segunda-feira, 29 de julho de 2024

.: Dossiê James Baldwin 100 anos: escritor, revolucionário e maldito


Nascido em Nova York em 2 de agosto de 1924, James Arthur Baldwin foi um romancista, ensaísta, dramaturgo, poeta e crítico social norte-americano. Foto: Getty Images


Antes de tudo, James Baldwin (compre os livros dele neste link) era um revolucionário. Tudo o que ele fez pelas pautas antirracistas e contra o preconceito contra a intolerância em relação à sexualidade dos outros comprovam isso. Nascido em Nova York em 2 de agosto de 1924, James Arthur Baldwin foi romancista, ensaísta, dramaturgo, poeta e crítico social norte-americano. 

Como escritor, foi aclamado em vários meios, incluindo ensaios, romances, peças de teatro e poemas. O primeiro romance dele, "Go Tell It on the Mountain", foi publicado em 1953. Décadas depois, a revista Time incluiu a obra na lista dos 100 melhores romances de língua inglesa lançados de 1923 a 2005. 

A primeira coleção de ensaios, "Notas de Um Filho Nativo", foi publicada em 1955. O trabalho de Baldwin ficcionaliza questões e dilemas pessoais fundamentais em meio a complexas pressões sociais e psicológicas. Temas como masculinidade, sexualidade, raça e classe se entrelaçam para criar narrativas intrincadas que correm paralelas a alguns dos principais movimentos políticos em direção à mudança social na América de meados do século XX, como o movimento pelos direitos civis e o movimento de liberação gay. 

Os protagonistas de Baldwin são frequentemente, mas não sempre, afro-americanos. Homens gays e bissexuais frequentemente aparecem com destaque na literatura do autor. Esses personagens, muitas vezes, enfrentam obstáculos internos e externos na busca por autoaceitação social. Essa dinâmica é proeminente no segundo romance de Baldwin, "O Quarto de Giovanni", que foi escrito em 1956, bem antes do movimento de liberação gay.

A reputação do escritor perdurou desde que morreu e o trabalho dele foi adaptado para as telas com grande aclamação. Um manuscrito inacabado, "Remember This House", foi expandido e adaptado para o cinema como o documentário "Eu Não Sou Seu Negro" (2016), que foi indicado para Melhor Documentário na cerimônia de entrega do Oscar de 2017. Um de seus romances, "Se a Rua Beale Falasse", foi adaptado para o filme homônimo que venceu o Oscar em 2018, dirigido e produzido por Barry Jenkins. Além de escrever, Baldwin também era uma figura pública e orador conhecido e controverso, especialmente durante o movimento dos direitos civis nos Estados Unidos. Morreu em Saint-Paul-de-Vence, em 1° de dezembro de 1987.

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