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segunda-feira, 30 de maio de 2022

.: Morre Milton Gonçalves, ícone da dramaturgia brasileira

Amanhã, em homenagem ao ator, a TV Globo vai exibir, na ‘Sessão da Tarde’, o especial de Natal ‘Juntos a Magia Acontece’, vencedor do Leão de Ouro em Cannes. Foto: Rede Globo


“Quem tem fé, voa”, dizia Zelão das Asas, personagem eternizado por Milton Gonçalves em “O Bem Amado”, de 1973. Em plena ditadura, o talento inconfundível de Milton encarnou a metáfora criada por Dias Gomes em um país que clamava por liberdade. O ator e diretor que alçou os mais altos voos despede-se hoje da vida, com a serenidade e a grandeza de quem, mesmo com tantos percalços, trilhou uma vitoriosa caminhada na dramaturgia de um Brasil que se acostumou a se emocionar com ele e aprendeu a reverenciá-lo. 

Aos 88 anos, Milton morreu no início da tarde desta segunda-feira, 30, em sua casa no Rio de Janeiro, por complicações em decorrência de um AVC. Viúvo, ele deixa três filhos, dois netos e um legado que se confunde com a história da própria TV brasileira. Antes da fundação da Globo ele já era ator e não escondia o orgulho de seu crachá de número 141 na empresa.

Nascido em 9 de janeiro de 1934, na pequena cidade de Monte Santo, em Minas Gerais, filho de camponeses, mudou-se com a família ainda pequeno para São Paulo, onde foi aprendiz de sapateiro, de alfaiate e de gráfico. Fez teatro infantil e amador e estreou profissionalmente em 1957, no mítico Teatro de Arena, na peça ‘Ratos e Homens’. Depois de uma turnê nacional, decidiu morar no Rio. 

“Sofri todos os percalços entendendo, mas não concordando, com o preconceito racial, que foi um trauma na minha vida. Assim, o teatro para mim foi a grande salvação”, revelou, certa vez, em entrevista ao site Memória Globo. Paraquedista, pirófago (engolidor de fogo), mecânico, Milton viveu muitas vidas em uma carreira com papéis de destaque por todas as áreas e gêneros da dramaturgia – da comédia ao drama, emocionou, fez rir e ecoar sua voz contra o racismo.

Milton participou do primeiro elenco de atores da Globo. Ele chegou à emissora a convite do ator e diretor Otávio Graça Mello, de quem fora companheiro de set no filme ‘Grande Sertão’ (1965), dos irmãos Geraldo e Renato Santos Pereira. Dirigido por Graça Mello, participou das primeiras experiências dramatúrgicas da Globo: o seriado ‘Rua da Matriz’, de Lygia Nunes, Hélio Tys e Moysés Weltman, e a novela ‘Rosinha do Sobrado’, de Moysés Weltman. 

Estreou como diretor de TV na novela ‘Irmãos Coragem’ (1970), de Janete Clair, um marco da televisão brasileira. A partir daí, esteve em várias produções icônicas da emissora: foi o Professor Leão, do infantil ‘Vila Sésamo’ (1972); o médico Percival, de Pecado Capital (1975); o Filé, de ‘Gabriela’ (1975), de Walter George Durst; dirigiu os primeiros capítulos da novela ‘Selva de Pedra’ (1972), de Janete Clair; e, em ‘Roque Santeiro’ (1985), de Dias Gomes, interpretou o promotor público Lourival Prata. Também trabalhou em minisséries como ‘Tenda dos Milagres’ (1985), adaptação do romance de Jorge Amado por Aguinaldo Silva; ‘As Noivas de Copacabana’ (1992), de Dias Gomes, Ferreira Gullar e Marcílio Moraes; em ‘Agosto’ (1993), adaptação da obra de Rubem Fonseca por Jorge Furtado e ‘Giba’, de Assis Brasil; e em ‘Chiquinha Gonzaga’ (1999), de Lauro César Muniz, deu vida ao maestro Henrique Alves de Mesquita. 

Por conta de sua marcante atuação como Pai José, Milton esteve nas duas versões de ‘Sinhá Moça’: na original (1986) e no remake (2006), pelo qual foi indicado ao Emmy Internacional como melhor ator. Na cerimônia de entrega, Milton Gonçalves apresentou o prêmio de melhor programa infantil/adolescente ao lado da atriz Susan Sarandon. Foi a primeira vez que um brasileiro apresentou um Emmy Internacional. 

Em 2008, interpretou o personagem Romildo Rossi, um político corrupto, em ‘A Favorita’, de João Emanuel Carneiro, atualmente no ar na TV Globo, no ‘Vale a Pena Ver de Novo’.

Em 2011, trabalhou na novela ‘Insensato Coração’, de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, como Gregório Gurgel. No ano seguinte, voltaria a atuar numa trama de época, ao interpretar o Afonso Nascimento em ‘Lado a Lado’, novela de João Ximenes Braga e Claudia Lage, que ganhou o prêmio Emmy Internacional. Participou ainda de ‘Pega Pega’ (2017), como Cristovão, e de ‘O Tempo não Para’ (2018), como Eliseu. 

Em 2019, atuou na minissérie ‘Se eu Fechar os Olhos Agora’, inspirada na obra homônima de Edney Silvestre. No mesmo ano, encarnou o aposentado Orlando, que com a ajuda da neta Letícia (Gabriely Mota) se tornava Papai Noel, do especial de Natal ‘Juntos a Magia Acontece’, que a TV Globo reexibe na ‘Sessão da Tarde’ desta terça-feira em sua homenagem. “Estar aqui e fazer esse personagem me emociona. É uma batalha de muitos anos, de séculos. A gente tem que eliminar o medo, tem que batalhar. Vou fazer o melhor Papai Noel que eu puder”, celebrou ele, com uma alegria quase juvenil na época das gravações.

Milton também participou de uma vasta e diversa produção cinematográfica. Foram mais de 50 títulos como ‘Cinco Vezes Favela’ (1962), ‘Gimba, presidente dos Valentes’ (1963), ‘A Rainha Diaba’ (1974), ‘O Beijo da Mulher Aranha’ (1985), ‘O Que É Isso, Companheiro?’ (1997), ‘Carandiru’ (2003), ‘Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida’ (2007) e ‘Segurança Nacional’ (2010), onde fez o papel do primeiro presidente negro da história do Brasil.

terça-feira, 25 de janeiro de 2022

.: De "A" a "Z": Xuxa protagoniza nova campanha de Amazon Brasil

Iniciativa traz nova versão do hit do “Abecedário da Xuxa” com os produtos de A a Z que podem ser encontrados no site. Foto: Divulgação

 

A música “Abecedário da Xuxa”, acaba de ganhar nova versão em campanha da Amazon Brasil. A apresentadora Xuxa Meneghel entra em cena reforçando conceito global, “de A a Z”, para promover a diversidade de produtos disponíveis no site, que conta com mais de 50 milhões de itens em mais de 30 categorias: abrangendo desde produtos eletrônicos, itens de beleza e higiene pessoal, alimentos, livros; até ferramentas, produtos para pets, jardinagem, escritório, esportes e muito mais.

