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sábado, 22 de março de 2025

.: Companhia das Letras publicará livro de Gisèle Pelicot em janeiro de 2026

Em 2024, Gisèle Pelicot inspirou e comoveu milhões de pessoas com sua coragem e dignidade ao escolher renunciar ao direito de anonimato durante o processo que envolvia seu marido e cinquenta homens acusados ​​de crimes sexuais contra ela. Seu apelo para que a vergonha mudasse de lado e recaísse sobre os agressores, e não sobre as vítimas, teve ampla repercussão e a transformou em ícone global.

Agora, Pelicot narra a própria história em uma autobiografia que oferecerá consolo e esperança e contribuirá para o mudar o debate público sobre vergonha. O livro será publicado no Brasil em 27 de janeiro de 2026 pela Companhia das Letras, em lançamento simultâneo em mais de vinte idiomas.

“Sou imensamente grata pelo apoio extraordinário que recebi desde o início do julgamento. Agora quero contar minha história com minhas próprias palavras. Por meio deste livro, espero compartilhar uma mensagem de força e coragem a todas as pessoas que são submetidas às mais penosas provações. Que elas nunca sintam vergonha. E, com o tempo, que aprendam a aproveitar a vida novamente e encontrem paz”, disse Pelicot.

Ofuscando líderes mundiais, Pelicot foi eleita a pessoa mais notável de 2024 em uma pesquisa de opinião na França, além de homenageada pela revista Time. No Dia Internacional da Mulher, o The Independent a considerou a mulher mais influente de 2025.

.: Quando o silêncio grita: descubra a obra que está impactando a literatura


Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com.

A literatura tem o dom de transformar experiências individuais em algo universal e pode tocar o leitor de maneira íntima e profunda. Em "De Repente Nenhum Som", o escritor Bruno Inácio utiliza esse poder para explorar um tema que, paradoxalmente, costuma passar despercebido: o silêncio. Mas no livro não há apenas ausência de som, mas também o elemento narrativo que revela medos, angústias e até momentos de beleza inesperada. O autor constrói histórias em que o que não é dito pesa tanto quanto as palavras colocadas para fora e, a partir daí, cria uma experiência de leitura única.

"De Repente Nenhum Som" não é apenas uma coletânea de contos; é um mergulho na solidão, nas pausas da vida e nos ecos deixados por tudo aquilo que as pessoas evitam dizer. Com uma escrita precisa e suave, Bruno desenha cenários e personagens que parecem pertencer ao cotidiano – vizinhos, parentes, amigos ou até fragmentos do homem comum. Mas, com uma linguagem econômica, e ao mesmo tempo intensa, ele faz enxergar o vazio, a espera e o desencontro de forma precisa.

Ler "De Repente Nenhum Som" chega a ser perigoso, pois o leitor passa a enxergar o que pode não querer ver. Não é apenas passar os olhos por palavras impressas – é mergulhar em um universo de sensações, ausências e verdades que não foram sequer pronunciadas. É um convite para enxergar a força do silêncio e perceber que, muitas vezes, ele carrega mais significados do que qualquer palavra. Listamos os dez motivos pelos quais você precisa ler o livro urgentemente. Compre "De Repente Nenhum Som" neste link.


1. Um olhar inovador sobre o silêncio
O silêncio é frequentemente visto como ausência – de som, de fala, de movimento. No entanto, Bruno Inácio o apresenta como um protagonista em todas as narrativas de "De Repente Nenhum Som". Cada conto oferece uma interpretação diferente do silêncio: ora como refúgio, ora como prisão, ora como eloquência pura. Esse jogo narrativo desafia o leitor a repensar a própria relação com a quietude e com os vazios que a vida impõe.

2. Narrativas curtas, mas impactantes
A coletânea "De Repente Nenhum Som" é composta por 12 contos que não desperdiçam palavras. São histórias curtas, diretas, mas que, carregadas de significados, deixam uma marca profunda na memória do leitor. Não há espaço para o supérfluo: cada frase tem peso, cada pausa é intencional. Assim, mesmo em poucas páginas, cada conto provoca reflexões e sentimentos duradouros.

3. Escrita elegante e precisa
Bruno Inácio domina a arte de dizer muito em uma escrita econômica. Cada frase é minimalista, pois é rara, e cada palavra é escolhida cuidadosamente para criar uma atmosfera densa e envolvente. A estrutura da pontuação, a cadência das frases e os silêncios narrativos fazem parte da construção do texto, tornando a leitura uma experiência tanto emocional quanto sensorial.

4. Personagens humanos e complexos
Os protagonistas dos contos de "De Repente Nenhum Som" são figuras comuns que apresentam complexidade. Não são heróis, nem vilões – são pessoas tentando lidar com os próprios vazios. Há um homem que se enclausura por medo do mundo exterior, uma mulher que se vê forçada a encarar a fragilidade da velhice, indivíduos que lidam com perdas, mudanças e momentos de ruptura. São personagens que ecoam em outros, e até nos leitores, porque têm dilemas profundamente humanos que podem acontecer com qualquer um.

5. Reflexões profundas sobre a solidão
A solidão é um tema recorrente na literatura, mas raramente é abordada com tamanha profundidade e delicadeza. Em "De Repente Nenhum Som", a solidão é manifestada de diferentes formas: a autoimposta, a que é consequência das circunstâncias, e também outras, como a que fortalece e a que sufoca. Ao longo dos contos, o leitor percebe como o isolamento pode ser tanto uma escolha quanto uma sentença.

6. Influência de experiências reais
As melhores narrativas, muitas vezes, nascem de experiências pessoais. Um dos contos mais marcantes da coletânea, "Céu de Ninguém", tem origem em um evento real vivido pelo autor: a queda da avó no quintal de casa. Esse episódio serviu como ponto de partida para explorar a vulnerabilidade do corpo e a solidão da velhice. Essa fusão entre realidade e ficção confere autenticidade à obra e amplia seu impacto emocional.

7. Alternância entre brutalidade e delicadeza
O equilíbrio entre dureza e sensibilidade é um dos pontos fortes da escrita de Bruno Inácio. Há contos que expõem a violência do mundo com crueza, enquanto outros se desenvolvem em camadas sutis, deixando espaço para que o leitor interprete o que não está explícito. Essa dualidade confere ritmo e profundidade ao livro, fazendo com que cada história tenha um tom próprio.


8. Elogios de grandes nomes da literatura brasileira
Obras literárias ganham ainda mais valor quando são reconhecidas por aqueles que entendem profundamente a arte da escrita. De repente nenhum som recebeu elogios entusiasmados de importantes escritores contemporâneos, como Monique Malcher, Marcela Dantés e Ronaldo Cagiano. Esse reconhecimento reforça a qualidade do livro e a relevância do autor no cenário literário nacional.


9. Uma experiência literária envolvente e reflexiva
Não é apenas um livro para ser lido - é um livro para ser sentido. A maneira como Bruno Inácio constrói suas histórias permite que o leitor se aproxime das dores e inquietações dos personagens. A estrutura dos contos, a escolha das palavras e o ritmo da narrativa criam uma imersão profunda, convidando o leitor a preencher as lacunas deixadas pelo silêncio e a refletir sobre o que não é dito


10. Um autor em ascensão na literatura brasileira
Bruno Inácio já possui dois livros publicados e colabora com veículos literários importantes, como Jornal Rascunho e São Paulo Review. "De Repente Nenhum Som" som consolida sua trajetória e evidencia o talento do autor como um dos autores mais promissores da nova literatura brasileira. Acompanhá-lo desde já é um privilégio para quem valoriza literatura de qualidade e escrita refinada. Garanta o seu exemplar de "De Repente Nenhum Som" neste link.

quinta-feira, 20 de março de 2025

.: Casas estranhas: obra de estreia de autor misterioso da literatura japonesa

Em maio, a Intrínseca promete intrigar os leitores brasileiros com o lançamento de "Casas estranhas". O livro de estreia do enigmático autor Uketsu, que também reúne milhões de inscritos em seu canal no YouTube, já se encontra em pré-venda. Fenômeno do mercado editorial japonês, o misterioso escritor, conhecido por sua máscara de papel machê e sua voz distorcida, já vendeu mais de três milhões de exemplares no país e teve sua obra adaptada para mangá e filme. Na trama, Uketsu nos apresenta os segredos macabros de uma residência no subúrbio de Tóquio.

Prestes a ter seu primeiro filho, um casal encontra aquela que parece ser a casa perfeita para abrigar a família em crescimento. No entanto, um detalhe intrigante faz com que hesitem: no térreo há um espaço secreto. Em busca de explicações, os potenciais compradores entram em contato com um escritor fascinado por ocultismo. Auxiliado por um especialista em arquitetura, ele se debruça sobre a planta baixa do local e logo descobre que, na verdade, a casa esconde outros pontos bizarros — portas duplas, quartos sem janelas, cômodos com disposições estranhas — que os fazem perceber que a situação é mais aterrorizante do que eles imaginavam.

