sexta-feira, 4 de agosto de 2023

.: Sesc Santos apresenta ópera "Porgy and Bess" neste sábado


O Sesc Santos apresenta a ópera do americano George Gershwin, "Porgy and Bess", com direção artística de André dos Santos, dia 5 de agosto, sábado, às 20h. Nesta versão, todo o elenco faz parte do cenário da lírica brasileira, o que promete um espetáculo emocionante dentro deste encontro entre os expoentes e consagrados solistas, Edna D’ Oliveira, Rafael Leoni, Juliana Taino, Davi Marcondes, Marly Montoni e Jessé Bueno, acompanhados pelo pianista Leandro Roverso. Ingressos de R$ 12,00 a R$ 40,00, disponíveis on-line em sescsp/santos e na rede de bilheteria do Sesc SP. Classificação: livre.

A obra lida com a vida de negros americanos na localidade fictícia de Catfish Row, em Charleston, na Carolina do Sul, no início da década de 1920. Seu libreto conta a história de Porgy, um mendigo deficiente físico que vive nas favelas de Charleston, Carolina do Sul. Fala sobre sua tentativa de resgatar sua amada Bess das garras de Crown, seu amante violento e possessivo, e Sportin’ Life, o traficante.

Concebida originalmente por George Gershwin como uma “ópera folclórica americana”, "Porgy and Bess" estreou em Nova Iorque em 1935, e tinha um elenco composto unicamente de cantores negros com formação clássica – uma escolha artística ousada na época.

“Summertime” é a canção mais conhecida de "Porgy and Bess"; outros trechos populares que foram gravados e lançados frequentemente no formato de canção são “It Ain’t Necessarily So”, “Bess, You Is My Woman Now”, “I Loves You Porgy” e “I Got Plenty o’ Nuttin'”. A ópera é admirada pela síntese inovadora de Gershwin das técnicas de composição europeias com os idiomas do jazz e da música folk.
 

Sinopse da ópera "Porgy and Bess"
A história de Porgy, um mendigo deficiente físico que vive nas favelas de Charleston, Carolina do Sul. Fala sobre sua tentativa de resgatar sua amada Bess das garras de Crown, seu amante violento e possessivo, e Sportin’ Life, o traficante.


Ficha técnica
Ópera "Porgy and Bess". Compositor: George Gershwin (1898-1937). Solistas: Bess (soprano), Clara (soprano), Serena, (mezzosoprano), Porgy (baixo-barítono), Crown (barítono), Sportin’ Life (tenor). Acompanhamento: piano. Idioma: inglês, com legendas e diálogos falados em português. Diretor artístico: Maestro André Dos Santos. Direção executiva: Rosane Barbosa. Solistas: Edna D’ Oliveira, Rafael Leoni, Juliana Taino, Davi Marcondes, Marly Montoni e Jessé Bueno. Pianista: Leandro Roverso. Ópera "Porgy and Bess". 

Serviço
Apresentação. Dia 5 de agosto. Sábado, às 20h. Teatro. Livre. Ingressos de R$ 12,00 a R$ 40,00 à venda on-line pelo app Credencial Sesc SP e Portal do Sesc Santos.

Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida - Santos. Telefone: (13) 3278-9800. Site do Sesc Santos neste link. Instagram, Facebook e Twitter: @sescsantos . YouTube /sescemsantos  

Bilheteria Sesc Santos - Funcionamento    
Terças a sextas, das 9h às 21h30. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30. 

Bate-papo e concerto "A Negritude na Música Erudita Brasileira"
Artistas e pesquisadoras (es) negras e negros conversam a respeito das barreiras enfrentadas dentro de seu campo de atuação, em função do racismo no meio musical erudito brasileiro e mundial. Na sexta, dia 4/8, às 19h, no auditório, com o instrumentista Guilherme Rocha, a cantora lírica Edna D’Oliveira e mediação do regente Ricardo Cardim. Após o bate-papo, apresentação com o Quinteto de Cordas da Baixada Santista.

A despeito de a prática da música erudita brasileira (nos moldes europeus) ter se iniciado com a vinda dos portugueses a partir do século XVI, ela se desenvolveu com maior força nos séculos XVII e XVIII em regiões de maior riqueza, sobretudo em Minas Gerais. É senso comum hoje que a sua produção, conforme verificamos nas pesquisas e estudos dos últimos 30 a 40 anos, foi feita em grande parte por compositores e instrumentistas escravizados ou descendentes destes. 

Além disso, entre os compositores mais proeminentes do século XIX e início do XX, figuram muitos compositores também afrodescendentes, como o Padre José Maurício Nunes Garcia, Francisco Braga, Henrique Alves de Mesquita, Sant’Anna Gomes e Carlos Gomes. E mais recentemente reavivado, Presciliano Silva.

 Mas, ao que, antes, era sinal de distinção possuir um grupo musical formado por pessoas escravizadas, agora, com a abolição, os músicos negros foram sendo substituídos por músicos brancos. Dessa maneira, o racismo declarado, aliado a políticas eugenistas de embranquecimento ao longo do século XX, não só camuflaram a origem dos grandes compositores, como foram apagando do cenário musical brasileiro a atuação dos artistas pretos na música de concerto.

Convidados
Regente: Guilherme Rocha (São Paulo-SP). Instrumentista/Cantor(a): Edna D’Oliveira (São Paulo-SP). Regente: Ricardo Cardim. Quinteto: Lucas Moraes (violino), Evaldo Alves (violino), Caio Forster (viola), Jeff Moura (violoncelo) e Fábio Ferreira (contrabaixo). A negritude na música erudita brasileira. Bate-papo. Dia 4 de agosto. Sexta-feira, às 19h. Auditório. Livre. Grátis.


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