, não elimina o parasita, o que faz com que a ingestão de produtos, apenas congelados, apresentem riscos  para a Doença de Chagas.

sábado, 8 de fevereiro de 2020

.: Quais as chances de "Democracia e Vertigem" levar o Oscar?

Neste domingo, dia 9, o Brasil poderá ganhar um inédito Oscar com o polêmico documentário "Democracia em Vertigem", da cineasta Petra Costa. 

O filme, que narra o processo que culminou com impeachment da presidente Dilma Rousseff, terá como principal concorrente a história de uma criadora de abelhas em conflito com seus vizinhos em um vilarejo da Macedônia. Para Pedro Butcher, professor de cinema da ESPM Rio, "Honeyland", dirigido por Tamara Kotevska, é o concorrente mais forte a levar o Oscar da categoria em 2020.

Além de concorrer pela estatueta na categoria de documentário, "Honeyland" disputa o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro com o sul-coreano "Parasita", aclamado pela crítica e pelo público e único concorrente estrangeiro à principal categoria da noite: Melhor Filme. E aí está o principal trunfo de "Honeyland". "'Honeyland' tem altas probabilidades de perder a premiação de Melhor Filme Estrangeiro para 'Parasita, o que aumenta as suas chances na outra categoria em que concorre", diz Butcher. "Mas é importante dizer que o Melhor Documentário é uma das categorias mais imprevisíveis do Oscar ao longo da história. Tudo pode acontecer".

Além de "Democracia em Vertigem" e "Honeyland", disputam o prêmio "Indústria Americana", produzido pelo ex-casal presidencial Barack e Michelle Obama, "For Sama" e "The Cave", filmes sírios que narram o cotidiano de um país arrasado pela guerra - fato que confere a esses filmes um apelo político-sentimental.

Tanto "Democracia em Vertigem" como "Indústria Americana" têm um forte componente político. Apesar de a Academia ser majoritariamente democrata, costuma não gostar de se posicionar sobre temas políticos polêmicos. E polêmica é o que não tem faltado no debate sobre a obra de Petra Costa. Os outros três concorrentes seguem a linha do documentário jornalístico.

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

.: Crítica do filme “Parasita”: a dor da existência


Por Oscar D’Ambrosio*, em outubro de 2019.

Vencedor do Festival de Cannes, “Parasita” é um filme sul-coreano que começa como uma comédia, torna-se uma tragédia e tem um final esperançoso, em que curiosamente acabamos por torcer por aqueles que aparentemente são os malvados da história. A narrativa, assim, tem reviravoltas constantes em que o riso se torna pranto.

O diretor Bong Joon-ho demonstra grande habilidade ao tratar das desigualdades sociais. O que começa com aparente maniqueísmo se torna um universo de relatividades, pois o chefe de uma família que aplica pequenos golpes, por exemplo, passa de um inescrupuloso líder para um sofrido personagem, que lamenta a morte da filha.

O filme mostra o cruzamento de três famílias em uma luxuosa residência de moderna arquitetura. Os donos da casa são um alto executivo pleno de preconceito contra as pessoas de baixa renda, uma esposa vazia intelectualmente, uma jovem adolescente carente e um menino com inclinações artísticas.

Seu contraponto é uma família de aproveitadores que se insere na casa como trabalhadores. Esse segundo grupo tem como líder um pai que adora tomar decisões rápidas guiadas pelo destino; a esposa, capaz de qualquer coisa para sobreviver; a bela e inteligente filha, que poderia cursar qualquer universidade; e um filho pleno de bons sentimentos, apesar de conivente com as falcatruas.

Entre os ricos que são enganados e os pobres enganadores está um casal que tudo desestabiliza. A ex-governanta da casa, alérgica a pêssego, e o seu marido, um endividado personagem que vive no porão, transformam-se de presas a predadores, num dos melhores momentos do filme.

Não deixe de ver essa alegoria dos tempos modernos, em que a tecnologia é onipresente e a violência impera perante insolúveis questões envolvendo distintas camadas sociais, impossibilidade de ascensão e a dor da existência, que a todos contamina, independendo do montante financeira que tenham.