O que será esse espaço misterioso, e por que ele existe? Quem seriam os antigos donos da casa, que desapareceram de forma tão repentina? Que coisas horríveis teriam acontecido ali? E seria realmente possível descobrir o segredo por trás de tudo? Os improváveis investigadores não conseguem resistir ao desafio de ir atrás dessas respostas… Mas mal sabem que podem acabar se deparando com uma realidade arrepiante.

Compre Casas estranhas, de Uketsu aqui: amzn.to/41D7zS7


Uketsu é um autor e youtuber conhecido por suas histórias de mistério e terror e por seus vídeos enigmáticos, em que aparece sempre de máscara branca e roupas pretas e usa um efeito para distorcer a voz. Um dos maiores nomes da literatura de horror do Japão, mantém em segredo sua verdadeira identidade.


Casas estranhas, de Uketsu

Tradução: Jefferson José Teixeira

176 páginas

Editora: Intrínseca

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terça-feira, 18 de março de 2025

.: "Os Cães Que Me Salvaram": o resgate de cachorros de rua como propósito


Protetor dos animais que reúne milhões de seguidores nas redes sociais conta como superou vícios e encontrou no resgate de cães de rua o propósito de vida. Niall Harbison conheceu o melhor e o pior que a vida tem a oferecer. Após uma adolescência turbulenta, ele alcançou notável sucesso profissional e desfrutou de uma vida de luxos, festas e reconhecimento. No entanto, seus vícios o levaram ao fundo do poço e o deixaram à beira da morte. 

Hoje um fenômeno nas redes sociais, ele compartilha com milhões de seguidores a sua movimentada e frenética rotina como protetor de cachorros de rua na Tailândia. E, em "Os Cães Que Me Salvaram", lançado pela editora Intrínseca, que chega ao Brasil pela Intrínseca em março, o irlandês narra como o propósito de vida de salvar cães o resgatou de seus piores momentos. 

Em uma breve introdução, Niall conta como após atravessar uma infância relativamente tranquila começou a enfrentar problemas na adolescência com o dramático divórcio dos pais. Foi nessa época que ele passou a lutar contra a ansiedade e a depressão e teve suas primeiras experiências com álcool e drogas. Mostrando talento para a culinária, Niall esteve nas cozinhas de restaurantes Michelin e em iates de luxo, onde conheceu figuras como Bill Gates e Paul Allen, fundadores da Microsoft. O trabalho, apesar de aparentemente glamuroso, fortalecia seus vícios. Por isso, ele passou a empreender no ramo da tecnologia, obtendo grande êxito com a criação da Simply Zesty, uma renomada agência de comunicação digital. No entanto, mais uma vez, a extenuante rotina profissional o confrontou com seus demônios. 

Buscando novos ares, Niall decidiu se mudar para a ilha de Koh Samui, na Tailândia, ao lado do fiel Snoop, o primeiro cachorro que adotou e que o acompanhou mesmo nos momentos mais desafiadores. Mas os problemas o seguiram. Foi só após lutar pela vida na UTI de um hospital que Niall resolveu mudar e perseguir um propósito. A ideia de se dedicar integralmente aos cães de rua veio a partir do encontro com Lucky, uma cadela adorável que vivia nas proximidades de sua casa e precisava de atenção especial. Depois dela, vieram Happy, Marlon Brando, Bubba e muitos outros. E, ao contar a história de cada salvamento, Niall destaca como cada cão lhe ensinou sobre gratidão, perseverança e otimismo.

Os cães que me salvaram é o relato apaixonado de um homem que reencontrou o amor pela vida em seus amigos de quatro patas. Mesmo com as dificuldades que enfrentou, Niall Harbison coloca como protagonistas de sua história os cães que tornam seus dias únicos. Para os seguidores já familiarizados com a grande família do protetor, a obra é a chance de saber ainda mais sobre os animais que se tornaram ícones nas redes sociais, como Britney, Tina, Rodney, King Whacker e McMuffin. E, para aqueles que não o conhecem, Niall se apresenta da melhor maneira ao usar o próprio exemplo para mostrar como o poder do amor incondicional dos caninos é capaz de mudar vidas e resgatar a esperança. 

“Eu jamais teria imaginado que seria necessário um bando de cachorros de rua desconhecidos na Tailândia — indesejados, abandonados, desgrenhados, negligenciados — para me mostrar como aproveitar a vida ao máximo. Levei quatro décadas para chegar aqui, então não se preocupe se você ainda não chegou lá. Prometo que no fim há um arco-íris — e um ou dois rabos abanando — à espera". Compre o livro "Os Cães Que Me Salvaram" neste link.


Sobre o autor
Niall Harbison
é um herói dos cachorros. De origem irlandesa, ele se mudou para a Tailândia e, após ficar entre a vida e a morte, decidiu se dedicar a salvar e cuidar de cães de rua. Hoje, Harbison mora no interior do país e se dedica integralmente à sua organização, Happy Doggo. Foto: Jaz Lopez. Garanta o seu exemplar de "Os Cães Que Me Salvaram" neste link.


Ficha técnica
Livro "Os Cães Que Me Salvaram"
Autor: Niall Harbison
Tradução: Renato Marques
Número de páginas: 224
Editora: Intrínseca
Compre o livro neste link.

.: Focado na cultura africana, livro é escolhido para exposição em Bolonha


O Grupo Ciranda Cultural marca presença na Feira do Livro Infantil de Bolonha 2025 com a seleção do livro "Antes que o Mar Silencie", lançado pelo selo Principis, para a exposição BRAW Amazing Bookshelf. A obra, de autoria do poeta baiano Lucas de Matos, se une a uma curadoria global de 150 livros infantis na categoria especial de sustentabilidade, que enfatiza os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU. O livro estará exposto no Hall 30 da feira, entre os dias 31 de março e 3 de abril. 

Os poemas de Antes que o mar silencie convidam o leitor a refletir sobre identidade, existência e meio ambiente, explorando um letramento socioambiental pautado pela cultura baiana e afrodescendente do autor. Além da BRAW Amazing Bookshelf, a Ciranda Cultural levará esta e outras obras para o estande coletivo do Brasil. 

“É uma alegria imensa ter o reconhecimento internacional para o meu livro, sobretudo numa lista que enfatiza livros relacionados à sustentabilidade, tema basilar para os nossos tempos”, expressa Lucas de Matos. “É mais uma maneira de colocar a arte e, neste caso, a poesia, a serviço da humanidade. Espero que o livro alcance ainda mais pessoas com este marco”, completa. 

O projeto gráfico do livro também se destaca pelo trabalho artesanal da designer Natália Calamari, que criou uma fonte exclusiva para o título inspirada na arte africana dos adinkras. As ilustrações são resultado de um processo de corte a laser em madeira MDF e tinta tipográfica. Compre o livro "Antes que o Mar Silencie" neste link.


Sinopse de "Antes que o Mar Silencie"
Assim como o mar, a escrita de Lucas de Matos tem uma força e um movimento belo, pedagógico e ancestral que nos instiga tanto a boiar na calmaria quanto a mergulhar no agito das suas ondas-palavras. Antes que o mar silencie é um chamado para atentar questões de ser e estar, a partir de versos cheios de ousadia, consciência de si e letramento socioambiental. Vale a pena tirar as boias e se jogar nesse mar poético encantador de um poeta que exala sede de vida. Mergulhemos nessas águas! Garanta o seu exemplar de "Antes que o Mar Silencie" neste link. 


Serviço
BRAW Amazing Bookshelf na Feira do Livro Infantil de Bolonha
Data: 31 de março a 3 de abril
Local: Bolonha, Itália
Contato: +39 051 282 242 / bookfair@bolognafiere.it
Mais informações: https://www.bolognachildrensbookfair.com/ 

segunda-feira, 17 de março de 2025

.: Ricardo Araújo Pereira lança o livro "Coisa que Não Edifica Nem Destrói"


Com referências que vão da literatura clássica de Homero ao anti-herói da Marvel, Deadpool, o escritor e humorista português Ricardo Araújo Pereira desmistifica o humor em seu novo livro de ensaios lançado pela editora Tinta-da-China Brasil. "Coisa que Não Edifica Nem Destrói" é uma “experiência social em que Ricardo Araújo Pereira fala sozinho durante bastante tempo sobre assuntos que o entusiasmam muito mas talvez não interessem a mais ninguém", como define o próprio autor. Leitor assíduo de escritores brasileiros, ele tomou o título emprestado de um trecho de "Memórias Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis, uma de suas grandes referências.

Em tempos em que o humor circula pelas redes sociais em escala industrial, com influencers e artistas de stand-up comedy, e é usado como pano de fundo narrativo de debates políticos, Araújo Pereira experimenta defini-lo. Desde as origens do termo até as discussões mais recentes. Talvez o humorista seja como uma mosca, que incomoda, mas não causa danos maiores? Como um defunto que não se preocupa com sua reputação? Ou como um malandro que engana, um jogador de futebol que dá dribles? Uma coisa é certa: o humorista não tem coração.

