sábado, 23 de novembro de 2024

.: Japan House São Paulo apresenta exposição "A Vida Que Se Revela"


Um diálogo visual entre o trabalho das fotógrafas japonesas Rinko Kawauchi e Tokuko Ushioda, a mostra destaca pontos em comum entre duas gerações distintas. Neste diálogo, o público independente de seu país de origem ou da geração, poderá se identificar com o ambiente doméstico e momentos em família e refletir sobre o futuro do lar e da família em constante evolução. Foto: Gabriela Portilho


Realizada pela primeira vez no Brasil, a exposição “A Vida Que Se Revela” ocupa o segundo andar da Japan House São Paulo até dia 13 de abril de 2025, com entrada gratuita. Em colaboração com o “Kyotographie International Photography Festival” - reconhecido como um dos mais importantes eventos do gênero desde sua criação em Quioto em 2013 – a mostra exibe quatro séries de fotografias produzidas por Rinko Kawauchi (1972) e Tokuko Ushioda (1940), que retratam momentos familiares e a intimidade de seus lares no Japão. 

As séries, que capturam momentos com a família ou cenas cotidianas do lar, são baseadas em um diálogo entre essas duas importantes fotógrafas japonesas, Rinko Kawauchi e Tokuko Ushioda, que receberam grande reconhecimento no "Kyotographie International Photography Festival 2024".   

Kawauchi comenta o motivo por ter escolhido a Ushioda, que já conquistou vários prêmios e está expondo na América Latina pela primeira vez aos 84 anos de idade, como parceira desta interlocução: “Eu respeito o fato de que ela tem atuado como fotógrafa desde uma época em que a participação das mulheres na sociedade era difícil, além do fato e que ela encara a vida com sinceridade”

Dentre os fotógrafos da atualidade, Kawauchi é conhecida por suas reflexões profundas e pessoais de sua família. Seu estilo, que ressalta a fragilidade e a vitalidade fundamental escondidos no objeto retratado com a sua delicada sensibilidade, teve reconhecimento internacional e, em 2007, seu trabalho foi exibido no Museu de Arte Moderna de São Paulo, no Brasil. 

“São formas muito poéticas de mostrar esses cotidianos com um olhar bem cuidadoso e muito pessoais para os pequenos detalhes e momentos, alguns comuns, outros inusitados e até divertidos. O que a gente espera é que o público se aproxime desse dia a dia, que crie uma certa intimidade com a vida dessas duas mulheres, que nada mais é do que a vida de uma pessoa comum no Japão e que pode ter tanto em comum com as nossas vidas aqui, do outro lado do mundo”, comenta Natasha Barzaghi Geenen, Diretora Cultural da Japan House São Paulo. 

A série “Cui Cui”, de Kawauchi, documenta, ao longo de 13 anos, momentos do ciclo de vida de sua família como o casamento de seu irmão, o falecimento de seu avô e o nascimento de seu sobrinho. O título da série foi escolhido pela fotógrafa ao se deparar com a expressão francesa usada para descrever o gorjeio do pardal, canto possível de ser ouvido nas mais diversas partes do mundo, e, portanto, uma metáfora perfeita para os sons cotidianos que permeiam a vida familiar de Kawauchi. Já em sua série, “as it is” (algo como “tal como é”, em tradução livre), Rinko registra os três primeiros anos de vida de sua filha, complementada por uma projeção em vídeo.  

Na série “Ice Box”, Ushioda documenta, ao longo de 22 anos, a intimidade de famílias de parentes e amigos utilizando geladeiras como um ponto fixo de referência, oferecendo uma perspectiva única sobre a vida doméstica e a conexão familiar da época. Já em “My Husband”, ela compartilha cenas do cotidiano com seu marido e filha, registradas em um pequeno apartamento de estilo ocidental durante a década de 1970. 

A Japan House São Paulo oferece várias atividades paralelas para proporcionar aos visitantes uma compreensão mais profunda acerca da exposição. Destaque para uma visita guiada no dia 19 de novembro, às 15hs, conduzida pela fotógrafa Tokuko Ushioda e por Yusuke Nakanishi, co-fundador e diretor do festival Kyotographie – International Photography Festival. Outro evento importante que acontece também na terça-feira (19), às 19h, é um bate papo com Tokuko Ushioda, mediado pelo fotógrafo e pesquisador brasileiro, Lucas Gibson. Na ocasião, o público poderá conhecer sobre a trajetória da fotógrafa e se aprofundar nas séries “Ice Box” (Caixa de Gelo) e “My Husband” (Meu Marido), presentes na exposição.  “A vida que se revela” integra o programa JHSP Acessível, oferecendo recursos táteis, audiodescrição e vídeo em libras para proporcionar acessibilidade a todos os visitantes. 

