Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.
Quinto na discografia solo de Pedro Luís e primeiro do artista pela gravadora Biscoito Fino, o disco “E se Tudo Terminasse em Amor?” reúne canções inéditas compostas para o projeto, que começou a ser concebido ainda na pandemia. E acabou por mostrar um lado consistente desse artista que já consolidou seu espaço na nossa MPB.
De sonoridade pop, o álbum inaugurou um novo processo criativo na carreira de Pedro Luís. Segundo ele, tudo foi programado. Ele optou por explorar o tema amor nas canções. E pela primeira vez ele participou de todos os estágios, não se limitando apenas na produção das composições, mas sim em toda construção sonora do disco.
A ideia de Pedro Luis era fazer um disco que falasse de amor, em suas mais variadas formas: o amor romântico, o amor que se revolta, o amor por outro ser humano, pela cidade à sua volta. Lucky Luciano, seu parceiro de longa data, mandou duas letras que se transformaram nas canções “Abraços dos amantes” e “Vem amar comigo”, de onde aliás saíram os versos que dão nome ao álbum.
Também se aproximou de pessoas com as quais nunca havia composto, como Letícia Fialho, de Brasília, que ele conheceu através do disco que ela lançou, ‘Maravilha marginal”. Essa parceria está no disco na faixa “Gole contra golpe”.
Outras duas compositoras fizeram parcerias no projeto: Ana Carol e Gisele de Santi. Pedro Luís conheceu o trabalho de Gisele ouvindo o álbum “Vermelho e demais matizes”, e a convidou para duas parcerias: “Muito amor", gravada em dueto pelos dois, e "Choro Punk".
O disco conta com a participação luxuosa de Chico César nos vocais: A faixa “‘Carinho na Rede’ é uma reflexão sobre nosso tempo manifestado pelas mídias digitais. Um tema que tem tudo a ver com o momento atual.
O repertório traz ainda as inéditas “É Tempo”, parceria com Rogério Batalha; “Pressa”, com Marco André, e “Na Flauta”, que Pedro Luís compôs sozinho. A surpresa ficou para o final: a versão reggae para “Muito Romântico”, clássico de Caetano Veloso.
Pedro Luís divide a produção de “E se tudo terminasse em amor?” com André Moraes, músico, produtor musical e autor de trilhas sonoras para cinema, teatro e televisão. O disco já pode ser conferido nas plataformas de streaming.
Muito Romântico
Abraço dos Amantes
Na Flauta
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