quinta-feira, 18 de maio de 2023

.: Lista: nove motivos para ler "O Livro do Desassossego" em nova edição


Obra incontornável de Fernando Pessoa, o clássico "O Livro do Desassossego" ganha nova edição revista e atualizada com organização do especialista Richard Zenith - autor de "Pessoa: Uma Biografia", que estará no Brasil em junho para lançar o livro - e posfácio inédito da célebre crítica literária Leyla Perrone-Moisés. Listamos nove motivos para ler este livro, um item indispensável para qualquer biblioteca.


1. Prefácio do próprio Fernando Pessoa
A edição revista e atualizada de "O Livro do Desassossego" inclui um prefácio escrito pelo próprio Fernando Pessoa e posfácio da pesquisadora Leyla Perrone-Moisés. A publicação faz parte dos esforços da editora em reeditar a obra completa do poeta português. Em 2022, a Companhia das Letras lançou as novas edições das "Poesias Completas" dos heterônimos Alberto Caeiro e Ricardo Reis, e a biografia de Fernando Pessoa, também escrita por Zenith.

2. Especialista no Brasil
Um dos maiores especialistas de Fernando Pessoa no mundo, Richard Zenith estará no Brasil à época do lançamento para participar da Feira do Livro. O evento dele será no sábado, dia 10 de junho, às 15h, com mediação de Lira Neto e Paulo Werneck.

3. Fernando Pessoa se expõe demais no livro, o que é ótimo
Publicado em 1982, quase 50 anos após a morte do poeta, "O Livro do Desassossego" se tornou um marco da literatura. A obra reúne cerca de 500 fragmentos em prosa que abordam o desconforto de Fernando Pessoa como indivíduo em relação à sociedade em que vive - marcada pelo desalento após a Primeira Guerra Mundial. Aborda temas universais (e atuais) como a crise de identidade, a insatisfação com a vida, a busca por sentido e a alienação do indivíduo em relação à sociedade.

4. Livro é muito atual
Seja pelo estilo fragmentário, tão representativo dos nossos tempos, seja pelo esforço em buscar significado em uma vida que muitas vezes parece esvaziada de sentido, "O Livro do Desassossego" impressiona por sua radical atualidade.

5. Temas quentes em livro clássico
A organização de Richard Zenith é uma das mais consolidadas entre especialistas e pesquisadores sobre Fernando Pessoa. Por consistir em fragmentos que o poeta nunca organizou oficialmente são muitos os debates sobre a forma final da obra. Como prova de que o tema segue quente, em 2023 também chegou às livrarias a edição da Todavia, organizada pelo colombiano Jeronimo Pizarro.

6. 500 fragmentos e um “semi-heterônimo”
Publicado pela primeira vez em 1982, quase cinco décadas depois da morte do escritor, "O Livro do Desassossego" se tornou um marco da literatura. Escrito por Bernardo Soares - personagem fictício considerado um “semi-heterônimo” de Fernando Pessoa pela indiscutível proximidade com o autor -, o volume recolhe cerca de quinhentos fragmentos em prosa que abordam o desconforto do indivíduo em relação à sociedade em que vive.


7. Depressão no centro da discussão
Nos trechos recolhidos neste volume de "O Livro do Desassossego", o tom depressivo ganha forma numa náusea constante que atinge não apenas as dimensões intelectual e afetiva, mas também o plano físico. É como se “a existência da própria alma”, de acordo com o narrador, fosse capaz de engendrar um permanente “incômodo dos músculos”.


8. Fragmentos e a busca de um significado
Seja pelo estilo fragmentário, tão representativo dos nossos tempos, seja pelo esforço em buscar significado em uma vida que muitas vezes parece esvaziada de sentido, "O Livro do Desassossego" impressiona por sua radical atualidade.


9. Vários em um autor, atual mesmo sendo de 1888
Autor de uma obra extraordinária e plural, Fernando Pessoa nasceu em 1888, em Lisboa. Sua produção se desdobraria em muitos heterônimos, sendo Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis os mais célebres. "Mensagem", de 1934, foi o único livro publicado em vida com a assinatura de Fernando Pessoa. O escritor morreu em 1935, em Lisboa. Compre a edição revista e atualizada de "O Livro do Desassossego" neste link.


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