"Eu realmente acho que uma pessoa como eu, para dar errado, tem que ser muito burra, tem que fazer muita besteira”, diz ela, na imagem, ao lado do jornalista Marcelo Tas. Foto: Lara Asano
Nesta terça-feira, dia 13 de junho, Marcelo Tas conversa, no "Provoca", sobre podcasts com Branca Vianna, fundadora da Rádio Novelo e uma das responsáveis pelo "barulho" que essa mídia digital está fazendo. O Brasil é o terceiro país que mais ouve podcasts no mundo, com mais de 30 milhões de ouvintes. A entrevista inédita vai ao ar na TV Cultura, a partir das 22h.
Marcelo Tas pergunta se os podcasts, assim como as novelas, também viciam, fazem as pessoas ficarem acompanhando. “O podcast 'serial' sem dúvida. depende do formato (...) as séries que a gente produz, como 'Praia dos Ossos', que foi o primeiro que a Novelo fez (...) a gente trabalhou com roteiristas que trabalham com séries de televisão, cinema, e que sabem fazer esses ganchos (...) com reviravolta, surpresa”, explica Branca.
Em outro momento do programa, a podcaster conta sobre ter nascido privilegiada. “Vim de uma família tradicional de Minas, do Rio de Janeiro e Pernambuco, de gente que veio de Portugal, século XVIII, fazenda de café, engenho de açúcar (...) quando chegou na minha geração já não tinha mais um tostão, mas tinha a empáfia (...) você entra na vida mais segura, sabendo que se você errar, você não vai para a miséria (...) eu realmente acho que uma pessoa como eu, para dar errado, tem que ser muito burra, tem que fazer muita besteira”, diz.
Tas explica, no "Provoca", que a gente usa a palavra elite de forma errada, que a gente confunde elite com rico pilantra e pergunta para Vianna porque tem uma parte do que a gente não pode chamar de "elite" que quer destruir a ciência. “Tem muita gente apoiando muita coisa, muita fundação brasileira muito legal (...) e tem gente legal e gente escrota em todas as classes sociais, não é um privilégio da elite. O dinheiro ajuda a escrotidão a se espalhar”, afirma.
Sobre Branca Vianna
Formada em Letras, com mestrado em linguística e em formação de intérpretes de conferência, foi intérprete simultânea durante 28 anos. Fez carreira como intérprete e como professora no Curso de Formação de Intérpretes da PUC-Rio. Ela sempre gostou de podcast, mas foi em 2018 que se deu conta de que poderia trabalhar também com isso.
Nessa época, estreou o "Maria Vai com as Outras", programa da revista Piauí sobre mulheres e mercado de trabalho. Isso foi logo após decidir que iria parar de dar aulas de interpretação simultânea. Ela, então, se juntou à jornalista Paula Scarpin e a tradutora e pesquisadora Flora Thomson-DeVeaux para lançar a Rádio Novelo.
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