Arte e literatura são fio condutor para os textos que compõem "Contos Céticos", obra voltada para as relações humanas que marca a volta de Adriana Lunardi às livrarias. O novo livro da premiada escritora surge como uma ode à literatura e suas expansões artísticas ao abordar temas como o luto, o plágio, a infância e a velhice, entre outros. O elemento que une os nove contos e o pequeno texto de encerramento, chamado de “Nota do Destino”, é a aposta na ficção para dar fora e desafiar o indizível da subjetividade humana.
O livro será lançado no Rio de Janeiro nesta quarta-feira, dia 8 de maio, na Janela Livraria, no Jardim Botânico, a partir das 19h00. No dia 25 de maio, a autora participa em Paris do Clube de Leitura da Embaixada do Brasil, e no dia 30 de maio é a convidada do Quartier du Livre, com a chancela da Librairie Portugaise & Brésilienne
Premiada com o Açorianos, o prêmio da Biblioteca Nacional para Obras em Andamento, o Fumproarte e o Icatu de Artes, ela dedicava-se nos últimos tempos à escrita de roteiros de um seriado de televisão. Para este livro, reuniu contos inéditos e outros que haviam sido publicados esparsamente em jornais e antologias. “Eu me dei conta de que todas as personagens tinham um olhar cético, desencantado, de quem não acredita muito no que era dado por certo”, diz a escritora sobre o título do livro, acrescentando que a publicação marca uma redescoberta do que ela vinha fazendo. “O livro reflete uma despretensão da minha parte, e a valorização da ficção como aposta estética para o que eu vinha vivendo”.
Em seus nove contos e uma nota do destino, conhecemos crianças erráticas, idosos mais erráticos ainda, escritores vaidosos e autoflagelados, e vislumbramos o que chamam de "loucura que acomete gênios e artistas", mas sequer chegamos perto de tocá-la – é impossível. Olhamos no olho do mistério porque, em "Contos Céticos", não há quarta parede diante do luto, das últimas imagens que se tem de alguém. Tudo pode ser maculado. Uma criança, a literatura, Paris.
Mas o que torna "Contos Céticos" uma coletânea excepcional são as imagens extraordinárias que a autora é capaz de criar a partir de elementos triviais da existência. Sua narrativa fascinante não vem apenas de uma habilidade magistral, mas de sua uma profunda intimidade com a palavra. O fio condutor que atravessa os contos deste livro não se estica e não se pretende linear, prefere antes partir-se e buscar o remendo, fazer nós e novelos; sua natureza, no entanto, é inequívoca, e diz: estou aqui para fazer literatura. Compre o livro "Contos Céticos", de Adriana Lunardi, neste link.
Sobre o livro
“Nestes contos, Adriana Lunardi – distante de modismos e dona de um teto todo seu na literatura brasileira – faz da dúvida e da ironia instrumentos para vasculhar uma realidade que glossários, fármacos ou truques diversos já não parecem mais capaz de manejar. Afiada, ela nos confronta com o nosso ridículo, mas também revela o que temos de belo quando as luzes diminuem e a afetação se cansa: salva-se, então, ‘um quê de ternura, um arrepio de poema’.” – Adriana Lisboa
Sobre a autora
Adriana Lunardi é autora de "Vésperas" (2002), "Corpo Estranho" (2006) e "A Vendedora de Fósforos" (2011). Foi publicada em Portugal, França e Argentina, entre outros países. Recebeu os prêmios Açorianos, Biblioteca Nacional para Obras em Andamento, Fumproarte e Icatu de Artes. É coautora do seriado de TV "Ilha de Ferro" (Globo, 2019). Nasceu em Santa Catarina e vive no Rio de Janeiro. Garanta o seu exemplar de "Contos Céticos", escrito por Adriana Lunardi, neste link.
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