“Eu acho que nós somos bissexuais e que por várias razões a gente vira uma coisa ou outra, num grau ou noutro”, afirma a atriz. Foto: Lara Asano
Nesta terça-feira, dia 16 de maio, o "Provoca" recebe a atriz Regina Braga, reconhecida intérprete, versátil nos registros cômicos e dramáticos. Em conversa com Marcelo Tas, entre diversos assuntos, ela fala sobre sua visão da bissexualidade, o ato de rir, trajetória artística e a relação que tem com São Paulo. A edição inédita vai ao ar às 22h, na TV Cultura.
“Eu acho que nós somos bissexuais e que por várias razões a gente vira uma coisa ou outra, num grau ou noutro”, afirma. E lembra da repercussão sensacionalista na imprensa, há anos atrás, quando declarou: “Eu sou bissexual, eu sinto em mim”. A atriz, que é casada com o médico e escritor Drauzio Varella há mais de 30 anos, esclarece que, na verdade, é heterossexual, mas ainda defende: "Se eu quisesse agora desenvolver isso (a bissexualidade) eu poderia desenvolver, eu tenho ingredientes em mim (...) mas é porque eu sinto, isso que eu disse é superverdade. Eu sou gay, eu sei o que é isso, porque é uma questão só de circunstância, de carinho, de emocional”, afirma.
Acumula, em sua formação, o curso da Escola de Arte Dramática (EAD), estágios realizados na França e junto à formação em psicodrama. Ao longo de sua carreira, participa de expressivos trabalhos na TV e no cinema. Sobre a relação dela com o ato de rir, Regina conta que se baseia muito no conceito de Oswald de Andrade, no Manifesto Antropófago, de que “A alegria é a prova dos nove”, e por isso gostaria até de fazer um curso de rir, para rir cada vez mais. A atriz continua ao dizer que seu caminho é encontrar a alegria de tal forma que se sinta à vontade onde estiver. “Eu faço qualquer coisa agora pra não ficar tensa nos lugares, pra não ter que mostrar como eu sou bacana”, diz.
Tas provoca Regina ao perguntar se ela já perdeu dinheiro produzindo teatro. E a atriz responde, sem titubear: “Muito (...) E continua igual”. Também conta que se empenhou muito para tornar-se produtora porque pensava que, desta forma, não teria uma vida à deriva da escolha de outros. Mas que isso não aconteceu e, hoje, se acostumou com essa rotina e acha divertido.
Nascida em Minas Gerais, Regina ainda divide com Tas a boa relação que tem com São Paulo e afirma: “Eu fiquei paulista”. E sobre a viver na metrópole, comenta: “Você se habitua com esse desafio, morar em São Paulo às vezes é doloroso”.
0 comments:
Postar um comentário
Deixe-nos uma mensagem.