sábado, 6 de maio de 2023

.: Crítica: "Skinamarink: Canção de Ninar" é originalmente perturbador

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em maio de 2023


Uma noite de assassinatos, um pesadelo ou a manifestação de almas infantis?! "Skinamarink: Canção de Ninar", com direção e roteiro de Kyle Edward Ball, provoca na forma inovadora de apresentar uma história de terror que permite variadas interpretações quando duas crianças despertam e percebem que o pai simplesmente sumiu, assim como janelas e portas do lugar, ou seja, o que estava ali não existe mais. Sozinhos, pegam brinquedos e começam a assistir alguns desenhos animados.

"Skinamarink: Canção de Ninar" é ousado ao construir tensão em todo o filme, mesmo usando cenas paradas focadas em um canto de um quarto ou no chão, deixando a sensação de ser uma versão estendida do vídeo amaldiçoado do espírito vingativo que conhecemos na franquia "O Chamado": Samara. O diferencial é que neste, quem assiste precisa investigar e conectar os pontos entre partes de diálogos em meio a sons indistintos.

Todavia, "Skinamarink: Canção de Ninar" mais combina com o fluxo de pensamento da fase da vida de uma criança que, com seu amigo imaginário, tenta relutar contra medos obscuros quando não tem junto seus pais. E, apesar de todo o pavor, mantém seus olhos abertos para enfrentar o que possa aparecer -seja real ou inventado.

O longa distribuído pela A2 Filmes é original na construção, o que chega a remeter ao revolucionário "A Bruxa de Blair", lançado em 1999. De fato, a criatividade em ação para um filme de baixo orçamento não deixa a desejar, uma vez que trabalha a imersão do público, como se fosse mais alguém ali, naquele lugar de pouca luz, com definição estourada, vulnerável ao que possa acontecer de pior. Aos fãs do gênero, "Skinamarink: Canção de Ninar" é um filme indispensável!




0 comments:

Postar um comentário

Deixe-nos uma mensagem.

Tecnologia do Blogger.