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segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

.: Espetáculo "A Herança" é o melhor do ano. Confira a lista dos outros 12

Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 

Listar os 13 melhores do ano é tarefa ingrata em qualquer área. Selecionar as 13 melhores peças teatrais de 2023, em meio a centenas de convites que chegam à nossa redação é, também, algo desafiador e uma viagem teatral ao longo do ano a partir de um critério absolutamente subjetivo: o gosto pessoal de quem elaborou a lista. Vários espetáculos tão bons quanto os que estão nesta lista ficaram de fora, o que não quer dizer que não mereçam ser assistidos. Também confira a lista de Melhores Peças Teatrais de 2022. 


1. "A Herança"
Arrebatador, “A Herança” é o espetáculo do ano. Em 1° lugar da lista de Melhores Peças Teatrais do Ano publicada pelo portal Resenhando.com, a peça teatral premiada na Broadway, passou pelo Teatro Raul Cortez e fez história em São Paulo. Em duas partes que totalizam quase seis horas, que parecem minutos, o público se apaixona e torce pelo personagem defendido por Bruno Fagundes. Com sutileza e muita senibilidade, ele transforma um personagem que poderia ser apenas a caricatura da bondade em alguém para torcer e vibrar por ele. Entregando de modo esmiuçado o que é ser gay, desde a vivência do escritor E. M. Forster, autor de "Retorno a Howards End" refletida no livro "Maurice", até os dias de hoje, "A Herança" é uma peça que continuará atual por muito tempo. Mudam-se os tempos, mas a história se repete. A montagem de Matthew Lopez aborda com sensibilidade e profundidade as gerações de homens gays e seus dilemas. Os atores Reynaldo Gianecchini, em uma interpretação muito corajosa para um artista que ficou conhecido por interpretar muitos galãs nas telenovelas brasileiras, além de Marco Antônio Pâmio, Rafael Primot e André Torquato brilham nos papéis principais. Também fizeram parte do elenco os atores Cleomácio Inácio, Davi Tápias, Felipe Hintze, Gabriel Lodi, Haroldo Miklos, Rafael Américo e Wallace Mendes que se revezam na interpretação de 25 personagens. Um espetáculo para guardar na memória... e no coração.



2. "Uma Linda Mulher - O Musical"

Em 2° lugar na lista de Melhores Peças Teatrais do Ano, o clássico contemporâneo "Uma Linda Mulher" esteve em cartaz como musical até dezembro no Teatro Santander e repetiu a trajetória bem-sucedida do filme filme-fenômeno-pop de 1990, ao fazer uma releitura feminista do clássico dos irmãos Grimm. Tudo nesse espetáculo é grande, desde os cenários que reproduzem as cenas do longa-metragem, até o talento dos protagonistas. A atriz Thais Piza é mais do que carisma e coração ao interpretar Vivian Ward, personagem que alçou Julia Roberts ao estrelato. O risco era alto: as comparações com a interpretação clássica do cinema e outro ainda maior, o de ser devorada por uma personagem tão grande. Com experiência de sobra e a entrega de uma atriz em busca do papel de sua vida, Thais Piza brilhou com uma personagem capaz de demonstrar ao público toda expressividade, potência vocal e até a vulnerabilidade de uma atriz imensa. Par romântico da atriz no espetáculo, Jarbas Homem de Mello consegue ser mais humano que Richard Gere no papel de Edward Lewis, executivo que contrata uma acompanhante para passar uma semana com ele. Confira a crítica: Musical "Uma Linda Mulher" é a surpresa do ano ao focar no carisma.

3. "O Guarda-Costas - O Musical"
Mais do que um espetáculo, "O Guarda-costas - O Musical" é uma celebração à música e à memória de Whitney Houston e está em 3° lugar na lista de Melhores Peças Teatrais do Ano publicada no portal Resenhando.com. A montagem brasileira do espetáculo, produzida pela 4ACT e dirigida por Ricardo Marques e Igor Pushinov, consegue a proeza de ser melhor que o filme da década de 90 que o inspirou. Grande parte do mérito disto acontecer é a entrega da protagonista, interpretada por  Leilah Moreno, que nasceu para o papel. Intérprete da personagem principal, ela está entregue e devora tudo o que vem pela frente em mais de duas horas que parecem minutos. Encantado com o que a artista promove a partir da voz e do talento da artistas, o público não vê o tempo passar. Parece que Leilah Moreno, na pele de Rachel Marron, tem o poder de parar o tempo. Não há outra atriz no mundo capaz de interpretar um papel que foi de Whitney Houston como faz Leilah Moreno neste espetáculo. O ator Fabrizio Gorziza deu vida ao guarda-costas. Fizeram parte do espetáculo os atores Talita Cipriano, Davi Martins, Pedro Galvão, Marcelo Goes, Vinicius Conrad, Nalin Junior, Victor Barreto, Alvaro Real e Daiana Ribeiro. Já o ensemble traz os experientes bailarinos Mari Saraiva, Danilo Coelho, Felipe Tadeu, Leandro Naiss, Lucas Maia, Raquel Gattermeier, Fernanda Salla, Josemara Macedo, Thaiane Chuvas, Vicky Maila e Thiago Alves. Foto: Felipe Quintin. Confira as críticas:
.: "O Guarda Costas - O Musical" consegue ser melhor que o filme
.: "O Guarda Costas - O Musical" em 11 motivos para não perder 
.: Crônica: "O Guarda Costas - O Musical" é showzão de Leilah Moreno. 


