Depois de ter um sonho mágico e digno de um enredo fantástico literário, o autor Fábio BeGi recorreu à escrita para dialogar com os jovens sobre princípios. Para ele, a literatura precisa ser um refúgio seguro para que jovens possam aprender em um cenário repleto de desinformação. Na entrevista abaixo, o autor conta como construiu os personagens para levar ao público juvenil noções de amizade, respeito, empatia e bondade. Além disso, ele compartilha mais detalhes sobre o processo criativo da obra.
No livro de estreia, Fábio BeGi embarca em uma fantasia para lembrar o público juvenil que a literatura é um refúgio seguro para aprender. Foi o mundo onírico que inspirou o autor a escrever "Os Números de Ághora: Seven". Ele foi rememorando o que surgiu no inconsciente, sem pressa, com carinho e atenção aos detalhes, e assim deu vida aos personagens baseados na literatura fantástica e em pessoas da sua vida, para dialogar com os jovens.
Na história, a protagonista vai precisar contar com as características de cada um de seus amigos, como apoio, motivação e companheirismo, para vencer suas batalhas. Segundo o escritor, “é apenas na cooperação entre esses três que a aventura se torna uma jornada fantástica”. Nesse sentido, o enredo reforça os valores que Fábio deseja transmitir: amizade, empatia, respeito e bondade, em uma realidade cercada pelo mundo virtual, repleto de informação, mas também desinformação. O seu intuito com a obra é lembrar que a literatura é um lugar seguro para aprender sobre princípios. Confira a entrevista com o autor e compre o livro "Os Números de Ághora: Seven" neste link.
“Os Números de Ághora: Seven” conta a história de uma menina comum, que inicia uma aventura em um mundo fantástico. Como foi o processo de criação deste novo universo?
Fábio BeGi - Por vezes a criação de uma história surge das próprias experiências humanas, porém quando lidamos com a fantasia o caminho é quase sempre mágico. A inspiração surgiu de um sonho e, passo a passo, relembrando tudo o que me foi mostrado, as peças foram se encaixando e nascia Ághora. Para moldar os personagens me inspirei na literatura fantástica e suas personalidades emprestei de pessoas que fazem parte da minha vida. Nada foi feito às pressas, e cada pedacinho do todo foi tratado com muito amor e cuidado.
Você trata sobre valores humanos universais, como amor, amizade, empatia, bondade, respeito... Por que você decidiu abordar estes temas em uma obra voltada para o público jovem?
Fábio BeGi - A tecnologia nos fornece avanços fundamentais em muitas áreas, porém também pode ser um desastre se apenas utilizada para futilidades. Os mais novos têm acesso a um mundo tão amplo na internet hoje que muito dos aprendizados que guiam suas condutas de vida acabam vindo, em grande parte, de pessoas que só fazem “bobagens” no meio virtual. A leitura ainda é um refúgio seguro e inspirador para levar a todos os valores que realmente nunca mudam e são tão importantes. Se uma história puder atingir o maior número de pessoas possíveis, ela tem muito a repassar sobre todos esses valores fundamentais para a vida em sociedade.
Para salvar um reino fantástico de seus problemas, a protagonista conta com a ajuda de Chien, um pequeno guerreiro, e Sheeva, uma gata alada. Qual o papel desses personagens para a trajetória da personagem principal e também para o desenrolar da história?
Fábio BeGi - Costumo dizer que não vivemos isolados, mesmo que possamos nos sentir assim no dia a dia. A convivência é que nos molda e também nos transforma no que podemos ser, mas por outro lado pode nos afastar daquilo que poderíamos ter sido. Elaine é corajosa e inteligente, mas há em seus amigos peças fundamentais além de características próprias de cada um que são: confiança, companheirismo, apoio, motivação e o amor que os une. É apenas na cooperação entre esses três que a aventura se torna uma jornada fantástica e cheia de significado.
Esta obra é uma fantasia, mas que mensagens os leitores podem levar para seus cotidianos após a leitura?
Fábio BeGi - Que não estamos sozinhos e que podemos aprender muito com as diferenças que temos entre nós. Muitas pessoas não carregam uma mesma visão de mundo por diversas razões, porém mesmo as mais diferentes entre si podem ter muito em comum quando se permitem conviver com respeito e cooperação. A também jamais desistir mesmo quando tudo parece querer que você desista, quando a pressão parece insuportável e isso pode ser o final, mas com as pessoas certas ao seu lado o que parece ser um final é apenas uma pequena parte de uma longa história à frente.
No livro, uma mãe conta as histórias de Seven para os filhos antes de eles dormirem. Por que você optou por esta voz narrativa?
Fábio BeGi - A narrativa se dá em terceira pessoa e escolher alguém que viveu a aventura para contá-la é essencial para passar ao leitor o fato de que não é algo que fora inventado meramente para distrair as crianças. Mas a principal razão para a mãe passar aos seus filhos toda essa aventura só pode ser compreendida no final e não queremos dar nenhum spoiler antes da hora! Garanta o seu exemplar de "Os Números de Ághora: Seven", escrito por Fábio BeGi, neste link.
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