Para Ricardo Araújo Pereira, o humor precisa ser desmistificado. Falar e pensar sobre o humor é como falar e pensar sobre qualquer outra arte e não deveria quebrar sua suposta “magia”, como muitos pensam. E é por isso que, como um bom humorista, ele se permite falar um bocado de sua técnica: o timing, a punchline, a pausa, o silêncio. O autor parte das origens do termo humor, que já quis dizer “fluido”, “secreção”, numa época em que o “humorista” deveria ser alguma coisa próxima de um “endocrinologista”, para depois contar da histórica disputa entre franceses e ingleses pela invenção do gênero. Araújo Pereira usa muitas referências, citando episódios que vão desde a Guerra de Troia até o recente tapa de Will Smith em Chris Rock durante a cerimônia do Oscar.

Ele defende uma espécie de manifesto antissentimentalista. Para ele, é preciso falar com o cérebro e não com o coração. Rir não é o contrário de chorar, afirma, mas sim de estar sério, e rir e chorar talvez sejam manifestações mais próximas do que imaginamos. Ele concorda com Henri Bergson: “O riso não tem maior inimigo do que a emoção”. Ele também aborda a pergunta de 1 milhão de dólares: Há limite para o humor? Spoiler: nesse ponto sua opinião é radical, Araújo Pereira sustenta que ou se deve não rir de nada ou então rir de tudo.

Para ajudá-lo nessa tarefa, o humorista e cronista português convoca clássicos como Homero, Rabelais, Drummond, Shakespeare, Pessoa, mas também menciona o anti-herói da Marvel, Deadpool. O resultado são ensaios férteis e saborosos que misturam a erudição e a simplicidade que lhe são características.

O livro é uma adaptação da primeira temporada do podcast homônimo, veiculado entre 2023 e 2024, sucesso de audiência em Portugal. A edição brasileira do livro traz imagens nas aberturas de cada capítulo. Um livro imperdível para aqueles que fazem humor e para aqueles que gostam de dar uma boa risada. Compre o livro "Coisa que Não Edifica Nem Destrói" neste link.



Sobre o autor
Ricardo Araújo Pereira (Lisboa, 1974) é formado em comunicação social pela Universidade Católica Portuguesa, e começou a carreira como jornalista no Jornal de Letras. É roteirista desde 1998. Em 2003, com Miguel Góis, Zé Diogo Quintela e Tiago Dores, formou o grupo de humor Gato Fedorento. Escreve semanalmente no Expresso (Portugal) e na Folha de S.Paulo e é um dos integrantes do "Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer" (SIC). 

É autor, com Cátia Domingues, Cláudio Almeida, Guilherme Fonseca, Joana Marques, Manuel Cardoso, Miguel Góis e Zé Diogo Quintela, e apresentador de "Isto É Gozar com Quem Trabalha" (SIC). Criou e apresenta o podcast "Coisa que Não Edifica nem Destrói" (SIC), cuja primeira temporada deu origem ao livro homônimo. Pela Tinta-da-China Brasil, publicou ainda "Se Não Entenderes Eu Conto de Novo, Pá" (2012), "A Doença, o Sofrimento e a Morte Entram Num Bar" (2017) e "Estar Vivo Machuca" (2022). Coordena a coleção Literatura de Humor da Tinta-da-china Portugal. É o sócio no 12.049 do Sport Lisboa e Benfica. Garanta o seu exemplar do livro "Coisa que Não Edifica Nem Destrói" neste link.


Ficha técnica
Livro "Coisa que Não Edifica Nem Destrói"
Autor: Ricardo Araújo Pereira
Editora: Tinta-da-China Brasil
Número de páginas: 240
ISBN: 978-65-84835-37-5
Formato: brochura, 13 cm x 18,5 cm
Tiragem: 2000 exemplares
Lançamento: 17 de março
Compre o livro neste link.

domingo, 16 de março de 2025

.: Javier A. Contreras passeia pelo thriller e folk horror no livro "Animais Tropicais"

É na beleza geográfica da Terra Luminosa, microcosmo de um Brasil ainda arcaico, que uma dupla investiga o desaparecimento de um jornalista, busca que culminará em um massacre naquela paisagem bucólica. Em "Animais Tropicais" vertiginoso romance de Javier A. Contreras, a intensidade do thriller se alia à reflexão de como se forma o espectro de um país e de seu povo. No livro, uma dupla de jornalistas, Emílio e Sara, viaja a uma comunidade isolada de floricultores atrás de informações sobre um colega misteriosamente desaparecido. 

Enquanto os dois são forçados a permanecer na região após um acidente, conhecemos também a história da Terra Luminosa, que se entrelaça à vida de João Salvador - filho do capataz do homem mais poderoso daquelas terras. É nesse espaço bucólico que a família Salvador ascende e, ao mesmo tempo que chega ao poder após décadas de subserviência, tenta preservar no lugar uma espécie de pureza, afastada da degeneração das grandes cidades. 

Em "Animais Tropicais", Javier A. Contreras passeia por diferentes gêneros, como o thriller e o folk horror, reafirmando sua versatilidade e costumaz reflexão crítica, sempre em constante diálogo com os descaminhos sociais e políticos da América Latina e suas adesões ao autoritarismo. Compre o livro "Animais Tropicais" neste link.


O que disseram sobre o livro
“Animais tropicais reforça que o mal que nos habita é insondável.” — Ana Paula Maia

“Em seu novo romance, Javier A. Contreras se prova um mestre do suspense. Com uma prosa inventiva, porém sem abrir mão de uma ótima história a ser contada, Contreras usa o horror, o pop e a crítica social para criar imagens-trauma que traduzem nossos impasses sociais e históricos.” — Cristhiano Aguiar


Sobre o autor
Javier A. Contreras nasceu em 1976 e foi repórter policial. Escreveu um livro-reportagem e quatro romances, entre eles "Soy Loco por Ti, América". Foi eleito um dos 20 melhores jovens escritores brasileiros pela revista inglesa Granta e finalista dos principais prêmios literários brasileiros, como o São Paulo de Literatura e o Jabuti. Venceu o APCA por "Crocodilo" (2019), publicado pela Companhia das Letras e que teve os direitos vendidos para o cinema. Garanta o seu exemplar de "Animais Tropicais" neste link.

Ficha técnica
Livro 
"Animais Tropicais"
Autor: Javier A. Contreras
Número de páginas: 176
Lançamento: 18/3/2025
Compre o livro neste link.

.: Cesar Augusto de Carvalho lança livro de contos "Folhetim" em São Paulo


O escritor e poeta paulista Cesar Augusto de Carvalho lança "Folhetim", publicado pela editora Laranja Original, nono título da carreira. A noite de autógrafos acontece nesta segunda-feira, dia 17 de março de 2025, segunda, no Bar Balcão, às 20h00, em São Paulo. A literatura do autor segue um caminho peculiar, longe dos modismos de ocasião, marcada por narrativas em que o acaso determina o movimento do mundo e o sonho invade a realidade, ou a realidade se transforma em sonho. Ambos convivem e se reforçam.

É o que se vê nos 11 contos de "Folhetim". A partir de um fato qualquer, abre-se uma fresta para o absurdo, o humor e o nonsense. A lógica do real é sobrepujada por conexões inusitadas e elos inesperados. Ali nada é sólido, tudo está por um triz. Cada história contém bifurcações que levam a outras histórias. Essa técnica narrativa mise en abyme acaba mergulhando o leitor num torvelinho alucinante. Os personagens são tipos com órbitas próprias, perdidos em sua solidão, anti-heróis apartados da máquina da cobiça e do sucesso a qualquer preço, mais voltados para a recompensa dos pequenos prazeres mundanos, ou da simples sobrevivência.

Os contos, com cortes e sobreposições, são bastante visuais, explorando recursos do cinema. Não à toa, Cesar Carvalho incorpora em sua experiência a de roteirista antes de se aventurar nos livros. Assim, o conto “Flipando em Paraty”, que abre o volume, mostra um escritor na bancarrota que consegue uma oportunidade de fazer a cobertura da badalada festa literária. No conto de título cabalístico “13”, um jornalista se lança numa reportagem que investiga um caso de racismo. E no conto-título “Folhetim”, um escritor se envolve em um episódio de crime cuja trama é pura alusão, revestida de sátira, ao clássico godardiano "Acossado", que é o conto mais claramente cinematográfico do conjunto.

O livro inclui ainda uma incursão pela autoficção, no conto que encerra o volume. Nela, o narrador afirma: “Todas as histórias já foram contadas, muda só o jeito de as contar”. Cesar Augusto de Carvalho, como seus contos demonstram, criou seu próprio caminho. Compre o livro "Folhetim" neste link.



Sobre o autor
Nascido em Pompeia, São Paulo, Cesar Augusto de Carvalho é professor de sociologia aposentado pela Universidade Estadual de Londrina - UEL - Paraná. Autor de prosa ficcional e ensaios, publicou "Viagem ao Mundo Alternativo: a Contracultura nos Anos 80" (contos, Unesp, 2008); "Toca Raul" (contos, crônicas e radionovela, Independente, 2014); "Histórias de Quem" (contos, Desconcertos, 2020), "Raul & Eu" (novela, Cintra, 2022); "Lado B" (contos, Laranja Original, 2022) e "Folhetim" (Laranja Original, 2024). Como poeta, publicou "Proesia" (Independente, 2013); "Lavras ao Vento", "Pá" (Benfazeja, 2017) e "Curto-circuito" (Patuá, 2019). Vários de seus contos foram publicados em jornais e revistas; participou de antologias poéticas, além de organizar muitas outras, a exemplo de "Antologia Gente de Palavra Paulistana" (Patuá, 2023), nome homônimo ao Sarau do qual é curador, em São Paulo. Juntamente com o poeta Hamilton Faria criou o Canal do Poetariado, programa mensal de entrevistas com poetas veiculado pelo YouRube e Facebook.

