Nas plataformas, o projeto conta com participações de Marô e Reddy Allor e traz releituras de clássicos do cantor e compositor, além do relançamento de outras 20 faixas da carreira do artista
No ano em que Cazuza completaria 65 anos de idade e a canção “Pro Dia Nascer Feliz” - o primeiro grande hit de sua trajetória, ainda com o Barão Vermelho -, celebra seu 40º aniversário, a Som Livre homenageia o legado do artista carioca com um projeto especial. Através da campanha (Re)Descubra, “Cazuza: O Poeta Vive” chega nas plataformas de áudio com quatro gravações inéditas de sua obra, nas vozes de expoentes da nova geração: Silva (“Preciso Dizer que Te Amo”), Thiago Pantaleão e Marô (“Pro Dia Nascer Feliz”), Luiza Martins (“Codinome Beija-Flor”) e Reddy Allor (“O Tempo Não Para”). Nomes como Lucas Romero e Felipe Vassão fazem parte da produção musical. Na mesma data, a gravadora disponibiliza em seu canal do YouTube visualizers destas faixas - assista aqui.
O projeto evidencia a atemporalidade das letras de Cazuza - um dos maiores ícones pop do país - e como o cantor continua influenciando as novas gerações. Além das novas versões, a coletânea traz outras 20 canções do início da carreira do cantor, cujos dois primeiros álbuns - homônimos - doBarão Vermelho, de 1982 e 1983, e o disco de estreia como artista solo, “Exagerado” (1985), foram lançados pela Som Livre.
A relação de Cazuza com a Som Livre, aliás, vai além de esta ter sido a primeira casa da sua trajetória artística profissional e se entrelaça com a história da gravadora em si. Nascido Agenor Miranda de Araújo Neto, o artista é filho de João Araújo, fundador do selo, e Lucinha Araújo. Sobre a emoção de ver um projeto da Som Livre em homenagem à Cazuza reunindo jovens nomes talentosos, ela comenta: “Qualquer projeto sobre a obra do meu filho, a mim me encanta, porque até hoje todos foram bem sucedidos e a eternidade tem a ver com isso. Ele já morreu há 33 anos, mais tempo do que ele viveu, e até hoje é falado e regravado. Desejo muito sucesso para os artistas envolvidos neste projeto, o Cazuza dá sorte para todo mundo que o regrava”.
Lucinha enfatiza a genialidade do filho: “Eu tenho certeza absoluta que a atemporalidade do que ele falava explica esse fenômeno até hoje. Gente boa não morre nunca, ‘vai-se o homem e fica a obra!’ como já dizia um sambista famoso. Noel Rosa morreu com 26 anos e até hoje é cantado. Muitos outros além do Cazuza até hoje estão cantando e tocando nas rádios e sendo gravados”.
O cantor Silva fala sobre o convite: “Fico feliz e honrado em participar dessa homenagem ao Cazuza, um artista tão único e de enorme importância pra gente. ‘Preciso Dizer Que Te Amo’ é uma canção que me emociona muito. Espero que o mestre se agrade da minha versão lá do paraíso onde ele está”, diz.
Luiza Martins abre o coração sobre sua conexão com o artista: “Coincidentemente o Cazuza foi um dos meus primeiros amores musicais, uma das primeiras pessoas que eu fui apaixonada e sou até hoje. Uma curiosidade muito doida é que a primeira tatuagem que eu fiz aos 15 anos é um trecho de uma música dele: ‘piedade para essa gente careta e covarde’. O Cazuza é uma das lendas da história da música brasileira em todos os sentidos, musicalmente, sua intensidade, delicadeza, composições, voz. Ele gostava de cantar e de escutar de tudo, eu me identifico muito nesse sentido, pois desde muito nova eu escuto absolutamente de tudo, acho que isso é pensar além dessa caixinha da vida”, conta.
Thiago Pantaleão também dá seu depoimento sobre este trabalho: “Ter a oportunidade de cantar Cazuza pra mim é uma das maiores realizações da minha carreira, porque ele foi e é um poeta que inspira milhões de pessoas e artistas como eu. Ele me inspirou muito durante minha vida, então poder fazer parte disso é uma honra. Todo esse projeto é muito lindo e estou muito feliz em fazer parte”.
A cantora Marô conta que se sente representada: “O Cazuza sempre foi uma grande influência por sua interferência, ao dar a cara tapa em assuntos importantes que na época ninguém falava. A força dele, as letras, toda a inteligência, a reflexão que é atemporal, é um aprendizado eterno. E toda a vez que a gente escutar suas músicas, vai ser pra sempre assim. Estou muito animada pra todo mundo ouvir e sentir um pouco do que eu senti”.
Reddy Allor engrossa o coro sobre a importância do projeto: “O Cazuza sempre foi uma referência na minha construção como artista. Um ícone atemporal, que ultrapassa gerações até hoje com sua arte e personalidade. Me sinto muito honrada, realizada e emocionada em participar deste projeto que celebra a sua obra e história”.
Reafirmando a relevância da Som Livre para o mercado da música brasileira, enquanto guardiã de um precioso e extenso catálogo de títulos e artistas que marcaram a história da cultura nacional, esta é mais uma ação da campanha (Re)Descubra. A iniciativa visa presentear os saudosistas e reapresentar para as novas gerações um pouco mais da história musical do país.
Entre outros lançamentos da campanha, está uma homenagem aos 50 Anos de “Acabou Chorare” em 2022, dos Novos Baianos, o maior álbum de todos os tempos segundo a revista Rolling Stone, com um compilado de remixes assinados pelo hitmaker Ruxell, além da disponibilidade pela primeira vez no streaming do disco “Trem Azul”, gravado no último show em vida de Elis Regina, e lançado em forma de homenagem no dia de seu aniversário neste ano.
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