A aurora boreal é um dos fenômenos celestes mais espetaculares e enigmáticos da natureza. Embora os detalhes precisos da descoberta inicial permaneçam envoltos em mistério, evidências históricas sugerem que povos indígenas do Ártico e civilizações antigas ao redor do Círculo Polar foram os primeiros a testemunhar as misteriosas luzes dançantes no céu. Mitologias e crenças religiosas desses povos frequentemente incorporavam essas observações, atribuindo significados profundos às auroras boreais. Esta descoberta histórica sublinha a longa relação da humanidade com os mistérios do cosmos.
Segundo o brasileiro Marco Brotto, conhecido como "O Caçador da Aurora Boreal" (compre o livro dele neste link) as civilizações ao redor do mundo, desde os povos nórdicos na Escandinávia até os povos siberianos na Rússia, têm documentado e interpretado esses eventos ao longo de séculos. "Desde 30.000 antes de Cristo existem representações pré-históricas de auroras boreais, pinturas rupestres de cro-magnon e de aborígenes, “o "homem de cro-magnon" foi um grupo de homo sapiens que habitou a Europa durante o período paleolítico superior, que vai de aproximadamente 40.000 a 10.000 anos atrás”, explica ele.
Os primeiros registros escritos europeus datam da idade média, quando crônicas históricas e anais de viagens começaram a documentar esses avistamentos celestiais. Já a investigação científica das auroras boreais começou a ganhar forma no século XVIII, quando cientistas como Edmond Halley e Anders Celsius propuseram teorias sobre a relação entre as luzes no céu e a atividade solar. “No século XIX, o físico norueguês Kristian Birkeland propôs que as auroras boreais eram causadas por partículas carregadas do Sol (vento solar) interagindo com o campo magnético da Terra”, explica Brotto.
Com o advento da era espacial, especialmente a partir dos anos 1950 e 1960 com o lançamento de satélites e sondas espaciais, os cientistas puderam estudar as auroras boreais com mais detalhes e confirmar suas teorias sobre suas origens e processos físicos. “Desde então, o estudo científico moderno das auroras boreais evoluiu significativamente, utilizando instrumentos avançados para compreender melhor sua natureza física e as condições que as causam, como as atividades solares e geomagnéticas”, finaliza Marco Brotto que já realizou 149 expedições em busca das luzes do norte.
0 comments:
Postar um comentário
Deixe-nos uma mensagem.