Segundo o autor, que iniciou a carreira como cronista e pesquisou a contracultura, a atividade com os roteiros de cinema tem bastante influência sobre sua escrita. E sobre o atual mercado literário, Cesar Augusto defende: “embora se constate uma queda estatística na venda de livros, felizmente ainda é grande a demanda de leitores ávidos pela boa literatura”Garanta o seu exemplar de "Folhetim" neste link.


Serviço
Lançamento do livro "Folhetim"
Autor: Cesar Augusto de Carvalho
Editora: Laranja Original. Formato: 21x14. Páginas: 238.
Link / venda: https://amzn.to/3XTg0aO
Data: 17 de março - Segunda, às 20h00
Local: Bar Balcão
Rua Dr. Melo Alves, 150 - Cerqueira César / São Paulo

.: “É Nós”: o polifônico grito poético que transcende máscaras e fronteiras


Wagner Ramos Campos lança obra visceral no Salão do Livro de Genebra e promete cativar leitores com sua poesia de vozes múltiplas e pulsante relevância social.

A voz poética do carioca Wagner Ramos Campos transcende fronteiras culturais e geográficas com o lançamento de “é nóS”, publicado pela Helvetia Edições. A obra será apresentada ao público internacional no prestigiado Salão do Livro de Genebra, nos dias 21 e 22 de março, onde o autor também concorrerá ao prêmio Talentos Helvéticos brasileiros. Após essa estreia, o poeta trará o livro para o Brasil com eventos no Rio de Janeiro em abril.

Mais do que um livro de poesias, “é nóS” é uma experiência literária que desafia o leitor a percorrer as nuances de um monólogo polifônico dividido em três atos: "Voz do Banzo", "Voos da Folia" e "Vós do Cativeiro". Com cadências que oscilam entre a oralidade coloquial e a complexidade imagética, a obra descortina reflexões intimistas e sátiras sociais, em um misto de humor sarcástico, engajamento político e lirismo pungente.

Wagner, que reside na Itália, descreve o livro como resultado de uma disciplina criativa desenvolvida durante os lockdowns da pandemia. “Foi um processo de autodescoberta e resistência” , explica ele. Entre as diversas inspirações que moldaram sua escrita estão a ancestralidade brasileira, a música e autores como Mário Quintana, Fernando Pessoa e Conceição Evaristo.

Com “é nóS”, Wagner Campos não só entrega poesia, mas também um convite ao leitor para desatar os nós da linguagem e da vida, explorando o espírito de coletividade que permeia sua obra. A escolha do título reflete essa plurissignificação: um jogo entre máscaras, identidade e o entrelaçar de vozes como fios de uma corda, ou como um bloco de carnaval que pulsa em união.


Serviço:
Agenda de Lançamentos do livro "é nóS"
Autor: Wagner Ramos Campos
Editora: Helvetia Editions

Evento internacional:
Salão do Livro de Genebra
Datas: 21 e 22 de março
Local: Palexpo, Genebra, Suíça

Lançamentos no Brasil:
12 de abril: Bairro Araújo, Campo Grande (RJ)
Lançamento em livraria tradicional do Rio de Janeiro com data a definir

.: "Magia com Plantas": guia prático para utilização de ervas, flores e frutos

As plantas que estão ao redor podem impactar na vida das pessoas de diversas formas, e Eduardo Parmeggiani quer difundir e facilitar os seus usos mágicos com o lançamento de seu primeiro livro pelo selo Academia da Editora Planeta, "Magia com Plantas". A obra se apresenta como um guia essencial para aprender sobre os recursos milenares das ervas, flores e frutos e suas aplicações no dia a dia para ampliar a consciência e tornar o cotidiano mais simples, saudável e leve.

Por meio das práticas e dos ensinamentos deste livro, o leitor poderá desvendar as energias e os significados de mais de 70 plantas, escolhendo a mais adequada para cada um dos momentos da sua trajetória. Das mais comuns, como alecrim, eucalipto e margarida, às mais diferentes, como beladona, mandrágora e salgueiro, são exploradas as variadas maneiras de usá-las com fins mágicos para solucionar problemas, alcançar prosperidade e buscar proteção.

“Este livro representa o fim de uma era de desconhecimento, abrindo as portas para um universo onde a natureza é uma aliada próxima, mas muito poderosa. Nele você encontrará receitas simples, técnicas eficazes e segredos ancestrais que prometem transformar seu cotidiano, facilitando a superação de obstáculos com leveza e rapidez", explica o autor.

Cada planta apresentada conta com suas características gerais, como origem, pedra, flor e chacra; restrições e precauções, ou seja, quando evitar o uso; a energia sutil, também conhecida como seu “poder”; e o olhar de Eduardo Parmeggiani, com uma análise precisa e bem-humorada do autor para facilitar a aplicação prática da magia vegetal. Além disso, há um espaço para que o leitor descreva o resultado de suas experiências. Compre o livro "Magia com Plantas" neste link.


Sobre o autor
Eduardo Parmeggiani é formador de magoterapeutas e um cientista da religião em formação, com dedicação ao estudo da magia, da espiritualidade e de sua aplicação prática por meio de trabalhos energéticos e espirituais desde 2011. Seu propósito é devolver a magia ao seu lugar natural: o de auxílio ao outro, desenvolvendo pessoas para serem guias em uma vida mais conectada à natureza e aos poderes que dela emanam. Em 2020, fundou a escola Contém Magia, que em 2024 já contava com mais de 9 mil alunos. Magia com plantas é o seu primeiro livro publicado pela editora Planeta. Garanta o seu exemplar de "Magia com Plantas" neste link.


Ficha técnica
Livro "Magia com Plantas"
Autor: Eduardo Parmeggiani
ISBN: 978-85-422-3168-7
256 páginas
Selo Academia | Editora Planeta
Compre o livro neste link.

sábado, 15 de março de 2025

.: "Pequenas Coisas como Estas", o livro que inspirou o filme com Cillian Murphy


Ambientado na Irlanda, em 1985, a história de "Pequenas Coisas como Estas", livro da escritora irlandesa Claire Keeganlançado no Brasil pela editora Relicário, inspirou o filme em cartaz na rede Cineflix e em cinemas de todo o Brasil. A história do livro gira em torno de Bill Furlong, no filme interpretado por Cillian Murphy, um respeitável comerciante de carvão e madeira, filho de uma mãe solteira, que leva uma vida simples com a família. Durante o período de Natal, ele faz uma descoberta perturbadora sobre um convento local e as jovens mulheres que ali vivem. A revelação obriga Bill a enfrentar as consequências morais e sociais de suas ações em uma comunidade profundamente marcada pela influência da Igreja Católica e seus silêncios. A tradução é de Adriana Lisboa.

Segundo o jornal The New York Times, que incluiu o romance em sua lista de 100 melhores romances do século, “Nenhuma palavra é desperdiçada na pequena e polida joia de romance de Keegan, uma espécie de miniatura dickensiana centrada no filho de uma mãe solteira que cresceu e se tornou um respeitável comerciante de carvão e madeira com uma família própria na Irlanda de 1985. Moralmente, porém, poderia muito bem ser a Idade Média enquanto ele se depara com os crimes contínuos da Igreja Católica e as tragédias cotidianas causadas pela repressão, medo e hipocrisia grosseira". O romance foi finalista do International Booker Prize 2022; Livro vencedor do Orwell Prize; Está na lista dos 100 melhores livros do século XXI do The New York Times e na lista dos 100 melhores livros do século XXI pelos leitores do The New York Times


Sobre o filme
Baseado no livro da escritora irlandesa Claire Keegan, o filme "Pequenas Coisas como Estas" ("Small Things Like These") abriu o Festival de Berlim 2024 (Berlinale 2024) e apresenta Cillian Murphy, o astro de "Oppenheimer" explorando um dos capítulos mais sombrios e pouco conhecidos da história da Irlanda – as Lavanderias de Madalena —, momento em que a sociedade se curvou a abusos do poder patriarcal da igreja. Distribuído pela O2 Play no Brasil, o filme estreia na rede Cineflix e aos cinemas de todo o país nesta quinta-feira, dia 13 de março.

Esse é o primeiro filme produzido e estrelado por Cillian Murphy, vencedor do Oscar de Melhor Ator de 2024 pela atuação em "Oppenheimer". Em entrevista para a revista GQ publicada no começo de novembro, o ator comentou que havia lido o romance de Claire Keegan em 2020, logo após seu lançamento, e a história ficou em sua mente durante muito tempo. A ideia de transformá-lo em filme veio apenas no ano seguinte, quando ele buscava, junto do diretor Tim Mielants, material para um filme. Foi aí que sua esposa lhe sugeriu a adaptação do livro sobre as "Lavanderias de Madalena".

