quinta-feira, 2 de novembro de 2023

.: "Molière", com Matheus Nachtergaele e grande elenco, retorna a São Paulo


Nesta sexta-feita, dia 3 de novembro, no Teatro Liberdade, o ator Matheus Nachtergaele retorna a São Paulo, após cinco anos, para apresentar o espetáculo teatral "Molière". Com direção de Diego Fortes e Elcio Nogueira Seixas, Renato Borghi e mais 11 atores na primeira montagem da renomada dramaturga, escritora e roteirista mexicana Sabina Berman no Brasil. Fotos de cena: Aloysio Araripe


Depois do grande sucesso no Rio de Janeiro em 2022, e de uma turnê igualmente bem-sucedida, pelo Nordeste, Matheus Nachtergaele, Elcio Nogueira Seixas, Renato Borghi retornam aos seus papéis em "Molière", uma comédia musical de Sabina Berman e direção Diego Fortes no Teatro Liberdade, em curta temporada, de 3 a 26 de novembro.

Uma disputa bem-humorada entre a "Comédia", representada por seu mais ilustre autor, Molière (vivido por Matheus Nachtergaele), e a "Tragédia", personificada pelo poeta Jean Racine (Elcio Nogueira Seixas), "Molière" retorna aos palcos no Teatro Prudential, de 2 a 26 de novembro, depois de quatro anos de temporadas de sucesso pelo país.

Embalada por músicas de Caetano Veloso, executadas ao vivo com arranjos originais do maestro Gilson Fukushima, a montagem integra o projeto de intercâmbio cultural promovido pelo Teatro Promíscuo pela valorização da dramaturgia latino-americana. A peça, que marca a estreia da obra teatral da renomada dramaturga mexicana Sabina Berman no Brasil, tem direção de Diego Fortes, ganhador do Prêmio Shell em 2017 pelo espetáculo "O Grande Sucesso".

Inspirada no próprio teatro de Molière, que fundia vários estilos em uma mesma obra (Commedia Dell’Arte; influências renascentistas e barrocas; humor satírico), a encenação busca integrar linguagens diversas em uma intensa dinâmica cênica. “A fusão de linguagens de Molière e a autenticidade de suas criações nos possibilitaram misturar cores e texturas com extrema liberdade, procurando sempre uma encenação em que regras pudessem ser quebradas”, diz o diretor Diego Fortes.

Em cena, 14 atores e músicos vão narrar o inusitado conflito entre formas opostas de pensar o mundo, expressas pelas famosas máscaras do teatro: uma ri malandramente de tudo e de todos e a outra mostra reverência e temor diante da dor e da morte. O embate épico entre essas duas faces da vida tem como cenário a corte carnavalesca de Luis XIV, o Rei Sol (Josie Antello), na França.

Amado pelo público e favorito do extravagante rei, Molière trava uma luta tragicômica com seu aprendiz Racine para manter a posição de dramaturgo mais prestigiado da corte. Enquanto isso, o Arcebispo de Paris, grande entusiasta da guerra, Monsenhor Péréfixe (Renato Borghi), tentará se aproveitar do conflito para banir do reino o Teatro e seus artistas, endurecer a censura e lançar a França em uma era de obscurantismo, violência e sacrifício. 

É mais nobre fazer o público rir ou chorar? Os artistas devem mostrar o mundo como ele é ou como deveria ser? Por que proibir obras de arte e perseguir seus criadores? Até que ponto aqueles que criam devem submeter-se à vontade daqueles que pagam? Estas são algumas das grandes questões que permeiam o enredo do espetáculo.

O cenário de André Cortez evidencia o jogo de transições entre teatro e realidade, ao mesmo tempo em que dissipa os limites entre palco e plateia. O público, enquanto assiste a uma encenação de Molière ou de Racine, também acompanha as reações do Rei Luís XIV e do Arcebispo Péréfixe ao espetáculo. Os figurinos de Karlla Girotto brincam com a ideia irreverente de uma "França Tropical", ou melhor, de uma delirante "Tropicália Francesa" irrompendo em plena corte absolutista do século XVII.

Paralelo ao espetáculo, Matheus Nachtergaele está no ar em "Cine Holliúdy" (TV Globo) e entrará em cartaz com o longa "O Clube dos Anjos", baseado na obra de Luis Fernando Veríssimo, com roteiro e direção de Angelo Defanti. E ainda pode ser visto no longa-metragem "Carro Rei", roteiro de Sérgio Oliveira e Renata Pinheiro, que também assina a direção.


Sobre a autora
Sabina Berman (1955) é escritora, dramaturga, contista, ensaísta, diretora de teatro e cinema. Mulher de grande influência na cultura do México, é reconhecida como uma das mais prolíficas, originais e ousadas dramaturgas da língua espanhola de sua geração. Suas peças de teatro já foram montadas no Canadá, Estados Unidos e em vários países da Europa e América Latina. Berman ganhou quatro vezes Prêmio Nacional de Dramaturgia do México e o prestigiado Prêmio Juan Ruiz Alarcón. 