Oscar D’Ambrosio* é jornalista pela USP, mestre em Artes Visuais pela Unesp, graduado em Letras (Português e Inglês) e pós-doutorando e doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e Gerente de Comunicação e Marketing da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

domingo, 16 de maio de 2021

.: Cinema dos anos 80 é tema de bate-papo no Petra Belas Artes Digital



A programação do Petra Belas Artes Digital desta semana está recheada de cultura, arte e super dicas! A nova plataforma digital com conteúdo gratuito e exclusivo produzido pela equipe do Belas Artes Grupo, leva semanalmente para os apaixonados pelo universo do cinema, cultura e arte, conteúdos exclusivos e indicações preciosas, que contam sobre o fazer cinema, o mercado cinematográfico e muito mais.

Esta semana, entre os destaques da programação, está uma deliciosa conversa sobre o cinema dos anos 1980 com os jornalistas especializados em cinema e entretenimento Miguel Barbieri, Eliane Munhoz e Lufe Steffen, com mediação de Paula Ferraz, assessora de imprensa do Belas Artes Grupo. Saiba também mais detalhes sobre a retrospectiva do Festival Finos Filmes - que acontece entre 20 de maio e 9 de junho no no Belas À La Carte. Quem dá a dica é Felipe Poroger, criador do festival de curtas que chega à sua oitava edição.

O Belas Artes Grupo agradece o patrocínio da Petra, e o apoio de seus parceiros: Alpha FM, Abraço Cultural, Casa Natura Musical, Galeria Pivô, Etc Filmes, MAM, MASP, MIS e Museu Afro Brasil.

Confira abaixo a programação completa:

18.05 l Terça-feira l 18h l Mercado | Como funciona um streaming de cinema - Vídeo 3

Juliana Brito, diretora de operação do Belas Artes Grupo, conta neste último vídeo desta série como funciona o trabalho de um streaming de filmes. Confira nesta terceira edição mais detalhes sobre os desafios, oportunidades e o sucesso do primeiro ano do Petra Belas Artes À La Carte.

19.05 l Quarta-feira l 18h l Cinema além das câmeras|O cinema dos anos 80

Confira neste vídeo uma deliciosa conversa sobre o cinema dos anos 1980. Participam do bate-papo os jornalistas especializados em cinema e entretenimento Miguel Barbieri, Eliane Munhoz e Lufe Steffen, com mediação de Paula Ferraz, assessora de imprensa do Belas Artes Grupo e cinéfila.

Sobre os participantes:

Eliane Munhoz é jornalista e foi executiva de marketing de várias empresas de entretenimento, como Sony, Paramount e Turner. Hoje é responsável pelo Blog de Hollywood e também escreve para o MSN e para o portal Ad News. E claro, ama os filmes dos anos 80.

Miguel Barbieri é formado em jornalismo pela PUC-SP e escreve sobre cinema desde 1992. Foi repórter crítico de cinema do Diário Popular e da Veja São Paulo e, agora, parte para carreira solo com seu site miguelbarbieri.com.br

Lufe Steffen é cineasta, jornalista, escritor, ator e cantor, formado em Comunicação – Rádio & Televisão na Universidade Metodista, além de formação técnica como ator na Fundação das Artes de São Caetano do Sul. Como cineasta, escreveu e dirigiu 10 curtas-metragens ficcionais e dois longas documentais, os premiados “São Paulo em Hi-Fi” (2016) e “A Volta da Pauliceia Desvairada” (2012), ambos sobre a noite LGBT paulistana.

Paula Ferraz é assessora de imprensa especializada em cinema desde 2006, formada em jornalismo e pós-graduada em crítica de cinema pela FAAP. Especializou-se em lançamentos de filmes independentes e já lançou mais 600 filmes, entre brasileiros e das mais diversas nacionalidades. Entre os filmes trabalhados estão: “A Origem” (2010), “Intocáveis” (2011), “Me Chame Pelo Seu Nome” (2018), “Melancolia” (2011), “Parasita” (2019), “O Farol” (2019), “Praia do Futuro” (2013), “O Animal Cordial” (2017), “A Sombra do Pai” (2018), “A Vida Invisível” (2019), “O Filme da Minha Vida” (2017), “Entre Irmãs” (2016), entre outros.