O enredo do filme, de 1’40”, traz a “Rainha dos Baixinhos” navegando pelo aplicativo da Amazon Brasil quando se depara com a assinatura “Tudo pra você, de A a Z”, momento em que Xuxa começa a cantar sua icônica música. Na nova versão, porém, cada letra do abecedário é acompanhada por um produto que pode ser encontrado no site, como A de Alexa, B de banquinho, C de colchão, D de desodorante, E de escova e F de fogão, reforçando a conveniência de encontrar tudo o que você precisa em um só lugar. No ponto alto da música, Xuxa pergunta: “X o que que é?”, esperando ouvir seu nome. O coro, entretanto, responde: “xícara”, momento em que o take de cena revela sua cara de surpresa.

"A escolha da Xuxa e a narrativa reforçam a estratégia da Amazon Brasil de se tornar cada mais próxima do consumidor brasileiro e mostrar o amplo repertório de produtos que oferece”, comenta Camila Nunes, Líder de Marketing da Amazon Brasil. “E quem melhor para protagonizar a campanha e falar sobre o abecedário do que essa celebridade tão querida que cantou as letras para gerações e gerações de brasileiros?”, complementa Marcelo Nogueira, Diretor Executivo de Criação da AlmapBBDO, agência idealizadora da campanha.

Com tom humorado, a campanha traz ainda referências da carreira da Xuxa que viralizaram na internet. A iniciativa contempla presença massiva no ambiente digital e será veiculada nos canais oficiais da marca, assim como nos perfis da Xuxa.


Alguns produtos que "Xuxa" mostra no comercial:

Alexa;

Banquinho;

Ebook "O Mundo de Sofia", de Jostein Gaarder;

Fogão;

Hidratante;

Livro "O Olho do Mundo", de Robert Jordan;

Maquiagem;

Xícara.


FICHA TÉCNICA

Agência: AlmapBBDO

Anunciante: Amazon

Produto: Amazon Brasil

CCO: Luiz Sanches

Diretor Executivo de Criação: Marcelo Nogueira

Diretores de Criação: Renato Butori e Rodrigo Resende

Criação: Giba Mendes e Mauro Maedo

Produção Audiovisual: Vera Jacinto, Diego Villas Boas e Aline Silva

Atendimento: Maysa Oliveira, Fabíola Loureiro, Bruna Santarosa e Luiza Neves

Planejamento: Sergio Katz, Beatriz Scheuer e Luciana Shinoda

Head de Produção Digital: Lilian Cavallini

Gerente de Projetos: Sabrina Ramiles e Vinycius Maciel

Produtora: iDigital

Aprovação Cliente: Camila Nunes, Lillian Dakessian, Lara Camargo e Nina Anaruma

Produtora Filme: CINE

Direção: Walk In

Diretor de Fotografia: Ted Abel

Assistente de Direção: Bruno Benecc

Diretor de arte: Gabriela Valverde

Coordenação de Produção: Jair Costa

Assistentes de Coordenação de Produção: Kaique Nepomuceno / Roseli Sabino

Diretora de produção: Luca Macedo

Produção Executiva: Raul Doria e Deo Borba

Assistente de Produção Executiva: Renata Jarud

Atendimento Produtora: Rafael Azevedo

Atendimento Pós-produção: Juliana Silva

Montagem: Pedro Andreta

Coordenador de Ilha de edição: Marcos Eduardo Santos

Coordenador de Pós-Produção: Sergio Cicinelli e Lucas de Paula

Finalização: CINE X

Produtora de Som: Satelite Áudio

Direção Musical: Kito Siqueira, Roberto Coelho, Hurso Ambrifi

Atendimento: Fernanda Costa e Juliana Correa

Produção Musical: Kito Siqueira, Roberto Coelho, Hurso Ambrifi, Mike Vlcek, Thiago Colli, Charly Coombes, Koitty.

Finalização: Carla Cornea, Ian Sierra, Vithor Moraes, Renan Marques, Arthur Dossa

Coordenação de produção: Debora Lemes, Victor Nogueira

Assistente de produção: João Piccoli

Gravação e Edição da voz da Xuxa: Sperling Studio.

Produtor da Gravação: Ary Sperling

Assista:



sábado, 2 de janeiro de 2021

.: Tudo sobre Billy Bond: de rebelde do rock a diretor de musicais


Billy Bond está no documentário da Netflix e reestreia dia 9 de janeiro o musical "A Bela e a Fera" no Teatro Bradesco

Nome de destaque no cenário do showbizz, atualmente produtor e diretor de musicais clássicos, Billy Bond - que já foi o bad boy do rock argentino e liderou o punk Joelho de Porco no Brasil - está no documentário musical da NetFlix, “Quebrem Tudo!”, sobre os ídolos do rock na América Latina. 

“Rompan tudo!” ou “Quebrem Tudo”, em português, o documentário musical no ar na NetFlix desde 16 de dezembro, tomou seu título emprestado da palavra de ordem dita pelo então roqueiro Billy Bond, em resposta à repressão sofrida pela polícia, durante o Grande Festival de Rock, realizado no estádio Luna Park, em Buenos Aires, em 1972. Com o sub-título “A História do Rock na América Latina”, a série retrata os 50 anos do rock latino-americano, com a participação de ídolos da época.

Nascido Giuliano Canterini na Itália e residente por 15 anos em Buenos Aires, Billy é lembrado como uma das estrelas do rock na Argentina, onde se naturalizou. No fim dos anos 60, lotava espaços em meio à ditadura, com o grupo de hard rock Billy Bond Y La Pesada. Chegou a ter mais de 100 músicas censuradas na época. Billy Bond também fez carreira como roqueiro rebelde no Brasil, com a banda punk Joelho de Porco. 

Criativo, temperamento forte, chegou a “roubar” ao vivo a buzina do mestre Chacrinha na televisão, além de ter dirigido e produzido Ney Matogrosso, quando o artista saiu dos Secos & Molhados para seguir carreira solo. Outro feito de Bond foi ter trazido o Queen ao Brasil pela primeira vez, em 1981, quando a banda de Fred Mercury tocou no estádio do Morumbi. Como produtor foi responsável, ainda, pela vinda de Van Halen, Alanis Morissette e Red Hot Chili Peppers, entre outros.

O nome de Billy Bond é lembrado como o criador do videoclipe nacional. "Fiz videoclipes dos Titãs, Os Paralamas do Sucesso, Lobão, Erasmo Carlos. Copiei a ideia dos americanos e foi uma febre aqui. Eu estava lá, de repente vi na TV o Michael Jackson, dançando e cantando 'Thriller'. Então trouxe pra cá, no programa de clipes BB Vídeo". Há mais de 30 anos no Brasil, dirigiu, entre outros, "After de Luge", "Rent", "Mágico de Oz", "Os Miseráveis", "O Beijo da Mulher Aranha". 