Como jornalista, escreve semanalmente crônicas políticas para o El Universal, principal jornal do México, e faz reportagens para a revista Vanity Fair. Foi honrada duas vezes com o Prêmio Nacional de Jornalismo do México (1999 e 2007).


Sinopse
O ilustre dramaturgo Molière (Matheus Nachtergaele), mestre da Comédia, e o estreante autor épico Jean Racine (Elcio Nogueira Seixas), travam uma luta tragicômica, repleta de trapaças e reviravoltas, pelo domínio dos palcos da corte de Luiz XIV, o Rei Sol. O fanático Arcebispo Péréfixe (Renato Borghi), entusiasta da guerra, se aproveita do conflito entre os artistas para banir do reino o próprio Teatro, instaurando no país uma era de censura, violência e sacrifício. Uma miríade de personagens da aristocracia, da plebe, do clero, do exército, das tabernas e dos tablados desfilam por palácios, igrejas, salas de espetáculo, bordéis e campos de batalha. A orquestra do maestro Lully (Fábio Cardoso) embala essa tumultuada França do século XVII com o toque tropical das músicas do cancioneiro de Caetano Veloso.


Ficha técnica
Espetáculo "Molière". Elenco: Matheus Nachtergaele (Molière), Elcio Nogueira Seixas .(Racine), Renato Borghi (arcebispo Péréfixe), Josie Antello (Luís XIV, o Rei Sol), Rafael Camargo (La Fontaine), Luciana Borghi (Madeleine e Rainha Mãe), Jorge Hissa (Gonzago e Marquês), Regina França (Mademoiselle Du Parc e Madame Parnelle), Marco Bravo (Baron e Primeiro Médico), Carol Carreiro (Armande), Fábio Cardoso (Lully, o maestro) e Instrumentistas da orquestra de Lully (Bella Raiane, Eliza Basile, Mafê). Piano/cravo/órgão/teclado: Fabio Cardoso | Percussionistas: Marco Bravo, Carol Carreiro, Luciana Borghi, Regina França | Violino e Rabeca: Mafê| Baixo e Guitarra: Eliza Basile | Acordeão: Bella Raiane| Berrante: Marco Bravo | Coros: todo o elenco | Vozes: Dans mon île (Luciana Borghi) | Coração Vagabundo (Matheus Nachtergaele). Texto: Sabina Berman | Tradução: Elcio Nogueira Seixas e Renato Borghi | Adaptação: Diego Fortes e Luci Collin | Direção: Diego Fortes | Direção Musical: Gilson Fukushima | Músicas do Cancioneiro de Caetano Veloso | Cenografia: André Cortez e Carol Buček | Figurino: Karlla Girotto | Restauro de figurinos e acessórios: Diogo Pasquim e Fátima Ferreira | Iluminação: Beto Bruel e Nadja Naira | Assistente de Direção: Carol Carreiro | Assistente de Cenografia: Stéphanie Freitas | Assistente de Figurino: Amanda Paulovic | Assistente de Iluminação: Sarah Salgado | Operador Luz: Guilherme Soares | Sound Designer: Dugg Mont e Cecilia Lüzs l Execução Figurino: Zona Ateliê por Jeisebel Cecilio, Flavia Lobo de Felício, Gabriela Cherubini, Fabio Lima Malheiros e Gustavo Silvestre | Costureira: Francisca Lima e Sirley Aparecida Ferreira | Costureira turnê: Fátima Ferreira | Visagismo: Felipe Ramirez | Mídias Sociais: Platea Comunicação & Arte | Programação Visual: Blanc.ag | Fotos: Eika Yabusame - E-Photos, Aloysio Araripe, Jamil Kubruk, Luísa Bonin, Paulo Uras - Estudio FB, Aloysio Araripe | Diretora de Movimento: Débora Veneziani | Preparação Vocal: Edith de Camargo | Diretor de Palco: Marcio Zunhiga | Contra regra: Dell de Jesus | Microfonista: Felipe Grillo | Camareira: Maria das Graças e Tatiane Puglia | Assessoria de Imprensa: Adriana Monteiro - Ofício das Letras | Produção Local: Guinada Produções (Daniela Vasconcelos e Nathalie Amaral | Produção Executiva: Diogo Pasquim | Direção de Produção: Camila Bevilacqua | Idealização e Execução: Teatro Promíscuo


Serviço
Espetáculo "Molière". De 3 a 26 de novembro, em curta temporada.Horário: sextas e sábados, às 21h00, e domingos, às 20h00. Duração: 120 minutos. Gênero: musical. Classificação: 12 anos. Teatro Liberdade. Rua São Joaquim nº129 - Liberdade/São Paulo. Abertura da casa: 1h antes do início do evento. Capacidade: 900 pessoas. Ingressos: internet (com taxa de conveniência): https://www.sympla.com.br/. Bilheteria física (sem taxa de conveniência) atendimento presencial: de terça à sábado das 13h00 à 19h00. Domingos e feriados apenas em dias de espetáculos até o início da apresentação. 

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