Sobre Rinko Kawauchi
Rinko Kawauchi nasceu em 1972, em Shiga, no Japão. Graduou-se em fotografia e design gráfico na Seian Women’s College (atual Seian University of Art and Design, em Saga) em 1993, e trabalhou como fotógrafa freelancer em publicidade durante anos. Em 2002 recebeu o 27º Prêmio Kimura Ihei por sua série Utatane e Hanabi. Em 2023, foi laureada com o Prêmio Mundial de Fotografia da Sony por sua excepcional contribuição nesse campo. A obra de Kawauchi é exibida com frequência em mostras no Japão e ao redor do mundo, como na Fundação Cartier em Paris e no The Photographer’s Gallery em Londres. 

Sobre Tokuko Ushioda
Tokuko Ushioda nasceu em 1940, em Tóquio, Japão. Graduou-se na Kuwasawa Design School em 1963, onde teve aulas com os fotógrafos Yasuhiro Ishimoto e Kiyoji Otsuji. Entre 1966 e 1978 deu aulas na Kuwasawa Design School e na Tokyo Zokei University. Em 2018, sua série Bibliotheca lhe garantiu os prêmios Domon Ken, Photographic Society of Japan na categoria “Lifetime Achievement”, e o Higashikawa Awards na categoria “The Domestic Photographer Award”. Em 2019, ganhou o Prêmio Especial Kuwasawa, e em 2022, o Prêmio Especial do Júri no Paris Photo – Aperture PhotoBook com a série My Husband. 


Serviço
Exposição “A Vida Que Se Revela”
Período: até dia 13 de abril de 2025
Local: Japan House São Paulo, segundo andar - Avenida Paulista, 52, São Paulo/SP 
Horário de funcionamento: terça a sexta, das 10h00 às 18h00; sábados, domingos e feriados, das 10h00 às 19h00.
Entrada gratuita. Reservas online antecipadas (opcionais) no site.

.: Entrevista: Antonio Pokrywiecki expõe medo do futuro em conversa


Uma geração criada em meio às consequências do neoliberalismo, assistindo filmes apocalípticos e observando a degradação ambiental em escalada, parece compartilhar uma série de temores. Utilizando-se da sátira e do potencial inventivo do conto para forçar as barreiras entre realidade e ficção, o autor Antonio Pokrywiecki aborda esses temores em “Dentes de Leite”, lançamento do selo Cachalote, da editora Aboio. As narrativas da obra, mesmo que  fragmentadas, conseguem criar um retrato certeiro da realidade contemporânea.

Pokrywiecki nasceu em Joinville, em Santa Catarina, e atualmente vive em São Paulo, capital. Ele estreou na literatura com o romance “Tua Roupa em Outros Quartos” (Patuá, 2017) e tem contos publicados nas antologias “2020, o Ano que Não Começou” (Reformatório, 2021), “Antologia - Contos” (Selo Off Flip, 2022) e “Realidades Estilhaçadas” (Mondru, 2023). Compre o livro "Dentes de Leite" neste link.


Quais são os temas centrais de “Dentes de Leite”?
Antonio Pokrywiecki - Embora o livro não tenha a intenção de debater temas específicos, após a escrita eu me dei conta de que alguns temas permeavam todos os textos: o medo do futuro, a opressão pelo trabalho e o hedonismo deprimido.


Por que você decidiu abordar esses temas?
Antonio Pokrywiecki - A consciência do fim do mundo é algo que faz parte da minha identidade, da minha forma de viver, das escolhas que faço desde quando acordo até quando me deito, embora eu sempre tenha recalcado esse sentimento. Acredito que muitas pessoas da minha geração se identifiquem com isso. Em meu livro há uma miríade de personagens erráticos ou fetichistas, escravos de um prazer individualizado e cada vez menos possível. Essa busca incessante e solitária pelo prazer é resultado de um esgotamento de alternativas políticas e sociais ao neoliberalismo. A sensação é de impotência coletiva, algo que Mark Fischer cunhou como hedonismo deprimido, e que permeia muito do meu texto. 


O que te motivou a escrever essa obra?
Antonio Pokrywiecki - Eu vinha trabalhando na escrita de um romance, e a verdade é que o processo de escrita de romance, para mim, é sempre torturante. Você se enfia em um buraco e não sabe como sair dele, fica meses sem encontrar o caminho de volta. Você fica travado, passa meses travado. Aí você se encontra e retoma a escrita, ou desiste. Foi o que eu fiz.


Por que você optou por contos?
Antonio Pokrywiecki - Desisti de escrever o romance e passei a escrever contos como uma forma de reencontrar a diversão na escrita, na invenção. Escrever contos, para mim, é como passar uma noite divertida com alguém, em que tudo pode acontecer. Você não tem um compromisso de longo prazo com a forma, com o estilo. Suas decisões podem ser revertidas em poucas páginas, quando uma nova história se inicia. Isso dá ao autor uma liberdade que o romance nem sempre permite.


