sexta-feira, 22 de setembro de 2023

.: Vitor Novello estreia na música bem "À Beça". Confira entrevista!

Vitor Novello. Foto: Saulo Segreto


Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Com 17 anos de carreira como ator, Vitor Novello inicia agora na música, com o lançamento do álbum "À Beça", que já foi disponibilizado nas plataformas de streaming. O trabalho mescla diversas influências musicais, passeando pelos ritmos tradicionais como o xote e por outros elementos relacionados com o pop contemporâneo. Em entrevista para o Resenhando, Novello conta como busca integrar a sua formação como ator na nova carreira musical e revela seus planos para o futuro. “Quero levar a minha música para o maior número de pessoas possível”.


Resenhando – Como foi se aventurar na música depois de uma carreira bem sólida como ator?

Vitor Novello – Foi algo bem natural. Porque a música sempre fez parte da minha vida. Eu já tinha algumas composições autorais. E graças a produtora carioca Reurbana pude concretizar essa iniciativa de gravar um disco. Lançamos um vídeo no YouTube que já contabiliza um número significativo de visualizações. Tudo tem sido um aprendizado diário, mas a receptividade do público tem sido bem positiva.


Resenhando – E a formação como ator deve ter contribuído para essa nova empreitada.

Vitor Novello – Com certeza. O fato de ser ator ajuda muito na concepção da performance no palco, de acordo com a mensagem da canção. Mas não posso deixar de mencionar o auxílio dos parceiros que tive nessa empreitada.


Resenhando – Fale sobre suas principais influências.

Vitor Novello – Minha formação passa por várias vertentes. Desde Luiz Gonzaga até o pop contemporâneo de nossa MPB, como o Nando Reis. Passei pelo som do Secos e Molhados, além dos representantes do Nordeste, como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Alceu Valença entre outros. Todos foram muito importantes para minha formação na música.


Resenhando – Como foi a participação do músico Targino Gondim, autor de Esperando na Janela?

Vitor Novello – Foi na última canção do disco, que é um xote bem no estilo do que ele compõe. Fizemos o convite e ele aceitou de pronto. Quando ouvimos o resultado final ficamos muito emocionados. Tenho o Targino como uma referência nesse estilo e tê-lo ao lado tocando acordeon e cantando foi uma emoção dupla.


Resenhando – Fale sobre produção do disco e do show de divulgação.

Vitor Novello – A direção musical é de Beto Lemos, responsável pelos arranjos de quatro faixas do álbum “À Beça”. Tem repertório autoral e covers de canções conhecidas da MPB, como "Flor de Maracujá", "O canto da ema", "Conselho" e "Sanfona sentida". A direção do Beto Lemos imprime a linguagem pretendida ao show: um território híbrido entre música, poesia e dramaturgia.


Resenhando – Em paralelo, você continua trabalhando como ator?

Vitor Novello – Eu atuo desde os 10 anos no teatro, cinema e televisão. Interpretei personagens em novelas como "Paraíso Tropical" (2007) e "Malhação" (2015 e 2016), da Rede Globo. Há tempos eu divido o tempo entre o teatro e a música. Participei de espetáculos teatrais como "Zaquim" (2020 a 2022) e "Clube da Esquina - Os Sonhos Não Envelhecem" (2022). Também escrevo para teatro: em 2018 estreei a peça autoral "Mármore”, e lancei ainda o livro de poesia "Par ou ímpar", publicado em 2020 pela editora Penalux.


Resenhando – Como estão os planos para divulgar esse trabalho?

Vitor Novello – Fizemos um show no Rio de Janeiro em agosto, no Teatro Cesgranrio. Estou programando uma participação em um festival em Belo Horizonte e iremos fazer mais um show no Rio de Janeiro. Estou vendo a possibilidade de estender a turnê para outros estados. Nos próximos meses iremos definir esse planejamento e divulgaremos. Quero levar a minha música para o maior número de pessoas possível.


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