À frente da Black & Red Produções, Billy sedimentou seu formato de montar espetáculos musicais com total liberdade de criação, a partir dos anos 2000. Desde então, encena montagens de musicais que arrebatam cerca de centenas de milhares espectadores pelo Brasil, sendo mais de 100 mil desses no Teatro Bradesco, com quem em parceria imprimiu sua marca na produção e direção de "Mágico de Oz", "Natal Mágico", "Peter Pan", "Cinderella"," Os Miseráveis", "Pinóquio", "Branca de Neve", "Alice no País das Maravilhas", entre outros. Já chegou a apresentar cinco musicais em um mesmo ano: "O Mágico de Oz", "Branca de Neve", "Um Dia na Broadway", "Natal Mágico" e "Cinderella". Em tempo: o diretor reestreia "A Bela e a Fera" com elenco reduzido e atores usando máscara. 




sábado, 21 de novembro de 2020

.: O Caso Collini: entrevista com Marco Kreuzpaintner, diretor do filme

Foto: Anne Wilk - © Anne Wilk

Em colaboração com German Film – texto de Patrick Heidmann, tradução de André Cavallini.

.: Crítica de "O Caso Collini": assassinato em filme remonta época sombria alemã

Todo mundo precisa de férias de vez em quando, mas poucos ganharam tanto no verão de 2019 quanto Marco Kreuzpaintner. “Pela primeira vez em dois anos, estou conseguindo pensar em paz”, o diretor ri ao telefone e lembra como os últimos 24 meses foram estressantes, mas, acima de tudo, produtivos.

Só no outono de 2019, por exemplo, a série "Beat" foi lançada no serviço de streaming Amazon Prime. Kreuzpaintner não só teve a ideia para o thriller ambientado na vida noturna de Berlim, mas também dirigiu todos os sete episódios. “Ao contrário de muitos colegas, eu não tinha nenhuma ideia sobre uma série que pudesse estar guardada em uma gaveta, quando me chamaram para conversar”, lembra o cineasta de 42 anos. “Simplesmente porque não tive intervalos suficientes entre meus projetos para colocar as ideias no papel. Mas, para usar uma comparação literária, havia um grande apelo em retratar um longo romance em vez de um conto, para variar”. Foi anunciado, algum tempo depois, que não haveria uma segunda temporada. Todavia, o fato de a série ter recebido o renomado Prêmio Grimme deve ser uma fonte de profunda satisfação para seu criador.

Kreuzpaintner tem o mesmo orgulho de seu último longa-metragem, "O Caso Collini", em que - como ele destaca - orgulho não é uma palavra com a qual ele realmente descreve o prazer que obtém de seus projetos. Ele conseguiu conquistar o astro internacional Franco Nero para um papel principal na adaptação cinematográfica do bestseller de Ferdinand von Schirach, e também deu ao astro da comédia

Elyas M’Barek uma nova imagem, como defensor público em um suspense dramático. Por semanas após sua estreia, nenhuma produção alemã havia atraído mais espectadores aos cinemas na Alemanha em 2019, quando o longa chegou e ficou em cartaz por nove semanas. “O fato de termos provado com este filme que mesmo um drama judicial referente a um caso histórico pode ainda funcionar no cinema se for devidamente produzido, encenado e com um elenco de destaque é o que me faz mais feliz”, diz o cineasta, para deixar tudo bem claro. “Talvez isso dê esperança a todos aqueles que, de outra forma, tenderiam a ser pessimistas sobre o futuro da indústria”. 

A visão de Kreuzpaintner sobre a indústria cinematográfica alemã e o gosto do público sempre foi um pouco diferente de muitos colegas. A renovação que paira no ar – também influenciada pelos hábitos de visualização americanos – que o trouxe para o cenário do cinema alemão aos 20 anos atraiu alguma atenção. O trabalho de Kreuzpaintner quase foi recebido melhor no exterior do que em seu país: Tempestade de Verão (2004) não apenas estreou em Toronto, mas foi até lançado em cinemas nos EUA e na Coreia do Sul. Seu compatriota Roland Emmerich acabou se tornando um fã proeminente, que rapidamente escolheu o jovem colega sob sua proteção como mentor e ainda é um amigo próximo hoje. Marco, apoiado por Emmerich como produtor, finalmente fez sua estreia em Hollywood com Desaparecidos (2007), um drama sobre tráfico humano, que se tornou o primeiro filme a ter sua estreia mundial na Assembleia Geral das Nações Unidas.

Desde então, Kreuzpaintner manteve um ritmo de trabalho notavelmente rápido quase constantemente, de acordo com o lema “meu espaço de trabalho é meu lugar feliz”, como ele colocou uma vez no Instagram no passado. “Quando me interesso por um projeto, costumo pensar comigo mesmo: vá em frente, quem sabe que possibilidades haverá daqui a alguns anos”, brinca o diretor, que ocasionalmente dirige filmes ou comerciais para televisão e há muito sonha realizar um filme biográfico sobre Rainer Werner Fassbinder. “Além disso, o próximo filme é sempre o mais importante. Pensando no futuro - acho isso saudável”.

Depois de lançar ""O Caso Collini" na Alemanha, nada de férias ou um tempo sabático para o cineasta - após lançar seu longa mais recente na França, Grã-Bretanha, Israel, Japão e Holanda, Marco Kreuzpaintner se estabeleceu, pelo menos temporariamente, na Inglaterra, para o trabalho em uma nova série da AMC, Soulmates, estrelada por Malin Akerman e criada por William Bridges e Brett Goldstein. Assim como em Londres, ele recentemente encontrou um novo agente nos EUA que está de olho em projetos em inglês. No entanto, isso não significa afastar-se de casa, como ressalta em suas considerações finais: “Prefiro uma produção internacional que tenha alguma relação com a Alemanha. E já estou trabalhando em algumas coisas”.



quarta-feira, 16 de outubro de 2019

.: Fernanda Montenegro, 90 anos: ela encarna o melhor do Brasil

Foto: Bob Wolfenson

Neste dia 16 de outubro, celebramos o aniversário de Fernanda Montenegro. No marco de seus noventa anos, a Companhia das Letras publicou Prólogo, ato, epílogo, livro de memórias que traz o frescor de uma artista eternamente genial.

Você, que é estudante, venha participar do Radioteatro da Mocidade!”, anunciou o locutor da Rádio MEC. Aos quinze anos, Arlette Pinheiro cursava secretariado na Berlitz, e decidiu atender ao chamado. Saiu do subúrbio onde morava com a família e apresentou-se para a seleção no pequeno prédio da emissora, em frente ao Campo de Santana, no centro do Rio. Pouco depois de ingressar na rádio, ela adotaria o nome artístico que viria a se tornar sinônimo de excelência no teatro, no cinema e na televisão: Fernanda Montenegro.

Essa e muitas outras histórias da atriz estão reunidas, agora, em seu livro de memórias. Conhecemos a saga de seus antepassados lavradores portugueses, do lado paterno, e pastores sardos, do lado materno. Lidos hoje, são relatos que podem “parecer um folhetim. Ou uma tragédia” — gêneros que Fernanda domina com maestria. Na turma de jovens que circulavam pela rádio estava Fernando Torres, que ela reencontrou nos ensaios da peça Alegres canções na montanha , quando começaram a namorar. Fernando largou a Panair, Fernanda largou a Berlitz, e o casal se entregou de corpo e alma à arte, paixão de uma vida. Constituíram uma família e realizaram juntos um sem-número de peças, ao lado dos principais nomes do teatro brasileiro.