De onde surgiu o título “Dentes de Leite”?
Antonio Pokrywiecki - De certa forma, o título veio antes do livro. “Dentes de Leite” foi um título que pensei aos  dezoito anos, para um livro que reunisse meus primeiros contos. Acabei desistindo da ideia, até que, dez anos depois, conforme o livro ganhava forma, eu escrevi um conto no qual um menino tem seus dentes arrancados em um episódio de violência escolar. É um conto muito especial para mim, porque explora essas experiências definidoras da infância e da juventude, que deixam marcas permanentes, algo que também está presente em outros contos. Os dentes são descartados, mas fica a lembrança de tê-los arrancados. “Dentes de Leite” foi uma escolha óbvia de título para mim e acabou, meio que sem querer, amarrando o livro.


Por que você escolheu contos fragmentados para essa obra?
Antonio Pokrywiecki - Quando eu começo a escrever um conto, eu nunca sei o que vai acontecer ao fim da história. Geralmente começo por uma cena, que puxa outra, que puxa outra. Isso faz com que meu processo de escrita seja fragmentado por si só. Eu vou descobrindo a história conforme avanço, e o leitor também. No fim, a soma das partes gera uma compreensão do todo. Esse é o motivo pelo qual os contos deste livro são fragmentados, é meu processo de criação. Existe uma tendência geral a fragmentação de conteúdo em vídeos curtos, parágrafos curtos, filmes curtos, músicas curtas. Tudo são pílulas e cortes, com a liberdade para acelerar e pular o que for. Existe uma obsessão por eficiência comercial, conquistar a atenção do consumidor exigindo o mínimo atrito, para se manter competitivo mercadologicamente. Minhas intenções passam longe disso, e evito pensar muito na experiência de leitura. Na literatura, paradoxalmente, a fragmentação exige mais do leitor, que leva mais tempo para entrar no texto, exigindo mais concentração e dedicação. Acaba sendo menos como uma história, mais como um quebra-cabeças que se monta a dois. Embora eu não queira propor um contraponto à lógica do algoritmo, acredito que ignorá-la e escrever sem abrir concessões seja uma forma de recusa. 

Quais são suas inspirações na escrita?
Antonio Pokrywiecki - O livro levou quatro anos para ser escrito, e foi influenciado, em forma e conteúdo, por muita coisa, além de literatura e arte. Eu sou fascinado por autoajuda, por exemplo, e às vezes sou influenciado por uma peça publicitária, desenho animado, reality show, livros técnicos e de negócios. Eu me divirto em livrarias de aeroporto, por exemplo.


Quais escritores te influenciaram?
Antonio Pokrywiecki - Na literatura, sou um entusiasta do Oulipo, especialmente influenciado por Georges Perec, do pós-modernismo norte-americano e do conto argentino. Destacaria também Roberto Bolaño, Lydia Davis, George Saunders e Donald Barthelme, que são autores-chave, para mim, quando se trata de escrita em formas breves.


Qual sua principal estratégia para desenvolver seu processo criativo?
Antonio Pokrywiecki - Meu processo criativo se baseia em fazer longas caminhadas pelo bairro e tentar escrever todos os dias. Sou bastante disciplinado nesse sentido, e acredito que a constância viabilize  a criatividade. Caminhar é a parte mais importante, para mim. Quando estou bloqueado, geralmente é porque não andei o bastante. Boa parte dos contos surgiram de ideias que tive caminhando, e anotei imediatamente. Com "Nico e Kira" tive a ideia inicial do conto enquanto caminhava na praia, sem nada para anotar. Lembro que naquele dia interrompi a caminhada ali mesmo, e voltei apressado para casa, repetindo a ideia em voz alta para não esquecer. Esquecer uma ideia é a pior coisa que pode acontecer, é imperdoável. De modo geral, meus contos surgiram com algum estalo, uma coceira, uma dor de dente. Nunca começo a escrever com uma ideia clara de como vou finalizar. É o trabalho diário de escrita - e investigação - que orienta o caminho da história, permitindo que o texto se mova em direções não planejadas. E para isso, é necessário constância e paciência. A maior parte dos contos deste livro levaram meses para serem escritos. 

Na sua obra, há uma recusa à verossimilhança, por que você fez essa escolha?
Antonio Pokrywiecki - Para mim, o realismo é uma doença, e a tradição literária brasileira está molecularmente contaminada. O compromisso com a verossimilhança impõe limitações criativas ao texto, impede que a história se desenvolva de tantas outras maneiras mais inventivas. Meus contos, de modo geral, são enquadrados dentro de parâmetros realistas, mas deixo o caminho aberto para outras possibilidades.  


