Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com.
Em cartaz na rede Cineflix Cinemas, o filme "Queer", dirigido por Luca Guadagnino, é uma das produções mais aguardadas do ano, trazendo uma adaptação ousada e sensível do romance homônimo de William S. Burroughs. Ambientado na Cidade do México dos anos 1950, o longa-metragem mergulha na jornada de William Lee, um expatriado americano que vive em meio à solidão e ao desejo de conexão. Com um elenco estelar liderado por Daniel Craig, uma trilha sonora assinada pela renomada dupla Trent Reznor e Atticus Ross e a assinatura estética impecável de Guadagnino, o filme promete ser uma experiência cinematográfica profunda e inesquecível.
Reconhecido em festivais de renome, como Veneza, Toronto e Londres, "Queer" é uma celebração da arte em todos os seus aspectos - da narrativa rica à direção de fotografia primorosa, passando pelo design de figurinos e a trilha sonora emocionalmente envolvente, que inclui o músico brasileiro Caetano Veloso nos créditos finais com "Vaster Than Empires", canção feita exclusivamente para o filme. Este é um projeto que une grandes talentos do cinema contemporâneo para explorar temas universais de solidão, desejo e busca por algum significado na vida.
Seja você um fã de literatura, cinema artístico ou performances marcantes, "Queer" se posiciona como uma obra-prima cinematográfica, capaz de ressoar com o público em níveis emocionais, visuais e intelectuais de maneira visceral. Confira, a seguir, dez razões pelas quais este filme é uma obra imperdível. Compre o livro "Queer", escrito por William S. Burroughs, neste link.
1. Baseado em uma Obra de William S. Burroughs
O filme adapta o romance "Queer", de William S. Burroughs, um dos mais emblemáticos escritores da geração beat. Burroughs é conhecido pela escrita provocativa que desafiou convenções literárias e sociais, criando obras que abordam temas como alienação, sexualidade e a luta contra normas estabelecidas. Em "Queer", ele entrega uma história profundamente introspectiva e emocionalmente carregada, que explora a solidão e o desejo através do olhar de William Lee, um expatriado americano vivendo na Cidade do México dos anos 1950. A adaptação cinematográfica oferece uma oportunidade rara de ver essa obra menos conhecida ganhar vida, mantendo o espírito ousado e inovador do autor. Para fãs de literatura e do movimento beat, o filme é uma imersão em um universo rico e profundamente humano.
2. Direção de Luca Guadagnino: uma visão peculiar sobre o mundo
Luca Guadagnino é reconhecido mundialmente por sua capacidade de capturar emoções complexas e relações humanas de maneira visualmente deslumbrante e narrativamente cativante. Diretor de obras como "Me Chame pelo Seu Nome", indicado ao Oscar®, e "Suspiria", uma reinvenção atmosférica do clássico de terror, Guadagnino traz sua visão estética única para "Queer". Neste filme, ele transforma a Cidade do México dos anos 1950 em um cenário que reflete os estados emocionais do protagonista interpretado por Daniel Craig. As ruas vibrantes e os espaços melancólicos compõem o pano de fundo para uma narrativa rica em simbolismos e introspecção. A colaboração com Sayombhu Mukdeeprom assegura que cada frame seja cuidadosamente planejado para ressoar com o público, criando imagens tão belas quanto perturbadoras.Além disso, Guadagnino é conhecido por tirar performances excepcionais de seus atores, como visto em "Me Chame Pelo Seu Nome" e "Até os Ossos", com Timothée Chalamet e Taylor Russell. Em "Queer", ele conduz Daniel Craig a explorar camadas inéditas de vulnerabilidade e emoção, além de harmonizar o trabalho de um elenco diversificado e talentoso. A habilidade do diretor em construir narrativas sensíveis e visualmente impactantes faz de "Queer" não apenas uma adaptação literária, mas uma obra de arte cinematográfica.
3. Elenco estelar encabeçado por uma atuação corajosa do ex-007
O elenco de "Queer" é liderado por Daniel Craig, que assume um papel desafiador e completamente diferente dos trabalhos anteriores. Conhecido principalmente por interpretar James Bond, Craig entrega uma performance introspectiva e delicada como William Lee, um homem à procura de conexão e significado em meio a uma existência marcada pela falta de sentido na vida. O filme também conta com Lesley Manville, indicada ao Oscar®, que traz profundidade a um papel que promete ser memorável, e Drew Starkey, um dos jovens talentos em ascensão no cinema. Jason Schwartzman e Henrique Zaga adicionam carisma e nuance, enquanto artistas como Omar Apollo, conhecido pela carreira musical, surpreendem com atuações autênticas.
