Com os atores Marcel Octavio e Mari Gallindo dirigidos por Elias Andreato, a comédia ganha ares ainda mais farsescos e musicado com repertório da música popular brasileira. Foto: Erika Almeida.
Nessa montagem de Elias Andreato, a comédia ganha ares ainda mais farsescos e musicado com repertório da música popular brasileira. Na história, o personagem Isaías, interpretado por Marcel Octavio, o “Velho Solteirão” é obcecado por anexins (ditados populares) e quer se casar com Inês, Mari Gallindo, uma jovem e pobre viúva que não se conforma em ser escolhida para ser a esposa desse solteirão. Cabe apenas a Inês aceitar a proposta de Isaías.
O espetáculo é construído por meio de jogo de palavras e ditados populares, promovendo uma reflexão bem-humorada sobre o amor, o dinheiro e o casamento por conveniência. Os atores cantam o repertório popular brasileiro dos anos 1950 acompanhados pelo piano de Jonatan Harold, que assina a direção musical e sopros de Bia Pacheco. Para o diretor Elias Andreato, o autor tinha sincera vocação para a alegria e via na comédia de costumes o melhor caminho para a dramaturgia nacional. "Ele gostava de escrever algo que reproduzisse a verdade e a vida, que possuísse exposição, catástrofe e desenlace, que divertisse e ao mesmo tempo sensibilizasse. O texto trata com humor questões de interesses no amor, trazendo um inusitado jogo de linguagem e saberes coletivos dos anexins que são evocados a 'toda prova' na construção da história”, explica.
A Morente Forte faz história desde 1985 em São Paulo fundada
pelas produtoras Selma Morente e Célia Forte. “Há muito tempo queríamos montar um
clássico da dramaturgia brasileira. "Pensamos em várias possibilidades. EliasAndreato, nosso parceiro de ideias e conquistas, nos sugeriu 'Amor por Anexins', uma pérola de
Artur Azevedo. Não pensamos duas vezes", diz Célia Forte.
Artur Azevedo
Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo, (São Luís, 7 de julho de 1855 - Rio de Janeiro, 22 de outubro de 1908.) Foi um dramaturgo, poeta, contista e jornalista brasileiro. Ao lado de seu irmão, o escritor Aluísio Azevedo, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. Tendo escrito milhares de artigos sobre eventos artísticos e encenado mais de cem peças no Brasil e em Portugal, Azevedo foi um dos maiores defensores da criação do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, cuja inauguração ocorreu meses depois de sua morte. Suas peças mais conhecidas são "A Joia", "A Capital Federal", "A Almanjarra", "O Mambembe", entre outras.
Elias Andreato
Ator de teatro, cinema e televisão, diretor e muitas vezes roteirista dos seus próprios trabalhos. Sua busca é pela humanidade dos personagens que interpreta e seus espetáculos frequentemente questionam o papel do artista na sociedade e a relação com seu tempo. Construiu uma carreira sólida feita, acima de tudo, pela escolha por personagem/personalidades que pudessem traduzir esse pensamento – Van Gogh, Oscar Wilde, Artaud, são exemplos dessa escolha e resultaram em interpretações marcantes que garantiram a ele um lugar especial no teatro brasileiro.
Morente Forte
Selma Morente e Célia Forte, sócias da Morente Forte Comunicações, empresa especializada em assessoria de imprensa e produção na área cultural desde 1985, direcionam exclusivamente suas atividades às artes cênicas. Participação em mais de 1500 espetáculos teatrais, com ampla experiência de relações públicas em assessoria de imprensa e planejamento para realização de grandes espetáculos, protagonizados pelos maiores artistas nacionais.
Ficha técnica
Espetáculo "Amor por Anexins. Texto: Artur Azevedo. Direção: Elias Andreato. Direção musical e arranjos Jonatan Harold. Elenco: Mari Gallindo e Marcel Octavio. Músicos: Jonatan Harold (
Serviço
Espetáculo "Amor por Anexins". Giostri Teatro. Rua Rui Barbosa 201 – Bela Vista/São Paulo. Temporada de 2 a 31 de outubro. Segundas e terças às 20h. Ingressos: R$ 60,00. Classificação: 12 anos. Duração: 70 minutos. Vendas: Sympla.
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