Espetáculo dirigido por Rita Elmôr e protagonizado por Samara Felippo e Carolinie Figueiredo investiga a transformação vivida pelas mulheres na maternidade. Foto: divulgação.
Cômica e dramática como a própria vida de mãe, a peça acompanha a trajetória do renascimento da mulher após a maternidade. Indicada para mulheres, mães, homens e todos que são filhos, a montagem aborda de forma sensível, bem-humorada e sarcástica – como a própria vida das mães – o cotidiano e os dilemas do universo da maternidade, além da trajetória de renascimento da mulher com a chegada desse momento.
O trabalho busca desconstruir e convidar as mulheres a pensarem na maternidade fora dos rótulos a partir de temas como gravidez, puerpério, criação, aceitação do corpo pós-filhos e o encontro de sua nova identidade como mulher.
“Eu renasci com a maternidade. Saí de uma zona de conforto e encontrei minha força e sentido na vida. Fui atrás da desconstrução para me reconstruir junto com minhas filhas. Nessa peça, quero trazer a transformação que é, em qualquer vida, a chegada de uma criança. Quero poder ecoar a voz dessas mães, mulheres, e até pais, que buscam diariamente fazer o seu melhor na criação dos filhos. Desde que minha filha, menina negra, questionou a beleza do seu cabelo, minha vida tomou outro rumo. Fui ao encontro de um mundo racista, cruel e covarde em busca de soluções e acolhimento.”, conta a atriz r Samara Felippo, mãe de duas meninas negras e criadora do canal no YouTube “Muito Além de cachos”.
No processo criativo, que durou o tempo de uma gestação, as três artistas levaram para a sala de ensaio suas vivências e memórias, fazendo emergir questões femininas que, muitas vezes, são silenciadas por padrões impostos pela sociedade. A criação do trabalho também simbolizou para elas um processo de cura, pois puderam revisitar suas relações com a maternidade e a ancestralidade. E, para trazer outras vozes para a cena, a peça ainda conta com outros depoimentos de mulheres que tiveram suas vidas transformadas quando se tornaram mães. São muitas as mães com quem a peça dialoga: jovens, maduras, solteiras, casadas, dependentes e independentes, presentes e ausentes.
Sobre as mudanças na vida ao se tornar mãe, a atriz e terapeuta Carolinie Figueiredo compartilha: “A maternidade mudou completamente minha vida, inclusive no campo profissional. Eu precisei passar por um profundo processo de redefinição de valores após a chegada dos filhos. É preciso sair do automatismo de repetir com os filhos aquilo que recebemos na infância como forma de educar. O mundo mudou, as crianças mudaram e a nossa geração precisa refletir sobre uma parentalidade mais consciente.”
O espetáculo fez sua pré-estreia no final de 2019, em São José dos Campos (SP), e devido a lotação, retornou semanas depois. Em 2020 e 2021, participou de lives e exibições online, além de participar da FITA - Festa Internacional de Teatro de Angra dos Reis, sendo o maior público presencial e online do festival.
A estreia oficial foi em janeiro de 2022, no Rio de Janeiro, numa curta temporada de 1 mês no Teatro XP, no Jockey Club da Gávea, com lotação de 366 lugares. Após, desembarcou em São Paulo para uma temporada de 2 meses no Teatro Nair Bello, no Shopping Frei Caneca, na Consolação, espaço com lotação de 201 lugares.
Ficha técnica
Texto: Carolinie Figueiredo, Rita Elmôr e Samara Felippo
Elenco: Carolinie Figueiredo e Samara Felippo
Direção, cenografia e trilha sonora: Rita Elmôr
Produção executiva: Rafael Salmona
Figurino: Mel Akerman e Mônica Xavier
Iluminação: Paulo Cesar Medeiros
Projeto gráfico: Raquel Alvarenga
Serviço
Mulheres que Nascem com os Filhos
Apresentações: 31 de março a 2 de abril, na sexta e no sábado, às 20h, e no domingo, às 19h
Teatro MorumbiShopping - Av. Roque Petroni Jr., 1089 Piso Superior G1, 0 - Jardim das Acácias,
Ingressos: Inteira R$ 80,00 e meia entrada R$ 40,00
Vendas online pelo site https://teatromorumbishopping.com.br/mulheres-que-nascem-com-os-filhos/
Capacidade: 250 lugares
Classificação: 12 anos
Duração: 60 minutos
Acessibilidade: O teatro é acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.
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