Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em novembro de 2023
Um escritor que poderia ter a minha ou a sua família e decide publicar um livro um tanto que ousado. Em "O Livro da Discórdia", em cartaz no Cineflix Cinemas, no Festival Varilux de Cinema Francês, Youssef Salem lança um romance em que os membros da família se identificam com os personagens, sendo que o irmão dele se sente desprezado, uma vez que nem mesmo existe na trama. Enquanto dá o seu melhor para impedir a leitura da obra pelo pai, homem rígido e que tem mania fazer correções gramaticais nas publicações do filho.
Contudo, o livro faz sucesso e rende entrevistas televisivas, inclusive uma em que a família toda quase descobre sobre a tal obra. Assim, nasce o autêntico livro da discórdia gerando gargalhas no público que acompanha a saga de Youssef tentando se desvencilhar do sucesso de vendas, tudo por acreditar que irá desagradar o pai. Até na rua ele passa a ser abordado por fãs e admirados de seu livro.
"O Livro da Discórdia" soma 1h31 de duração em que nada sobra ou falta na trama. Tudo acontece numa sequência ágil e envolvente, entregando, como a maioria dos filmes franceses, em desfecho surpreendente. A produção distribuída pela Bonfilm no Brasil é o retrato dos vários personagens que temos na família e é sempre divertido ver que os personagens só mudam de endereço ou nacionalidade. Filme imperdível!
Confira a programação da semana e divirta-se: resenhando.com/2023/11/festival-varilux-de-cinema-frances_01344388285.html
* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm
Filme: "O Livro da Discórdia" (Youssef Salem a du succès)
Diretor: Baya Kasmi
Gênero: comédia
Ano de Produção: 2022
Idioma: Francês
Duração: 1h37
Distribuidora: Bonfilm
Elenco: Ramzy Bedia, Noémie Lvovsky, Abbes Zahmani, Tassadit Mandi
Resumo: Youssef Salem tem 45 anos, é descendente de uma família de imigrantes argelinos e vive em Paris onde se dedica à escrita. Após uma série de contratempos, ele decide escrever um romance parcialmente autobiográfico, inspirado na sua juventude e em particular nos tabus que rodeiam a sexualidade no ambiente onde cresceu. O livro provoca um debate público apaixonado, mas também gera uma tensão no seio da sua família, que Youssef tentará manter unida o melhor que puder.
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