20.05 l Quinta-feira l 18h l BFF’s indicam| Retrospectiva Festival Finos Filmes

Felipe Poroger indica a retrospectiva do Festival Finos Filmes - que acaba de entrar em cartaz no Belas À La Carte e fica disponível até o dia 9 de junho.

O Festival de Finos Filmes é uma mostra de curtas-metragens, que, em 2021, chega à sua oitava edição. Mais do que um festival de filmes tradicional, o evento é principalmente um ciclo de debates, que usa as obras como ponto de partida para discussões sobre política, sociologia, identidade, urbanismo - tudo sublinhado, claro, pelo cinema. Ao longo desses anos, muitos curtas brasileiros e internacionais compuseram as sessões do festival. No À La Carte, a partir de 20/5, como esquenta à nova edição, 7 filmes dos muitos que marcaram os 7 anos do Finos Filmes estarão à disposição do público: “Baba 105” (Dir. Felipe Bibian, Brasil, Documentário, 5’, livre); “E” (Dir. Alexandre Wahrhaftig, Helena Ungaretti e Miguel Antunes Ramos, Brasil, documentário, 17’, livre); “Edifício Tatuapé Mahal” (Dir. Carolina Markowicz e Fernanda Salloum, Brasil, Ficção, 10’, livre); “O Delírio é a Redenção dos Aflitos” (Dir. Felipe Fernandes, Brasil, 2016, 21´, 10 anos; “Adeus à Carne” (Dir. Julia Anquier, Brasil, 2017, Ficção, 12´, 16 anos); “Mais Triste Que Chuva em Recreio de Colégio” (Dir. Lobo Mauro, 2018, Brasil, 14’, Documentário, Livre); “Bonde” (Dir. Asaph Luccas, 2019, Brasil, 18’, Ficção, 14 anos).

Felipe Arrojo Poroger é cineasta e fundador do selo Finos Filmes, que anualmente organiza o  Festival de Finos Filmes. Formado em Cinema (FAAP) e Filosofia (USP, com passagem pela Università Degli Studi di Torino), mestrando em Arquitetura (USP), Felipe foi crítico de cinema da Folha de S.Paulo/Ilustrada e ainda colabora com artigos para a Folha Ilustríssima e CartaCapital. Seus curtas passaram por mais de 90 festivais. Felipe também foi membro da curadoria do Festival Internacional de Curtas de SP (Kinoforum), Curta Brasília, Festival Path e de júri especial no Festival de Gramado, em 2011.

22.05 l Sábado l 13h l Bela Dica da Samantha Gonçalves

Todos os sábados a equipe do Belas Artes Grupo dá dicas quentinhas de cultura, entretenimento, mídia e arte. Neste sábado é a vez da Samantha Gonçalves, assistente de Comunicação e Redes Sociais do Belas Artes Grupo, que fala sobre o trabalho de Yann Tiersen, músico de vanguarda, multi-instrumentista e compositor francês. Yann tornou-se internacionalmente conhecido ao compor trilhas sonoras de filmes como "O fabuloso destino de Amélie Poulain" e "Adeus, Lenin!".




segunda-feira, 23 de setembro de 2024

.: Semifinalista do Booker Prize faz retrato crítico da solidão dos millennials


Em "Regras do Amor na Cidade Grande", lançado no Brasil pela editora Record, um jovem gay busca a felicidade na solitária capital coreana. Sang Young Park faz neste romance enérgico um retrato irônico e comovente da solidão dos millennials e das alegrias e desventuras da vida queer em Seul. O livro, que aborda com profundidade temas delicados, como HIV, aborto, homofobia, foi semifinalista do The International Booker Prize em 2022. O livro ganhou uma adaptação cinematográfica, estrelada por Jang Hye-jin, que atuou no celebrado filme "Parasita", e Noh Sang-hyun, ator da série "Pachinko". A estreia é prevista para outubro na Coreia do Sul. A tradução é de Adriano Scandolara.

No romance, Young é um jovem coreano que, entre os estudos e o trabalho, vive intensamente as noites de Seul e coleciona homens que conhece no Tinder. Ele e Jae-hee — sua melhor amiga, com quem divide apartamento — frequentam bares próximos, onde deixam de lado as preocupações sobre vida amorosa, família e dinheiro se jogando em rodadas de soju e cigarros que guardam no freezer.

