Com direção de Gustavo Barchilon, espetáculo estreia em São Paulo no dia 27 de Julho, no Teatro Sérgio Cardoso. Foto: divulgação
“Você pode ser o que você quiser se tiver imaginação”. Bob Esponja e seu otimismo incorrigível conquistou gerações de fãs em todo o mundo, há mais de 20 anos, e ganhou os palcos da Broadway, se transformando em um musical de grande sucesso, com canções originais de nomes como David Bowie, Cindy Lauper, John Legend, Steven Tyler e Joe Perry (do Aerosmith), Panic!At the Disco, The Flaming Lips e Sara Bareilles, entre outros.
Depois do sucesso da temporada carioca, "Bob Esponja, o Musical" chega a São Paulo no próximo dia 27, no Teatro Sergio Cardoso, equipamento da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas com gestão da Amigos da Arte, em São Paulo. No palco, os famosos personagens da Nickelodeon tentarão salvar a Fenda do Biquíni da extinção.
"Bob Esponja, o Musical" tem produção da Touché Entretenimento, direção de Gustavo Barchilon, direção musical de Laura Visconti, versão brasileira de Anna Toledo e produção geral de Renata Borges. A ficha técnica da montagem brasileira traz ainda grandes nomes como Fabio Namatame (figurinos), Maneco Quinderé (desenho de luz), Alonso Barros (coreografia), Natália Lana (cenografia) e Feliciano Sanroman (visagismo), entre outros.
Totalmente selecionado por testes, o elenco traz no papel título um dos mais importantes e premiados atores de musicais do país, Mateus Ribeiro (que interpretou o protagonista de espetáculos como "Peter Pan, o Musical" e "Chaves, Um Tributo Musical"). Ele está acompanhado por Davi Sá (Patrick Estrela), Analu Pimenta (Sandy), Ruben Gabira (Lula Molusco), Tauã Delmiro (Plankton), Naice (Sr. Sirigueijo), Suzana Santana (Pérola), Luísa Vianna (Karen, O Computador), Will Anderson (Patchy, O Pirata), Ana Luiza Ferreira (Senhora Puff / cover Pérola), Cristiana Pompeo (Prefeita), Diego Campagnolli (Perch Perkins), John Seabra (Larry, A Lagosta/ Ensemble), André Ximenes (Skates Elétricos/Ensemble), Thadeu Torres (Buster Bluetang/Skates Elétricos/Ensemble/Cover Plankton), Gabi Camisotti (Skates Elétricos/Ensemble/Cover Karen), Letícia Nascimento (Sardinha/Ensemble), Tecca Maria (Swing), Léo Rommano (Velho Jenkins/Cover Patrick), Lucas Bocalon (Ensemble/Cover Bob Esponja), Pamella Machado (Ensemble/Cover Sandy e Prefeita), Rhuan Santos (Ensemble/Cover Lula Molusco), Vicenthe Oliveira (Ensemble) e Eddy Norole (Ensemble).
O musical é baseado na animação original da Nickelodeon mundialmente conhecida: "Bob Esponja, Calça Quadrada". A Fenda do Biquíni, lugar onde Bob Esponja e seus amigos vivem, está sob ameaça de um vulcão. A história retrata os habitantes da região superando as adversidades, mostrando que a população unida e, principalmente, que os sentimentos verdadeiros conseguem salvar o mundo.
"Bob Esponja, o Musical" estreou na Broadway em 2017, fazendo grande sucesso, com libreto de Kyle Jarrow. Recebeu 12 indicações ao Tony Awards de 2018, incluindo: Melhor Musical, Melhor Ator em Musical, Melhor Trilha Sonora Original, Melhor Direção de Musical, Melhor Coreografia, Melhor Cenário de Musical e Melhor Figurino de Musical. Também em 2018, venceram seis categorias do Drama Desk Award, incluindo: Melhor Musical, Melhor Ator em Musical, Melhor Caracterização de Ator em Musical e Melhor Diretor de Musical.
“Uma das principais missões da Nickelodeon é possibilitar que as crianças conheçam seus ídolos pessoalmente”, afirma Victor Fonseca, vice-presidente de Licenciamento da Paramount América Latina. “Bob Esponja é um personagem amado por diversas gerações e poder trazer esse aclamado musical para o Brasil nos dá a certeza de estarmos no caminho certo. A gente espera que todos se divirtam muito com essa aventura”, finaliza. O Brasil se junta ao Reino Unido como os primeiros territórios internacionais onde a peça será montada em 2023.