Em páginas de grande emoção, ela narra os desafios de criar os filhos sobrevivendo como artistas; a busca permanente pela qualidade; a persistência combativa durante os anos de chumbo; a capacidade de constante reinvenção; o padecimento de Fernando; o inesperado sucesso internacional nos anos 1990; a crença na terra que acolheu seus antepassados imigrantes e a devoção por este país.

Fernanda encarna o melhor do Brasil. Como disse Carlos Drummond de Andrade: “Não se sabe o que mais admirar nela: se a excelência de atriz ou a consciência, que ela amadureceu, do papel do ator no mundo. Ela não se preocupa somente em elevar ao mais alto nível sua arte de representar, mas insiste igualmente em meditar sobre o sentido, a função, a dignidade, a expressão social da condição de ator em qualquer tempo e lugar”.


"Com oito anos, participei de um dramalhão português chamado Os dois sargentos , que era muito representado nos circos. Fiz o papel, como menino, de um dos sargentos. Uma única apresentação. Foi a primeira vez que pisei num palco. Guardei para sempre na lembrança a sensação de levitar, envolvida numa luz cor-de-rosa e eu me sentindo fora de mim. Mas nem sequer suspeitei de que, um dia, aquele mistério seria o meu ofício. A minha vida."



terça-feira, 18 de junho de 2019

.: Tudo sobre Cris Carniato, a Fernanda de "As aventuras de Poliana"

Foto: divulgação


Natural de Maringá, no Paraná, Cris Carniato mudou-se para São Paulo aos 18 anos, quando teve a oportunidade de trabalhar como modelo, após vencer o concurso de Miss de sua cidade natal. 

Na capital paulista, ela deu os primeiros passos em direção a sua consagrada carreira artística. Cris foi convidada para integrar um grupo musical, que chegou a assinar contrato com a BMG. Já como modelo, estrelou em campanhas publicitárias no Brasil e no exterior para grandes marcas, como Citröen, O Boticário, Bradesco, Pepsi, Budweiser, Moe, Ninho, Cacau show, entre outros; além de ter trabalhado em Paris, Lion, Nova York, Buenos Aires e Cidade do México - onde, inclusive, morou uma temporada.

Atriz e cantora por formação, ela estudou na escola de música “Voices”; com especializações com  profissionais como Tutti Bae, Wilson Gava, Amélia Gumes, e na "Casa de Artes Operária". Em relação ao teatro, é formada pela Oficina de atores Nilton Travesso, e seu currículo conta com Cursos de Interpretação para o Cinema, com Fernando Leal, Cininha de Paula e Stúdio Fátima Toledo. 

Em seu extenso currículo, esteve nos espetáculos "Entre Paredes Escuras" e "O Especialista", ambos produzidos pela Carniato & Carniato produções Artísticas e ganhadores do Prêmio "Aniceto Matti", em 2013 e 2015 respectivamente; "O Telescópio" (direção de Guilherme Santana), "O Automóvel do Inferno" (direção de Andréa Egídio), "O Urso" (direção de Nill De Pádua), "Um Bonde Chamado Desejo" (direção de Sergio Milagre), Teatro Musical "Glee" (direção de Luciano Andrey). 

Nas telinhas, esteve em "Insensato Coração", de Dennys Carvalho (2011). Na novela da Globo, interpretou Viviane, par romântico de Lázaro Ramos. Desde então, já esteve na série "Os Experientes" (episódio "O Assalto", 2015), de Fernando Meirelles, para o Festival 50 anos da Globo; esteve na minissérie "Maysa, Quando Fala o Coração", de Jayme Monjardim (2009); na novela "Amor e Intrigas", de Edson Spinello, Record TV (2008); além de ser a apresentadora do canal 1,  da Sky (2009 a 2011). Também fez parte do elenco dos curtas "Lar doce Lar", dirigido por Tassia Quirino (2014); e "Noir", de Diego Ruiz e Helton Ladeira (2007), sendo este último  finalista na categoria de melhor filme, no 15º Gramado Cine Vídeo, e vencedor do prêmio de melhor direção, da 7ª Mostra de Curtas de Goiânia.

Atualmente, Cris está em "As aventuras  de Poliana", do SBT, no papel de Fernanda Rios, uma mãe workaholic, que abandona as filhas para trabalhar na Europa, e depois volta para tumultuar a vida do ex marido e das crianças, prometendo muitas reviravoltas na trama. “Nessa novela também estou tendo a oportunidade de aliar meu trabalho como cantora, tive duas cenas cantando e uma dessas músicas está sendo usada como trilha sonora”, revela, feliz, a atriz. 

Sobre sua vida pessoal, Cris é casada e mãe do pequeno Gael, de 4 anos.

A atriz na novela "As Aventuras de Poliana". Foto: divulgação SBT

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

.: Lista: 5 filmes imperdíveis com o ator Patrick Swayze

Patrick Swayze em Dirty Dancing

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em setembro de 2018


Há 9 anos, em 14 de setembro de 2009, o público ficou perplexo com a morte do dançarino, cantor, compositor e ator estadunidense, Patrick Swayze. Eternizado como o bancário Sam Wheat, parceiro da ceramista Molly Jensen (Demi Moore) no filme "Ghost: Do Outro Lado da Vida", partiu aos 57 anos, devido a um câncer de pâncreas. Swayze que começou a carreira como dançarino clássico e foi obrigado a mudar de carreira, por conta de lesões de quando praticava futebol americano, terminou optando pela carreira de ator após agradar em sua estreia no filme "Febre dos Patins".

Para tanto, nós do portal Resenhando.com indicamos 5 filmes imperdíveis com o ator para curtir, sem arrependimento, durante o final de semana.


Ghost: Do Outro Lado da Vida (1990)
Os recém-casados apaixonados, Sam Wheat (Patrick Swayze) e Molly Jensen (Demi Moore) têm o futuro destruído após voltarem de uma apresentação de "Hamlet". Durante um assalto, Sam é morto. Ainda apegado ao plano terrestre, o espírito decide ajudar Molly, que risco de morte. Para se comunicar com Molly, Sam usa a médium trambiqueira Oda Mae Brown (Whoopi Goldberg). Direção: Jerry Zucker. Duração: 128 min.



