Em 1949, no jornal carioca O Diário da Noite, nascia Myrna, pseudônimo que Nelson Rodrigues criou para assinar colunas diárias em que respondia a cartas de leitores e leitoras com conselhos amorosos e de relacionamento.
A coluna foi um sucesso, e no mesmo ano a escritora se atrevia a uma nova empreitada: o romance-folhetim "A Mulher que Amou Demais", agora lançado pela editora Harper Collins. A trama é uma envolvente história de suspense com todos os elementos que tanto agradavam aos leitores de então e que Nelson trabalhava como ninguém: conflito familiar, desnudamento humano, conflito amoroso, mistério e paixão avassaladora.
Myrna, o pseudônimo arrebatador
Pode a mulher tornar-se dona de si ou ela está irremediavelmente presa a impulsos e inclinações devastadores? O amor é uma escolha ou um abalo, uma doença que acomete as mulheres quando elas menos esperam? É com questões como essas que Nelson Rodrigues provoca as almas femininas sob o disfarce do pseudônimo Myrna. "Myrna Escreve" era o nome da coluna em que Nelson respondia a consultas sentimentais no Diário da Noite.
Com o mesmo nome, o autor assinou um único romance, publicado em 26 capítulos diários, no ano de 1949. A mulher que amou demais conta a história de Lúcia, que às vésperas do casamento se vê apaixonada por outro homem. O romance é um folhetim típico, com todo o arsenal de recursos para atrair e prender a atenção do leitor: trama rocambolesca, mistério, crime, amnésia e muita paixão. "Eu sou uma mulher e é para mulheres que me volto, com toda a simpatia humana. É, sobretudo, para as que são infelizes, para as que amam e sofrem e se debatem num mundo de perplexidades cruéis".
Narrada com uma linguagem oral e dinâmica, a história, passada em apenas um dia - o dia anterior ao casamento de Lucia e Paulo - prende o leitor até a última linha. Esta edição conta com prefácios da jornalista e escritora Bruna Maia e do crítico literário e professor Luis Augusto Fischer. Compre o livro "A Mulher que Amou Demais" neste link.
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