Conhecida por suas micronarrativas adotadas em vestibulares de universidades públicas, escritora mantém o estilo aclamado pela crítica no novo romance
Lançamento da Alta Books, “Minha Cabeça Dói” (compre o livro neste link), escrito por Alê Motta, está chegando às livrarias, com agendas já programadas em livrarias do Rio de Janeiro. O quarto livro e primeiro romance da escritora fluminense traz algumas de suas principais características e que a têm diferenciado dentro da nova geração de escritores – a concisão e a força do discurso.
A história é narrada em primeira pessoa, na voz de um menino-adolescente de periferia que carrega na alma todo o peso do cenário em que vive. Poderia ser um enredo comum no cotidiano de muitas famílias, das periferias ou não, mas ganha força no texto de Alê Motta. A narrativa se aproxima do pensamento da personagem, antes de se tornar discurso falado ou escrito e sem as formalidades impostas pelos filtros.
Autora de “Interrompidos” (Reformatório, 2017) e “Velhos” (Reformatório, 2020), além do juvenil “O Menino que Sabia Fingir” (PeraBook Editora 2024), Alê Motta despontou como escritora de micronarrativas, que vêm sendo bem recebidas pela crítica. “Velhos”, aliás, é leitura obrigatória, pelo segundo ano consecutivo, nos vestibulares das universidades públicas do estado de Santa Catarina, com adaptação para o teatro, também pelo segundo ano, e exibições pela capital e interior catarinenses. “Gosto de trabalhar com a concisão. Valorizando a escolha de cada palavra para criar a narrativa”, explica.
A autora foi apresentada ao mercado editorial pelo também escritor, redator publicitário e professor João Anzanello Carrascoza que escreve na quarta capa de “Minha Cabeça Dói”: "Um dos fatos mais expressivos no campo literário é a eclosão de uma voz nova, que, aos poucos, vai se arvorando com seu estilo singular, como é o caso de Alê Motta. Alê alarga não só sua escrita na novela Minha cabeça dói, como igualmente expande, por meio dessa bela história, sua presença no mapa da literatura brasileira contemporânea".
Itamar Vieira Júnior também se manifesta na quarta capa ressaltando o estilo da escritora: "A prosa minimalista de Alê Motta é incisiva e direta. Tira-nos de nossa zona de conforto, como só a boa literatura é capaz de fazer".
E tem, ainda, Sérgio Tavares que escreve: "Neste relato franco e sensível, Alê Motta dá voz a um personagem que canaliza traumas físicos e emocionais numa jornada para se reconhecer num mundo de conflitos familiares, descoberta de amores e amadurecimento pessoal. Um livro que se liga à memória do leitor num pacto de alteridade, pequeno apenas em tamanho, mas não em densidade e alcance, tocando em experiências que todos nós, de uma forma ou de outra, passamos na transição dramática da infância para a juventude".
A orelha do novo livro traz as impressões do jornalista e escritor Fernando Molica: "Este é um livro sobre cicatrizes, algumas anteriores àquela que, substantiva, ressalta todas as outras. A cicatriz que marca o rosto do narrador perde, ao longo da narrativa, protagonismo para as que o acompanham numa jornada pontuada pelos rasgos profundos e dolorosos que lhe tatuam a alma, como no samba cantado por Nelson Cavaquinho".
Alê Motta
Arquiteta e urbanista pela UFRJ, participou da antologia 14 Novos Autores Brasileiros, organizada pela escritora Adriana Lisboa, e teve alguns dos seus contos publicados em Daughters of Latin America: An International Anthology of Writing by Latine Women (HarperCollins, 2023).
Serviço
Lançamento do livro "Minha Cabeça Dói", de Alê Motta
Dia 9 de agosto, às 19h00
Livraria Leitura - Plaza Shopping / Niterói
Bate-papo de Alê Motta com Fernando Molica e Sérgio Tavares
Dia 26 de agosto, às 19h00
Livraria da Travessa - R. Voluntários da Pátria 97 - Botafogo, Rio de Janeiro RJ
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