Um romance afiado e bem-humorado sobre a América Latina, imigração e as descobertas da juventude. Este é "Seul, São Paulo", de Gabriel Mamani Magne, lançamento da editora Todavia, com tradução de Bruno Cobalchini Mattos e capa de Alles Blau. O livro começa no final da Copa América de 1997, Brasil contra Bolívia. É nesse dia, em São Paulo, durante a partida, que nasce Tayson Pacsi, filho de bolivianos que emigraram para a capital paulista para trabalhar em uma das tantas oficinas de costura e tentar melhorar de vida. A infância de Tayson, segundo seu primo, o afiado narrador deste romance, foi “uma batalha constante entre a língua dos seus pais e a língua do seu passaporte. Muito portunhol. Também um pouco de aimará”.
Dezessete anos mais tarde, a família de Tayson volta mais rica para El Alto, na Bolívia, e os dois primos frequentam o serviço pré-militar, obrigatório para todos os adolescentes. E é entre um ônibus lotado e outro, e enquanto vendem pipoca pelas ruas da cidade, que emergem as descobertas tão típicas e absolutamente únicas para cada um de nós: o álcool, o sexo e as paixões - pelas garotas do pré-militar, pelo pop coreano e pelos times de futebol.
A imigração é uma das marcas da família Pacsi: além de tio Waldo e tia Corina, pais de Tayson, o tio Casimiro vive no Chile e ganha a vida como contrabandista. Já os pais do narrador são “covardes” e continuaram pobres porque não tiveram a mesma coragem dos outros. Perdido entre ficar na Bolívia, país cuja identidade procura entender, e talvez partir para um Brasil idealizado com os pais de Tayson, que cogitam retornar a São Paulo, o narrador amadurece ao tentar descobrir quem é e quais são seus desejos para o futuro.
Vencedor do principal prêmio literário da Bolívia, Seul, São Paulo é um romance de formação escrito com uma linguagem direta, irônica e bem-humorada. Entre El Alto, La Paz, São Paulo e uma Seul idealizada por meio das canções de K-pop, acompanhamos o olhar juvenil - mas nunca ingênuo - para temas como imigração, racismo, pobreza, relações de trabalho e alteridade. Compre o livro "Seul, São Paulo", de Gabriel Mamani Magne, neste link.
O que disseram sobre o livro
“É possível que, finalmente, depois do livro de Gabriel Mamani Magne, alguns compreendam a grandeza e a profundidade de um país historicamente ignorado - mesmo entre as grandes nações latino-americanas - como a Bolívia contemporânea e as múltiplas identidades e dissidências que os collas abrigam. Estas páginas poderosas, escritas talvez com o nervo tragicômico da cúmbia, não contêm nada do imaginado, nenhum dos preconceitos esperados, nada daquilo que nos foi contado ou que me foi contado. Estas páginas são elas mesmas: devastadoras, hilárias, ternas, como as vidas que migram e se transformam.” - Gabriela Wiener
“Este romance causou um terremoto no cenário literário da Bolívia. Longe da celebração da miscigenação ou da derrota trágica que sempre marcou o ser indígena na literatura boliviana, Mamani mantém um olhar doce e irônico sobre uma família que chora, ri e bebe ao ritmo da cumbia.” - José Pablo Criales, El País
Sobre o autor
Gabriel Mamani Magne nasceu em La Paz, em 1987, e vive em Goiânia. Formado em sociologia e direito, fez mestrado em literatura na Universidade Federal do Rio de Janeiro. É autor de "Tan Cerca de la Luna" (2012) e "El Rehén" (2021). Por este "Seul, São Paulo", venceu o Prêmio Nacional de Romance da Bolívia em 2019. Garanta o seu exemplar de "Seul, São Paulo", escrito por Gabriel Mamani Magne, neste link.
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