terça-feira, 30 de maio de 2023

.: Resenha crítica: "A Pequena Sereia" mescla afetividade e novidades

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em maio de 2023



A famosa sereiazinha de madeixas ruivas que deseja abandonar as origens para viver uma história de amor com um humano e põe em prática a citação do criador do conto de fadas "A Sereiazinha", Hans Christian Andersen: “Uma sereia não tem lágrimas e, portanto, ela sofre muito mais". Eis que a nova produção dos Estúdios Disney para "A Pequena Sereia", em cartaz no Cineflix Cinemas, é um encanto, seja por resgatar cenas clássicas da animação de sucesso de 1989 e também incrementar a trama com novidades necessárias para tornar a nova adaptação viável.

Enquanto que o príncipe Eric, adotado pelo rei e rainha de um castelo após sobreviver a um naufrágio, as irmãs de Ariel também representam diferentes origens, uma vez que cada uma representa os sete mares, mas visitam o pai na Lua Coral. Na nova versão, tudo está mais conectado, mas sem perder a magia. É praticamente certo ver alguém dançando na poltrona do cinema quando começa a tocar a clássica "Aqui no Mar" (Under The Sea).


No filme de 2h15 de duração, cenas marcantes e as canções inesquecíveis voltam para a telona, mas no formato live action. A Ariel de Halle Bailey é simplesmente cativante, nela há a curiosidade, a inocência e a simplicidade em realizar, inclusive, o aparentemente impossível. É inevitável destacar que o longa sacode a memória afetiva daqueles que assistiram a animação nos cinemas e/ou cresceram revendo o VHS da animação da sereiazinha desbravadora. 


As novas músicas, marcadas pelo estilo teatro-musical, principalmente a interpretada pelo príncipe Eric, trazem um ar próprio para o live action. Já as releituras sem muitas ou drásticas mudanças, "Aqui no Mar", "Parte do Seu Mundo" e "Beije a Moça" reforçam que em time que está ganhando não se mexe. No quesito da adaptação visual das sequências musicais, tudo é de encher os olhos, não somente pela beleza e colorido, mas por também emocionar causando arrepios e, claro, lágrimas de alegria de poder rever tal produção inovada e caprichada.

Na versão dublada, as vozes não são tão marcantes quanto na animação, salvo a voz de Andressa Massei (que interpretou a malvadona na montagem teatral de sucesso protagonizada por Fabi Bang nos teatros brasileiros) para a vilã que amamos odiar, Úrsula. A interpretação de "Pobres Corações Infelizes" é envolvente e chega a lembrar a impostação do vozeirão inesquecível de Zezé Motta, na animação de 1989. 

A verdade é que "A Pequena Sereia" é imperdível por mesclar afetividade e novidades. Confira no Cineflix Cinemas! 

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* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm



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