4. "Alguma Coisa Podre"
"Há algo de podre no reino da Dinamarca". Essa frase de "Hamlet", escrita há mais de 400 anos por William Shakespeare, dá o tom de "Alguma Coisa Podre", mais que um musical, um fenômeno pop, que esteve em cartaz até dia 6 de agosto no Teatro Porto e está em 4° lugar na lista de Melhores Peças Teatrais do ano publicada no portal Resenhando.com. O espetáculo é solar, para cima e não perde a energia em um só momento - nem quando a ação se passa no segundo ato, quando os espetáculos tendem a cair. Há músicas muito boas e chega a ser irônico que um espetáculo que marca o período da renascença marque, de alguma maneira, o renascimento do teatro depois de uma pandemia em que a arte respirava sobre aparelhos. "Alguma Coisa Podre" é o teatro voltando a lotar mas, sobretudo, é o Brasil voltando a sorrir. No elenco, Marcos Veras, Leo Bahia, George Sauma, Wendell Bendelack, Rodrigo Miallaret, Bel Lima e Laila Garin. Direção Artística: Gustavo Barchilon. Versão brasileira: Cláudio Botelho. Confira as críticas: 


5. "Sylvia"
O mundo mudou depois da primeira temporada do espetáculo "Sylvia", apresentado no Brasil pela primeira vez em 2019. A expectativa, e a curiosidade, era saber de que maneira os atores deste espetáculo mudaram nessa nova temporada, que esteve em cartaz até dezembro no Teatro Porto. A resposta é uma: "Sylvia" é como o vinho e os atores amadureceram as interpretações, tornando tudo ainda mais mágico. O espetáculo está em 5° lugar entre as Melhores Peças Teatrais do Ano publicada no portal Resenhando.com. Além de ter como personagem principal uma dócil cãzinha, "Sylvia" é um espetáculo que se apoia em temas sensíveis como crise de meia idade, síndrome do ninho vazio e responsabilidade afetiva. Destaque para Vera Zimmermann, que teve o desafio de substituir a saudosa atriz François Fourton e se saiu muito bem, e a interpretação delicada e extremamente sensível da personagem-título feita por Simone Zucato, que também assina a tradução da peça escrita por A.R. Gurney. No elenco, também estavam Cássio Scapin e Thiago Adorno, sob a direção de Gustavo Wabner. Confira a crítica à primeira temporada do espetáculo neste link: "Sylvia", papel que foi de Sarah Jéssica Parker, faz autocrítica ao ser humano.


6. "Funny Girl - A Garota Genial"

Escrita por Bianca Tadini e Luciano Andrey, a releitura feminista de"Funny Girl" teve um sucesso estrondoso em São Paulo e no Rio de Janeiro. Dirigida por Gustavo Barchilon, a versão brasileira do clássico foi protagonizada por Giulia Nadruz e Eriberto Leão. Assistimos no Teatro Porto, em São Paulo, com Vânia Canto no papel de Fanny Brice. A personagem para ela, uma mistura de Adele com todas as características de uma atriz de musicais, resultou em uma interpretação arrebatadora. Queremos mais de Vânia Canto como protagonista absoluta no teatro musical em 2024. "Funny Girl - A Garota Genial" tem produção da Barho Produções em parceria com a 7.8 Produções Artísticas. .: Confira a crítica: "Funny Girl - A Garota Genial" em sete motivos para não perder no Porto.


7. "Consentimento"
Com direção de Camila Turim e Hugo Possolo, o espetáculo "Consentimento" é uma tragicomédia divertida no riso nervoso de quem vê diante do espelho suas contradições e fissuras. Com texto da premiada autora inglesa, Nina Raine, espetáculo é contemporâneo e impactante, uma peça que consegue ser contundente, dolorosa e afiada. Você finge que é algo e os outros fingem que acreditam. Assim se mantém a paz entre os relacionamentos - de amigos, amantes e familiares - na vida real. Qualquer semelhança com a vida real não é mera coincidência quando se é colocado diante de um espetáculo do porte de "Consentimento", que ecoa por horas após ser apresentado. É forte, visceral, polêmico e conta com atores que têm gabarito para defender personagens tão contundentes. O espetáculo incomoda e faz valer a máxima de que a arte, muitas vezes, deixa de ser mero entretenimento. Ninguém é anjo no espetáculo - ainda bem - porque a partir de personagens tão inquietantes - e muitas vezes insuportáveis - surgem discussões e questionamentos que ultrapassam as barreiras do palco. No elenco, Flavio Tolezani, Camila Turim, Helô Cintra Castilho, Sidney Santiago Kuanza, Gui Calzavara, Anna Cecília Junqueira e Lisi Andrade. Confira a crítica: "Consentimento" ultrapassa as barreiras do palco ao falar de abusos


8. "Veraneio"
Após uma premiada parceria de sucesso em 2018 em "Pousada Refúgio", o diretor Pedro Granato e o dramaturgo Leonardo Cortez se uniram mais uma vez no espetáculo "Veraneio", que discute dramas familiares, dilemas e agonias do mundo pós-pandêmico com humor afiado. A trama acompanha o reencontro, repleto de curiosidades e dramas, de Dona Laura e seus três filhos amargurados para celebrarem o aniversário da matriarca, interpretada por Clarisse Abujamra. Em um texto sensível, todos se destacam, como uma espécie de engrenagem em que ninguém é dispensável. Todos os atores têm bons momentos e, em determinado momento, o foco gira em torno de cada um deles. Eles representam tipos para tratar da alegoria da vida e apertam o público até a reflexão. É um espetáculo que, além de colocar o dedo nas feridas e em assuntos sensíveis a qualquer família, também aborda a hipocrisia e a descoberta da sexualidade durante a velhice. São assuntos pertinentes e há, com isso tudo, a direção certeira de Pedro Granato - neste espetáculo milimetricamente pensada para não poupar ninguém. "Veraneio" é uma pancada que começa parecendo inofensiva, mas não há como sair ileso. Assistimos dia 21 de julho no Teatro do Sesc Santos. No elenco, Clarisse Abujamra, Glaucia Libertini, Leonardo Cortez, Maurício de Barros, Sílvio Restiffe e Tatiana Thomé. Foto: Nadja Kouchi. Confira a crítica: "Veraneio" é uma alegoria sobre amor e ódio nas famílias.


