A antologia "A Intensa Palavra: crônicas Inéditas do Correio da Manhã, 1954-1969" reúne crônicas de Carlos Drummond de Andrade nunca antes publicadas em livro. São 150 textos originalmente escritos pelo poeta e cronista entre 1954 e 1969 para o Correio da Manhã, antigo jornal carioca que foi perseguido e fechado em diversas ocasiões durante a ditadura militar. A seleção, feita pelo também cronista Luís Henrique Pellanda no vasto acervo pessoal de Drummond, revela a percepção singular do poeta sobre a história política do país. O texto de orelha do livro é de Luiz Ruffato.
"A Intensa Palavra" funciona como uma lente que amplia nossa compreensão acerca do tempo e do cotidiano, refletindo a visão de Drummond sobre o século XX. Luís Henrique Pellanda observa, no texto de apresentação à edição, que o cronista é, em essência, “um cortejador de acasos”, e que, apesar de o período em que foram escritas estar claramente marcado nas crônicas, Drummond, mesmo à distância no tempo, consegue captar e transmitir nelas problemas e vivências universais e ainda atuais, aproximando-se dos leitores que “estão sempre buscando alguma confluência entre o que leem e o que vivenciam no seu dia a dia. E é justamente nesse terreno fértil e movediço, no qual as coincidências se multiplicam com o avanço das décadas e a evolução da mentalidade de leitores cada vez mais diversos, que uma crônica escrita no Brasil, há setenta anos, pode ganhar novos sentidos”.
O livro chega, assim, em boa hora para os admiradores das obras de Drummond e para os apaixonados por este gênero literário que, como o próprio autor descreve em uma de suas crônicas mais conhecidas – “Fala, Amendoeira” (1954) –, é um “ofício de rabiscar sobre as coisas do tempo”. E não há forma melhor de explorar as nuances da vida e do tempo do que por meio dos escritos de um dos maiores nomes da literatura brasileira. Compre o livro "A Intensa Palavra" neste link.
Trecho do livro
“A destruição causada pela bomba faz lembrar velhas fotos: os edifícios de Londres atacados pela aviação nazista. Entretanto, não estamos em guerra no Brasil, onde apenas a efervescência social, como em outros países, denota um processo de mudanças estruturais em andamento. Este processo pode e deve ser pacífico, e não adiantaria impedi-lo (ou acelerá-lo) pelo uso da violência, quando as conquistas da ciência e da tecnologia oferecem a perspectiva de um mundo multidimensional aberto à suficiência econômica e à convivência tranquila, utopia que ○ homem pode converter em realidade se exercer plenamente sua consciência de homem.”
Sobre o livro
“Que Carlos Drummond de Andrade seja um dos maiores poetas da língua portuguesa não restam dúvidas. Que também figure entre os seus maiores cronistas parece indiscutível [...]. Por isso, é sempre motivo de júbilo quando nos deparamos com textos inéditos em livro que permaneciam esquecidos em arquivos só acessíveis a pesquisadores, e que nos trazem o autor no frescor de sua tarefa cotidiana de ‘cortejador de acasos’, na feliz definição dada pelo compilador desse "A Intensa Palavra", o também cronista, e excelente, Luís Henrique Pellanda.” – Luiz Ruffato
Sobre o autor
Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira, Minas Gerais, em 1902. Foi poeta, cronista e contista, firmando-se como um dos grandes nomes da literatura brasileira do século XX. Entre outros clássicos, é autor de "Alguma Poesia", "Brejo das Almas", "Sentimento do Mundo", "A Rosa do Povo", "Claro Enigma", "Fazendeiro do Ar" e "Fala, Amendoeira". Faleceu no Rio de Janeiro, em 1987, aos 84 anos. Garanta o seu exemplar de "A Intensa Palavra" neste link.
Ficha técnica
"A Intensa Palavra: crônicas Inéditas do Correio da Manhã, 1954-1969"
Carlos Drummond de Andrade
350 págs. | Ed. Record| Grupo Editorial Record
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