Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em março de 2024
Uma história de amor que acontece em outro plano existencial. "Todos Nós Desconhecidos", longa dirigido por Andrew Haigh ("Weekend", "Rota Selvagem"), estrelado por Paul Mescal (Harry) e Andrew Scott (Adam) remete a essência do período literário chamado de Barroco no quesito amor platônico. Assim, um escritor e um vizinho num gigante prédio sem outros moradores, acabam tendo o destino cruzado. Afinal, Adam sempre cumpre a norma de evacuação em casa de incêndio e Harry o observa. No entanto, é no elevador que os dois se aproximam um pouco mais. Até que, bêbado, o vizinho vai até a porta de Adam e se convida para entrar com uma garrafa de destilado nas mãos.
Depois desta noite conturbada, o longa com roteiro de Andrew Haigh -que também dirige a produção-, leva Adam a um exercício de volta ao passado. Seja visitando o local em que cresceu e, assim, reencontrar os pais mortos em um acidente, quando ele ainda era um ser em formação, adolescente. Enquanto se esforça para apresentar quem se tornou, Adam tenta ser aceito por eles, inclusive sua sexualidade, equilibrando também uma tórrida história de amor com Harry.
Em 2 horas e 2 minutos e uma trilha sonora impecável, "Todos Nós Desconhecidos" consegue ser tocante e envolvente o suficiente para apresentar uma reviravolta emocionante. Afinal, as barreiras do amor entre homens é forte, ainda passa longe da aceitação da sociedade e até dos pais. Vale a pena conferir!
* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm
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