quarta-feira, 9 de outubro de 2024

.: Crítica: "Ainda Somos os Mesmos" é aula emocionante sobre a ditadura

Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com

Em outubro de 2024


Indubitavelmente, "Ainda Somos os Mesmos" está enquadrado entre os filmes brasileiros que dão orgulho de apreciar o cinema nacional na telona. Ágil e intrigante, a produção dirigida por Paulo Nascimento ("Distrito 666") também é uma aula empolgante, que emociona, sobre a história da ditadura no Brasil e no Chile. Em cartaz na Cineflix Cinemas de Santos, o filme gaúcho leva o público para o Chile de 1973, quando era considerado um dos países mais perigosos do mundo após o golpe de estado de Pinochet.

No período conturbado do Brasil que se conecta com a realidade do Chile por meio do poder abusivo de milicos, o filme revisita parte cruel da história que alguns querem jogar para debaixo do tapete. Em 1 hora e 31 minutos, Edson Celulari que também trabalhou com o diretor em "Diário de um Novo Mundo" esbanja talento na pele de Fernando um pai austero e frio que se vê desesperado para salvar o filho, o jovem Gabriel (Lucas Zaffari), enviando-o a outro país para escapar da ditadura militar no Brasil. Contudo, após pouco tempo, o jovem fica na mira da arma chilena mesmo conseguindo refúgio na Embaixada Argentina.

Ao retratar os abusos daqueles que empunham fuzis e ameaçam derrubar até os portões de uma área protegida, Carol Castro dá um show de talento ao interpretar a emocionada, confusa e, às vezes, lúcida, Clara. Viúva que testemunhou a abusiva morte do marido, agora, é apegada a uma cadeira de rodinhas. A produção ainda traz a grata surpresa do talento de Lucas Zaffari, como o estudante de medicina, Gabriel), filho do influente Fernando. Lucas entrega excelentes dobradinhas seja com Celulari, Carol Castrou ou Nicola Siri. Sendo que há ainda no elenco nomes como Néstor Guzzini, Roberto Rios, Natália Sacramento e Gabriele Fleck.

"Ainda Somos os Mesmos" vai direto na ferida que nunca será cicatrizada, por mais que tentem apagar da história -mesmo com o passar do tempo. Uma vez que muitos demonstram desconhecer os fatos quando tentam minimizar e desclassificar, por exemplo, o ataque golpista de 8 de janeiro de 2023. Por meio da tensão sobre o que pode acontecer com todos os refugiados daquela Embaixada, inclusive, Gabriel e Clara, o filme prende a atenção do início ao fim.

O longa é importante para lembrar que a história é cíclica e que os absurdos sempre tentam voltar a acontecer. Portanto, ter essa triste história em mente significa não mais permitir que as atrocidades da ditatura voltem a acontecer. Fechando com chave de ouro, "Ainda Somos os Mesmos" entrega um desfecho emocionante, de arrepiar e escorrer lágrimas ao som de "Como Nossos Pais" em voz masculina. Imperdível!

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

"Ainda Somos os Mesmos" (nacional). Ingressos on-line neste linkGênero: drama, suspenseClassificação: 12 anos. Duração: 1h31. Ano: 2023. Distribuidora: Paris Filmes. Direção: Paulo NascimentoRoteiro: Paulo Nascimento. Elenco: Carol Castro. (Clara), Edson Celulari (Fernando), Gabrielle Fleck (Helena), Lucas Zaffari (Gabriel)Sinopse: Em 1973, quando um brasileiro fugindo do exército chileno após o golpe de estado de Pinochet encontra abrigo na embaixada argentina, ele tenta sobreviver enquanto seu pai tenta resgatá-lo.. Confira os horários: neste link

Trailer "Ainda Somos os Mesmos"



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