“O romance é muito delicado e cheio de tensão, apesar de ser tão compacto, e queríamos que o filme fosse assim também. É uma história muito simples por um lado, mas, na verdade, é realmente profunda e aborda temas realmente importantes. O elemento de flashback na história é essencial e precisou ser feito de forma bastante fluida. Não queríamos colocar uma legenda ou algo como ‘30 anos atrás’. Queríamos que, de repente, você estivesse no passado. É como o título do romance, uma acumulação de pequenos eventos e realizações que o leva a esse momento”, comentou Cillian Murphy.

Lavanderias de Madalena foram instituições operadas pela igreja católica entre os séculos XVIII e XX com o objetivo de reabilitar mulheres em situações de fragilidade, tidas como pecadoras pela sociedade da época - mães solteiras, vítimas de abuso ou as que eram consideradas promíscuas. A partir de 1920, as instituições passaram a adotar medidas mais abusivas, como exploração do trabalho das mulheres (obrigadas a lavar roupa) sem remuneração, a falta de garantia de seus direitos básicos, além da reclusão social como punição pelo que era considerado pecado cometido. A história real do que acontecia dentro dessas instituições veio a público apenas em 1996, com o encerramento das atividades do último asilo em Dublin.

O longa-metragem "Pequenas Coisas Como Estas", que abriu o Festival de Berlim 2024, conta a trajetória desses asilos a partir da história de Bill Furlong (Cillian Murphy), um respeitado vendedor de carvão e madeira de New Ross, em Wexford. Durante uma usual entrega para um convento, o comerciante descobre que maus tratos eram infligidos às jovens mulheres marginalizadas pela sociedade local, em sua maioria mães solo, assim como havia sido sua mãe. Isso faz com que ele relembre seu passado e sinta a necessidade de agir diante da situação.

"Pequenas Coisas Como Estas" é dirigido por Tim Mielants, com roteiro adaptado por Enda Walsh. O longa tem como produtores Ben Affleck, Matt Damon e Cillian Murphy. Na produção, Murphy também trabalhou em conjunto com Eileen Walsh, Michelle Fairley, Emily Watson, Clare Dunne e Helen Behan. O longa-metragem é uma produção da Artists Equity e Big Things Films com distribuição no Brasil da O2 Play.

O roteiro do filme é uma adaptação do livro homônimo da escritora irlandesa Claire Keegan. A obra venceu o Orwell Prize tendo sido finalista do Booker Prize 2022 e do Rathbones Folio. A publicação também entrou na lista dos 100 Melhores Livros do século XXI, divulgada pelo jornal The New York Times, e os leitores desse jornal, considerado um dos mais influentes do mundo, também o incluíram na mesma seleção. No Brasil, o livro foi recém-lançado pela Relicário Edições.


Sinopse de "Pequenas Coisas como Estas"
Ambientado na Irlanda, em 1985, a história de "Pequenas Coisas como Estas" gira em torno de Bill Furlong, um respeitável comerciante de carvão e madeira, filho de mãe solteira, que leva uma vida simples com a família. Durante o período de Natal, ele faz uma descoberta perturbadora sobre o convento local e as jovens mulheres que ali vivem. A revelação obriga Bill a enfrentar as consequências morais e sociais de tomar uma posição em meio a uma comunidade profundamente marcada pela influência da Igreja Católica - e seus silêncios.


Assista no Cineflix mais perto de você
As principais estreias da semana e os melhores filmes em cartaz podem ser assistidos na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.

"Pequenas Coisas como Estas" (legendado)
Título original: "Small Things Like These". Classificação: 14 anos, Ano de produção: 2024, Idioma: inglês. Diretor: Tim Mielants, Duração: 1h38m. Com: Cillian Murphy, Emily Watson, Eileen Walsh, Michelle Fairley, Clare Dunne, Ciarán Hinds, Mark McKenna, Zara Devlin e outros.

15/3/2025 - Sábado: 18h40
16/3/2025 - Domingo: 18h40
17/3/2025 - Segunda-feira: 18h40
18/3/2025 - Terça-feira: 18h40
19/3/2025 - Quarta-feira: 18h40

.: "Rondinelli: o Deus da Raça do Futebol Brasileiro", livro em forma de HQ


O livro "Rondinelli: o Deus da Raça do Futebol Brasileiro" reúne desde a infância e saída do jogador de futebol da pacata cidade de São José do Rio Pardo, interior de São Paulo, ao Rio de Janeiro, a fase amadora no juvenil, até se tornar um jogador estratégico do Flamengo e chegar à Seleção Brasileira. Rondinelli salvou uma geração de integrantes do Flamengo ao fazer um gol icônico, que consagraria o time como campeão carioca de 1978, e despertaria paixões no torcedor rubro-negro. Um jogador que fez história no futebol brasileiro.

Rondinelli explica: “Essa identificação que tenho com o Flamengo, mas acima de tudo principalmente com o rubro negro, sempre foi o combustível para que eu me doasse de corpo e alma dentro de campo... Não foi fácil, mas eu e o torcedor superamos todos os obstáculos. Podem acreditar, sempre estivemos irmanados em alma”, explica o jogador, ao demonstrar a proximidade e a paixão entre ele e o torcedor. O autor e roteirista Meninéa, flamenguista, é pesquisador apaixonado pelas histórias do futebol profissional e de peladas. Acompanhou toda a carreira de Rondinelli no Flamengo, seus dramas e emoções. 

Estava lá na arquibancada quando o futuro “Deus da Raça" marcou de cabeça o gol que teve o condão de salvar aquela geração de ouro rubro-negra, sendo um verdadeiro divisor de águas na história do Clube de Regatas do Flamengo. Aqui nos apresenta um pequeno recorte da infância de Rondinelli, indo até sua despedida na Gávea. Pequeno recorte de importância fundamental para Rondinelli e o Flamengo.

O livro conta com prefácio de Zico, a numerologia de jogos e gols da carreira de Rondinelli, além de depoimentos de Rivelino, Galter, Cantarele e Quintiliano. E, ainda, uma galeria de fotos com registros históricos do jogador e de álbuns de colecionadores.

Sobre o livro
"Rondinelli: o Deus da Raça do Futebol Brasileiro". Gênero: Biografia, futebol, Flamengo, Seleção brasileira, personalidades. Formato: 15,5x22 cm, 68 pág., HQ colorida, ISBN 978-65-981557-3-5. R$ 60,00. editoraoartifice.com.br.


Sobre o autor e roteirista

Antonio Carlos Meninéa: carioca residente em São Paulo desde 1992, pesquisador apaixonado pelas histórias de futebol e de peladas em futebol. Autor das obras "Romeiro, o Sputnik Brasileiro - Trajetória de Um Craque do Futebol", lançado em 2004 (editora O Artífice) e "1981- O Ano Mais Feliz de Nossa Vida Rubro-Negra", em 2011 (Virtual Books). integra o livro "Bola na Rede - A Literatura em Campo" (Editora In House), em 2023. Seus próximos livros: "Alazão para Sempre: a Saga do Mais Famoso e Organizado Time de Pelada do Bairro de Botafogo" (RJ) e "Rua Principado de Mônaco: fragmentos de Uma Rua Congelada no Tempo". É membro do Grupo de Literatura e Memória do Futebol (Memofut) e radialista formado pela Radioficina de São Paulo.


Sobre o ilustrador
Ricardo Sousa:
quadrinista e ilustrador. Começou sua carreira em 2007, trabalhando com ilustrações, quadrinhos institucionais e digitais.

.: Na Livraria Caraíbas, Marcel Naves debate "Escuderia Mariscot"


O livro "Escuderia Mariscot - O Nome do Esquadrão da Morte" marca a estreia do jornalista premiado Marcel Naves na literatura. Leitores e público poderão debater, na Livraria Caraíbas, este livro intrigante com o autor, que trará curiosidades da vida do policial bandido, os bastidores da concepção do livro e do jornalismo policial.

A partir da vivência, ainda criança, nas redações de São Paulo, nos anos 1970, Marcel passa a conhecer de maneira muito peculiar um período importante da história do crime organizado, no Brasil, e detalhes de um dos seus principais personagens, descortinando os bastidores de um mundo violento.

A obra surpreende. Não se trata de uma pesquisa acadêmica ou tampouco uma biografia, mas o relato particular do autor diante do surgimento da Scuderie Le Cocq e dos últimos anos de vida de um dos seus mais polêmicos integrantes, Mariel Mariscot.

Marcel se debruçou em arquivos e processos, além de entrevistas, e o resultado é um texto envolvente, com nuances ficcionais, mas muito realista. A Scuderie Le Cocq, criada na década de 1960 por policiais do Rio de Janeiro, foi um dos grupos mais temidos do Brasil por muito tempo, até ser extinto judicialmente no início dos anos 2000. O policial bandido Mariel Mariscot fez história como personagem sempre presente nas coberturas policiais da época.

