sábado, 19 de agosto de 2023

." Repleto de referências, “Os Donos do Mundo” segue em cartaz em São Paulo


Espetáculo de Luccas Papp, tem como premissa debater aspectos mais profundos da sociedade a partir de dez jovens com histórias e dilemas que debatem valores e moralidade em um cenário que remente a clássicos hollywoodianos como “Mad Max” e “Eu Sou a Lenda”


 
Dez jovens completamente diferentes acordam em um dia qualquer e percebem: todas as pessoas do mundo desapareceram, exceto eles. Após se encontrarem em um supermercado abandonado, passam a conviver e pensar em como, juntos, reconstruirão a humanidade. Com essa história o espetáculo “Os Donos do Mundo”,  com temporada até 30 de setembro, no Teatro Itália Bandeirantes, na República, em São Pautor, com sessões aos sábados às 17h. Criada e dirigida por Luccas Papp, a produção traz aos palcos uma história que junta um tema bem famoso dos streamings e filmes, o apocalipse, para debater aspectos mais profundos da sociedade.

"Escrevi a história em 2012, quando tinha 19 anos, na época tinha aquele hype de que o mundo acabaria em 2012, segundo o calendário maia. Todos os veículos de mídia falando sobre o assunto, e eu pensei: 'E se realmente o mundo fosse acabar?', mas isso de uma forma diferente, imagina se todos sumissem, com exceção de 10 jovens, o que aconteceria? Então peguei perfis completamente diferentes que eu conhecia, representando classes sociais, sexualidades, educações, vivências, gostos. 'Os Donos do Mundo' tentam 'criar uma microssociedade' de bilhões de pessoas naqueles jovens em formação, as noções de justiça, de verdades absolutas, composições éticas são formadas dessa vivência" reitera Papp. Compre o livro da peça, "Os Donos do Mundo", escrito por Lucas Papp, neste link.


Sinopse do espetáculo
Dez jovens completamente diferentes acordam em um dia qualquer e percebem: todas as pessoas do mundo desapareceram, exceto eles. Após se encontrarem em um supermercado abandonado, passam a conviver e pensar em como, juntos, reconstruirão a humanidade.

 Para ajudar a contar a história, que é dividida em quatro atos, a produção terá uma cenografia que mistura um pouco do clima árido de produções sobre o apocalipse, além de andaimes, pois grande parte do espetáculo se passa nas alturas, para dar o ar de solidão e finitude.

 "A peça passa por diversos momentos, o primeiro ato é o fim, que é o início da história quando tudo acaba, depois vem a ascensão, o declínio e a redenção. Para isso vamos trazer uma linguagem cinematográfica para os palcos, sendo mais acessível ao público que consome histórias no streaming e cinema, e personagens facilmente adaptáveis e reconhecíveis por eles. Nossas referências, principalmente as estéticas, tem muito de 'Mad Max', 'Eu Sou, a Lenda', 'O Livro de Eli', dessa linguagem árida, o deserto do apocalipse, porque mesmo que na história não tenha havido um evento catastrófico, as pessoas simplesmente sumiram, tem um pouco dessa destruição da sociedade como um todo. Com a cenografia rústica, a história se passa em andaimes, grande parte é feita nas alturas, e as mudanças de cenários, a luz, além da trilha sonora inédita feita pelo Pedro Lemos e figurinos assinados por Thaís Boneville ajudam a criar a atmosfera e fazer com que o público esteja em uma experiência imersiva",  explica o diretor e autor.

Para desenvolver a temática, Luccas escolheu para os seus personagens temas e histórias pessoais que acabam criando embate um com os outros. "O foco é  é necessariamente o que aconteceu, mas como essas pessoas vão se reorganizar em uma sociedade nova, a formação de caráter, os valores, a construção da moralidade. Como podemos ser capazes de cometer atos positivos e negativos e ser influenciados por outros. A ideia é que percamos nossos preconceitos e consigamos, acima de tudo, se colocar no lugar do outro. Uma série de elementos e temas que serão debatidos, como homossexualidade, e a homofobia, relacionamento abusivo, ciúme parental, capacitismo, uma das atrizes é deficiente visual, e temos personagens que mostram diversos aspectos para o público se identificar e pensar esses temas a partir daí",  completa Papp.  “Os Donos do Mundo” faz temporada até dia 30 de setembro no Teatro Itália.


Ficha técnica 
Espetáculo "Os Donos do Mundo". Texto e direção: Luccas Papp. Elenco: Bezz Parisi, Bia Nascimento, Bruni Magri, Gabriel Mousa, Giovana Stinglin, Gustavo Spinosa, Júlia Blaz, Luna Lameiras, Maurício Sasí e Verônica Trindade. Stand-ins: Camila Feitosa, Carolina Perotti, Guilherme Marques e Gabriel Tite. Assistência de direção: Letícia Monezi. Cenografia: Luccas Papp. Desenho de luz: Gustavo Gonçalo. Figurinos e fotos: Thais Boneville. Trilha sonora original: Pedro Lemos. Visagismo: Rhaissa Samas. Assessoria de Imprensa: MercadoCom (Ribamar Filho). Produção executiva: Guilherme Bernardino. Produção de elenco: Richard Lake. Redes sociais: Giulia Martins e Amanda Bellini. Design gráfico: Raphael Ruas. Realização: LPB Produções. 

Serviço 
Espetáculo “Os Donos do Mundo”. Teatro Itália Bandeirantes. Avenida Ipiranga, 344 ' Edifício Itália - Subsolo - São Paulo. Temporada: até dia 30 de setembro. Sábados, às 17h. Classificação: 12 anos. Duração: 70 minutos. Gênero: drama. Ingressos: R$ 60,00. Os ingressos já estão à venda pelo https://bileto.sympla.com.br/event/83785/d/199857/s/1351192

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