9. "A Megera Domada"
"A Megera Domada" é uma das peças mais famosas do grande dramaturgo inglês William Shakespeare. A comédia narra as confusões criadas por um grupo de pretendentes pela bela e doce Bianca, após saberem da decisão de seu pai controlador: ela só se casaria após o enlace de sua irmã mais velha, a indomável Catarina, que é refratária à natureza dos relacionamentos amorosos da época. É neste cenário que entra Petruchio que, na busca por um casamento de interesse, se dispõe a enfrentar a fera.  A tradução e a adaptação são dos dramaturgos e roteiristas Fabio Brandi Torres e Isser Korik, que também assina a direção. A nova montagem esteve em cartaz até o final de novembro no Teatro Uol com novo elenco. Agora, Eduardo Semerjian, Leticia Tomazella, Lizandra Cortez, Marcelo Diaz e Pedro Lemos interpretam 16 personagens do texto original, numa troca rápida que vai além do figurino. A exigência de uma mudança interna para cada personagem, desafia os atores e exige um grande preparo técnico. Confira a crítica: A Megera Domada": cinco motivos para não perder a comédia em SP. 


10. "Grease, o Musical"
"Grease é o caminho", destaca o refrão da música clássica do trio Bee Gees que dá nome ao teatro musical da produtora 4Act Entretenimento, "Grease, o Musical", que encerrou as apresentações dia 6 de março do ano passado com muita energia e emoção, no Teatro Claro SP. O espetáculo é inspirado no musical da Broadway de 1971, que foi transformado no icônico filme de 1978, estrelado por John Travolta e Olivia Newton-John. A jovialidade do elenco, em coreografias e figurinos impecáveis reforçaram a engrenagem do musical sobre a história de amor de Danny e Sandy, que acontece durante o verão dos anos 50, nas praias da Califórnia. Com a volta às aulas, eles se reencontram de modo inesperado, afinal, ele não é tão doce como se mostrou, Danny lidera a gangue do Burguer Palace Boys. Enquanto que a mocinha certinha vai se enturmando com as Pink Ladies, Danny tenta seu lado de atleta - sem sucesso. O enredo condizente a uma época ultrapassada, reflete quando as mocinhas deveriam seguir certas condutas para evitar que fossem rotuladas da pior forma. De fato, "Grease" é o retrato da liberdade feminina que começava a se desenhar. No elenco, Tiago Prado, Luli, Alice Zamur, Nathan Leitão, Sofie Orleans, Carol Pita, Camila Brandão, Pedro Nasser, Rafa Diverse e outros. Não há como negar que rever no teatro em nova montagem do meu filme favorito, após tantos anos, foi extremamente emocionante. Confira a crítica: "Grease, o Musical" resgata nos palcos clássico sobre os anos 50.


11. "Pagú - Até Onde Chega a Sonda"
Um manuscrito, ainda inédito, deixado pela escritora, poeta, feminista, desenhista, jornalista e militante Patrícia Rehder Galvão, a Pagú (1910-1962) é o ponto de partida para o espetáculo, que tem direção de Elias Andreato e atuação de Martha Nowill - que também assina o texto e tem o poder de transformar um texto tão denso em algo mais leve. É preciso muita sensibilidade e empatia para conseguir fazer isso.  A dramaturgia, assinada pela atriz que protagoniza a peça, foi escrita a partir de um manuscrito inédito que Pagú produziu enquanto estava presa. Duas mulheres, uma em 1939 na Casa de detenção, outra mãe de gêmeos em plena pandemia, contam suas histórias. O resultado é trancedental. Foto: Rodrigo Chueri.


12. "O Avesso da Pele"
Montagem teatral oficial do premiado romance escrito por Jeferson Tenório (Prêmio Jabuti 2021), o espetáculo "O Avesso da Pele" se passa em Porto Alegre, na década de 80, e conta a história de Pedro, filho de um professor de literatura assassinado em uma desastrosa abordagem policial. Após este episódio, ele inicia uma investigação acerca de suas origens, o passado da sua família e a trajetória de seu pai, Henrique. Construindo assim, uma jornada que elucida, não só questões de paternidade preta em um país marcado pelo racismo, mas também os caminhos que levam ao afeto e à redenção. A peça é idealizada pelo Coletivo Ocutá, com direção de Beatriz Barros e tem o elenco composto por Alexandre Ammano, Bruno Rocha, Marcos Oli e Vitor Britto. Em cena, os quatro atores se alternam entre os personagens, em um movimento em que todos serão pai e filho em algum momento. Assistimos ao espetáculo no dia 26 de agosto no Teatro do Sesc Santos. Foto: Helt Rodrigues.



13. 
"Frida Kahlo - Viva la Vida"
Com atuação de Christiane Tricerri e direção de Cacá Rosset, o espetáculo “Frida Kahlo - Viva la Vida” mostra um novo olhar sobre a vida da artista mexicana, com o texto de Humberto Robles, considerado um dos maiores dramaturgos mexicanos. O solo traz uma Frida Kahlo lúcida, solar e cáustica, que celebra o triunfo paradoxalmente no Dia dos Mortos. Enquanto prepara um jantar para convidados, vivos ou mortos, passeia por sua vida relembrando e trazendo os personagens que passaram por sua história. A produção é de Alonso Alvarez. Assistimos no dia 21 de julho no Teatro do Sesc. Foto: Isadora Tricerri. 

domingo, 31 de dezembro de 2023

.: Lista: os 15 melhores filmes que marcaram telonas e telinhas em 2023

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em dezembro de 2023


2023 foi um ano recheado de filmes incríveis nas telonas dos cinemas e nas telinhas em casa. Nós do Resenhando.com prestigiamos sucessos inesquecíveis nas telonas do Cineflix Cinemas em Santos, assim como nas plataformas de streaming. Para tanto, elencamos aqui os 15 filmes mais marcantes deste ano. Confira a lista das produções que causaram alvoroço nas salas de cinema!