O grupo ganhou destaque na mídia a partir de assassinatos, cujos corpos eram abandonados tendo ao lado o famigerado cartaz de um crânio cruzado por duas tíbias e logo abaixo, em destaque, as letras E.M. (Esquadrão da Morte), sua assinatura inconfundível. As redações recebiam telefonemas anônimos informando sobre os crimes cometidos e a localização dos cadáveres, os ‘presuntos’. O alvo era a publicidade e, claro, mandar um recado.

Mariel Mariscot, conhecido por ser um dos 12 homens de ouro da Guanabara, teve participação ativa na Scuderie, na qual fez história até ser expulso por sua atuação excessivamente violenta. Entre seus feitos, amplamente destacados nos jornais, estão uma fuga a nado de Ilha Grande, presídio de segurança máxima da ditadura militar, e sua eterna desavença com o famoso bandido Lúcio Flávio, eternizado na obra do cineasta Hector Babenco, Lúcio Flávio - O Passageiro da Agonia. E, ainda, o comentário do jornalista Percival de Souza sobre o Esquadrão e o trabalho de Marcel Naves, e fotos de Mariel Mariscot. Como classificar Mariel: policial bandido ou um bandido policial? É essa pergunta que o livro tenta responder, neste trabalho de fôlego do experiente jornalista Marcel Naves.


Sobre o autor
Marcel Naves atuou nas rádios Bandeirantes, CBN, Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), Eldorado e Estadão. Os prêmios Vladimir Herzog, Ayrton Senna de jornalismo e o reconhecimento da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), como melhor repórter, estão entre algumas das muitas conquistas obtidas em sua trajetória.


Sobre o livro
"Escuderia Mariscot - O Nome do Esquadrão da Morte", com fotografias e comentário do jornalista Percival de Souza. Gênero: literatura brasileira. Subgênero: biografia, jornalismo. Palavras-chave: crime organizado; investigação criminal; crimes reais; história. 14x21 cm. 212 p., ISBN 978-65-981557-1-1. São Paulo: Trajetórias. R$ 60,00. www.editoraoartifice.com.br - editora@editoraoartifice.com.br

Serviço
Encontro com o autor Marcel Naves na Livraria Caraíbas
Neste sábado, dia 15 de março, sábado, a partir das 15h00
Livraria Caraíbas - Rua Caraíbas, 586, Perdizes

quinta-feira, 13 de março de 2025

.: "Dona Vitória Joana da Paz": o livro que inspirou o filme brasileiro


A história da heroína por trás da câmera que mudou os rumos de um bairro e marcou um país inteiro. Revelada pela primeira vez em 2005 em uma matéria de Fábio Gusmão, a história de Dona Vitória tornou-se uma das mais marcantes e de maior repercussão da mídia nacional no início dos anos 2000. A senhora que, aos 80 anos, da janela de sua casa em Copacabana, no Rio de Janeiro, com uma câmera apoiada em livros e listas telefônicas, filmou toda a movimentação do tráfico e a negligência policial. A coragem misturada ao cansaço e a insatisfação pela situação de descaso das autoridades foram as motivações de Dona Vitória para continuar com a câmera na janela mesmo quando notava armas e binóculos apontados em sua direção. A história é toda retratada no livro "Dona Vitória Joana da Paz", lançado pela editora Planeta.

O livro revela quem era a mulher por trás do nome atribuído pelo Programa de Proteção à Testemunha, atravessando seus anos formativos, os anos gravando a vista da janela e o longo período de exílio. Nestas páginas, Fábio Gusmão nos (re)apresenta, com imagens exclusivas das últimas semanas de gravações, ao lado de transcrições de falas completas de Dona Vitória, novos detalhes e revelações sobre a heroína por trás da câmera que mudou a história de um bairro, marcou um país inteiro e mostrou na pele como o exercício da cidadania é a mais potente arma contra a impunidade, a corrupção e a desesperança que assolam o país. Compre o livro "Dona Vitória Joana da Paz" neste link.

Sinopse de "Vitória"
Inspirado em uma incrível história real, “Vitória”, interpretada pela nominada ao Oscar Fernanda Montenegro, conta a emocionante trajetória de uma aposentada que desmontou uma perigosa quadrilha de traficantes e policiais a partir de filmagens feitas da janela do seu apartamento no Rio de Janeiro. Com a ajuda de um amigo jornalista, ela enfrenta os riscos e perigos de uma situação inimaginável. Um filme sobre a coragem, a força e a resiliência de uma mulher. 

Inspirado em uma história real, o filme narra a história de Joana da Paz, uma aposentada que, preocupada com a segurança em Copacabana, começa a registrar da janela de seu apartamento as movimentações na Ladeira dos Tabajaras, favela da Zona Sul carioca. Seu trabalho ajudou a desmantelar um esquema entre traficantes e policiais corruptos, transformando Joana em uma testemunha-chave do caso. “Dona Vitória”, como ficou conhecida na imprensa, entrou no Programa de Projeção à Testemunha e teve de mudar de identidade, vivendo 17 anos no anonimato. O filme é baseado no livro "Dona Vitória Joana da Paz", do jornalista Fábio Gusmão, e tem sua estreia oficial os cinemas brasileiros em 13 de março. Garanta o seu exemplar de "Dona Vitória Joana da Paz" neste link.


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"Vitória" (idioma original)
Classificação: 14 anos, Ano de produção: 2025. Idioma: português. Diretor: Andrucha Waddington, Duração: 1h52m. Com: Fernanda Montenegro, Alan Rocha, Sacha Bali, Linn da Quebrada, Sílvio Guindane, Laila Garin, Thelmo Fernandes, Jeniffer Dias e outros.

13/3/2025 - Quinta-feira: 15h30 - 18h00 - 20h30
14/3/2025 - Sexta-feira: 15h30 - 18h00 - 20h30
15/3/2025 - Sábado: 15h30 - 18h00 - 20h30
16/3/2025 - Domingo: 15h30 - 18h00 - 20h30
17/3/2025 - Segunda-feira: 15h30 - 18h00 - 20h30
18/3/2025 - Terça-feira: 15h30 - 18h00 - 20h30
19/3/2025 - Quarta-feira: 15h30 - 18h00 - 20h30

Trailer de "Vitória"

quarta-feira, 12 de março de 2025

.: "Antirracismo em contos leves": para pensar uma sociedade mais igualitária

Contos antirracistas para pensar uma sociedade mais igualitária. Du Prazeres une ficção científica, afrofuturismo, narrativas ancestrais e cultura popular em busca do combate ao preconceito por meio da educação


Professor universitário, cria da favela, formado em escolas públicas e homem preto, Du Prazeres vivenciou as lutas da comunidade negra e percebeu desde cedo que a educação é a única forma de combater o racismo. A estreia dele na literatura, com Antirracismo em contos leves, levanta debates sobre os preconceitos e a importância de buscar um mundo com mais igualdade social.

Os 12 contos apresentados na obra atravessam temas urgentes que refletem sobre o país: a influência do tráfico entre jovens na favela; a falta de oportunidades profissionais que leva muitos meninos a verem o futebol como alternativa exclusiva para o sucesso; a dificuldade de continuar os estudos em um ambiente desfavorável; e o uso da representatividade em obras culturais para fins unicamente comerciais. São temas diversos, mas que formam um retrato contemporâneo dos dilemas de um Brasil racista e com profundas diferenças econômicas.


O desespero é tão grande que pego um pouco de terra batida, abaixo a cabeça, disfarço e passo a poeira no rosto, para secar a lágrima que já não era só uma. Respiro fundo. Tento pensar em coisas bonitas, em coisas que me deram alegria. Penso em minha mãe, acho que neste exato momento se meu pai voltasse, eu o abraçaria. Que se dane! Pra que levar ódio junto com a gente. Viu só? Eu sei que é pecado, então eu saber que é um sentimento errado, já anula tudo. Mata o pecado. Tenho total ciência do que é certo ou errado, mas sou gente. (Antirracismo em contos leves, p. 54)


Como o mundo atual não pode ser dissociado do passado, o autor mostra o poder da ancestralidade nos textos “1881 - Desapropriação”, “Ginjinha” e “A luz que tudo ilumina”. No primeiro, os personagens estão ameaçados de perder suas terras, então a resistência se torna um ato para proteger a cultura e a identidade da comunidade. O segundo conto revela como uma simples bebida remonta à memória afetiva familiar, à busca por pertencimento e aos impactos da imigração. Já o terceiro apresenta um griot, o guardião da memória e da palavra em muitos povos africanos, que compartilha saberes com crianças ao redor de uma fogueira.

Além de textos mais voltados ao realismo, que se inspiram na cultura popular e nas narrativas ancestrais, Du Prazeres utiliza o afrofuturismo e a ficção científica para imaginar outras realidades para a população negra. Em “Ìwa Pèlè”, uma doença que só afeta pessoas brancas faz pesquisadores viajarem a outro planeta à procura de uma substância de cura, mas a capitã do grupo precisará enfrentar alienígenas no meio da missão. “Tulipas Kaufmannianas”, por outro lado, analisa o valor do afeto e da empatia ao narrar a história de um general solitário que forma vínculo com uma cadela destinada a uma missão espacial perigosa.