4. Caetano Veloso na trilha sonora de Trent Reznor e Atticus Ross
A dupla vencedora do Oscar®, conhecida pelo trabalho nos filmes "A Rede Social" e "Garota Exemplar", cria uma trilha sonora que é, ao mesmo tempo, intimista e expansiva. Reznor e Ross são mestres em criar atmosferas musicais que intensificam a emoção e aprofundam a narrativa. Em "Queer", a trilha promete capturar a melancolia e a tensão emocional da jornada de William Lee, com sons que variam entre o eletrônico minimalista e composições orquestrais. A música é parte integral da experiência do filme, guiando o espectador através dos altos e baixos emocionais do protagonista. A voz do músico brasileiro Caetano Veloso pode ser escutada nos créditos finais do filme com a canção "Vaster Than Empires", feita exclusivamente para o filme. Luca Guadagnino é admirador de Caetano desde criança e afirmou que sempre sonhou em trabalhar com ele. A canção "Pecado", do disco "Fina Estampa" (1994), faz parte da trilha sonora de "Rivais", lançado em abril deste ano. O diretor afirmou que é grande fã do brasileiro:
5. Fotografia de Sayombhu Mukdeeprom mistura de realismo e poesia visual
A colaboração entre Luca Guadagnino e Sayombhu Mukdeeprom é uma parceria que já rendeu resultados impressionantes em "Me Chame pelo Seu Nome" e "Suspiria". Em "Queer", Mukdeeprom eleva ainda mais seu trabalho, capturando a essência da Cidade do México dos anos 1950 com uma mistura de realismo e poesia visual. Sua habilidade em usar luzes naturais, texturas e ângulos inusitados transforma cada cena em uma pintura viva, evocando tanto a beleza quanto a melancolia que permeiam a vida do protagonista.
6. Reconhecimento em Festivais de Cinema
"Queer"já recebeu aclamação em festivais prestigiados, como o Festival de Veneza, o TIFF (Festival Internacional de Cinema de Toronto), o Festival de Nova York e o BFI de Londres. Essas exibições em eventos de alto nível são um sinal claro da relevância e qualidade artística do filme. O reconhecimento em festivais de renome destaca "Queer" como uma das obras mais aguardadas e discutidas do ano, garantindo que seja uma experiência cinematográfica imperdível.
7. Figurinos de J.W. Anderson, uma grife por si só
O estilista J.W. Anderson, reconhecido pelo trabalho inovador na moda, traz sua sensibilidade única para o design de figurinos de "Queer". Ele recria com precisão o estilo dos anos 1950, utilizando peças que não apenas refletem a época, mas também comunicam as personalidades e conflitos internos dos personagens. O figurino contribui para a construção de um mundo autêntico e imersivo, adicionando camadas visuais e narrativas à história.
8. Temática universal e atemporal
Apesar de ser ambientado em uma época específica, "Queer" aborda questões que permanecem atuais, como a solidão, o desejo de pertencer e a complexidade dos relacionamentos humanos. A busca de William Lee por intimidade e compreensão ressoa com qualquer pessoa que já tenha enfrentado os desafios de se conectar em um mundo que frequentemente parece inalcançável. Essa universalidade torna o filme acessível a públicos diversos, enquanto a abordagem sincera e crua oferece uma experiência profundamente pessoal.
9. Produção de alta qualidade, sem concessões ao público
O filme é resultado de uma colaboração entre empresas de prestígio, como Fremantle e Cinecittà, garantindo um nível de excelência em todos os aspectos técnicos e criativos. Desde a edição de Marco Costa até o design sonoro, cada detalhe é tratado com cuidado para oferecer uma experiência cinematográfica coesa e impactante.
10. Um marco na carreira de Daniel Craig
Após sua icônica trajetória como James Bond, Daniel Craig assume um papel completamente diferente, desafiando-se a explorar novas facetas como ator. Em "Queer", ele interpreta um personagem introspectivo e emocionalmente vulnerável, oferecendo uma performance que revela sua versatilidade e profundidade. Esta atuação marca um ponto alto na carreira do ator, e destaca a capacidade dele em ir além de papéis convencionais e entregar algo verdadeiramente especial.
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