Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.
Lançado simultaneamente no Brasil e em Portugal, o álbum “MÚSICAS BRASILEIRAS, MÚSICOS PORTUGUESES”, da Orquestra Jazz de Matosinhos, contou com a curadoria do musicólogo, jornalista, radialista e produtor musical Zuza Homem de Mello (1933-2020). O projeto reúne versões primorosas de canções da MPB feitas sob um olhar jazzístico por músicos lusitanos.
No repertório há clássicos como “Corcovado”, “Wave” (Antônio Carlos Jobim), “Carinhoso” (Pixinguinha), “Nanã (Coisa nº 5)” (Moacir Santos), “Linha de Passe” (João Bosco) e “Canto Para Nanã” (Dorival Caymmi), que ganharam versões instrumentais impecáveis da Orquestra, com aquele conceito de Big Band dos anos 40 e 50.
O projeto foi um dos últimos que Zuza realizou. Ganhou arranjos especialmente escritos por Antonio Adolfo, Mario Adnet, Letieres Leite, Nelson Ayres e Nailor Proveta.
O fato é que os arranjos acabaram se tornando fundamentais para o êxito desse projeto. Todos os arranjadores são músicos de primeira linha e souberam traduzir a emoção de cada canção para a orquestra interpretar. Percebe-se isso principalmente nas duas canções de Tom Jobim (Wave e Corcovado).
É necessário destacar as participações dos músicos Kiko Freitas (baterista eleito ‘o melhor do mundo’ na categoria de World Music da revista americana Modern Drummer, em 2019), e Gabi Guedes (percussionista baiano, integrante da Orkestra Rumpilezz). O resultado ficou acima da média. Vale muito a pena a audição.
Wave
Linha de Passe
Carinhoso
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