Com apresentação da escritora Cidinha da Silva e arte produzida pela pintora Ani Ganzala, Antirracismo em contos leves potencializa discussões em prol de utilizar a literatura como ferramenta de mudança social. “Não é confrontando belicamente os brancos que vamos minimizar o racismo. Como homem negro e apaixonado por literatura, quis contribuir com ideias para a consolidação do debate sobre como buscar um pouco mais de igualdade, não só racial, como para toda a sociedade. Acredito verdadeiramente no alcance de um livro como instrumento de mudança”, afirma o autor.

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FICHA TÉCNICA

Título: Antirracismo em contos leves

Autor: Du Prazeres

Editora: Bambolê

ISBN: 978-65-86749-72-4

136 páginas

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terça-feira, 11 de março de 2025

.: "A Síndrome da Gueixa": em busca da verdadeira autonomia e maturidade

No livro "A Síndrome da Gueixa", a psicóloga ayurvédica Luciana Leon reflete sobre o autoconhecimento e a emancipação emocional


Abdicar das próprias vontades e sonhos para priorizar as necessidades do próximo. Este é um comportamento comum percebido pela psicóloga Luciana Leon ao longo dos anos de clínica terapêutica. A especialista notou neste padrão que, ao atender às expectativas alheias, há geralmente um anseio do paciente em ser aceito pelo outro. A análise deste tipo de atitude, que parece vir desde a infância, e as possibilidades de remediá-la, estão no centro do livro "A Síndrome da Gueixa".

Em um contexto arquetípico, a figura da artista japonesa é usada para representar alguém que estabelece como meta de vida servir ao outro. Segundo a autora, a criança que não se sente amada leva seu desejo de pertencimento para a vida adulta, e essa angústia se transforma em submissão. Porém, ao se tornar invisível para si, a pessoa acaba também não sendo vista por aqueles ao seu redor. Embora as gueixas sejam tradicionalmente apenas mulheres, todos os gêneros podem reproduzir essa postura servil.

Com casos clínicos reais, a autora exemplifica as diferentes manifestações e nuances deste condicionamento, e de que maneiras a vida dos envolvidos é prejudicada por ela, como o caso de uma paciente que tenta há anos realizar o sonho do próprio negócio, mas não sabe se conseguirá sem o apoio dos pais. Desta forma, ao longo das páginas do livro é possível acompanhar pessoas com posturas submissas em relacionamentos familiares, mas também afetivos e de amizade.

Através dos ensinamentos da Psicologia do Yoga e do Ayurveda, práticas milenares de origem indiana, é incentivado ao leitor o desenvolvimento pessoal, e a entrar em contato com as verdadeiras motivações. Para a autora, o livro não apenas foi uma forma de se despedir da própria faceta de gueixa, mas de apresentar caminhos para outras pessoas presas a este comportamento.


Autoamor é autocuidado. O autoamor é central. É o objetivo final, porque quando nós nos amamos é um indicativo de que, enfim, estamos nos vendo mais próximos do que somos de verdade. É escolher bem não só como nos alimentamos, mas os amigos, ambientes, estímulos. Autoamor é cuidar para não nos negligenciarmos por preço algum. (A Síndrome da Gueixa, pág. 71)


Com linguagem cotidiana acessível e acolhedora, "A Síndrome da Gueixa" reflete sobre a importância da autonomia e da busca por maturidade emocional, sem idealizações. Através de sua trajetória pessoal e profissional, Luciana Leon demonstra como romper condicionamentos e construir a própria maneira de estar no mundo. 


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FICHA TÉCNICA

Título: A Síndrome da Gueixa

Autora: Luciana Leon

Editora: Viseu

ISBN: 9786525496115

Formato: E-book

226 páginas

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sábado, 8 de março de 2025

.: Dia Internacional da Mulher: lista com nove livros para leitoras de fé


No Dia Internacional das Mulheres, celebramos não apenas a força e as conquistas femininas, mas também, as histórias de fé, renovação e esperança que sustentam a caminhada de tantas mulheres diariamente. 

Para aquelas que encontram na espiritualidade o seu alicerce, a leitura se torna uma poderosa aliada no crescimento pessoal e na construção de uma vida mais plena. 

A seleção abaixo reúne obras escritas por autoras a fim de inspirar mais mulheres a florescerem em tempos difíceis, fortalecerem seus lares, cuidarem da alma e edificarem umas às outras em comunhão. Cada livro também traz experiências reais das escritoras e reflexões sobre as vivências femininas, sempre sob a luz encorajadora da Palavra de Deus. 

Confira a lista completa e escolha a próxima leitura que irá transformar sua relação consigo mesma e com o propósito divino. 

É tempo de florescer: Quézia Cádimo Fernandes utiliza as estações do ano como metáfora para as experiências humanas, inspirando as leitoras a confiarem no tempo de Deus em todos os ciclos da vida. Neste lançamento, um dos mais vendidos de 2025 na categoria não-ficção, a pastora mostra que períodos de seca, escassez, frio e colheita fazem parte dos propósitos divinos, e encoraja as mulheres a firmarem as raízes em Jesus a fim de florescerem em meio às adversidades. COMPRE "É tempo de florescer" AQUI: https://amzn.to/3QUSxly


Devocional Mulheres: Escrito pela best-seller Viviane Martinello, este é um guia espiritual transformador para cristãs que desejam fortalecer a fé e renovar o relacionamento com Deus. O devocional oferece 365 dias de reflexões baseadas na Palavra, com lições de coragem, perseverança e amadurecimento espiritual. Com orações, ensinamentos e espaço para anotações pessoais, a obra inspira mulheres a superarem desafios cotidianos e cultivarem uma rotina espiritualmente saudável. COMPRE "Devocional Mulheres" AQUI: https://amzn.to/43sdo7m


Juntas: Este devocional reúne ensinamentos das autoras e pastoras Camila Barros, Midian Lima, Raquel Lima e Gabriela Lopes, para cristãs encontrarem a própria força interna. O livro aborda a importância da união feminina no cumprimento do propósito de Deus, ao destacar o poder da coletividade e do apoio mútuo entre mulheres. As escritoras compartilham experiências de fé, conselhos e atividades práticas. COMPRE "Juntas" AQUI: https://amzn.to/4heHUov


Simples assim: Uma oportunidade de fortalecer a fé, encontrar a força feminina interior e praticar a gentileza consigo mesma. É isso que oferece este devocional de 65 dias às mulheres, guiando-as em uma caminhada transformadora. Cada dia traz reflexões e orientações práticas para uma vida de devoção, com insights espirituais de Bruna Vieira, Isa Dimas, Jay Santana, Jey Reis, Ludmila Dias, Thais Linares e Vitoria Dozzo. COMPRE "Simples assim" AQUI: https://amzn.to/41NyVGq


O óbvio sobre família precisa ser dito: O que torna uma casa em um lar? Segundo a escritora e comunicadora Laila Coelho, o lar é mais do que paredes e móveis: é o lugar onde se constroem memórias, se fortalecem laços e se vivem os valores familiares mais importantes. Neste livro, ela traz lições poderosas sobre família, casamento, criação dos filhos e espera durante o tempo de solteira, a fim de ajudar as leitoras a edificarem o ambiente doméstico com a glória de Deus. COMPRE "O óbvio sobre família precisa ser dito" AQUI: https://amzn.to/4ixDgD4


Aprovada: A dor não precisa ser o destino, mas um ponto de partida para a reconstrução de uma identidade fundamentada na fé. É o que afirma a pastora Bianca Franco neste lançamento. A fim de ajudar outras mulheres a se libertarem das cicatrizes do passado, ela revela como descobriu o caminho da cura por meio da compaixão e da intervenção divina. Este livro é um convite a todas que também carregam os traumas da rejeição a se aproximarem de Jesus para encontrar a verdadeira aceitação. COMPRE "Aprovada" AQUI: https://amzn.to/3DpPDSO

Cristianismo no feminino: Lidice Meyer convida a um mergulho sensível nas trajetórias de mulheres que foram essenciais para o nascimento e o florescimento da fé cristã. A antropóloga conduz a uma jornada de descoberta e de valorização das mulheres que sustentaram os alicerces da Igreja e continuam a inspirar milhões de pessoas ao redor do mundo. O livro possui ilustrações criadas por artistas mulheres, que em cada capítulo traduzem a beleza, a força e a espiritualidade feminina. COMPRE "Cristianismo no feminino" AQUI: https://amzn.to/3Dy2Clp


Conversa com Deus Pai: Amanda Veras propõe 365 reflexões diárias que trazem acolhimento e conforto para a alma. Mergulhe em um diálogo íntimo e espiritual com Deus neste livro inspirador, repleto de mensagens que tocam o coração e conduzem à paz interior. Cada página oferece uma jornada de autoconhecimento, proporcionando momentos de introspecção e conexão profunda com o divino. COMPRE "Conversa com Deus Pai" AQUI: https://amzn.to/3QSfmq4

 

Feito para Mulheres: Terapeuta, palestrante e pastora, Cibele Brito reflete sobre os dilemas das mulheres contemporâneas e ajuda aquelas que precisam encontrar a verdadeira felicidade em meio aos desafios cotidianos. Ao atravessar áreas diversas, como carreira, relacionamentos e saúde mental, mostra como a fé em Deus e a espiritualidade podem contribuir para as leitoras se fortalecerem e descobrirem suas identidades. COMPRE "Feito para Mulheres" AQUI: https://amzn.to/3DpPVZU

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

.: Denise Crispun estreia no romance “Constelações Hipócritas”


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. 