No entanto, com o tempo, tudo muda, até mesmo Jae-hee. Depois de muitas desilusões amorosas e uma vida de solteira intensa, ela decide se casar, para surpresa do amigo. Young, então, passa a morar sozinho e divide o tempo entre alguns empregos — para pagar as contas —, a escrita e os cuidados com a mãe, com quem tem uma relação complicada e que foi diagnosticada com câncer em estágio avançado.

Na ânsia por se livrar do constante sentimento de solidão, Young busca companhia em uma série de homens, e cada um tem um impacto diferente em sua vida. Entre eles, um homem mais velho e politizado, mas que demonstra dificuldades em assumir sua orientação sexual; outro que lhe deixa algo que terá de carregar por toda a vida; e um que pode acabar sendo seu grande amor.

"Regras do Amor na Cidade Grande" é um romance que, com boas doses de humor irônico, apresenta um retrato nu e cru dos dilemas e preconceitos sofridos por um homem gay millennial na Coreia do Sul, além de nos fazer refletir de modo profundo sobre temas delicados da vida contemporânea. Ao acompanhar o amadurecimento de Young, experimentamos, de maneira visceral, o esforço pelo direito de ser quem somos e a solidão e as alegrias que emergem do amor. Compre o livro "Regras do Amor na Cidade Grande" neste link.


Sobre o autor
Sang Young Park
nasceu em Daegu, Coreia do Sul, em 1988. Formado em francês e em jornalismo pela Universidade Sungkyunkwan, cursou o mestrado em escrita criativa na Universidade Dongguk. Trabalhou como editor de revista, copywriter e consultor por sete anos antes de estrear como romancista. Em 2016, Park recebeu o prêmio sul-coreano Munhakdongne New Writers Award com o texto “Searching for Paris Hilton”, e em 2018 publicou sua coletânea de contos "The Tears of an Unknown Artist, or Zaytun Pasta", que está entre os mais lidos da Words Without Borders. Sua segunda obra e primeiro romance, "Regras do Amor na Cidade Grande", foi semifinalista do Booker Prize em 2022. Atualmente, o autor mora em Seul. Garanta o seu exemplar de "Regras do Amor na Cidade Grande" neste link.

Ficha técnica
"Regras do Amor na Cidade Grande"
Título original: "Love in the Big City"
Autor: Sang Young Park
Tradução: Adriano Scandolara
252 páginas
Editora Record | Grupo Editorial Record
Compre o livro neste link

domingo, 10 de maio de 2020

.: #ResenhaRápida: Sergio Marone estreia "Só Coisas Boas"




Sucesso como ator e apresentador, Sergio Marone agora quer conquistar outro segmento: o público do YouTube. Inspirado no programa "Some Good News", apresentado pelo norte-americano John Krasinski, ele quer trazer positividade e informação no programa "Só Coisas Boas", em seu canal no Youtube.

“Eu me deparei com o programa e adorei, me senti bem, fiquei emocionado, foram 20 minutos que fizeram meu dia muito diferente. Pensei porque não fazer algo parecido no Brasil, e acredito que agora, mais que nunca, as pessoas estão querendo ouvir boas notícias e disseminar boas notícias”, explica Marone, ao relembrar que desde o início da pandemia no país e no mundo a população vem sendo bombardeada por informações e notícias, em maioria ruins, por conta do cenário atual. O objetivo é atingir espectadores com coisas boas e motivá-los a passar isso adiante.

“É um momento pra gente refletir enquanto humanidade e semear uma mudança de comportamento, de paradigma, do entendimento do que é ser humano e o que é viver em sociedade. De entendimento que a raça humana não existe sem solidariedade, nós não estamos aqui pra ficar consumindo de maneira irresponsável, e explorando o planeta até seu limite.Temos que refletir e aprender as lições que a natureza está nos dando. Temos que sair dessa guerra, muito melhor, muito mais evoluídos como seres humanos. Entender que temos que preservar para garantir um futuro melhor, espero semear isso com esse projeto”, explica.