Dirty Dancing (1987)
O musical é uma história de amor entre Frances Houseman, mais conhecida como Baby, e o funcionário da Colônia de Férias Kellermans, Johnny Castle. Ele, instrutor de dança e dançarino do hotel, se aproxima de Baby, quando Penny, sua parceira de dança, fica grávida de um dos garçons. Jake, o pai da jovem, é contra o romance, pois para ele, Johnny é o responsável pela gravidez de Penny, do aborto e do roubo às carteiras de um casal de idosos do hotel. O filme teve continuação com "Dirty Dancing - Noites de Havana", em 2004, com participação de Swayze. Direção: Emile Ardolino. Duração: 100 min 


Caçadores de Emoção (1991)
O clássico da "Sessão da Tarde", acontece numa cidade costeira da Califórnia, onde a gangue de ladrões de banco "Os Ex-Presidentes" cometem assaltos usando as máscaras de Reagan, Carter, Nixon e Johnson. Para o F.B.I., os membros da quadrilha pertencem a uma comunidade de surfistas. Infiltrado, o agente disfarçado, Johnny Utah (Keanu Reeves), conhece Bodhi (Patrick Swayze), homem místico e muito inteligente, que mostra a Johnny uma maneira diferente de ver o mundo e acabando tornando-se amigos. Direção: Kathryn Bigelow. Duração: 123 min. 


Para Wong Foo, Obrigado por tudo! Julie Newmar (1995)
As drag queens Vida Boheme (Patrick Swayze) e Noxeema Jackson (Wesley Snipes) garantem vagas na etapa nacional de uma competição, em Los Angeles. A dupla conhece a patética travesti Chi-Chi Rodriguez (John Leguizamo), uma das desclassificadas da noite, e decide ajudá-la. As três drag queens viajam pelo interior dos Estados Unidos, até que o carro em que estão quebra e ficam "presas' numa cidadezinha pacata. Contudo, o trio sacodem o lugar com um palco montado para um fim de semana de alegria e simplicidade. Julie Newmar ficou mundialmente conhecida como a personagem Mulher Gato no seriado televisivo dos anos 60, Batman. Direção: Beeban Keedron. Duração: 109 min.


Donnie Darko (2001)
O filme de ficção científica, drama e horror, é sobre um jovem excêntrico que despreza a maioria de seus colegas de escola. Donnie (Jake Gyllenhaal) tem visões, especialmente de Frank (James Duval), um coelho gigante que só ele consegue ver e que o encoraja a fazer brincadeiras humilhantes com quem o cerca. Eis que uma de suas visões o tira de casa e alerta que o mundo acabará dentro de um mês. O jovem não acredita, até que a turbina de um avião cai na casa dele, fazendo com Donnie comece a se perguntar sobre a veracidade dessa previsão. Swayze é o palestrante motivacional Jim Cuningham. Direção: Richard Kelly. Duração: 113 min.



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*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: 
@maryellenfsm


domingo, 22 de abril de 2018

.: Nelson Pereira dos Santos (1928 - 1998): imagens eternas o mantém vivo

O diretor de cinema Nelson Pereira dos Santos faleceu, aos 89 anos, neste sábado, 21 de abril, Dia de Tiradentes, no Rio de Janeiro. Precursor do Cinema Novo, fez, pelo menos, um filme imortal, 'Vidas Secas' (1963), uma aula de como levar uma obra literária ímpar para uma linguagem cinematográfica densa e pungente.

Nascido em 1928, em São Paulo, SP, atuou também como diretor, produtor, roteirista, montador, ator e professor. Primeiro cineasta a integrar a Academia Brasileira de Letras, transformou em filme outro livro inesquecível de Graciliano Ramos, 'Memórias do Cárcere' (1984), numa atuação magistral do ator Carlos Vereza.

Trabalhou também com obras de Jorge Amado, como 'Tenda dos Milagres' (1975/6) e 'Jubiabá' (1987). E como esquecer do poético 'A Terceira Margem do Rio' (1994), talvez o melhor conto de Guimarães Rosa? E fez ainda 'Raízes Do Brasil – Uma Cinebiografia de Sergio Buarque de Hollanda (2003), importante jornada para tentar entender o Brasil.


Nessa pincelada por seus trabalhos, duas imagens são eternas: a do sertanejo Fabiano matando a cadelinha Baleia em 'Vidas Secas', seguramente uma das melhores cenas (e por que não a melhor?) já filmadas no cinema nacional; e, em 'Memórias do Cárcere', a dos presos auxiliando Graciliano a levar para fora da cadeia seu texto biográfico.

Saudades, mestre Nelson! Tuas imagens eternas te mantém vivo!


Oscar D'Ambrosio é mestre em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da Unesp e doutor em Educação, Arte e História da Cultura

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

.: Cony previa lançar “Operação Condor” em 2018

Obra é uma reedição de “O beijo da Morte” (2003) em coautoria com a escritora e jornalista Anna Lee


A Ediouro lamenta profundamente o falecimento de Carlos Heitor Cony, um importante membro de nossa casa, que nos deixou na noite desta sexta-feira (5), aos 91 anos, em decorrência de falência múltipla dos órgãos.

Cony estava para lançar “Operação Condor”, uma reedição revista e ampliada de “O Beijo da Morte”, romance-reportagem em coautoria com a escritora e jornalista Anna Lee sobre a morte de JK, Jango e Carlos Lacerda. Com a exumação do corpo de Jango, Anna colheu novas informações, viajou, entrevistou diferentes pessoas, pesquisou documentos e está finalizando o original para entregar à Nova Fronteira.

“Sem dúvida, a literatura brasileira perde um grande escritor. E, nós, seus editores e companheiros, perdemos um amigo”, lamenta Jorge Carneiro, presidente da Ediouro.

Trajetória: Nossa história com o escritor começou há mais de 50 anos, com sua obra juvenil e suas famosas adaptações dos clássicos da literatura universal, entre as quais estão: “Moby Dick”, “Taras Bulba” e “Viagem ao Centro da Terra”.

Cony conciliava o talento e a criatividade de um mestre da palavra ao profissionalismo do escritor sob demanda, cumprindo prazos e revisando provas de cada reedição. Em 2013 toda sua obra passou a ser publicada pela Nova Fronteira, selo editorial da Ediouro. Ele participou ativamente de todo o plano de edição, com sugestões e aprovação de capas.

Nascido no Rio de Janeiro em 1926, Cony estreou na literatura ganhando por duas vezes consecutivas o Prêmio Manuel Antônio de Almeida, com os romances “A verdade de cada dia” e “Tijolo de segurança”.
Considerado um dos maiores expoentes do romance neorrelista brasileiro, o escritor também se aventurou de maneira bem-sucedida em outros gêneros, como crônicas, ensaios, adaptações de clássicos, contos, entre outros.

Ganhou em quatro ocasiões o Prêmio Jabuti na categoria Romance, duas vezes o Prêmio Livro do Ano da Câmara Brasileira do Livro e o Prêmio Nacional Nestlé de Literatura. Em 1998, foi condecorado pelo governo francês com a L’Ordre des Arts et des Lettres. Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em março de 2000.

Atuava na imprensa desde 1952, ano em que entrou no Jornal do Brasil. Mais tarde passou pelo Correio da Manhã, onde foi redator, cronista e editor. Entre suas últimas ocupações estava o cargo de colunista da Folha de S.Paulo e comentarista da rádio CBN.