Escrever o livro te ajudou de alguma forma a encarar os desafios da atualidade e a realidade que você aborda nos contos?
Antonio Pokrywiecki - Escrever me ajuda todos os dias a encarar o insólito da vida. Quando não estou escrevendo, estou ansioso e perdido. Minha vida só está em ordem quando estou trabalhando em alguma história, quando sinto que a roda está girando dentro da minha cabeça. Assim, consigo lidar com o que for. A única forma que tenho de lidar com os problemas, do mundo e os meus, os que controlo e os que não controlo, é escrevendo. O processo de escrita, que é um processo de investigação e descoberta, cria um paradoxo interessante, em que aquilo que me causa incômodo é a principal, a melhor e talvez a única ferramenta de trabalho que tenho. É um ciclo de dependência, vicioso mas também virtuoso, onde dependo do insólito para exercer o que amo - e em consequência, acabo por amar também o insólito.



sexta-feira, 22 de novembro de 2024

.: Crítica: "A Fanfarra" é emocionante comédia com Lavernhe e Lottin

Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com

Em novembro de 2024


A comédia dramática "A Fanfarra", exibida na Cineflix Cinemas de Santos, durante o 15º Festival Varilux de Cinema Francês, é estupenda, incluindo o rumo surpreendente da trama até a trilha sonora que apaixona o público -a ponto de me fazer testemunhar, por duas sessões distintas, todos presentes na sala de cinema aplaudirem o filme ao término da exibição. De fato, "A Fanfarra" é um filme inegavelmente lindo.

Envolvente e com direção de Emmanuel Courcol, do também belíssimo "A Noite do Triunfo" que ganhou uma versão italiana em "Obrigado, Rapazes""A Fanfarra" remete ao filme anterior do diretor, porém tem um ar de maior afeto, uma vez que apresenta uma tocante história de dois irmãos que se conhecem quando adultos diante de um grave problema de saúde.

Emmanuel Courcol também roteirista de "Ouro Verde", exibido também durante 15º Festival Varilux de Cinema Francês entrega uma história cheia de reviravoltas emocionantes, embora use com sabedoria muito alto-astral no texto repleto de piadas, geralmente, colocadas na boca do irreverente Jimmy, personagem brilhantemente defendido por Pierre Lottin que também brilhou em "A Noite do Triunfo".

Assim, fica para o Thibaut de Benjamin Lavernhe toda a seriede, uma vez que interpreta um maestro de grande sucesso. Assim, a música clássica completa todo o encantamento pela produção cinematográfica. Thibaut também é apaixonante, embora seja, inicialmente, um homem que vive para a música, mas ao se dedicar ao irmão e mostrar quem é, logo ganha a simpatia do público por seus problemas pessoais e como os enfrenta.

"A Fanfarra" é um filmaço francês para ser visto por vezes e vezes -e ainda ter e manter o poder de emocionar em todas elas. As dobradinhas de Benjamin Lavernhe e Pierre Lottin são magníficas e vendem com facilidade o fato dos dois serem irmãos, ainda que não tenham crescido no mesmo lar. "A Fanfarra" é imperdível!


O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

"A Fanfarra" (En Fanfare). Ingressos on-line neste linkGênero: comédia dramáticaClassificação: livre. Duração: 1h43. Ano: 2024. Distribuidora: Bonfilm. Direção: Emmanuel CourcolRoteiro: Emmanuel Courcol. Elenco: Benjamin Lavernhe, Pierre Lottin, Sarah Suco. Sinopse: Thibaut é um maestro de renome internacional que viaja pelo mundo. Ao descobrir que foi adotado, ele encontra um irmão, Jimmy, que trabalha em uma cantina escolar e toca trombone em uma fanfarra. À primeira vista, tudo os separa, exceto o amor pela música. Percebendo as capacidades musicais excepcionais de seu irmão, Thibaut decide reparar a injustiça do destino. Confira os horários: neste link

Trailer "A Fanfarra"





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.: Renato Teixeira e Fagner: quando os destinos se encontram


Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto: divulgação.

Raimundo Fagner e Renato Teixeira retomam a parceria no álbum "Destinos", que também está disponível nas plataformas de streaming. Depois de "Naturezas", disco lançado em 2022, a dupla volta a apresentar novas canções e releituras, desta vez, com participações especiais. E o resultado ficou acima da média.

A atriz Isabel Teixeira (filha de Renato Teixeira) interpreta "Magia e Precisão", enquanto Zeca Baleiro empresta sua voz para o tema "O Prazer de Lembrar de Mim". Também participam do disco a cantora Roberta Campos (em "Quando for Amor"), Chico Teixeira, filho de Renato ("Travesseiro e Cafuné"), Evandro Mesquita ("Blues 73") e Roberta Spindel (em "Arde Mas Cura").

