domingo, 2 de julho de 2023

.: Norival Rizzo entra para o elenco da peça teatral "O Deus de Spinoza"


O ator Norival Rizzo entra para o elenco da peça "O Deus de Spinoza", no papel de Roberto Borestein, que retorna durante a temporada. Rizzo fará o papel de um dos rabinos que condenaram o filósofo Spinoza ao exílio. O espetáculo convida à reflexão e à liberdade de pensamento. "O Deus de Spinoza" está em cartaz no Teatro Itália Bandeirantes e segue até dia 27 de agosto.

“Através do pensamento de Spinoza, podemos reconhecer muitos comportamentos de nossa sociedade atual, com suas superstições, crenças ou mistérios. E podemos notar como os donos do poder sabem manipular as multidões através do medo e da imposição do sistema”, afirma Régis de Oliveira, autor da peça teatral.

O espetáculo resgata o pensamento do reconhecido filósofo holandês Baruch de Spinoza, condenado no século XVII por sua reflexão sobre a relação do ser humano com Deus e com a Natureza, contestando dogmas religiosos da época. Renegado por séculos, seu pensamento foi resgatado e hoje é motivo de estudos no mundo inteiro.

Após temporada de sucesso em São Paulo, "O Deus de Spinoza" reestreou no último sábado, dia 1º de julho, no Teatro Itália Bandeirantes. A direção é de Luiz Amorim, que também integra o elenco ao lado de Bruno Perillo, Juliano Dip, David Kullock e Roberto Borestein, com Norival Rizzo e Lisi Andrade como stand-ins. Os figurinos são de João Pimenta, a iluminação de Cesar Pivetti com cenários de Evas Carreteiro. A peça é pontuada por músicas sefarditas do século XVII, executadas ao vivo, com direção musical de Marcus Veríssimo.

O texto é assinado por Régis de Oliveira, jurista e desembargador renomado que há anos se dedica ao estudo de filosofia. Em sua estreia como dramaturgo ele faz um recorte da vida de Spinoza, desde sua condenação - o Herem, em 1656 - até a sua morte, em 1677. “Através do pensamento do filósofo, podemos reconhecer muitos comportamentos de nossa sociedade atual, com suas superstições, crenças ou mistérios. E podemos notar como os donos do poder sabem manipular as multidões através do medo e da imposição do sistema”, conta Régis.

Vivemos atualmente num mundo conturbado com emoções descontroladas. O momento pelo qual passamos necessita de reflexão, entendimento e clareza. A filosofia de Spinoza nos traz uma luz nestes tempos. Sua ampla e densa obra trata da relação do ser humano com Deus e com a Natureza. Trata dos afetos, do direito natural, da essência humana.

Baruch de Spinoza viveu no Século de Ouro dos Países Baixos.  A Holanda fervilhava culturalmente no século XVII. Ali estava Grócio, um dos pais do direito público, Descartes que escolheu a Holanda como pátria espiritual e Rembrandt e Vermeer que despontavam na pintura. “Spinoza balançou o mundo e o pensamento moderno. A montagem trata os personagens com humanidade, com seus erros e acertos e principalmente com as suas convicções. Busca trazer o pensamento de Spinoza de uma forma profunda mas acessível, para que, como diz Spinoza, afete de alguma maneira o público. Estas são as afecções”, fala Luiz Amorim sobre o espetáculo.


Sinopse do espetáculo
Amsterdã, ano de 1677. O país fervilha intelectual e economicamente.  Ali um livre pensador questiona as doutrinas e dogmas religiosos e políticos. Baruch de Spinoza é chamado a arrepender-se, mas não abre mão de seu pensamento. Assim passa pelo Herem, a condenação judaica, equivalente à excomunhão, e vai viver no exílio da sua comunidade. Tem o apoio de seu amigo Jan Rieuwertsz, com quem pode desabafar e contar de seus planos futuros. Um convite à reflexão e à liberdade de pensamento. O espetáculo é pontuado por músicas safarditas do século XVII, em língua ladina, executadas ao vivo.

Ficha técnica
"O Deus de Spinoza". 
Texto: Régis de Oliveira. Direção e adaptação: Luiz Amorim. Direção musical: Marcus Veríssimo. Elenco: Bruno Perillo, Juliano Dip, David Kullock, Luiz Amorim, Roberto Borenstein e Norival Rizzo (stand-in). Musicistas: Marcus Veríssimo, Margot Lohn, Lucas Biscaro e Lisi Andrade (stand-in). Desenho de luz: César Pivetti. Figurinos: João Pimenta. Cenografia: Evas Carretero. Visagismo: Beto Franca. Ilustração: Hidreley Dião. Designer gráfico: Luciano Alves. Técnico e operador de luz: Rodrigo Pivetti. Camareira: Alana Carvalho. Contrarregragem: Magnus Odilon. Fotografia: Ronaldo Gutierrez. Mídia social: Felipe Pirillo. Produção executiva: Erika Horn. Realização: Régis de Oliveira. Assessoria de imprensa: Flavia Fusco.


Serviço:
"O Deus de Spinoza".
Texto: Régis de Oliveira. Direção e adaptação: Luiz Amorim. Direção musical: Marcus Veríssimo. Elenco: Bruno Perillo, Juliano Dip, David Kullock, Luiz Amorim, Roberto Borenstein e Norival Rizzo (stand-in). Musicistas: Marcus Veríssimo, Margot Lohn, Lucas Bisparo e Lisi Andrade (stand-in). Desenho de luz: Cesar Pivetti. Cenografia: Evas Carretero. Figurinos: João Pimenta. Estreia: 1º de julho, sábado. Temporada: de 1º de julho a 27 de agosto. Sextas e Sábados às 21h, e domingos, às 20h. Duração: 80 minutos.  Classificação: 12 anos. Ingressos: R$100 / R$ 50 (meia). Vendas pelo site: https://bileto.sympla.com.br/event/83768/d/199708/s/1349819. Horário da bilheteria: terça a sábado, das 17h às 21h. Domingo, das 16h às 21h, ou até o início do espetáculo. Teatro Itália Bandeirantes - 292 lugares. Av. Ipiranga, 344 - República - São Paulo.

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