quarta-feira, 26 de julho de 2023

.: Biografia do Secos & Molhados tem edição ampliada para os 50 anos


"Primavera nos Dentes: a História do Secos & Molhados - Ditadura, Censura e Sedição"
, de Miguel de Almeida, mostra como o Secos & Molhados, que lançou seu álbum de estreia em 1973, se tornou um dos símbolos da rebeldia contra a ditadura militar. Suas performances irreverentes e letras poéticas de suas canções levaram questões de gênero ao almoço de domingo dos brasileiros. Com cerca de um milhão de cópias vendidas no primeiro ano, o disco representou um marco na MPB, com ampla influência na indústria fonográfica.

O autor ampliou sua pesquisa com novas entrevistas, e a edição traz capítulos inéditos, informações atualizadas e outras imagens, além de texto de orelha do escritor Silviano Santiago. Miguel de Almeida é autor da série homônima, de quatro episódios, que está prevista para ir ao ar em outubro de 2023, no Canal Brasil. 

O livro acompanha a vida de cada um dos membros do Secos & Molhados desde antes da fama; o caminho que uniu João Ricardo, Gérson Conrad e Ney Matogrosso; o estouro de suas músicas; a performance única que inauguravam em período de repressão; os conflitos que levaram ao fim do grupo. Ao contar essa história, Miguel de Almeida traça também a história do movimento cultural brasileiro durante os duros anos da ditadura militar.

Ney fugiu de casa aos 17 anos, brigado com o pai — um militar da Aeronáutica que não aceitava ter um artista na família. Muitas vezes não tinha o que comer, morava em casas de amigos e tinha uma vida simples, buscando seguir sua carreira de ator, até que conheceu João Ricardo, um jornalista português, e Gérson, um jovem estudante de Arquitetura, que procuravam um cantor para sua banda de rock. Nenhum deles imaginava o sucesso que estaria por vir.

O primeiro álbum do Secos & Molhados foi lançado em 1973. Em um ano, cerca de um milhão de LPs foram vendidos. Em fevereiro de 1974, a banda protagonizou outro recorde: uma apresentação para 20 mil pessoas no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. Nunca antes o show de um único nome brasileiro havia atingido tamanho público — sendo que mais 20 mil pessoas ficaram do lado de fora, sem conseguir comprar ingresso. A rebeldia criativa do grupo driblava a censura, fazendo uso sobretudo da poesia e do teatro, e, com suas performances inusitadas, dava espaço a discussões de gênero e de liberdade, mesmo num período histórico de repressão. Compre o livro "Primavera nos Dentes", de Miguel de Almeida, neste link.


O que disseram sobre o livro
“Corpos alegremente inconvenientes – eis a senha secreta. Miguel prova que, a partir dos anos 1970, a inconveniência do artista em espetáculo público – ou sua imagem e palavra no jornal ou na televisão – é uma eficiente arma política revolucionária, distribuída à sanha imitativa dos colegas de trabalho, ou à admirativa da juventude de fãs.” – Silviano Santiago


Sobre o autor
Miguel de Almeida
é escritor, editor e cineasta. Colunista de O Globo, é autor de "Do Pré-tropicalismo aos Sertões Incandescentes" e "Trilha nos Trópicos", entre outros títulos, do argumento da série "Manhãs de Setembro" e diretor dos filmes "Tunga, o Esquecimento das Paixões" e "Não Estávamos Ali para Fazer Amigos" e da série "Primavera nos Dentes". Garanta o seu exemplar de "Primavera nos Dentes", escrito por Miguel de Almeida, neste link. 

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