Muito ativo, frequentemente aceitava convites para palestras, tendo participado das últimas edições da Bienal do Livro e da Flip. Atualmente, estava selecionando o vencedor do Prêmio Kindle de Literatura, uma parceria da Amazon com a Nova Fronteira.

domingo, 7 de janeiro de 2018

.: Presidente da Câmara Brasileira do Livro lamenta morte de Cony

Foi com muita tristeza que a diretoria da Câmara Brasileira do Livro (CBL) recebeu a notícia do falecimento do romancista, escritor e jornalista Carlos Heitor Cony. A CBL teve a honra de reconhecer o talento de Carlos Heitor Cony, por meio do Prêmio Jabuti, quando o escritor ganhou o prêmio de Livro do Ano Ficção com a obra Quase Memória, em 1996.  

Para Luís Antonio Torelli, presidente da CBL, o mercado editorial perde, neste dia, um dos grandes romancistas do brasil, membro da Academia Brasileira de Letras desde 2000.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

.: Melhoramentos comemora 85 anos de idade de Ziraldo

Ele será tema de todas as feiras de livros e festas literárias das quais a Editora participar. Também atuará como embaixador do Projeto Escola Parceira da Leitura, recém-lançado


Um dos escritores mais amados por gerações e gerações de leitores, o criador do best-seller O Menino Maluquinho chega aos 85 anos de idade atraindo legiões de fãs. Tanto que Ziraldo é uma das atrações que não podem faltar no estande da Melhoramentos nas principais feiras de livro. Nesses eventos, as filas para conseguir um de seus famosos autógrafos são conhecidas assim como a disposição do escritor que, muitas vezes, fica até 5 horas por dia atendendo os fãs.  

Uma data emblemática como essa, portanto, não poderia passar em branco. Por isso, a Melhoramentos, com quem Ziraldo celebra uma parceria de 37 anos, programou um ano de comemorações – com um selo comemorativo criado pelo próprio Ziraldo. O escritor será tema de todas as feiras de livros e festivais literários dos quais a editora participar.

Ziraldo também será o embaixador do Projeto Escola Parceira da Leitura, uma iniciativa recém-lançada pela Melhoramentos com o objetivo de ampliar o repertório literário dos estudantes e auxiliar os estabelecimentos de ensino a formar leitores competentes. A iniciativa engloba um conjunto de ações para envolver todos os atores da comunidade: alunos, professores, famílias, funcionários. O projeto disponibiliza um acervo de livros da Editora Melhoramentos em um evento especial, que conta com a presença de renomados escritores e palestrantes. Sempre que a agenda de Ziraldo permitir, ele participará dessas ações. É dele também os traços que ilustram o logotipo do projeto. 

Parceria produtiva: A longa parceria entre Ziraldo e a Melhoramentos teve início em 1980, justamente com o lançamento de O Menino Maluquinho. Na época, ele já era um autor conhecido pelas obras Flicts e O Planeta Lilás, grandes sucessos na década de 1960. Muito divulgados, esses textos foram transformados em peças teatrais e eram largamente adotados nas escolas. Por isso, os lançamentos do autor já atraíam filas enormes. Curiosamente, o primeiro trabalho que ele fez para a Melhoramentos foi o desenvolvimento de uma linha de cadernos e blocos. 

Em quase quarenta décadas, o autor já lançou mais de 200 obras pela Melhoramentos, entre literatura, livros de pano e de atividades. Somados, representam mais de 6 milhões de exemplares. Dentre os destaques, além de O Menino Maluquinho (com mais de 3,5 milhões de exemplares vendidos e 116 edições), estão Uma Professora Muito Maluquinha; Menina Nina; O Menino da Lua; Nino, o Menino de Saturno; o juvenil Vito Grandam. Seu lançamento mais recente é o livro Meninas, de 2016, que aborda a fase mágica da infância das garotas e é uma resposta à provocação de uma pequena leitora, em uma seção se autógrafos em Vitória-ES, que perguntou ao escritor por que ele só falava de meninas em seus livros. 
A Melhoramentos também produziu 27 títulos digitais do autor, sendo três aplicativos. Um desses trabalhos, o Flicts, ficou em terceiro lugar no Prêmio Jabuti – Categoria Melhor Infantil Digital.  

Documentário: Um dos autores brasileiros que ganharam o mundo, Ziraldo tem em torno de 50 títulos traduzidos para mais de 10 idiomas, como inglês, francês, alemão, espanhol, catalão, sueco, norueguês, japonês, chinês e hebraico. Uma trajetória invejável que faz se multiplicar as comemorações de seus 85 anos de idade. Muitas tocantes, como o documentário A casa do Ziraldo, uma produção da Lumen em parceria com o Canal Curta!, que exibirá com exclusividade a produção. Conduzido pelo olhar afetuoso de sua filha, a diretora Daniela Thomas, o documentário refaz a trajetória de Ziraldo passeando por seu acervo pessoal e retratando a rotina de trabalho em seu ateliê. 

Muita história para contar: E não faltam histórias. Formado bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Minas Gerais, de Belo Horizonte, Ziraldo Alves Pinto enveredou desde cedo por atividades que exploravam a criatividade, talento revelado já na infância através de seus desenhos. Nascido na cidade mineira de Caratinga, em outubro de 1932, o primogênito de sete irmãos, que foi batizado com a junção dos nomes dos pais, a costureira Zizinha Alves Pinto e o guarda-livros Geraldo Alves Moreira Pinto, sempre teve o incentivo da família para explorar seu talento. Tanto que, com apenas 6 anos, publicou seu primeiro desenho no jornal A Folha de Minas.

Leitor de escritores como Viriato Correia e Clemente Luz e apaixonado pelos quadrinhos de Hal Foster, Alex Raymond, V. T. Hamlin e R. B. Fuller, com 16 anos transferiu-se para o Rio de Janeiro-RJ, onde cursou o científico, levando na bagagem sua produção de caricaturas, histórias em quadrinhos, cartazes políticos, ilustrações, contos e poesias. Enquanto procurava trabalho, publicou desenhos em revistas como Coração, Sesinho, Vida Infantil e Vida Juvenil e O malho. Dois anos depois, voltou para Minas Gerais, prestou serviço militar e ingressou na faculdade de Direito.

Já formado, em 1957 passou a publicar regularmente na revista A Cigana e, no ano seguinte, mudou-se definitivamente para o Rio de Janeiro e começou a trabalhar na revista O Cruzeiro Internacional. Nos anos 1960, criou uma turma para o personagem Saci-Pererê, que já aparecia na revista O Cruzeiro, e acabou virando desenhista de histórias em quadrinhos com o lançamento da revista Pererê, da qual faziam parte o Saci e toda a turma. Uma coisa foi levando à outra e, em 1969, publicou o primeiro livro destinado ao público infantil, Flicts, que aborda a história de uma cor que não encontra seu lugar no mundo. 

Nessa época, sua obra como desenhista e cartunista já havia conquistado reconhecimento internacional. Inclusive com premiações, como o Oscar Internacional de Humor, arrematado no 32.º Salão Internacional de Caricaturas, em Bruxelas, e foi o primeiro latino americano a ser convidado a fazer um cartaz para o Unicef. 

Foi um dos fundadores do jornal O Pasquim, ao lado de Jaguar, Claudius e Sérgio Cabral, entre outros, que foi publicado de 1969 a 1991. Como sempre expressou suas posições políticas, durante a Ditadura Militar no país, foi preso diversas vezes. 

