Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em dezembro de 2023
A relação do pintor Pierre Bonnard e sua amada, Marthe de Meligny permeada pela arte é o foco em "A Musa de Bonnard". Longa exibido no Cineflix Santos, durante no Festival Varilux de Cinema Francês que soma perfeitas 2h02 de duração, entrega excelente roteiro, edição envolvente, uma fotografia de encher os olhos e um elenco que dá show de interpretação, tendo a dobradinha de Cécile de France ("Ilusões Perdidas") como Marthe de Meligny e Vincent Macaigne ("O Renascimento") em cena.
"A Musa de Bonnard" é um filme delicado que entrega amor, às vezes em excesso, não somente entre o casal de protagonistas -que chega a incluir terceiros e somar traição por uma das partes-, mas também pela arte da pintura que surge na observação de detalhes do cotidiano, estando num espaço bucólico ou na cidade. É encantador ouvir que o célebre Monet está chegando com a esposa para uma confraternização.
Contudo, a produção distribuída pela California Filmes não deixa de retratar a vida boêmia do pintor e a influência que usufruía para viver de arte, por conta da descendência e das relações de amizades estabelecidas -cabendo aventuras amorosas com amigas.
Nada sobra ou falta no longa dirigido por Martin Provost sobre o pintor da felicidade e da modelo, esposa e musa do artista. Não só nas reproduções das pinturas, mas as cenas exalam a claridade e a vida cercada pela natureza ou o tumulto da cidade na visão de Bonnard. Enquanto que Marthe de Meligny entrega a observação dos mínimos que a rodeia.
* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm
Filme: "A Musa de Bonnard" (Bonnard, Pierre et Marthe)
Diretor: Martin Provost
Gênero: romance, drama
Classificação: 14 anos
Ano de Produção: 2023
Idioma: Francês
Duração: 2h02
Distribuidora: California Filmes
Elenco: Cécile de France, Vincent Macaigne, Stacy Martin
Resumo: A vida do pintor francês Pierre Bonnard (1867-1947) e de sua esposa, Marthe de Méligny (1869-1942), ao longo de cinco décadas. O homem que seu país natal apelidou de “pintor da felicidade” não seria o pintor que todos conhecem sem a enigmática Marthe que sozinha ocupa quase um terço da sua obra…
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