O programa também trará convidados que o apresentador admira e respeita. Na estreia, Marone recebeu o ator Mateus Solano como convidado especial. Juntos, eles falaram sobre questões ambientais, consumo e descarte de materiais, ponto que o apresentador acredita ser seu grande diferencial do programa de Krasinski. “A gente quer fazer um programa mais didático, falamos sobre a Economia Donut por exemplo - que Amsterdam vai adotar depois da pandemia- o porquê é importante isso, essa mudança de paradigma econômico, a gente é mais informativo, justamente pra semear reflexões e fazer com que esses aprendizados perdurem depois da pandemia, e a gente não volte ao normal", finaliza Marone. Nesta entrevista exclusiva, ele responde ao que todos querem saber, mas nunca tiveram coragem de perguntar.


#ResenhaRápida com Sergio Marone:


Nome completo: Sergio Passarela Marone.
Apelido: Sé.
Data de nascimento: 4 de fevereiro de 1981.
Qualidade: humanitário.
Defeito: teimosia.
Signo: aquário.
Ascendente: touro.
Uma mania: primeira coisa que faço quando chego em casa é tirar a roupa.
Religião: acredito que Deus é amor e amor + ação = generosidade, gentileza. Essa é a minha religião.
Time: do planeta.
Amor: família, trabalho, natureza.
Sexo: é o que toma a maior parte do meu tempo quando não estou dormindo. Brincadeira. É vida! Mas também gosto de receber uma boa massagem (risos).
Mulher bonita: Sofia Loren.
Homem bonito: Alain Delon.
Família é: alicerce.
Ídolo: Jimmy Fallon e Marlon Brando.
Inspiração: Greta Thunberg, Sergio Vieira de Melo.
Arte é: muitas coisas. Provocação, reflexão, emoção, entretenimento... Sem Arte morre-se de realidade!
Brasil: quem mandou matar Marielle?
Fé: que sairemos melhores dessa.
Deus é: amor.
Política é: necessária.
Hobby: viajar.
Lugar: gosto muito de vários, viajo demais. Não consigo escolher um só. Mas na Itália, Holanda, Alemanha, Inglaterra e Califórnia, já estive algumas vezes. 
O que não pode faltar na geladeira: queijo e ovo caipira.
Prato predileto: o strogonoff da minha mãe, pad thai e massaman curry da culinária thailandesa. E pizza! E...
Sobremesa: brigadeiro de capim santo.
Fruta: manga.
Cor favorita: preto.
Medo de: altura.
Uma peça de teatro: "Ricardo III", a montagem do Gabriel Vilella.
Um show: Rolling Stones na praia de Copacabana. 
Um ator: Anthony Hopkins.
Uma atriz: Eva Wilma, Isis Valverde.
Um cantor: Elvis Presley.
Uma cantora: Alcione.
Um escritor: Nelson Rodrigues.
Uma escritora: Clarice Lispector.   
Um filme: "Parasita".
Um livro: "Sapiens - Uma Breve História da Humanidade", de Yuval Noah Harari, e "Como Adiar o Fim do Mundo?", de Ailton Krenak.
Uma música: "Dream a Little Dream of Me", de Ella Fitzgerald & Louis Armstrong.
Um disco: voador.
Um personagem: Sinhozinho Malta, da "Roque Santeiro", de Dias Gomes e Aguinaldo Silva.
Uma novela: "Que Rei Sou Eu?", de Cassiano Gabus Mendes.
Uma série: "Modern Family".
Um programa de TV: "The Voice". 
Indique um podcast: que isso? (risos)
Indique um Twitter: André Trigueiro.
Indique um canal no YouTube: Canal Nostalgia.
Uma saudade: de beijar e abraçar.
Algo que me irrita: falta de respeito.
Algo que me deixa feliz é: bicho.
Não abro mão de: liberdade.
Do que abro mão: plástico.
Digo sim a: redução no consumo de carne.
Digo não a: ao plástico.
Sonho: que a humanidade desperte pra proteger esse paraíso que é o nosso planeta.
Futuro: é feminino, da mãe terra e suas filhas da Terra.
Morte é: renascimento.
Vida é: luz.
Uma palavra: paz.
Ser ator é: uma benção!
Ser homem hoje é: ser humano. Quanto ao gênero, acho que pode ser muitas coisas. 





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