Sobre a Editora Melhoramentos: Há mais de 125 anos, a Editora Melhoramentos ocupa posição de destaque nas diversas áreas em que atua. É referência no mercado editorial com milhares de títulos publicados. À frente de seu tempo desde a fundação, ela se distingue pelo pioneirismo de suas obras, pelos autores e avanços editoriais aos quais se dedica. www.editoramelhoramentos.com.br


quinta-feira, 28 de setembro de 2017

.: Em versão HQ: 109 anos da morte de Machado de Assis

Considerado por muitos o maior escritor de língua portuguesa, Machado continua a ser republicado. Agora também em versão HQ


“Uma existência, além da morte”, assim escreveu Euclides da Cunha no dia 30 de setembro de 1908 no Jornal do Commercio sobre o falecimento de Machado de Assis, que havia acontecido na noite anterior. Hoje, 109 anos depois, não há quem não tenha ouvido falar ou não tenha se deparado com algo relacionado ao autor. O escritor brasileiro é considerado por muitos críticos, estudiosos, escritores e leitores como o maior nome da literatura brasileira.
            
Presente em diversas listas de provas de vestibulares e estudado pelos alunos das escolas do Brasil, Machado de Assis também é citado na 4a edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil – o maior e mais completo estudo sobre o comportamento do leitor brasileiro, promovido pelo Instituto Pró-Livro (IPL) e aplicado pelo Ibope Inteligência – como o autor mais conhecido entre os entrevistados, ficando à frente de Monteiro Lobato, Paulo Coelho e Jorge Amado. Machado aparece em segundo colocado na pesquisa, atrás apenas de Monteiro Lobato, também no quesito escritores de quem os entrevistados mais gostam.




Base: Amostra (5.012) – Escritores mais conhecidos.



MISSA DO GALO E OUTROS CONTOS DE MACHADO DE ASSIS            

Os dados da pesquisa são endossados pelo crescente número de releituras e republicações das obras de Machado de Assis. Em homenagem ao autor, a Editora do Brasil acaba de lançar uma coletânea de contos adaptados na linguagem das HQs pelas mãos do ilustrador Francisco Vilachã. Neste livro, quatro histórias desse mestre da literatura veem em quadrinhos: “Missa do galo”, “Conto de escola”, “O espelho” e “Umas férias”. Contos que simbolizam muito bem a maravilha da narrativa machadiana. Intercalados por trechos de outros gêneros textuais do autor, o livro é um mergulho pelo universo de Machado e um convite para que o jovem leitor conheça um pouco mais o trabalho desse magnífico escritor.

Depois de tantas indicações faltou desculpa para mergulhar nas obras de Machado, não é mesmo?  Homenageie você também o autor e a literatura brasileira lendo os livros do escritor.

domingo, 26 de fevereiro de 2017

.: Despedida inesperada: Bill Paxton morre aos 61 anos

Twister: Bill Paxton com Ellen Hunt em cena



O ator Bill Paxton, de sucessos do cinema como "Twister", "Aliens", "True Lies" e "Titanic", faleceu repentinamente no sábado, 25 de fevereiro, após ter complicações de uma cirurgia não revelada pela família. Ele que estava com 61 anos de idade, teve uma carreira marcante na TV, estrelando séries como "Amor Imenso" e a minissérie "Hatfields & McCoys". 

Recentemente, o ator estrelava a série homônima derivada do filme estrelado por Denzel Washington e Ethan Hawke: "Dia de Treinamento". Na série, ele interpretava o Detetive Frank Rourke. 

Na vida real, Bill foi uma das crianças presentes na aglomeração que assistiu ao assassinato do presidente Kennedy, em 22 de novembro de 1963. Paxton tinha duas filhas e era casado há 30 anos com Louise Newbury. 

Conforme o comunicado da família: "é com o coração pesado que compartilhamos a notícia de sua morte. A paixão de Bill pelas artes é sentida por todos que o conheciam."

Filmografia:
2017 - A Bela e a Fera
2014 - O Abutre
2014 - No Limite do Amanhã
2013 - 2 Guns como Earl
2004 - Thunderbirds
2004 - Club Dread
2004 - Haven
2003 - Resistance
2003 - Pequenos Espiões 3
2002 - A Mão do Diabo
2002 - Pequenos Espiões 2
2000 - Limite Vertical
2000 - U-571 - A Batalha do Atlântico
1998 - Poderoso Joe
1998 - Um Plano Simples 
1998 - Twister
1997 - Titanic 
1997 - Os Trapaceiros
1996 - O Entardecer de uma Estrela
1996 - Twister
1995 - O Último Jantar 
1995 - Apollo 13 - Do desastre ao triunfo
1994 - True lies
1994 - Frank e Jesse - Fora-da-lei 
1993 - Tombstone - A justiça está chegando
1993 - Encaixotando Helena
1993 - Choque do futuro
1993 - O Melhor Verão de Nossas Vidas
1993 - Monolith - A energia destruídora 
1992 - Os Saqueadores
1992 - Psicose mortal 
1991 - Por trás das cenas 
1991 - Um passo em falso
1990 - Predador 2 - A caçada continua 
1990 - Comando Imbatível 
1990 - Back to Back
1990 - Brain Dead
1990 - The Last of the Finest
1989 - Marcados pelo ódio 
1989 - Nas asas do vento
1988 - Santo golpe 
1987 - Quando Chega a Escuridão
1986 - Aliens, O Resgate 
1985 - Comando para Matar 
1985 - Mulher nota 1000 
1984 - O Exterminador do Futuro
1984 - Ruas de Fogo
1984 - Impulse
1984 - Embalsamado
1983 - Os Guardiões da Honra
1983 - Taking Tiger Mountain
1981 - Stripes
1981 - Night Warning

1975 - Crazy Man

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

.: Ruth Rocha: 50 anos de carreira e mais um aniversário

Crédito: Vânia Toledo

No próximo dia 02, a autora de "Marcelo, Marmelo, Martelo" e outros clássicos da literatura infantil, assopra as velinhas




Comemorando cinco décadas de carreira neste ano e prestes a apresentar novidades para o público infantojuvenil, Ruth Rocha assopra velinhas no próximo dia 2 de março. A escritora que já fez parte da infância de milhares de brasileiros possui a incrível capacidade de escrever sobre os mais variados assuntos. 

Suas últimas edições denotam essa habilidade: em Boi, Boiada, Boiadeiro, a autora aborda a cultura brasileira; em O menino que quase morreu afogado no lixo e Quem vai salvar a vida? Ruth discute a questão da conscientização ambiental, e na série O que é, o que é?, o pequeno leitor se diverte com charadas e adivinhações.

O gosto pela literatura se deu por meio de seu avô Ioiô, que contava histórias populares brasileiras, especialmente, as obras de Monteiro Lobato. Ainda menina, ao deparar-se com tantas estantes, questionou-se como seria capaz de ler todos os livros que estavam lá. Ruth cresceu, formou-se em sociologia e trabalhou como orientadora pedagógica.

