Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em dezembro de 2023
Estar em reforma não é fácil e, para piorar, novos obstáculos surgem. Eis que após passar por um pedreiro trambiqueiro, encontrei alguém confiável para, de fato, reformar a minha futura casa. O pior era a cozinha, a saga foi iniciada em março e em pleno dezembro, segue sem término.
Comprei o porcelanato Porto Ferreira em abril. Em agosto, ao serem assentados, o pedreiro percebeu que aquele revestimento estava fora dos padrões e como eu comprei ambos da mesma fabricante e do mesmo tamanho para que a paginação fosse a mesma, recebi a notícia de que o que eu havia planejado, teria de mudar.
Não voltei mais na loja em que me repassou o lote defeituoso -sem aviso-, uma vez que nenhuma das peças usadas na parede, tinha o tamanho informado na embalagem. Embora o porcelanato para o chão, estava com a medida exata informada na caixa. Não aconteceria a paginação que tanto idealizei e comprei o material para isso.
Assim, fui na concorrente e escolhi então placas grandes da Portobello. Amei as estampas, batizado de Michelangelo, 0,60x1,20. Tudo parecia um sonho, até que perto do término, antes de rejuntar, no dia 3 de novembro, percebeu-se que uma das duas peças em que foi cortada e formou a letra L, surgiu uma rachadura.
Com o cuidado necessário, o pedreiro removeu a peça, que é retificada, sem causar danos em torno, já que estava assentado. Na sequência, ao cortar uma nova peça, o mesmo problema, porém em menor escala. Desta vez, a rachadura ficou somente na parte esmaltada, enquanto que a anterior chegou a rachar a ponto de ficar a marca na massa colocada com dupla colagem.
Acionei a Portobello, pediram o envio da nota fiscal, o que não me atentei e fotografei outro comprovante da compra. Ao entrar em contato novamente, via telefone é que fui informada do meu engano. Caso eu não ligasse, ficaria por isso mesmo, uma vez que não houve o retorno via e-mail de que aquele não era o documento solicitado.
Na sequência mandei foto da nota fiscal oficial com a promessa de que a visita técnica aconteceria dentro de três dias úteis, demorou pouco mais. O contato foi feito via Whatsapp, sempre com áudios. Nem mesmo para se apresentar a técnica o fez por escrito. De toda forma, foi combinada a visita no dia 14 de novembro, às 13h.
Na minha futura casa, a técnica fotografou toda a cozinha, a segunda peça rachada, enquanto que o pedreiro que estava em outro serviço e perto de chegar. Filmando o corte de uma terceira peça, a técnica apressada, nem mesmo levou o pedaço cortado para a análise -diferente do que havia dito.
Antes de ser colocada para dentro e terminar de assentar o piso da cozinha, notei que a terceira peça, cortada com a presença da técnica, tinha um machucado no retificado, sendo também perdida. A resposta que recebi foi que bastava lixar, pois era só uma lasca.
Assim, a cozinha ainda não foi terminada. Não há nem como reaproveitar as duas peças estragadas restantes, pois não há mais cortes a serem feitos na cozinha. Tudo o que falta é essa peça que leva um corte e forma um L.
A única resposta da técnica foi de que a Portobello não considerou defeito, mesmo sendo um produto num valor alto. Deixando o prejuízo das três peças como único e exclusivamente meu, compradora que tive somente a visita técnica para cortar uma terceira peça, com o pedreiro, que estava machucada numa borda e de nada serviu.
No laudo enviado após muito insistir, há a seguinte identificação "Cliente reclama de dificuldade de corte e lasca". Não reclamo de dificuldade de corte, reclamo do defeito do produto, pois toda a cozinha foi reformada com porcelanato de outra marca, assim como um banheiro e área externa, pelo mesmo pedreiro e com as mesmas ferramentas. Com nenhum outro porcelanato tive esse problema de perder peças com lasca no esmalte ou até ser rachada junto com a argamassa.
* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm
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