terça-feira, 2 de janeiro de 2024

.: "Mamonas Assassinas: O Filme" usa trama rocambolesca em história real

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em janeiro de 2024


"Mamonas Assassinas: O Filme", produção nacional que homenageia o grupo que morreu num acidente aéreo na Serra da Cantareira em 2 de março de 1996, entrega roteiro novelesco em trama que soma 1h35 na telona do Cineflix Cinemas. Para tanto, o longa passa pela história do quarteto que formava a banda Utopia, o encontro nos palcos que os impulsiona a gravar, a mudança da banda de rock para o caótico Mamonas Assassinas do Espaço, retrata o sucesso estrondoso no cenário musical brasileiro até chegar o adeus.

Em meio a cenas passageiras da correria para equilibrar a vida pessoal, permanência no trabalho enquanto a carreira não decola ou a premonição da queda com o avião, a sensação é de que o enredo sobre a banda de sucesso meteórico é pincelado, tal qual um teaser. Em contrapartida, destaca apegos a alguns trocadilhos, como o fora que Dinho (Ruy Brissac) leva, após flagrar a traição de uma namorada.

No longa dirigido por Edson Spinello, Júlio (Robson Lima), Bento (Alberto Hinoto), Sérgio (Rhener Freitas) e Samuel (Adriano Tunes) seguem com a banda Utopia até que, numa apresentação, a pedidos do público, precisam tocar "Sweet Child O´Mine", do Guns ´n´ Roses, embora não saibam cantar. Na plateia, Dinho se oferece e sobe ao palco. Contudo, ele já era uma figurinha conhecida pelo quarteto que gostava de jogar bola.

A verdade é que, no trailer, "Mamonas Assassinas: O Filme", prometeu muita emoção -conseguindo deixar os olhos  do público marejados. Contudo, o filme não arrepia ou tira lágrimas, uma vez que entrega mais as rusgas entre Dinho e Samuel, assim como as relações turbulentas dos integrantes com outras garotas fictícias -algo bastante desnecessário, inclusive para o desenvolvimento da história. A produção com roteiro de Carlos Lombardi acontece rapidamente, sem uso das canções interpretadas originalmente pelos Mamonas. 

No entanto, há talento em cena, além dos atores que dão vida ao quinteto, estão figuras do teatro brasileiro participando do longa como por exemplo, Patrick Amstalden ("Natasha, Pierre e o Grande Cometa de 1812"), na pele do amigo de Dinho, Zaca, Jarbas Homem de Mello ("Uma Linda Mulher - O Musical"), interpretando o pai de Dinho, o senhor Hildebrando, Ton Prado ("Forever Young") que dá vida ao produtor Enrico Costa, Leandro Luna ("Pacto") como um investidor, assim como também a atriz Lizandra Cortez ("A Megera Domada", "As Aventuras de Poliana") que está na pele de uma produtora que se envolve com Dinho.

Apesar de a história ser apresentada de modo rocambolesco, vale conferir "Mamonas Assassinas: O Filme" pelo fato de resgatar um pouco do que os Mamonas foram!


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* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 


"Mamonas Assassinas: o Filme" (nacional) Ingressos on-line neste linkGênero: comédia dramáticaClassificação: 12 anos. Duração: 1h35. Ano: 2023. Idioma: português. Distribuidora: Imagem Filmes. Direção: Edson Spinello. Roteiro: Carlos Lombardi. Elenco: Ruy Brissac (Dinho), Rhener Freitas (Sérgio Reoli), Adriano Tunes (Samuel Reoli), Robson Lima (Júlio Rasec), Beto Hinoto (Bento), Fefe Schneider (Adriana), Jessica Córes (Claudia), Jarbas Homem de Mello (Hildebrando), Guta Ruiz (Célia), Joãozinho (Marcos), Isa Prezoto (Grace Kelly), Ton Prado (Enrico Costa), Nadine Gerloff (Fânia) e Patrick Amstalden (Zaca). Sinopse: os amigos Dinho, Júlio, Bento, Sérgio e Samuel se juntam para formar um dos grupos mais inesperados e inicialmente desacreditados pelo grande público, os Mamonas Assassinas. Com um potencial estrondoso, o quinteto enfrenta muitas tentativas frustradas para conseguir mostrar que pode ser a próxima grande banda do Brasil.

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