Destaques para "Dominguinhos" (um belo tema em homenagem ao saudoso mestre sanfoneiro) e para a canção que abre o disco, "Romaria", clássico de Renato na voz de Fagner. Assinalaria ainda a já citada "Quando For Amor", uma balada no estilo folk, com Fagner e Renato Teixeira unindo forças com a voz doce de Roberta Campos.

A produção musical e os arranjos são assinados por Maurício Novaes. A capa e a arte do disco são de Bento Andreato. Ao final da audição, o ouvinte fica na torcida para a dupla voltar a se reunir para lançar mais um disco.

"Quando For Amor"

"Amor Amar"

"Magia e Precisão"


.: Escritor Tiago Valente lança "Espresso Fantasma" em bar temático


Tiago Valente
trocou de posição: de divulgador de livros a escritor. Uma mudança de assento comemorada por todos seus quase meio milhão de seguidores do seu trabalho e apreciadores de seus vídeos. Ele, que antes ditava tendência no meio editorial, agora terá seu trabalho de escritor igualmente comentado e avaliado por seus fãs. Em seu trabalho de estreia na cadeira de escritor, “Espresso Fantasma”, lançado pela editora Galera Record, traz a aura dos tão comentados mistérios aconchegantes (ou cozy misteries), gênero que o próprio autor ajudou a popularizar em suas redes sociais.

A obra acaba de estrear com o terceiro lugar da lista dos livros mais vendidos na categoria infantojuvenil, à frente de autores consagrados como J. K. Rowling e Jeff Kiney. Anunciado durante a última Bienal do Livro de São Paulo, “Espresso Fantasma” ganhará um evento de lançamentos mais que especial: será no dia 23 de novembro, a partir das 16h, no Fantasmagória Bar, um local tematizado sobre a temática do terror, em Pinheiros, São Paulo.

O livro tem como principal cenário uma cafeteria temática de filmes de terror – por isso da escolha do bar temático para o lançamento. Lá, os frequentadores têm o prazer de encontrar uma seleção de cafés quentinhos com aroma de canela, fornadas fresquinhas dos famosos biscoitos fantasmas e sobremesas inspiradas nos clássicos arrepiantes que marcaram época.

Mas o que torna a cafeteria especial mesmo é a história de amor de Renan e Gustavo. Foi ali, enquanto Renan bolava os doces mais criativos da cidade e Gustavo fazia cada cliente se sentir em casa, que os sentimentos entre o confeiteiro e o atendente chegaram no ponto ideal. O hype fez com que casais queer da cidade inteira adotassem o local como quartel-general, parte da clientela virasse amiga dos dois, e as tardes de trabalho se tornassem mais leves do que a massa do Caixão Brownie do Drácula.

No entanto, a tensão aumenta quando alguns clientes e frequentadores começam a ser dados como desaparecidos. Estaria alguém caçando os frequentadores do café? Por quê? Frustrados, Renan e Gustavo decidem investigar por conta própria, mas o perigo pode estar mais perto do que eles imaginam.Compre o livro "Espresso Fantasma" neste link.

O que disseram sobre o livro
“Quando comecei a ler 'Espresso Fantasma' não imaginava que a pior parte seria nunca poder visitar esse lugar, já que eu amaria um point queer cheio de sobremesas que remetem a uma diversidade de filmes de horror e com uma trilha sonora que contém muito pop, podcast, tiro, porrada e bomba.” – Mabê Bonafé, roteirista, escritora e host dos podcasts "Modus Operandi" e "Caso Bizarro"


Sobre o autor
Tiago Valente
é mestre em Letras pela Unifesp, ator e criador de conteúdo literário no TikTok, onde reúne mais de meio milhão de seguidores. "Espresso Fantasma" é seu romance de estreia pela Galera Record. CGaranta o seu exemplar de "Espresso Fantasma" neste link.



Serviço:
"Espresso Fantasma"
Lançamento: dia 23 de novembro, a partir das 16h00, no Fantasmagória Bar (R. Inácio Pereira da Rocha, 15 – Pinheiros)
Páginas: 238
Autor: Tiago Valente (@otiagovalente)
Editora: Galera Record
Compre o livro neste link.

.: Museu da Língua Portuguesa exibe o filme "Super Xuxa contra o Baixo Astral"


Sessão integra a programação do projeto Luz na Tela, o cinema ao ar livre do Museu da Língua Portuguesa, com curadoria do Museu Soberano

O filme "Super Xuxa Contra o Baixo Astral', um dos principais sucessos da apresentadora Xuxa Meneghel, é a atração do Luz na Tela de novembro do Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. O longa-metragem será exibido gratuitamente no dia 28 de novembro, a partir das 19h00, no Pátio B, com direito a pipoca e refrigerante gratuitos. 