Assassinos da Lua das Flores

O filme de Martin Scorsese, com total de 3h26 de duração, apresenta uma história de sangue em que o poder dita quem deve viver e morrer. Assim, a briga entre o homem branco e de pele vermelha é narrada de modo que vai crescendo, crescendo até transbordar na telona. Na trama, a atriz Lily Gladstone ("Certas Mulheres") brilha do início ao fim, ao lado dos vencedores da estatueta do Oscar, Leonardo Di Caprio ("O Resgate"), Robert De Niro ("Touro Indomável",) e Brendan Fraser ("A Baleia"), assim como o já indicado Jesse Plemons ("Ataque de Cães"). 

.: Crítica: "Assassinos da Lua das Flores" transborda na telona e vai levar Oscar

Barbie

O tão aguardado filme da "Barbie" vale pela estética, principalmente quando tudo acontece em Barbilândia, além de fazer refletir -e arrancar lágrimas- sobre o que é ser mulher nos dias de hoje. Com classificação indicativa para maiores de 12 anos, o longa dirigido por Greta Gerwig ("Lady Bird: A Hora de Voar") ainda batalha pra quebrar o estereótipo da boneca de até 30 centímetros e mostrá-la como uma mulher comum -aprofundando nos estereótipos da Barbie e sobre ser mulher.

.: Crítica: "Barbie" é esteticamente lindo, mas perde a magia até o desfecho

Asteroid City

A  comédia dramática de Wes Anderson traz o passo-a-passo da construção de uma peça teatral, personagens detalhados e uma cidade ficcional cheia de peculiaridades representando uma passagem da história americana. O filme que totaliza 1h45 é um show visual com tons pastéis em pleno deserto da década de 50 em que experimentos eram realizados em busca da bomba atômica, o que esbarra até em aparições alienígenas -pra lá de cômicas. 

.: Resenha crítica: filme "Asteroid City" é espetáculo para olhos e ouvidos

A Sombra de Caravaggio

O filme italiano encanta, não somente por trazer o processo e as criações artísticas do pintor Michelangelo Merisi, mais conhecido por Caravaggio, mas por entregar uma leitura belíssima -usando o sombrio atormentador- para apresentar a história do artista que procurou a realidade palpável e concreta da representação, a ponto de usar modelos humanos, sendo, prostitutas, crianças de ruas, mendigos e até mortos. O longa dirigido pelo ator e diretor Michele Placido é puro deleite.

.: Crítica: "A Sombra de Caravaggio" entrega a escuridão da genialidade

Os Três Mosqueteiros: D´artagnan

A nova adaptação do famoso romance de Alexandre Dumas: "Os Três Mosqueteiros", mostra-se como a mais fiel ao texto originário, estampando as emoções de uma trama de tirar o chapéu ainda interpretada com maestria por um elenco formado com escolhas certeiras, com direito a Vincent Cassel (Athos), Romain Duris (Aramis) e Evan Green (Milady). Em 125 minutos de filme, é impossível não se sentir presenteado diante de tamanho espetáculo que é "Os Três Mosqueteiros: D'Artagnan", o primeiro filme da trilogia dirigida e roteirizada por Martin Bourboulon. 

.: Crítica: "Os Três Mosqueteiros: D'Artagnan" é grandioso espetáculo

Elementos

Quando tanto se fala sobre aprender a tolerar as diferenças, surge na telona a nova animação Disney Pixar, de 1h42, "Elementos". A produção leva o público para a cidade em que os elementos fogo, água, terra e ar convivem. No entanto, o foco da trama está na jovem flamejante, Amber/Faísca, nascida no local em que os pais chegaram quando buscavam uma vida melhor. Cercada pelo amor dos genitores, Faísca cresce com a incumbência de um dia, administrar a loja do pai. No entanto, ela é diferente -assim como os sonhos que tem para o próprio futuro. Para não desapontar o pai, Faísca esconde os verdadeiros desejos e segue dando o melhor para continuar com o comércio. Em meio a testes para liderar a loja, Faísca perde o controle e atrai o seu oposto: Wade/Gota. 

.: Resenha crítica: "Elementos" reforça que juntos somos mais

A Baleia

O longa que deu o Oscar 2023 de Melhor Ator ao ator Brendan Fraser, deixa o público vidrado desde os primeiros minutos e, com a maestria de um texto impecável, adaptado da peça de 2012 que leva o mesmo nome, escrita por Samuel D. Hunter, mantém a curiosidade até o desfecho do drama vivido pelo professor Charlie (Brendan Fraser, "A Múmia" e "Viagem ao Centro da Terra") que sofre de obesidade mórbida. Sozinho, vive preso em casa e agarrado a uma história do passado. 

.: Crítica: "A Baleia" fisga do início ao fim e Fraser tem tudo para levar Oscar

Homem-Aranha Através do Aranhaverso

"Homem-Aranha: Através do Aranhaverso", sequência da animação "Homem-Aranha no Aranhaverso", é simplesmente um show de arte visual, com a capacidade de superar a primeira animação do cabeça de teia. Para tanto, nos primeiros minutos, sobre o que é arte. Com direito a um resumo sobre os personagens, a produção Sony Pictures associada a Marvel, avança na trama das variações do aracnídeo.

