Nessa pequena obra-prima ambientada na Havana do início da década de 1930, os protagonistas conhecem uns aos outros, mas desconhecem a trama diabólica que os une.
"O Cerco" — cuja ação, que dura pouquíssimas horas, se desenrola em uma Havana mergulhada na incerteza após a queda do ditador Gerardo Machado em 1933 — apresenta dois personagens que à primeira vista não têm qualquer relação. Um deles, encarregado da bilheteria de um teatro, é aficionado por música e antagonista dos ricos incultos que frequentam os concertos.
Outro, ex-integrante das fileiras da luta comunista, é um desgarrado que procura desesperadamente o melhor jeito de escapar de uma Havana que parece como que sitiada — e o cerco, numa contagem regressiva que se torna cada vez mais frenética e sufocante, começa a se fechar sem qualquer piedade contra ele.
Nas periferias e sombras por onde se movem esses personagens misteriosos, o sórdido e o sublime se mesclam numa espécie de concerto: um crescendo que se desenrola em um tempo bem marcado até chegar ao seu ápice, a um desfecho tão esperado quanto imprevisível. Compre o livro "O Cerco", de Alejo Carpentier, neste link.
O que disseram sobre o livro
“Havana, com seus esplendores e misérias, é metáfora de um palco em que o fracasso, a solidão e a culpa dos protagonistas encenam mais uma tragédia do Teatro do Mundo. Uma leitura atenta une os fragmentos dessa narrativa, em que a erudição e a linguagem exuberante são indissociáveis do estilo do grande escritor cubano.” — Milton Hatoum, autor de "Dois Irmãos".
Sobre o autor
Alejo Carpentier nasceu em 1904, foi um escritor, músico e jornalista cubano de origem franco-suíça. Viveu longos períodos na França e na Venezuela. Retornou a Cuba em 1959, com a vitória da Revolução. Recebeu o Prêmio Miguel de Cervantes no ano de 1977. Dele, a Companhia das Letras publicou "O Século das Luzes" e "Concerto Barroco". Carpentier morreu em 1980, em Paris, e foi enterrado em Havana, Cuba. Garanta o seu exemplar de "O Cerco", escrito por Alejo Carpentier, neste link.
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