O filme foi um pedido dos frequentadores do projeto Luz da Tela, do Museu da Língua Portuguesa, que uma vez por mês promove sessões de cinema gratuitas na área externa, atendendo principalmente as pessoas da vizinhança. As sessões, que têm curadoria do Museu Soberano, já exibiram filmes como "King Kong" (versão original, de 1933), Deus e o Diabo na Terra do Sol e o documentário Pele de Vidro, entre outros. 

Dirigido por Anna Penido e David Sonnenschein, "Super Xuxa contra o Baixo Astral" foi lançado em 1988 e levou mais de 2,8 milhões de pessoas aos cinemas. Na história, a apresentadora Xuxa Meneghel parte em uma aventura para resgatar seu cachorro Xuxo, sequestrado por Baixo Astral, papel do ator Guilherme Karam. O vilão é mal-humorado, vive nos esgotos e não suporta ver as crianças felizes. 

Para salvar seu bichinho de estimação, Xuxa vai parar em uma dimensão paralela. Por lá, conta com a ajuda de personagens como Rafa (Jonas Torres), também sequestrado por Baixo Astral, e a lagarta Xixa. A produção apresenta uma série de números musicais. Em um deles, Xuxa interpreta a canção “Arco-Íris”. 


Cinema no Museu  
Com curadoria do Museu Soberano, o Luz na Tela consolida o Museu da Língua Portuguesa como um lugar de cinema democrático no centro histórico da capital paulista - o projeto surgiu a partir do relacionamento com outras instituições, moradores da vizinhança e pessoas em situação de rua.  

Os filmes são exibidos em uma tela de 4 x 2,3 metros. O público pode assisti-los em cadeiras e bancos espalhados pelo Pátio B. Mesmo em caso de chuva, a sessão é mantida por acontecer em um local coberto. Há sempre distribuição gratuita de pipoca e refrigerante.   

Serviço
Luz na Tela – Exibição do filme "Super Xuxa Contra o Baixo Astral"
Dia 28 de novembro (quinta-feira), às 19h00  
No Pátio B do Museu da Língua Portuguesa - espaço coberto 
Grátis 
Museu da Língua Portuguesa 
Praça da Língua, s/nº - Luz / São Paulo

.: Mia Couto e José Eduardo Agualusa estão no "Entrelinhas" desta sexta-feira


Nesta sexta-feira, dia 22 de novembro, no "Entrelinhas", Manuel da Costa Pinto conversa com dois dos maiores nomes da literatura contemporânea em língua portuguesa: o angolano José Eduardo Agualusa e o moçambicano Mia Couto. O bate-papo inédito vai ao ar na TV Cultura, a partir das 20h00. A entrevista entre Agualusa e Mia Couto aconteceu no Salão Camoniano do Centro Cultural Português, na parte histórica de Santos, no litoral paulista, onde os escritores participaram da programação da 16 ª Tarrafa Literária.

Amigos de longa data e com parcerias em diferentes aspectos, Agualusa comenta no bate-papo sobre o livro Cegueira do Rio, de Mia Couto, e Mia Couto fala sobre o Mestre dos Batuques, de Agualusa, que tem um agradecimento especial ao escritor moçambicano por ter acompanhado toda a feitura do livro. Os dois autores já escreveram peças teatrais juntos, como "Chovem Amores na Rua do Matador", "Caixa Preta" e "O Terrorista Elegante", que depois se transformaram em contos e até em animação.

.: Drama "A Flor do Buriti" estreia no Cine Arte Posto 4, em Santos


No Cine Arte Posto 4, em Santos, no litoral de São Paulo, estreia o drama "A Flor do Buriti". No filme, em 1940, duas crianças do povo indígena krahô encontram um boi na escuridão da floresta - perigosamente perto da sua aldeia. Era o prenúncio de um brutal massacre, perpetrado pelos fazendeiros da região. Em 1969, os filhos dos sobreviventes são coagidos a integrar uma unidade militar durante a ditadura brasileira. 

Classificação: 12 anos. Direção: João Salaviza e Renée Nader Messora. Elenco: Ilda Patpro Krahô, Francisco Hỳjnõ Krahô, SolaneTehtikwỳj Krahô. Exibição de quinta-feira, dia 21 de novembro, até o próximo dia 27. Sessões às 16h00, 18h30 e 21h00. Atenção, no domingo, dia 24 de novembro, não haverá sessões por conta do evento Naborda Cine Club. Cine Arte Posto 4. Praia do Gonzaga, próximo ao canal 3. Entrada R$ 3,00 (inteira) e R$1,50 (meia), dinheiro ou cartão de débito.