.: Crítica: "Homem-Aranha: Através do Aranhaverso" é arte na telona Cineflix

O Pior Vizinho do Mundo

Otto Anderson, O-T-T-O, o protagonista de "O Pior Vizinho do Mundo", magistralmente interpretado por Tom Hanks, é um senhor rabugento que não leva o mesmo nome de Carl Fredricksen da animação Disney "Up - Altas Aventuras", mas que também consegue emocionar o público enquanto sofre com a ausência da esposa. Com o objetivo de tirar a própria vida, acaba cercado pelos novos vizinhos e acaba mudando seus planos de despedida.

.: Crítica: "O Pior Vizinho do Mundo" é surpreendentemente emocionante

I Wanna Dance With Somebody: A História de Whitney Houston

O longa repleto de números musicais vai muito além do conhecido talento da artista norte-americana intitulada como "The Voice". O longa dirigido por Kasi Lemmons ("Harriet: O Caminho para a Liberdade" e "O Mistério de Candyman") e mesmo roteirista do sucesso "Bohemian Rhapsody", Anthony McCarten, retrata a conturbada vida amorosa daquela que alcançava quatro oitavas, sendo forte nos melismas e vibratos. 

.: Crítica: "I Wanna Dance With Somebody" é "So Emotional"

O Sequestro do Voo 375

A produção nacional, de muita qualidade, é capaz de nos encher de orgulho do cinema brasileiro. Ágil e surpreendente -mesmo contando uma história verídica-, a produção dirigida por Marcus Baldini, coloca o público sentadinho e totalmente agarrado nas poltronas dos cinemas. Do início ao fim, e, a cada cena de pura apreensão, permite, no máximo, o roer das unhas para entender como algo tão assustador chegou a acontecer no Brasil. 

.: Crítica: "O Sequestro do Voo 375" é filmaço brasileiro imperdível

O Mundo Depois de Nós 

Amanda (Julia Roberts) e Clay (Ethan Hawke) mudam a rotina em nome de fugir da cidade. Assim, pai, mãe e os dois filhos seguem para uma casa luxuosa de veraneio. Enquanto o casal tenta buscar a sintonia da família, a filha demonstra sua obsessão pelo seriado "Friends" que vem maratonando. Contudo, uma pane acontece e deixa todos sem comunicação. Sem sinal de internet, Archie (Charlie Evans), o irmão da garota, encontra algo mais divertido para "assistir". Enquanto que um pai e filha aparecem querendo ficar na casa que é deles. Eis o apocalíptico, "O Mundo Depois de Nós", dirigido e roteirizado por Sam Esmail ("Mr. Robot"), da Netflix.

.: Crítica: "O Mundo Depois de Nós" trata as relações caóticas num apocalipse

Conduzindo Madeleine

Uma senhora de 92 anos solicita uma longa corrida de táxi e leva o motorista a uma viagem inusitada pela bela e transformada Paris. Eis o divertido e emocionante longa francês "Conduzindo Madeleine". A produção dirigida por Christian Carion, começa com o taxista Charles (Dany Boon), pai de família, endividado e sempre carrancudo que embora tenha consciência da longa distância da viagem que fará, atende a solicitação da senhora Madeleine Keller (Line Renaud).

.: Crítica: "Conduzindo Madeleine" provoca risos e tira lágrimas de emoção

As Bestas 

"As Bestas", thriller francês, começa retratando o comportamento rústico de certos habitantes de um lugar bucólico. Contudo, há ali os mais novos moradores, um casal francês Antoine (Denis Menochet, de "Peter Von Kant") e Olga (Marina Fois) que vivem há dois anos nesta vila, no interior da Galícia, buscando proximidade com a natureza, lidando com o plantio e a colheita. Após as provocações de vizinhos, o sumiço de Antoine vira caso de polícia. 

.: Crítica: "As Bestas" é suspense eletrizante que leva o caos ao campo

Primadonna

"Primadonna" parece ser uma linda história de amor entre Lia Crimi (Claudia Gusmano) e Lorenzo Musicò (Dario Aita), até que o inimaginável acontece e o casal protagoniza um duelo nos tribunais, capaz de arrancar lágrimas. O filme italiano dirigido por Marta Savina retrata a história da primeira mulher capaz de lutar por seu direito, ainda numa época em que a lei do mais forte, ou seja, da máfia organizada, ditava o que e como deveria ser.

.: Crítica: "Primadonna" luta pela verdade anulada por poderosos na sociedade


Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 


terça-feira, 26 de dezembro de 2023

.: “A Natureza da Mordida” lidera a lista dos 15 melhores livros de 2023


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com.

Listar os 15 melhores do ano é tarefa ingrata em qualquer área. Selecionar os 15 melhores livros em meio a um ano tão fértil em relação à literatura e também a vários que chegam diariamente à nossa redação é algo desafiador e uma viagem literária ao longo do ano a partir de um critério absolutamente subjetivo: o gosto pessoal de quem elaborou a lista. Vários livros tão bons quanto os que estão nesta lista ficaram de fora, o que não quer dizer que não mereçam ser lidos. 
 
Na lista de 2023, em primeiro lugar, ficou o sensível 
"A Natureza da Mordida", escrito por Carla Madeira e lançado pela editora Record. No livro, as personagens parecem saltar do papel para colocar o leitor diante de questões universais, entre elas a incondicionalidade do amor, a força do desejo, a culpa e o esquecimento. 

A medalha de prata vai para o romance "Salvar o Fogo", escrito por Itamar Vieira Junior, autor de "Torto Arado" e do livro de contos "Doramar ou A Odisseia". Publicado pela editora Todavia, o romance mostra que os fantasmas do passado de uma família muitas vezes não se distinguem das sombras do próprio país. 

