Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em fevereiro de 2024
"Madame Teia", transpira energia do "Homem-Aranha" (2002) estrelado por Tobey Maguire nas telonas, em diversas sequências, seja pelos enquadramentos ou jogos de câmera, o que deixa até a impressão de que o lendário Stan Lee irá fazer alguma participação. A produção dirigida pela britânica S. J. Clarkson acontece, porém entrega somente o início do que estava por vir da heroína do universo dos aracnídeos.
Em 1h54, a paramédica Cassandra Webb (Dakota Johnson, marcada pela franquia cinematográfica "Cinquenta Tons de Cinza"), descobre ter a habilidade de ver o futuro, o que a coloca no dilema de impedir tragédias, ou seja, salvar vidas. Enquanto tenta entender o que está se revelando, Cassie se vê responsável pelas vidas de três garotas, uma vez que o trio está na mira do maquiavélico Ezekiel (Tahar Rahim, "Napoleão"). Destaque para a atriz Sydney Sweeney que convence com uma colegial, mostrando bastante versatilidade e distanciamento de seu personagem de "Todos Menos Você".
Para tanto, Cassie confronta segredos que estavam bem guardados no seu passado -e em anotações num caderninho-, inclusive a mágoa profunda que alimenta pela mãe que morreu durante o parto, justamente por estudar um tipo raro de aranha pertencente a Amazônia peruana. Como tudo se entrelaça tal qual uma bem armada teia, em "Madame Teia", justificando o trio de garotas cruzando o caminho de Cassie.
O longa da Sony Pictures dá uma boa encorpada ao universo do Miranha, seja por trazer o jovem tio Ben Parker (Adam Scott, "Big Little Lies") ou até a mãe de Peter Parker, Mary Parker (Emma Roberts, "American Horror Story"). E só peca na demora de transformar Cassie em Madame Teia, enquanto que suas ajudantes assumem seus postos somente como uma visão.
"Madame Teia" é agradável por lembrar muito a montagem do filme do cabeça de teia de 2002, embora, passados 22 anos, estampe efeitos visuais questionáveis. Não há como escapar impune quando Las Arañas saltitam entre as árvores, o visual é extremamente artificial de se ver nas telas dos cinemas. Contudo, entrega confrontos bons, um deles acontece ao som de "Toxic", da princesa do pop, Britney Spears -embora perca chances de inserir mais referências dos anos 2000. A trama que poderia fazer acontecer, não ficando somente nas visões do futuro. "Madame Teia" dá umas escorregadas, mas é um bom filme de heroína, sim! Divirta-se!
* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm
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