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

.: Crítica: "Wicked" é perfeito, embora entregue somente primeira parte

Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com

Em novembro de 2024


"Wicked - Parte 1", a história que antecede a da jovem Dorothy e seus sapatinhos de rubi que segue a estrada de tijolinhos amarelos até a Cidade das Esmeraldas para encontrar o mágico de Oz, é filmaço redondinho, ainda que entregue apenas a primeira parte. Dirigido por Jon M. Chu ("Podres de Ricos" e "Truque de Mestre 3"), o longa sobre aquela que é verde desde o nascimento, Elphaba Thropp, inspirado no livro "Maligna", de Gregory Maguire, que conquistou grande público pelo sucesso como musical na Broadway, tem visual belíssimo e narrativa empolgante ao tratar sobre preconceito.

No protagonismo e com muita excelência estão Cynthia Erivo na pele da bruxa verde Elphaba que tem ao lado Ariana Grande como a bruxa boa -mas nem tanto- Glinda. O mundo mágico que, por ser um ambiente escolar de época, por vezes chega a remeter ao universo fantástico da saga de "Harry Potter", é fascinante e único, ainda que seja inspirado no clássico "O Mágico de Oz", também, primeiramente, publicado em livro.

A história sobre bullying e amizades nada verdadeiras, ainda reserva uma cena de homenagem aos nomes que marcaram a história do musical na Broadway, Idina Menzel e Kirstin Chenoweth. Emocionante e de visual perfeito, "Wicked - Parte 1"em cartaz na Cineflix Cinemas de Santos, é simplesmente perfeito. Seja as cenas com canções que explodem a emoção do público ou até nas cenas de completo silêncio em que as atuações de Cynthia Erivo e Ariana Grande são de arrepiar.

Pode-se dizer com todas as letras que "Wicked - Parte 1" é uma produção Universal Studios, sem defeitos e ainda deixa um gostinho de quero mais, usando a fonte de "Os Mágico de Oz" anuncia que o longa continua. Que venha a sequência em 2025!!

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

"Wicked - Parte 1" ("Wicked - Part 1"). Ingressos on-line neste linkGênero: musical, fantasiaClassificação: 10 anos. Duração: 2h41. Ano: 2024. Distribuidora: Universal Studios. Direção: Jon M. ChuRoteiro: Stephen Schwartz, Winnie Holzman, Dana Fox. Elenco: Ariana Grande (Glinda), Cynthia Erivo (Elphaba), Jonathan Bailey (Fiyero), Ethan Slater (Boq)Sinopse: Na Terra de Oz, uma jovem chamada Elphaba forma uma improvável amizade com uma estudante popular chamada Glinda. Após um encontro com o Mágico de Oz, o relacionamento delas logo chega a uma encruzilhada. Confira os horários: neste link

Trailer "Wicked"





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.: Livro “Sempre Paris”, de Rosa Freire d´Aguiar, é o Livro do Ano do Jabuti 2024


A 66ª edição do Prêmio Jabuti, a mais aguardada cerimônia de premiação do livro brasileiro, foi realizada na noite da última terça-feira, dia 19 de novembro, no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo. Promovida pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), a cerimônia consagrou "Sempre Paris: crônica de Uma Cidade, Seus Escritores e Artistas", de Rosa Freire d'Aguiar, lançado pela Companhia das Letras, como o Livro do Ano de 2024.

Este ano, o prêmio contou com 4.170 obras inscritas, distribuídas em 22 categorias nos eixos de Literatura, Não Ficção, Produção Editorial e Inovação. Confira aqui a lista completa dos vencedores. Além de receber a estatueta dourada, Rosa Freire d’Aguiar foi contemplada com o valor de R$ 70 mil e uma viagem com hospedagem para participar da Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha, uma das maiores feiras literárias do mundo e onde terá uma agenda com editores e agentes literários.

Abrindo a cerimônia de entrega das estatuetas, Bel Santos Mayer recebeu o prêmio para o projeto vencedor na categoria Fomento à Leitura: IBEAC Literatura: os caminhos literários das bibliotecas comunitárias de Parelheiros. Outro momento marcante foi a apresentação de Luiza Romão, vencedora em Poesia e Livro do Ano em 2022. Ela emocionou o público com uma performance que reuniu música e poesia, antecedendo a entrega das estatuetas do Eixo Literatura.

 A edição do Jabuti de 2024 trouxe inovações importantes, como a inclusão da categoria Escritor Estreante - Poesia, no Eixo Inovação, destinada a autores que lançaram seu primeiro livro em português no Brasil em 2023. No Eixo Não Ficção, foram criadas as categorias Saúde e Bem-Estar, Educação e Negócios, refletindo temas emergentes no universo editorial.

