sábado, 2 de setembro de 2023

.: "Parlapatões: no Ato" é lançado na 65ª edição do Festival de Teatro de Santos


Evento com bate-papo e sessão de autógrafos será no próximo domingo, no Teatro Municipal Braz Cubas, em Santos, no litoral de São Paulo. Obra das Edições Sesc retrata trajetória do grupo Parlapatões e sua atuação entre o palco e rua no centro da cidade de São Paulo

As Edições Sesc realizam, neste domingo, dia 3 de setembro, o lançamento da obra "Parlapatões: no Ato". O evento faz parte da programação 65º Festival Santista de Teatro [FESTA65], o mais antigo festival de artes cênicas em atividade no Brasil, realizado pelo Movimento Teatral da Baixada Santista, em parceria com o Sesc Santos e a Prefeitura de Santos. A obra organizada pelo ator e fotógrafo Cuca Nakasone capta momentos da trajetória do grupo Parlapatões por meio de imagens de espetáculos, figurinos e do Espaço Parlapatões que caracterizam a sua atuação: arte sem fronteiras entre o palco e a rua, no coração da cidade de São Paulo. 

O lançamento ocorre a partir das 18 horas, no Teatro Municipal Braz Cubas. Cuca Nakasone, juntamente com Aimar Labaki, dramaturgo, diretor, ensaísta e colaborador da obra, receberão o público para um bate-papo seguido de sessão de autógrafos. Com textos de Cuca Nakasone, Aimar Labaki, Carlos Rahal, escritor e pesquisador, e Hugo Possolo – que, além de ator, é fundador da trupe, gestor cultural, diretor e dramaturgo – o livro conta um pouco da história, da estética circense e teatral e, ainda, do engajamento político do grupo, que faz do humor e do riso instrumentos para a crítica dos costumes. 

“Criado há pouco mais de trinta anos como Parlapatões, Patifes & Paspalhões, o grupo tem como tônica a arte de fazer rir e fazer pensar – mais precisamente, fazer rir por fazer pensar, e vice-versa -, em teatro de palco e de rua, valorizando tanto a estética do circo quanto técnicas novas e tradicionais de interpretação. Parte desta história foi vivida juntamente com o Sesc, que acolheu inúmeras apresentações e testemunhou sua capacidade de sensibilizar os públicos e se deixar afetar por eles”, pontua Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo. 

Sobre a organização de Nakasone, a obra estabelece o inventário fotográfico de 17 peças do grupo Parlapatões ao longo de mais de 20 anos. Entre elas estão, por exemplo, "O Burguês Fidalgo", "Clássicos do Circo", "Totalmente Pastelão", "Eu Cão Eu", "O Bricabraque", "PPP@WllmShkspr.br", "Ufabuliô" e "Os Mequetefe". Importante registro histórico sobre a trupe, as imagens traduzem o sentimento do fotógrafo e sua interpretação artística do teatro e sua luz “tão mágica e sublime”, como ele próprio diz na obra.

“Quisera eu ter assistido e fotografado todas as peças dos Parlapatões, desde o início deles, em 1991; mas o tempo é sábio, e o meu olhar para a fotografia teatral iria amadurecer muito. Se tivesse sido antes, não seria o que me tornei e o que realizo hoje. Em meu trabalho como fotógrafo de teatro, sempre busquei sintetizar em imagens o gesto, a palavra, a estética dos atores.”, reflete Nakasone em depoimento sobre a relação de sua trajetória profissional com a história dos Parlapatões.

Aimar Labaki relata momentos importantes da trajetória dos Parlapatões e conta como teve participação direta naquela que chamou de “fase heróica” da trupe, quando passou a dirigir a Oficial Cultural Amácio Mazzaropi, em São Paulo. “Convidei o grupo a literalmente armar sua tenda no meio da praça. Os Parlapatões ali ficaram por seis meses, dando cursos, apresentando seu repertório, ensaiando, dando vida ao espaço e uma cara definitivamente brasileira e popular ao projeto. Para eles, decerto foi um momento de consolidação. Sem sede, mas com praça, puderam aprofundar seus procedimentos e afiar os instrumentos”, relembra.

Nos capítulos “Olhares da Comédia” e “Uma Trupe de Bufões”, Hugo Possolo e Carlos Rahal fazem análises e contribuições significativas para a obra. “Não existe justiça em um resumo. A imensa jornada dos Parlapatões, com seus 31 anos de estrada, carrega uma infinidade de histórias, imagens, lembranças e, principalmente, versões e olhares tão diversos que seria tolo afirmar que num único livro contemplaríamos algo perto do que foi vivido. (...) Como a tolice é uma das especialidades da arte da palhaçaria, vale dizer que a qualquer instante da trajetória pode fazer uma síntese da alma parlapatônica”, afirma Hugo Possolo.

“Os Parlapatões são ainda responsáveis por guardar, em São Paulo, a tradição da bufonaria. Claro que há, na cidade e no Brasil, outros artistas que estudam os bufões e constituíram grupos bufonescos. Mas os Parlapatões, pela dimensão que conquistaram, pela reverberação do seu trabalho em âmbito nacional, pela fama alcançada por seus membros mais proeminentes (Hugo Possolo e Raul Barreto), estão na linha de frente da bufonaria”, conclui Carlos Rahal. Compre o livro "Parlapatões: no Ato", organizado por Caca Nakasone, neste link.


Sobre o organizador
Cuca Nakasone é graduado em publicidade e propaganda pela Universidade Mogi das Cruzes (UMC) e mestre em artes pela Universidade de São Paulo (USP). É autor do livro "O Tapa no Arena: repertório em Imagens" (Edições Sesc, 2016). Como fotógrafo, atua nas áreas de publicidade, gastronomia, artes, produtos, atores e atrizes, teatro e natureza. Como professor, lecionou fotografia em diversas instituições, como: Faculdade Belas Artes, Fundação Cásper Líbero, Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), Universidade Paulista (Unip), Centro Universitário Fieo e UMC. Também foi cronista do jornal MogiNews e crítico de cinema do portal Revista Mais Cidades. De dezembro de 2022 até fevereiro de 2023, esteve em cartaz com a exposição fotográfica "Cuca Nakasone: de Olho no Gattu", sobre as peças teatrais do Grupo Gattu, na Galeria de Artes do Espaço Itaú de Cinema, no Shopping Frei Caneca. Garanta o seu exemplar de "Parlapatões: no Ato", organizado por Caca Nakasone, neste link.


Serviço
Lançamento do livro "Parlapatões: no Ato". Bate-papo seguido de sessão de autógrafos com Cuca Nakasone e Aimar Labaki. Data: 3 de setembro, domingo, às 18h. Local: Festival de Teatro de Santos – Teatro Municipal Braz Cubas (Centro Cultural Patricia Galvão - Av. Senador Pinheiro Machado, 48 - Vila Matias, Santos – SP). Grátis.

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