domingo, 25 de fevereiro de 2024

.: Última apresentação de "Das Tripas: sete Histórias", com Mariana Muniz


Com direção de Clara Carvalho, espetáculo é uma construção coreográfica e teatral inspirada no livro Das Tripas Coração, da autora pernambucana Ezter Liu. Foto: Cláudio Gimenez


A Cia. Mariana Muniz de Dança e Teatro investiga o universo dos contos da pernambucana Ezter Liu em "Das Tripas: sete Histórias", inspirado no livro "Das Tripas Coração", que rendeu à escritora o V Prêmio Pernambuco de Literatura, em 2018. A última apresentação do espetáculo, em cartaz na Oficina Cultural Oswald de Andrade, será nesta segunda-feira, dia 26 de fevereiro. 

Com direção de Clara Carvalho e interpretação de Mariana Muniz, o espetáculo é uma construção coreográfica e teatral, na qual os movimentos e palavras dão voz e corpo ao universo poético e profundamente feminino retratado pela escrita de Liu.

Em 2019, Mariana Muniz, que também é pernambucana, fez uma abertura de processo de criação em dança-teatro que envolveu a adaptação de alguns dos contos do livro, dirigida por Carvalho. A apresentação foi realizada via zoom e veiculada pelo Grupo Tapa em seu Festival de Inverno de 2021, com o título “Sete Histórias”. Agora, o que a Cia Mariana Muniz de Dança e Teatro propõe é o aprofundamento das descobertas cênicas desde essa abertura.

Os contos escolhidos do livro têm em comum a temática feminina e se expandem em narrativas cênicas. Suas histórias, cheias de peripécias inusitadas e concretas, nos convidam a mergulhar no universo poético da dança-teatro. Segundo a autora, desses contos “vieram da imaginação mesmo, já outros são mais empíricos, mas nada autobiograficamente descarado”.

O espetáculo ainda é a possibilidade de uma grande parcela do público jovem e amante das artes cênicas ter acesso direto às experimentações, vivências e processos de criação da Cia Mariana Muniz de Dança e Teatro. E nasce de inquietações como: Quando os movimentos e os gestos dançados são fundamentais para fazer emergir no corpo do espectador sensações e pensamentos que o coloquem em sintonia com a estrutura narrativa escolhida? Quando o texto falado, a rede de palavras se torna imprescindível para dar clareza e sentido à dramaturgia? Como constituímos uma trama de palavras e movimentos que expressam caminhos comunicantes, sem perder a conexão com o espírito de cada conto selecionado?

Em sua escrita, Ezter Liu apresenta o "ser mulher" com uma força que se expande em múltiplas direções; são personas que coabitam e se revezam para descobrir o que faz de cada uma a protagonista da sua própria trama. A mulher que se sente deus, a mulher que escreve; a mulher que foge, a que acende fogueiras, que se torna parafuso, são algumas das várias faces do feminino que protagonizam as histórias criadas pela autora, que além de poeta é uma policial em Carpina, cidade da zona da Mata de Pernambuco.

“Assim como a autora escolhe criar uma narrativa sem vírgulas, apontando para a necessidade de um contar sem pausas, nós acreditamos na força da tradução deste movimento literário em ação cênica, tirando da adversidade a sua força e atravessando os próprios limites para dizer o que precisa ser dito sobre a questão do feminino, num país onde o feminicídio é uma realidade muito cruel e que continua fazendo milhares de vítimas por minuto”, revela Mariana Muniz. 

Ficha técnica
Espetáculo "Das Tripas: sete Histórias".
Coordenação Geral e intérprete: Mariana Muniz.
Assistente de Coordenação: Cláudio Gimenez.
Direção: Clara Carvalho.
Assistência de direção: Marcella Vicentini.
Iluminação: Wagner Pinto.
Espaço Cênico: Júlio Dojcsar.
Assistente de Iluminação: Gabriel Greghi e Carina Tavares.
Trilha Sonora: Mau Machado.
Figurino: Marichilene Artisevskis.
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio.
Produção Geral: Movicena Produções.
Direção de Produção: Rafael Petri.
Produção Executiva: Jota Rafaelli.
Realização: Prefeitura de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura | Fomento à Dança Para a Cidade de São Paulo.


Serviço
Espetáculo "Das Tripas Coração: sete Histórias".
Última apresentação nesta segunda-feira, às 19h00.
Oficina Cultural Oswald de Andrade - Rua Três Rios, 363, Bom Retiro.
Ingressos: gratuitos – retirar uma hora antes na bilheteria.
Classificação: livre.
Duração: 60 minutos.
Acessibilidade: rampa de acesso, banheiros acessíveis e plateia com reserva de lugares.

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