"Aporofobia: s. f. Aversão a pobres que se expressa pelo preconceito e pela discriminação contra pessoas pobres ou desfavorecidas economicamente". É assim que o dicionário define a expressão que busca combater o livro "Rua Qualquer, Sem Número", escrito pelo jornalista Marcelo Brettas e lançado pela editora Koju. A obra reúne crônicas e contos baseados em histórias reais retratando vivências de cidadãos em condição de vida na rua e escritos em diferentes estilos literários (miniconto, cordel, poema, rap...), trazendo para o texto todo o “ruído” das ruas e tentando colaborar para retirar a capa da invisibilidade que a sociedade tenta colocar sobre eles.
O autor mergulhou na realidade de seus personagens e os textos retratam o dia a dia de alguns moradores que se tornaram bem conhecidos em São Paulo, como o Raimundo que, durante muitos anos, viveu em uma “ilha” no meio da Avenida Pedroso de Moraes, zona oeste de São Paulo, onde passava o dia escrevendo os seus próprios livros, mas, a maior parte dos textos retrata a realidade de personagens que passam desapercebidos e ignorados pelos olhares da maior parte dos transeuntes de nossas ruas.
O padre Júlio Lancellotti é o responsável pelo prefácio. Já Mirian de Carvalho, escritora e crítica literária premiada, Doutora em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), membro da Associação Brasileira de críticos de Arte, da União Brasileira de Escritores (UBE)/RJ e SP e do PEN Club, assina o posfácio da obra. O fotógrafo e artista gráfico Paulo Gil Proença Soares acompanhou a maior parte do processo de pesquisa e elaboração deste livro e captou milhares de imagens, algumas delas retrabalhadas em computação gráfica para que conversem de forma harmônica com cada um dos textos.
A participação da imagem nesse projeto é quase uma coautoria em que além do diálogo direto com o texto, muitas vezes é a própria imagem quem revela todos os detalhes e os caminhos que o texto deve seguir. Texto e imagem caminham juntos de forma harmoniosa e desafiadora. A riqueza artística das montagens fotográficas são um contraponto e um sinal de respeito às duras histórias de quem hoje vive em situação de rua. Compre o livro "Rua Qualquer, Sem Número", escrito pelo jornalista Marcelo Brettas, com fotos de Paulo Gil Proença Soares, neste link.
Sobre o autor
Marcelo Brettas é formado em Comunicação Social pela PUC-SP, com habilitação em jornalismo. Jornalista, editor, romancista, cronista, contista e poeta, já editou mais de mil publicações periódicas e conquistou prêmios importantes do jornalismo brasileiro atuando em diversos veículos de comunicação, tais como: TV Cultura, Estadão, Folha de São Paulo, Quatro Rodas, Superinteressante,
Você S/A, Alfa, Playboy, Veja São Paulo, Veja Luxo e Men’s Health. Escreveu ainda para jornais e revistas de diferentes países e hoje é colaborador do Jornal Tornado, de Portugal. Foi finalista de alguns dos principais prêmios jornalísticos do país, como o Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo e integrou a primeira leva de jornalistas a receber o título de Jornalista Amigo das Crianças, outorgado pela Fundação Abrinq. Como escritor participou de dezenas de antologias e tem diversos livros publicados, sendo Tô Levitando e Florestas Imaginárias os mais recentes.
Sobre o fotógrafo
Paulo Gil Proença Soares é jornalista, atua como fotógrafo e ilustrador em diversas publicações do setor editorial, em especial revistas e fotos para capas de livros. Trabalhou como fotógrafo oficial do Zoológico de São Paulo, quando era Fundação Parque Zoológico de São Paulo, e, hoje, segue como fotógrafo no Zoo e Jardim Botânico de São Paulo, pelo grupo Reserva Paulista, vencedor do processo de concessão destas instituições. Participou de exposições coletivas e de uma individual. Tem trabalhos na coleção Joaquim Paiva. Garanta o seu exemplar do livro "Rua Qualquer, Sem Número", escrito pelo jornalista Marcelo Brettas, com fotos de Paulo Gil Proença Soares, neste link.
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