A montagem brasileira
"Bob Esponja, o Musical" tem como base a versão da Broadway, mas com total liberdade criativa. “Procuramos realizar algo que a Touché sempre faz: produções próprias, seguindo o que a bíblia do musical manda, mas com uma concepção original e direção autoral”, explica a produtora Renata Borges. Um dos desafios da montagem é não apenas dialogar com a versão original sem ser réplica, mas também respeitar as características da série animada, que tem uma legião de fãs apaixonados e exigentes. “Um dos principais desafios da minha direção é humanizar o cartoon, sem deixá-lo caricato. Não estamos fazendo um musical com espumas ou os atores vestidos dos bonecos. Estamos transformando a imagem do desenho, criando algo que seja real e emocionante, mas que o público possa se identificar com os personagens”, celebra o diretor, Gustavo Barchilon.
A cenografia de Natália Lana é um dos elementos chave da montagem, com o desafio de transformar o palco na Fenda do Biquíni, local aonde vivem Bob Esponja e sua turma. A concepção conta com uma boca de cena e cortina de boca feitas em material furta-cor, formando um grande elemento escultórico. São dez cenografias de grandes proporções, totalizando mais de 2500m2, que pesam mais de 4 toneladas. Serão usadas mais de 7000 bolinhas de piscina, 250 m2 de plotagem em tecido, 450m de plástico holográfico e 1,5km de tubos de ferro. Serão reaproveitados mais de 100 m2 de embalagens plásticas que iriam para o lixo.
Natália Lana buscou diversas fontes e referências para conceber a cenografia. “Minhas inspirações foram em instalações artísticas, esculturas e materiais que remetam ao fundo do mar sem a intenção de ser realista, brincando com o lado lúdico da visualidade”. A cenógrafa complementa: “mas existem elementos que fizemos a escolha em representar o mais próximo do desenho. Como fazer Bob Esponja sem ter o abacaxi, não é?”.
Gustavo Barchilon também buscou inspiração em uma curiosa teoria de uma rede de fãs, que acreditam que os principais personagens têm relação com os sete pecados capitais, sendo Bob Esponja a luxúria, em sua busca incontrolável pelo prazer. “Qual é o prazer do Bob? diversão. Por isso, criamos um cenário que, além das tradicionais imagens, traz uma série de brinquedos com os quais os atores irão interagir, criando esse universo mais lúdico, de diversão infinita”, afirma. Renata Borges complementa: “o cenário é a alma do musical, juntamente com os atores”.
Os figurinos de Fabio Namatame referenciam o universo dos personagens, mas sem tentar fazer uma mera reprodução do desenho. “O figurino foi feito em cima do conceito dadaísta que implementei para a encenação. Cada ator do ensemble troca de roupa pelo menos 4 vezes, fora os números de sapateado e as trocas de perucas”, explica Barchilon. O visagismo de Feliciano Sanroman é também fundamental na construção dessa identidade cênica.
São cerca de 120 figurinos, além dos adereços e acessórios, com uma grande variedade de materiais: tecidos, plásticos telas, impressões digitais, espumas dubladas, borrachas e outros materiais bastante diferenciado, com cores muito fortes, para representar a variedade cromática dos seres do fundo do mar. “Foi um grande desafio transformar os desenhos do cartoon em figuras humanas reais. Busquei algumas formas mais icônicas para manter presente no figurino, como algumas texturas e estampas das figuras originais. Para o Bob, mantive as cores originais do desenho, transformando em estamparia. E modelagem para figuras humanas mantendo as características desses personagens tão divertidos e carismáticos”, explica Namatame.
A música é executada ao vivo, com uma orquestra composta por 10 integrantes e direção musical de Laura Visconti, que não esconde seu entusiasmo com o material. “Exatamente pelo fato de a trilha ser composta por vários grandes nomes da música pop e rock da atualidade, cada número musical se torna um grande hit pois foi ‘único’ para cada um dos compositores”. O repertório passeia por diferentes gêneros - pop, rock, country, gospel - com arranjos que respeitam as partituras originais. Laura destaca ainda a presença do coro e a formação da banda: “temos o coro em quase todos os números e alguns músicos tocam mais de um instrumento. No caso das guitarras, por exemplo, temos dois guitarristas, que tocam, além de guitarra e violão, banjo, ukulele, guitarra havaiana e bandolim”, explica.