Os dois volumes de "Todos os Diários", de Lúcio Cardoso ocupam a terceira colocação da lista de Melhores do Ano do Portal Resenhando.com. Os títulos fazem parte de um grande projeto da Companhia das Letras em reeditar a obra deste que é um dos principais escritores brasileiros. Edição ampliada e revisada dos diários do autor, concebidos como um projeto artístico pelo próprio autor, figurando como uma obra-prima ao lado de "Crônica da Casa Assassinada". 

Completam a lista a edição especial de dez anos de "Um Defeito de Cor" (4° lugar), escrito por Ana Maria Gonçalves, lançada pela editora Record. O box "A Literatura no Brasil" (5° lugar), escrito por Afrânio Coutinho, lançamento da Global editora. A caixa com todos os romances de Luis Fernando Veríssimo (6° lugar) lançada pela editora Alfaguara que inclui os livros "O Jardim do Diabo", "O Clube dos Anjos", "Borges e os Orangotangos Eternos", "O Opositor", "A Décima-segunda Noite" e "Os Espiões". 

edição especialíssima de "Macunaíma" (7° lugar), romance que marcou época e foi escrito por Mário de Andrade, agora relançada pela Global Editora. A "Odisseia" de Homero em HQ (8° lugar), com texto de Silvana Salerno e ilustrações de Jefferson Costa, publicada pela FTD Educação. O livro de ensaios "As Margens e o Ditado" (9° lugar), assinado por Elena Ferrante e lançado pela editora Intrínseca.

A HQ "Magali - Receita" (10° lugar), escrita e desenhada por Carol Rossetti, publicada pela editora Panini. O livro de crônicas "Patty Diphusa e Fogo nas Entranhas" (11° lugar), do cineasta Pedro Almodóvar, lançado pelo selo Tusquets da editora Planeta. A coletânea de contos e poemas "Coisas Frágeis" (12° lugar), de Neil Gaiman, lançada pela editora Intrínseca. 

O livro "Filha do Fogo - 12 Contos de Amor e Cura" (13° lugar), de Elizandra Souza, lançado pela Global Editora, e o romance "Chuva de Papel" (14° lugar), de Martha Batalha, publicado pela Companhia das Letras, a mesma editora da seleta de contos "As Pequenas Doenças da Eternidade" (15° lugar), escrita por Mia Couto em uma edição especial para leitores brasileiros. Confira também a lista dos Melhores Livros de 2022 neste link.


1. “A Natureza da Mordida”, de Carla Madeira (Record)
Depois dos arrebatadores "Tudo É Rio" e "Véspera", a escritora Carla Madeira retoma seu interesse profundo pelos conflitos humanos em "A Natureza da Mordida", romance que ficou em primeiro lugar na lista de Melhores Livros do Ano publicada pelo portal Resenhando.com. "O que você não tem mais que te entristece tanto?". É com esta pergunta que Biá, uma psicanalista aposentada, apaixonada por literatura, aborda a jovem jornalista Olívia pela primeira vez ao encontrá-la sentada à mesa de um sebo improvisado. A provocação inesperada, vinda de uma estranha, desencadeia uma sucessão de encontros, marcados pela intimidade crescente e que aos poucos revelam as histórias das duas mulheres. As personagens parecem saltar do papel para colocar o leitor diante de questões universais, entre elas a incondicionalidade do amor, a força do desejo, a culpa e o esquecimento, a memória e sua dinâmica inescrutável com o perdão. Compre o livro "A Natureza da Mordida" neste link.


2. “Salvar o Fogo”, de Itamar Vieira Junior (Todavia)
Em segundo lugar na lista de Melhores Livros do Ano publicada pelo portal Resenhando.com, está o romance "Salvar o Fogo", escrito por Itamar Vieira Junior, autor de "Torto Arado" e do livro de contos "Doramar ou A Odisseia". Lançamento da editora Todavia, o romance gira em torno de Moisés, que vive com o pai, Mundinho, e a irmã Luzia em um povoado rural conhecido como Tapera do Paraguaçu, às margens do rio Paraguaçu, no interior da Bahia. Épico e lírico, com o poder de emocionar, encantar e indignar o leitor, o livro mostra que os fantasmas do passado de uma família muitas vezes não se distinguem das sombras do próprio país. O autor mescla a trajetória íntima de seus personagens com traços da vida brasileira. Compre o livro "Salvar o Fogo" neste link.


3. "Todos os Diários", de Lúcio Cardoso
 (Companhia das Letras)
Os dois volumes de "Todos os Diários", de Lúcio Cardoso ocupam a terceira colocação da lista de Melhores do Ano publicada pelo Portal Resenhando.com. Os títulos fazem parte de um grande projeto da Companhia das Letras em reeditar a obra deste que é um dos principais escritores brasileiros. Edição ampliada e revisada dos diários do autor, concebidos como um projeto artístico pelo próprio autor, figurando como uma obra-prima ao lado de "Crônica da Casa Assassinada". O primeiro volume traz os diários do autor até 1951, repletos de citações literárias e de investigações bíblicas, uma obsessão de Cardoso. O segundo volume traz textos inéditos do escritor, além de uma coluna de jornal que Cardoso manteve e que recebeu o adequado título de “Diário Não Íntimo”. Compre os livros "Todos os Diários", de Lucio Cardoso, neste link.