Denise Crispun estreia como escritora de romances com "Constelações Hipócritas", livro que recebeu em 2023 o Prêmio Carolina Maria de Jesus. Na obra, a autora utiliza o tempo como narrador para contar a história de Sara, uma mulher com seus caminhos, decisões e solidões. Em torno da ficção, como se faz no que há de melhor nas narrativas contemporâneas, Denise junta, com maestria, elementos reais e leva o leitor a acompanhar a protagonista por assuntos que, quase sem querer, criam uma rede em torno do seu cotidiano.

A ideia do romance nasceu numa oficina iniciada logo após a pandemia, com Luiz Antonio de Assis Brasil, professor da PUCRS, um mestre na arte de ensinar que revelou nomes como Daniel Galera, Cintia Moscovich e Michel Laub entre outros. Nela, Denise desenvolveu uma personagem que, mesmo ao término da oficina, seguiu lhe perseguindo. Ela partiu para a pesquisa e após algum tempo de maturação, começou a escrever o livro.  

Em seus 30 anos de carreira, Denise conta com 11 livros publicados, mais de 20 peças encenadas pelo Brasil e prêmios, como um Quirino e Grande Otelo da Academia Brasileira de Cinema, pela série de animação O Hotel Silvestre de Ana Flor, exibido na HBO, em 2023 e uma indicação ao Shell na categoria de Melhor texto pelo espetáculo "A Carpa". Sem preconceito de estilo, Denise escreve sobre tudo um pouco e está sempre em movimento, indo do drama à comédia, passando também pelo documental e jornalístico.

Ano passado ela se permitiu a novos desafios, lançando no Rio de Janeiro seu primeiro livro de contos, "Furiosamente Calma”, que contou com uma performance na Flip, em Paraty. Esse trabalho deve estar em breve nos palcos cariocas, com a atriz Carol Machado e direção de Alcemar Vieira. Enquanto isso, Denise já prepara um novo livro, com o título provisório de “Preciso Falar do que Não Compreendo", para 2025. Compre o livro "Constelações Hipócritas" neste link.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

.: 7Letras lança 3° livro de Alexandre Arbex, "A Mecânica Bruta dos Ossos"


No livro de contos “A Mecânica Bruta dos Ossos”, o terceiro livro de Alexandre Arbex, as personagens cuidam perversamente. Mulheres sugadas pelas relações, o amor pecando pelo excesso, o cotidiano encubando o ódio. No livro lançado pela editora 7 Letras há, ao mesmo tempo em que uma construção do estranhamento, a sensação de reconhecer nossas próprias vidas caso pudéssemos imaginá-las (e escrevê-las) sem pudores. Neste livro, o cuidado, sempre socialmente naturalizado como atribuição das mulheres, aparece como “relíquia e ruína” das relações, tentativas de captura e aprisionamento em uma dinâmica que confunde intenções. A orelha do livro é assinada por Juliana Otoni.

No conto “Colostro” - o primeiro leite que aqui dura uma vida inteira – a “poça rosa de perfume e sangue” mostra a onipotência da mãe que pode dar a vida aos filhos ou até deixá-los morrer. A substituição/fusão perturbadora suspende os lugares familiares habituais e reconfigura os corpos em “Aquela Rapaz”, mostrando que na literatura de Alexandre as personagens podem tudo. Se filmados, seus contos seriam como o começo do cinema do cineasta grego Yorgos Lanthimos, onde quem cuida, entre sacrifícios e preenchimentos, cria um mundo de terror sob a aparência de proteção. 

O livro também fala de aparições e desaparecimentos cotidianos, da mágica de apagar e emudecer o outro. Rinhas de pais, vontades de filhos, mulheres que em suas obrigações cotidianas estão cansadas de viver “cortando fora a parte podre, polindo a redoma, vigiando o gás”. Enfermeira, atriz pornô, mãe, filha, uma morta-narradora que monta o conto, rearranja os lugares, dirige a vida de quem ficou. Em “Dieta”, uma força diferenciadora faz a filha tentar não ser a mãe inventando privações absurdas ou nem tão absurdas assim.

Como sua leitora atenta e admirada, tenho a impressão de que não é a primeira vez, nem apenas outra vez, que Alexandre Arbex está escrevendo sobre obsessões tão humanas e histórias perversas de todos nós. É a mesma vez. Compre o livro “A Mecânica Bruta dos Ossos” neste link.


Sobre o autor:
Alexandre Arbex
nasceu em 1980, em Resende (RJ), e cresceu no Rio de Janeiro. É autor do livro infantil "O Livro" (Casa da Palavra, 2001) e dos livros de contos "Da Utilidade das Coisas" (2017), finalista do Prêmio Jabuti na categoria em 2018, e "Pessoas Desaparecidas, Lugares Desabitados" (2022), ambos publicados pela 7Letras. Mora em Brasília desde 2009. Garanta o seu exemplar de “A Mecânica Bruta dos Ossos” neste link.


Ficha Técnica
Livro "A Mecânica Bruta dos Ossos"
Autor: Alexandre Arbex
Número de páginas: 120
Tamanho: 14 × 21 cm
ISBN: 978-65-5905-824-2
Editora: 7 Letras
Compre o livro neste link.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

.: Jennifer Aniston lança livro infantil inspirado em seu cachorrinho adotado


Eterna Rachel Green da série de televisão "Friends", a atriz e produtora Jennifer Aniston estreia como escritora. Apaixonada por cães e defensora da adoção responsável, ela se inspirou nas aventuras do seu companheiro de quatro patas, Clyde, para escrever o livro infantil "Claudim Bota a Mão na Massa". O lançamento chega ao Brasil pela VR Editora, em edição de capa dura e ilustrada pelo artista visual brasileiro Bruno Jacob e tradução de Sofia Soter

Todos os cãezinhos da família do Claudim têm um talento especial nesta história bem-humorada: o vovô Claudinei pratica esportes radicais; o tio Claudião gosta de surfar; a tia Claudete escava fósseis de dinossauros; a prima Claudoca ama pintar telas com os olhos vendados; o tio Claudito é jogador de futebol; e a bisa Clau-Clau é a melhor dançarina de salsa. Menos o protagonista, que ainda não descobriu um lance especial para chamar de seu. 

Custe o que custar, ele está decidido a encontrar uma vocação. Assim, os pequenos leitores vão embarcar junto em uma divertida missão de autodescoberta, enquanto o personagem experimenta diferentes hobbies na companhia dos outros Claudios. Cada página também traz reflexões sobre temas como identidade, autoconfiança, propósito e laços familiares. 

Com uma linguagem acessível para o público a partir dos cinco anos e ilustrações vibrantes, Jennifer Aniston celebra as diversas paixões que tornam cada pessoa única do seu próprio jeito. Claudim bota a mão na massa é uma leitura leve e com mensagem otimista, perfeita para incentivar as crianças a sempre buscarem os sonhos que fazem seus olhos brilharem – ou, no caso deste canino, que deixam seu rabo balançando de tanta alegria. Compre o livro "Claudim Bota a Mão na Massa" neste link.


Sobre a autora
Jennifer Aniston é atriz e produtora de filmes norte-americana. Recebeu diversos prêmios ao longo da carreira, incluindo um Emmy, um Globo de Ouro e dois Screen Actors Guide. É famosa por ter interpretado Rachel Green na série de TV "Friends", além de muitas outras personagens icônicas. Jennifer tem uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood e é cofundadora da produtora Echo Films. Ela também criou a The Clydeo Fund, fundação que ajuda organizações de resgate de animais em todo o mundo. Claudim bota a mão na massa é sua primeira publicação.  
 

Sobre o ilustrador
Pedro Jacob é ilustrador, animador e designer brasileiro que ama dar vida a personagens e contar histórias
com sua arte. Bruno vive em Santo André com Renata, sua esposa, Luna, sua filha, e Bruce, o cachorro da família. Garanta o seu exemplar de "Claudim Bota a Mão na Massa" neste link.


Sobre a editora
A VR Editora está no Brasil há 25 anos. Tudo começou com a linha de Livros Presentes para ocasiões especiais. Posteriormente, com a entrada da coleção Diário de um Banana em 2008 e se tornando um sucesso de vendas em pouco tempo, a VR Editora tornou-se inspiração quando o assunto é leitura infanto-juvenil, com temas importantes da atualidade apresentados aos pequenos leitores por premiados autores e ilustradores, nacionais e estrangeiros.  


Ficha técnica  
Tradutora: Sofia Soter 
Ilustrador: Bruno Jacob 
Gênero: Livro ilustrado infantil (a partir de 5 anos) 
Edição: 1ª ed., jan. 2025 
ISBN: 978-85-507-0613-9 
ISBN do e-pub: 978-85-507-0614-6   
Número de páginas: 32 
Editora: VR Editora 
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