Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.
Denise Crispun estreia como escritora de romances com "Constelações Hipócritas", livro que recebeu em 2023 o Prêmio Carolina Maria de Jesus. Na obra, a autora utiliza o tempo como narrador para contar a história de Sara, uma mulher com seus caminhos, decisões e solidões. Em torno da ficção, como se faz no que há de melhor nas narrativas contemporâneas, Denise junta, com maestria, elementos reais e leva o leitor a acompanhar a protagonista por assuntos que, quase sem querer, criam uma rede em torno do seu cotidiano.
A ideia do romance nasceu numa oficina iniciada logo após a pandemia, com Luiz Antonio de Assis Brasil, professor da PUCRS, um mestre na arte de ensinar que revelou nomes como Daniel Galera, Cintia Moscovich e Michel Laub entre outros. Nela, Denise desenvolveu uma personagem que, mesmo ao término da oficina, seguiu lhe perseguindo. Ela partiu para a pesquisa e após algum tempo de maturação, começou a escrever o livro.
Em seus 30 anos de carreira, Denise conta com 11 livros publicados, mais de 20 peças encenadas pelo Brasil e prêmios, como um Quirino e Grande Otelo da Academia Brasileira de Cinema, pela série de animação O Hotel Silvestre de Ana Flor, exibido na HBO, em 2023 e uma indicação ao Shell na categoria de Melhor texto pelo espetáculo "A Carpa". Sem preconceito de estilo, Denise escreve sobre tudo um pouco e está sempre em movimento, indo do drama à comédia, passando também pelo documental e jornalístico.
Ano passado ela se permitiu a novos desafios, lançando no Rio de Janeiro seu primeiro livro de contos, "Furiosamente Calma”, que contou com uma performance na Flip, em Paraty. Esse trabalho deve estar em breve nos palcos cariocas, com a atriz Carol Machado e direção de Alcemar Vieira. Enquanto isso, Denise já prepara um novo livro, com o título provisório de “Preciso Falar do que Não Compreendo", para 2025. Compre o livro "Constelações Hipócritas" neste link.
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