As dúvidas e angústias compartilhadas nos divãs pelos pacientes são parecidas com as do próprio analista, como revela em "O Ano em que Me Tornei Psicanalista", o novo livro de Tiago Mussi, lançado pela editora Blucher. O texto traz a trajetória dele como psicanalista, com ênfase no período em que faz sua formação na Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro, ligada à Associação Psicanalítica Internacional, da qual é membro. Tiago Mussi é psiquiatra com mestrado em Psicologia pela Université Paris 13.
Considerado um ensaio de formação pelo autor, o livro lançado pela editora Blucher parte da autoficção para explicar os mistérios que cercam o ofício. Ao expor os bastidores sem medo, ele convida o leitor a testemunhar a formação de um analista, a partir dos relatos sobre sua primeira paciente, e os obstáculos que precisa vencer diante dos jogos sutis da transferência. Ao mesmo tempo, Tiago Mussi lembra da infância, fala dos questionamentos feitos na própria análise e detalha a supervisão recebida por uma analista mais experiente.
“Talvez a escrita seja, ao lado da psicanálise, a única forma possível para desvelar o que se esconde sob o sentido manifesto das palavras. Será? Assim me parece. Se por um lado tanto o exibicionismo quanto o voyeurismo me impediriam de ir além do que Freud foi ao revelar seus próprios desejos em A interpretação dos sonhos, por outro, a escrita, e, sobretudo, a escrita da psicanálise, poderia me libertar”, escreve Tiago Mussi.
Além de "O Ano em que me Tornei Psicanalista", Tiago Mussi escreveu “Onde os Paranoicos Fracassam” (romance) e “Por que os Loucos Escrevemos Livros Tão Bons?” (contos). Em 2016, recebeu o Prêmio Rio de Literatura por “Tão Fútil e de Tão Mínima Importância” (romance). Compre o livro "O Ano em que me Tornei Psicanalista", de Tiago Mussi, neste link.
0 comments:
Postar um comentário
Deixe-nos uma mensagem.