Desde 1959, quando consagrou “Gabriela, Cravo e Canela” de Jorge Amado, o Prêmio Jabuti vem se consolidando como um patrimônio cultural do país, reconhecendo e promovendo a rica produção literária nacional. A premiação valoriza todos os aspectos do setor editorial, dialogando com diversos públicos e adaptando-se às transformações sociais. A mestre de cerimônia deste ano foi Adriana Lessa, com sua presença cativante e carreira artística consolidada no teatro, cinema e televisão, abrilhantou o evento, tornando a celebração ainda mais especial. Compre o livro "Sempre Paris: crônica de Uma Cidade, Seus Escritores e Artistas " neste link.


Sobre o Autora do Livro do Ano 2024
Rosa Freire d'Aguiar nasceu no Rio de Janeiro. Jornalista nos anos 1970 e 1980, foi correspondente em Paris das revistas Manchete e IstoÉ. Voltou ao Brasil em 1986 e desde então trabalha como editora e tradutora literária. Entre os prêmios que recebeu por suas traduções estão o da União Latina de Tradução Científica e Técnica por "O Universo, os Deuses, os Homens", de Jean-Pierre Vernant; o Jabuti por "A Elegância do Ouriço", de Muriel Barbery; e o "Biblioteca Nacional por Bússola", de Mathias Enard. Rosa Freire d’Aguiar é agora, desta vez na categoria Livro do Ano, reconhecida pelo Prêmio Jabuti.  

 
Sinopse de “Sempre Paris: crônica de Uma Cidade, Seus Escritores e Artistas”
Ao combinar memórias e entrevistas, Rosa Freire d'Aguiar oferece um registro extraordinário de um lugar e de uma época pulsantes. Sempre Paris não é apenas um livro sobre a cidade; é uma jornada pelo tempo e pela cultura que ela representa. A autora oferece ao leitor conhecimento e uma experiência estética e sensorial. É uma leitura indispensável para aqueles que amam literatura, arte e, claro, tudo o que neles há de universal.

Durante os anos 1970 e 1980, Rosa Freire d'Aguiar trabalhou como correspondente internacional em Paris. Os restaurantes mais badalados da época, a chegada do primeiro avião comercial supersônico, a devolução do deserto do Sinai ao Egito, tudo que dizia respeito a cultura e política internacional virava notícia, que era rapidamente despachada por telex para o Brasil. E, claro, as longas entrevistas, que marcaram a era de ouro das publicações impressas.

Com um texto saboroso, na melhor tradição do jornalismo literário, a autora reconstitui a atmosfera fervilhante que dominava a cidade - dos cafés e livrarias até os embates sociais e políticos que permeavam o dia a dia dos franceses. Garanta o seu exemplar de"Sempre Paris: crônica de Uma Cidade, Seus Escritores e Artistas " neste link.


Homenagem do ano
Marina Colasanti
foi a escolhida como a Personalidade Literária da 66ª edição do Prêmio Jabuti. A escritora recebeu a homenagem por sua significativa contribuição à literatura brasileira, abordando temas universais com simplicidade e lirismo, conquistando leitores de todas as idades. 

Sua filha, Alessandra Colassanti, recebeu a homenagem representando a escritora. “É muito emocionante estar aqui hoje representando minha mãe. Quero expressar nossa gratidão por esta homenagem, que a reconhece com quase 60 anos de trabalho, dedicação e paixão por sua escrita. Como filha, sempre tive a imagem dela trabalhando intensamente, sentada à mesa, com uma movimentação interna impressionante, criando mundos e histórias que encantam leitores de todas as idades. Gostaria de agradecer também a todos os leitores que acompanharam sua trajetória ao longo desses anos. Essa homenagem é um reflexo do impacto profundo de sua obra”, disse Alessandra.

Sevani Matos, presidente da CBL, expressou entusiasmo com a realização de mais uma edição do prêmio: “Em suas décadas de existência, o Prêmio Jabuti passou por muitas transformações, consolidando-se como uma poderosa vitrine da produção literária em nosso país. É com grande alegria que realizamos este momento para celebrar a riqueza e a pluralidade da literatura nacional, destacando todos os envolvidos no processo criativo e na produção de uma obra literária”, afirmou.

Hubert Alquéres, curador do Prêmio, falou sobre a realização desta edição: “Ao longo dos anos, o Jabuti tem se consolidado como um marco da literatura brasileira, valorizando a liberdade de expressão. Nesta edição, recebemos um grande volume de inscrição de obras, um reflexo não apenas da longevidade do prêmio, mas de sua capacidade de se reinventar e dialogar com diferentes gerações de escritores e leitores. As inovações desta edição mostram que a premiação permanece atenta às transformações do mercado editorial e às demandas contemporâneas”

A cerimônia, transmitida ao vivo pelo canal do YouTube da CBL, está disponível na internet. Este ano, o Prêmio Jabuti contou com o patrocínio da Urbia, empresa especializada na gestão e preservação de patrimônios históricos e ambientais, e, pela segunda vez consecutiva, com o apoio da Indústria Gráfica Santa Marta.

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