Os textos curtos e espirituosos que lançaram a publicitária pernambucana Clarice Freire na trajetória literária com seu "Pó de Lua" ainda estão na memória dos seus mais de um milhão de seguidores. Dez anos depois, ela dá início a um novo ciclo com "Para Não Acabar Tão Cedo", lançamento da editora Record, romance de estreia narrado pelo tempo. Ele acompanha a vida de duas irmãs, Lia e Augusta, que, da noite para o dia, voltam a ter o corpo de 50 anos atrás.
O livro será apresentado agora em janeiro em São Paulo e no Rio de Janeiro, em bate-papos seguidos de sessões de autógrafos. Em São Paulo, a autora conversa com a amiga e também escritora Daniela Arrais no próximo dia 21, na Livraria da Tarde (Rua Cônego Eugênio Leite, 956, Pinheiros). No Rio, o papo será com o editor Lucas Telles no dia 23 de janeiro, na Janela Livraria (Rua Maria Angélica, 171 loja B, Jardim Botânico). Os dois eventos começam às 19h00.
Clarice Freire narra com extrema sensibilidade os dilemas das duas senhoras e as maneiras como lidam com os desejos, os traumas e as angústias que a mudança repentina pode ocasionar. As leitoras vão se identificar com a ranzinza e superprotetora Augusta ou com a rebelde e apaixonada Lia. Compre o livro "Para Não Acabar Tão Cedo", de Clarice Freire, neste link.
Dez anos depois, o romance de estreia
"Para Não Acabar Tão Cedo" é o romance de estreia de Clarice Freire, autora e artista visual pernambucana, conhecida pelo projeto "Pó de Lua". O livro, que celebra os dez anos da estreia literária da autora, apresenta a história de duas senhoras – as irmãs Augusta e Lia –, com vidas e personalidades distintas, cuja relação é transformada de maneira inesperada quando acordam certa manhã com seus corpos rejuvenescidos.
Augusta é a mais velha, ranzinza e dona de um cuidado que por vezes sufoca. Nesse lugar de guardiã do passado e do controle, ela se vê confrontada com a incerteza e os mistérios de sua nova condição. Lia, por outro lado, de alma rebelde e apaixonada, ao retomar o movimento das pernas naquela manhã, quer aproveitar ao máximo e saciar sua sede de vida.
A relação entre as irmãs é tanto única quanto universal. Mas há um elemento ainda mais particular em Para não acabar tão cedo: o narrador desta história é o próprio Tempo, que também é o responsável pela reviravolta na vida dessas senhoras. Acompanhamos como Augusta e Lia lidam, cada uma à sua maneira, com as ações e a passagem dele, um narrador e personagem excêntrico, não linear, poeta, sarcástico, sensível, sacana e compassivo.
A escrita de Clarice Freire é inventiva e carrega consigo muitos traços da poesia. Em sua estreia na prosa, vivenciamos, sobretudo do ponto de vista feminino, a passagem do tempo, a complexidade do envelhecer e a constante redescoberta – com Lia, Augusta e o Tempo – dos mistérios e sentidos da vida. Garanta o seu exemplar de "Para Não Acabar Tão Cedo", escrito por Clarice Freire, neste link.
O que disseram sobre o livro
“Uma narrativa surpreendente, vibrante tanto no conteúdo quanto na forma. Clarice Freire [...] oferece uma trama instigante ao contar a história de duas irmãs diante da velhice e de sua inexorabilidade. Um dia, uma delas acorda e se depara, ao espelho, com um rosto que não é dela. Ou melhor, um rosto que já foi seu. A partir desse estopim, o leitor é convidado a uma aventura sensível e eletrizante” - Micheliny Verunschk
Trecho do livro
“Há instantes em que me dilato dentro das pessoas. Como se uma corda, ao ser esticada, ficasse maior, mas ainda é a mesma corda. E fica difícil dar a mim alguma medida, como gostam de fazer e necessitam. Certamente Augusta não saberia dizer, se lhe pedissem para contar, o quanto ficou sozinha comigo dentro daquele apartamento sem Lia. Observando a expressão da jovem contrariada, com respiração sofrida, vi uma briga silenciosa e violenta. Ela tinha gostado de ver Lia andar de novo, havia sonhado e desejado bastante a liberdade da irmã, mas não daquela forma, não para que desaparecesse. A verdade é que Augusta encontrou uma paz vergonhosa e cruel desde que Lia se resignara a sua cama e, de lá, recusou-se a se levantar, havia tantos anos. Foi naquele período que, em meio à piedade e tristeza, Augusta se tornou, novamente, necessária, fundamental, indispensável.”
Sobre a autora
Escritora, pesquisadora e ilustradora pernambucana, Clarice Freire é publicitária e mestra em Ciências da Linguagem, área em que seguiu no doutorado. É autora de dois livros best-sellers de poesia visual, "Pó de Lua" (2014) e "Pó de Lua nas Noites em Claro" (2016), sendo o segundo finalista do Prêmio Jabuti de Literatura 2017, na categoria Ilustração. Clarice também é vencedora do Prêmio Orgulho de Pernambuco 2018, do jornal Diário de Pernambuco. Com seus perfis de poesia, textos literários e ilustrações nas redes sociais, conquistou, ao todo, mais de 1 milhão de seguidores."Para Não Acabar Tão Cedo" é o primeiro romance da autora.
Ficha técnica
Livro "Para Não Acabar Tão Cedo"
Autora: Clarice Freire
Número de páginas: 216
Ed. Record | Grupo Editorial Record
Compre o livro neste link.
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