Seu primeiro trabalho como escritora foi para a Revista Cláudia, quando escreveu um artigo sobre educação. Logo depois, Ruth criou o conto Romeu e Julieta, publicado pela revista Recreio em 1969, que foi o pontapé para iniciar sua carreira na literatura infantil. Seu livro mais conhecido é Marcelo, Marmelo, Martelo, que já vendeu mais de 10 milhões de exemplares. No seu variado catálogo, destaque para O Reizinho Mandão; Bom dia, todas as cores!, Declaração Universal dos Direitos Humanos (com Otavio Roth) e Este Admirável Mundo Louco, consagrados como clássicos da literatura infantil brasileira.

Desde 2009, a Editora Salamandra detém exclusividade sobre a obra literária da autora. A casa editorial é responsável pela Biblioteca Ruth Rocha, projeto que revisa todos os seus livros e oferece a muitos deles uma nova roupagem e ilustrações inéditas. Suas obras estão divididas nas séries: As Coisas que Eu gosto, Os Medos que Eu Tenho, As Dificuldades que Eu Tenho, Conta de Novo, Vou te Contar!, Quem Tem Medo?, Marcelo, Marmelo, Martelo, Pulo do Gato, As Aventuras do Alvinho, Toda Criança do Mundo, A Turma da Nossa Rua, Constelação, Conte um Conto, Ruth Rocha Apresenta, Meninos, Eu Vi!, Palavras, Muitas Palavras, O que é, o que é, O Reizinho Mandão, De repente Dá Certo e Ruth Rocha Conta.

Sobre a Salamandra: Com um catálogo formado por obras de autores brasileiros e estrangeiros e que contempla desde bebês até jovens leitores, o principal foco da Salamandra é a valorização do livro como veículo de expressão de ideias, sentimentos e emoções. O selo publica obras que dialogam com o leitor, divertindo e provocando a reflexão sobre questões pessoais e do mundo, por meio de uma linha editorial ampla e diversificada para atender todos os tipos de gosto: livros de pano e livros-brinquedo; livros tipo álbum para leitores iniciantes; e, para leitores mais maduros, aventuras, histórias com temas do cotidiano e quadrinhos. Tudo para fazer da leitura uma atividade prazerosa e significativa. Desde 2009, a Salamandra detém exclusividade sobre toda obra literária de Ruth Rocha, uma das escritoras mais talentosas e queridas do Brasil, em uma iniciativa inédita no mercado de livros para crianças e jovens.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

.: O último adeus à Betty Lago * 1955 a 2015

Por Helder Miranda
Em setembro de 2015


Atriz, apresentadora de televisão, modelo e vlogger, Elizabeth Lago Netto Nascimento, a Betty Lago, nasceu no Rio de Janeiro em 24 de junho de 1955. Ela morreu aos 60 anos, em 13 de setembro, em seu apartamento no Leblon, após lutar bravamente contra um câncer na vesícula, deixando dois filhos: Bernardo e Patrícia.

Ela foi descoberta pelo fotógrafo Evandro Teixeira, no começo da década de 1970, e foi ajudada por ele a dar os primeiros passos na profissão de modelo. A estreia de Betty Lago no cinema aconteceu em 1976, com uma cena que foi cortada da montagem final do filme “Dona Flor e Seus Dois Maridos”, em uma ponta que não foi creditada. No mesmo ano, fez a peça de teatro, "A Verdadeira História da Gata Borralheira", como a Fada Madrinha do clássico dos irmãos Grimm. 

No teatro, ainda fez “Mãos ao Alto, São Paulo!”, em 2007, contracenando com Marcos Mion, e “Hamlet”, um clássico de William Shakespeare, interpretando a Rainha Gertrudes, contracenando com Leona Cavalli.

Em 1977, ela foi tentar a sorte no exterior e, durante 15 anos, frequentou as principais passarelas dos Estados Unidos, a França e Itália. Em 1989, participa do filme “Somos Todos Iguais” interpretando uma prostituta. 

Com a carreira de modelo internacional consolidada, teve a primeira aparição como atriz de televisão na televisão interpretando a sofisticada Natália, na minissérie “Anos Rebeldes”, assinada por Gilberto Braga em 1992. Dois anos depois, era uma das protagonistas da novela das 19h, “Quatro por Quatro”, de Carlos Lombardi, destacando-se como a socialite Bibi, o seu papel mais marcante. 

Em 1996, a atriz se casou com o professor de educação física Guilherme Linhares. De Carlos Lombardi, na Rede Globo, fez personagens nas novelas “Vira-Lata” (de 1997, como Walkíria), “Uga Uga” (2000, aeromoça Brigitte), “O Quinto dos Infernos” (2002, Carlota Joaquina de Bourbon e Bragança), “Kubanacan” (2003, Mercedes), “Pé na Jaca” (2006, Morgana) e “Guerra e Paz” (2008, delegada Marta Rocha).  

Em 1997, Betty foi a protagonista da novela das 18h, “O Amor Está no Ar”,  escrita por Alcides Nogueira, defendendo a personagem Sofia, uma judia que disputava com Luísa (Natália Lage), que teria sido abduzida, o coração do jovem aviador Léo, interpretado por Rodrigo Santoro. 

Em 1998, realmente debutou no cinema em “Alô?”, de Mara Mourão. Com Xuxa, trabalhou  em 2002, com “Xuxa e os Duendes 2 - No Caminho das Fadas”, e em 2007, com “Xuxa em Sonho de Menina”, como Pandora Raquel. Em 2005, em a Mendonça em “Mais Uma Vez Amor”.

Estreou em 2002 como apresentadora na TV com o programa “GNT Fashion”, que dirigiu durante cinco anos na emissora. Entre maio de 2005 a maio de 2010, integrou diferentes formações do programa “Saia Justa”, na mesma emissora.

Em fevereiro de 2011, assinou contrato de cinco anos com a Rede Record, e estreou nas novelas da casa em “Vidas em Jogo”, interpretando a empregada doméstica Marizete, que estreou no dia 3 de maio de 2011. Em fevereiro de 2012, foi diagnosticada com câncer na vesícula, depois de sentir dores enquanto atuava na novela "Vidas em jogo", tendo que interromper as gravações para dar início ao tratamento da doença.

A parceria bem-sucedida com o autor Carlos Lombardi rendeu ainda mais um grande papel na televisão, na última novela que participou, “Pecado Mortal”, como a Stella Nolasco, uma mãe que lutava pelo amor dos filhos abandonados por ela na infância, personagem que precisou abandonar em decorrência do câncer.

Em 19 de novembro de 2014, Betty estreou seu canal de humor no YouTube, “Calma, Betty”, divertidíssimo, há alguns programas que podem ser conferidos no site, basta buscar no título do programa e assistir todos: são curtinhos, em média cinco minutos. A atriz também participou de uma esquete do canal de humor no YouTube “Parafernalha”, no episódio "Presépio", de dezembro de 2014. Seu último trabalho na TV foi o reality show “Desafio da Beleza”, do canal GNT, que conta com episódios gravados ainda inéditos com ela.


Programa no YouTube

No "Saia Justa"

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