4. Edição especial de "Um Defeito de Cor", de Ana Maria Gonçalves (Record)
Vencedor do prestigioso Prêmio Casa de las Américas e incluído na lista da Folha de S.Paulo como o sétimo entre 200 livros mais importantes para entender o Brasil em seus 200 anos de independência, "Um Defeito de Cor", escrito por Ana Maria Gonçalves ganhou uma edição especial de dez anos e figura na quarta colocação dos Melhores Livros do Ano publicada pelo Portal Resenhando.com. O romance conta a saga de Kehinde, mulher negra que, aos oito anos, é sequestrada no Reino do Daomé, atual Benin, e trazida para ser escravizada na Ilha de Itaparica, na Bahia. Esta edição especial, em novo projeto gráfico, inclui obras da artista visual Rosana Paulino e o conto afrofuturista inédito "Ancestars". O texto de orelha é assinado pela premiada escritora Cidinha da Silva. Compre a edição especial do livro "Um Defeito de Cor", de Ana Maria Gonçalves, neste link.


5. Box "A Literatura no Brasil", de Afrânio Coutinho (Global Editora)
Segundo Afrânio Coutinhoa literatura é uma arte. "A arte da palavra, isto é, produto da imaginação criadora”, enfatizou. Com um conhecimento profundo sobre o ofício, ele se tornou um dos maiores contribuidores para a historiografia da literatura brasileira e durante sua trajetória fez um estudo minucioso sobre o assunto, resultado que pode ser visto na coletânea "A Literatura no Brasil", dividida em seis volumes – que chega na Global Editora com edições repaginadas e atualizadas. A coleção está na quinta colocação dos Melhores Livros do Ano publicada pelo Portal Resenhando.com. Do romantismo ao realismo brasileiro, Afrânio Coutinho organizou a coletânea de forma que ela ressalte a importância e as características da literatura do nosso país, entendendo como a mesma explora assuntos históricos, dos costumes e das tradições populares, se tornando uma arte madura nos anos 1950 do século XX. Os seis volumes são vendidos separadamente, mas também podem ser adquiridos no formato de box. Compre o box "A Literatura no Brasil" neste link.

6. Box com todos os romances de Luis Fernando Verissimo (Alfaguara)
Luis Fernando Verissimo, um dos escritores mais celebrados do Brasil, é famoso por suas crônicas e seus personagens emblemáticos. Dos mais de 80 livros publicados, seis deles são romances, reunidos neste box: "O Jardim do Diabo", "O Clube dos Anjos", "Borges e os Orangotangos Eternos", "O Opositor", "A Décima-segunda Noite" e "Os Espiões" - que ocupa a sexta colocação da lista de Melhores Livros do Ano publicada pelo portal Resenhando.com. Todos os livros têm em comum o humor fino e irônico, além da temática que envolve uma mescla de gênero policial e questões do universo literário. Afinal, Verissimo nunca escondeu sua admiração por tramas de espionagem e reflexões sobre o ato de narrar e a própria literatura. Você pode comprar a caixa com todos os romances de Luis Fernando Veríssimo neste link.


7. Edição especial de "Macunaíma", de Mário de Andrade (Global Editora)
edição especialíssima de "Macunaíma", romance que marcou época e foi escrito por Mário de Andrade ocupa a sétima  colocação da lista de Melhores Livros do Ano publicada pelo portal Resenhando.com. Relançada pela Global Editora, a obra é indicada aos apaixonados pelo renomado autor, especialistas da área e aos leitores que desejam conhecer mais sobre a obra deste clássico e conta com prefácio das especialistas Telê Ancona Lopez e Tatiana Longo Figueiredo, um ensaio inédito da professora da USP Leyla Perrone-Moisés, além de notas manuscritas. Publicado em 1928, "Macunaíma", o herói sem nenhum caráter transformou nossa literatura. Compre a edição especial de "Macunaíma", escrita por Mário de Andrade, neste link.

8. "Odisseia" de Homero em HQ, de Silvana Salerno e Jefferson Costa (FTD Educação)
Atribui-se ao poeta grego Homero a autoria de dois textos fundadores da literatura ocidental: a "Odisseia" e a "Ilíada". Os longos poemas épicos de quase três mil anos, originalmente cantados para plateias de adultos e crianças, narram histórias de guerra, amor, viagens, superação e redenção. A obra que ocupa a oitava colocação da lista de Melhores Livros do Ano publicada pelo portal Resenhando.com tem texto adaptado pela escritora Silvana Salerno e ilustrações do quadrinista Jefferson Costa. O clássico de Homero renasce em uma edição impecável, lançada pela FTD Educação, comprovando o caráter atemporal da obra. Protagonizado por Odisseu - também chamado de Ulisses, seu nome entre os romanos -, o clássico apresenta o herói em sua longa jornada de volta para casa após sobreviver à Guerra de Troia. Compre o livro "Odisseia" em quadrinhos no Resenhando.com.

9. "As Margens e o Ditado", de Elena Ferrante (Intrínseca)
Nos breves ensaios reunidos nesta coletânea instigante, lançada pela editora Intrínseca, Elena Ferrante, um dos maiores fenômenos da literatura contemporânea, discorre sobre a própria jornada como leitora e escritora, oferecendo um raro olhar a respeito das origens de seus caminhos literários em "As Margens e o Ditado", que está em 9° lugar na lista de Melhores Livros do Ano publicada pelo portal Resenhando.com. Ao longo de quatro textos - três palestras inicialmente escritas para os cidadãos de Bolonha, por ocasião das Umberto Eco Lectures, e um ensaio do encerramento da Conferência de Italianistas sobre Dante e outros clássicos -, a autora fala das influências, lutas e sua formação intelectual; descreve os perigos do que chama de “língua ruim” e sugere maneiras pelas quais a tradição há muito excluiu a voz das mulheres. Você pode comprar o livro "As Margens e o Ditado", de Elena Ferrante, neste link.