A versão de Anna Toledo é fiel ao original, com leves “transposições” para o universo brasileiro, como as expressões caipiras da personagem Sandy (uma esquila do interior do Texas), que ficaram mais próximas ao interior de São Paulo, bem como o lugar favorito do Patchy, o Pirata, que ficou sendo a 25 de março, famosa rua de compras na capital paulista.
Anna Toledo destaca que o texto alcança mesmo quem não conhece o desenho, com piadas e temas que são universais. “O mais interessante para mim é que o texto usa o universo surreal da Fenda do Biquíni para espelhar crises muito familiares a nossa realidade, como o racismo, o sensacionalismo da mídia, as fake news, a crise climática. Tudo isso com humor, sem cair no didatismo. É muito inteligente”, exalta.
Renata Borges celebra ainda a parceria que possibilitou a realização dessa montagem: "Tenho muito orgulho dessa parceria com a Nickelodeon/ Paramount e Concord Theatricals. O Brasil é o primeiro país a receber a montagem depois da Broadway. Algo inédito. Os fãs de Bob Esponja irão amar e os adultos também porque o espetáculo é para toda família. E será inesquecível!"
"Bob Esponja, o Musical" é apresentado pelo Ministério da Cultura e BB Seguros, com patrocínio da Eurofarma, Drogarias Pacheco, Drogarias São Paulo e apoio da Panco. “O apoio à cultura é um dos pilares da nossa atuação e ficamos muito felizes de contribuir para que uma atração de tanto sucesso possa ser prestigiada pelo público brasileiro”, comenta Fabio Mourão, Superintendente Comercial e de Marketing da Brasilseg, uma empresa BB Seguros. “O espetáculo, aliás, é voltado a pessoas de todas as idades, e o cuidado em identificar projetos com essa característica também é um traço do trabalho que fazemos nessa esfera”, acrescenta o executivo.
A série animada "Bob Esponja, Calça Quadrada"
Desde o seu lançamento em 17 de julho de 1999, "Bob Esponja, Calça Quadrada" reinou como a série animada da Nickelodeon mais assistida por quase 20 anos consecutivos, gerando um universo de personagens amados, repleto de bordões, memes da cultura pop, lançamentos teatrais, produtos de consumo e uma base de fãs global.
A animação é uma das propriedades mais amplamente distribuídas na história da Paramount International, vista em mais de 170 países, traduzida para mais de 29 idiomas e com uma média de mais de 100 milhões de espectadores totais a cada trimestre. "Bob Esponja, Calça Quadrada" foi criado por Stephen Hillenburg e produzido pela Nickelodeon em Burbank, Califórnia. O desenho animado narra as aventuras náuticas e às vezes absurdas de Bob Esponja, um otimista incurável e sincero e seus amigos submarinos.
Serviço
"Bob Esponja, o Musical". Estreia: 27 de julho. Teatro Sergio Cardoso - Rua Rui Barbosa, 153 - São Paulo. Horários: quintas, às 20h30. Sextas e sábados, às 15h e às 20h30. Domingos às 16h. Temporada de 27 de julho até 17 de setembro. Duração: 2h30 (com intervalo de 15 minutos). Classificação etária: livre.
Pontos de venda, sem taxa de conveniência:
Bilheteria do Teatro Sérgio Cardoso. Rua Rui Barbosa, 153 - Bela Vista. Atendimento de terça a sábado das 14h às 19h e vendas para o espetáculo do dia, das 14h até o início do espetáculo. Telefone para informações: (11) 3288-0136.
Compras pela internet*: www.sympla.com.br. *compra sujeita a cobrança de taxa de conveniência e taxa de entrega
Ficha técnica
"Bom Esponja, o Musical". Direção: Gustavo Barchilon. Direção musical: Laura Visconti. Versão brasileira: Anna Toledo. Assistente de direção: Lucas Pimenta. Figurinos: Fabio Namatame. Desenho de luz: Maneco Quinderé. Coreografia: Alonso Barros. Cenografia: Natália Lana. Visagismo: Feliciano Sanroman. Desenho de som: Gabriel D´angelo. Assistente design de luz: Russinho. Produtora de elenco: Giselle Lima. Direção de arte: Luiz Pimenta e Eduardo Juffer. Direção de produção: Roberta Juricic e Alex Felippe. Coordenação de produção: André Gress. Produção geral: Renata Borges.
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