10. "Magali - Receita", de Carol Rossetti (Panini)
Escrita e desenhada por Carol Rossetti, a HQ "Magali - Receita" é a 40ª Graphic MSP e ocupa o 10° lugar na lista de Melhores Livros do ano publicada pelo portal Resenhando.com. A autora faz a sua estreia no selo voltado para leitores jovens e adultos da Mauricio de Sousa Produções, publicado pela editora Panini. Na história, Magali decide reproduzir uma antiga receita de sua bisavó. Mas, para isso, ela vai precisar da ajuda de seus amigos. Com muita sensibilidade e lindas aquarelas, a autora faz uma deliciosa releitura da clássica personagem de Mauricio de Sousa. O resultado é uma deliciosa história sobre amizade. Compre o livro "Magali - Receita", de Carol Rossetti, neste link.


11. "Patty Diphusa e Fogo nas Entranhas", de  Pedro Almodóvar (Tusquets)
Foi no decorrer da década de 1980 que Pedro Almodóvar, um dos diretores de cinema mais prestigiados e conhecidos do mundo, escreveu uma série de crônicas para a revista La Luna de Madrid. O resultado é a obra "Patty Diphusa e Fogo nas Entranhas", que chega pela primeira vez às livrarias em edição única pelo selo Tusquets, da editora Planeta e está em 11° lugar na lista de Melhores Livros do Ano publicada pelo portal Resenhando.com. A primeira parte da obra traz as memórias devassas da narradora-protagonista Patty Diphusa, uma estrela de filmes adultos que, ao contar suas experiências mais íntimas, reflete sobre a cena de Madri na década de 1980. A segunda parte é protagonizada por um grupo de cinco mulheres, cujas vidas se cruzam pelo mútuo envolvimento com um chinês sentimental, dono de uma fábrica de absorventes íntimos e que, de tanto ser traído, transforma-se no vilão da história. Os textos contam com a tradução de Eric Nepomuceno, que já fez versões para o português de obras de Jorge Luis Borges, Julio Cortázar e Gabriel García Márquez. Compre o livro "Patty Diphusa e Fogo nas Entranhas", de  Pedro Almodóvar, neste link.


12. "Coisas Frágeis", de Neil Gaiman (Intrínseca)
"Coisas Frágeis", a emblemática coletânea de contos e poemas de Neil Gaiman, lançada pela primeira vez no Brasil em volume único pela editora Intrínseca, ocupa o 12° lugar na lista de Melhores Livros do Ano publicada pelo portal Resenhando.com. Composto por 31 textos que transitam entre horror e humor sombrio, doçura e crueldade, o livro traz cenários conhecidos dos leitores e visita universos inesperados. Ao desafiar os limites da imaginação, sondar as profundezas da experiência humana e revelar como ordinário e fantástico se entrelaçam, a obra evidencia o que tornou Neil Gaiman um dos escritores mais originais de seu tempo. Compre o livro "Coisas Frágeis", de Neil Gaiman, neste link.


13. "Filha do Fogo - 12 Contos de Amor e Cura", de Elizandra Souza (Global Editora)
Escrito por Elizandra Souza, o livro de contos "Filha do Fogo - 12 Contos de Amor e Cura", lançado pela Global Editora, em 13° lugar na lista de Melhores Livros do Ano publicada pelo portal Resenhando.com, apresenta uma incursão em episódios incomuns protagonizados em sua maioria por vozes femininas negras. A autora e ativista cultural apresenta ao leitor suas principais bandeiras: a cultura periférica e a Literatura Negra Feminina por meio de breves e sensíveis histórias ficcionais. Mulheres que manifestam os desafios, as decepções e as conquistas que permeiam o percurso daquelas que afrontam os códigos consolidados na sociedade atual. O livro traz ainda um texto de quarta capa assinado por Sérgio Vaz. Compre o livro "Filha do Fogo - 12 Contos de Amor e Cura", de Elizandra Souza, neste link. 


14. "Chuva de Papel", de Martha Batalha (Companhia das Letras)

Tragicômico, intenso e sensível, o romance "Chuva de Papel", o terceiro livro de Martha Batalha, é entremeado da crueza da vida marginal e de dissabores afetivos. O livro, lançado pela Companhia das Letras, ocupa o 14° lugar na lista de Melhores Livros do Ano publicada pelo portal Resenhando.com. Nele, os leitores podem acompanhar o repórter policial Joel Nascimento que, após uma peculiar tentativa de suicídio, é obrigado a morar de favor com a tia de um amigo. Glória é uma senhora energética, que exige mais interações e boas maneiras do que ele está disposto a dar. A esse arranjo junta-se a falante vizinha Aracy e seus dois chiuauas grisalhos. Da convivência inesperada e pontuada por atritos corriqueiros emerge um companheirismo que preencherá o vagar das horas. À medida que Joel se ambienta à nova rotina, ele se verá diante de uma última história formidável, e sabe que deve contá-la. Compre o livro "Chuva de Papel" neste link.


15. "As Pequenas Doenças da Eternidade", de Mia Couto (Companhia das Letras)
Em "As Pequenas Doenças da Eternidade", seleta de contos escritos por Mia Couto lançada pela Companhia das Letras em uma edição especial para leitores brasileiros, o autor traz histórias que tratam de grandes males que assombram a sociedade, dos tempos mais remotos aos dias atuais. A perspectiva da finitude, o medo do abandono, indiferença, traições, guerras e pandemias - são estes alguns dos temas que perpassam os textos aqui reunidos e que fizeram esta excelente obra ficar com a décima quinta colocação na lista de Melhores Livros do Ano publicada pelo portal Resenhando.com. Para esta edição - ligeiramente diferente da publicada em Portugal sob o nome "O Caçador de Elefantes Invisíveis", Mia Couto revisitou todos os contos, modificou pequenos detalhes e abdicou de alguns textos. A arte da capa é de Alceu Chiesorin Nunes. Compre o livro "As Pequenas Doenças da Eternidade", de Mia Couto, neste link.
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