segunda-feira, 20 de março de 2023

.: Entrevista: Elísio Lopes Jr. fala sobre as emoções da nova novela das seis


Autor de "Amor Perfeito" conta sobre o que o público pode esperar da próxima novela das seis. Na imagem, 
Elisio Lopes Jr., Duca Rachid e Júlio Fisher. Foto: Globo/Paulo Belote

Nesta segunda-feira, dia 20 de março, começa "Amor Perfeito", a próxima novela das seis. E o autor Elísio Lopes Jr. fala sobre as emoções e  tramas que prometem fazer da cidade fictícia de Águas de São Jacinto um lugar onde o mais sublime dos sentimentos transborda em suas variadas formas. Confira abaixo a entrevista. Ele divide a autoria com Duca Rachid e Júlio Fischer.

A nova novela apresenta uma história sobre o mais sublime dos sentimentos - o amor e suas diferentes manifestações. A trama se passa nas décadas de 1930 e 1940 em Águas de São Jacinto, uma fictícia cidade do interior de Minas Gerais, e é livremente inspirada na obra “Marcelino Pão e Vinho”, de José María Sánchez Silva, publicada pela primeira vez no começo dos anos 50.

Elísio Lopes Jr. é roteirista, dramaturgo e diretor artístico, nascido em Salvador (BA), com atuação em teatro, televisão e cinema. Tem em seu currículo mais de 30 textos teatrais montados no Brasil, entre eles, o musical “Dona Ivone Lara - Um Sorriso Negro” (2019) e o drama “Liberté” (2022). No cinema é um dos roteiristas de “Medida Provisória” (2020) e “Ó Paí Ó 2”, com estreia prevista para 2023.

Na TV Globo, assinou a redação final do programa "Lazinho com Você" (2017) e roteiros de programas como "Esquenta" (2011). No Canal Brasil, assinou também roteiros do programa "Espelho" (2005). Fez consultoria para os roteiros das séries "Filhos da Pátria" (2017), de Bruno Mazzeo, e "Fim", de Fernanda Torres. Assinou ainda o roteiro da série ficcional "Papo de Moleque" (2013), na TV Brasil. Na literatura tem três livros publicados: “Carne Fraca” (1998), “Trilogia da Noite” (2017) e “Monocontos - Histórias Para Ler e Encenar” (2021). Confira abaixo a entrevista.


Como vocês chegaram nessa configuração da Irmandade dos Clérigos de São Jacinto?   
Elísio Lopes Jr. - Amor e diversidade: é um exercício, o tempo todo, de amor.   

Em "Amor Perfeito" teremos um núcleo cômico ou isso vai passear por diversos personagens?   
Elísio Lopes Jr. - A Ione (Carol Badra), que acaba indo para o lirismo também. Isso responde um pouco da questão da brasilidade. A gente é um povo que tropeça e ri de si mesmo, levanta e vai. Esse humor está espalhado na novela, uma hora você está rindo, outra hora chorando, aí você se emociona e você se aborrece. Não vejo o humor num lugar só. Até os vilões têm cenas engraçadas.


O que vocês destacariam como diferencial dessa novela?
Elísio Lopes Jr. - A gente tem um desejo, sempre que está escrevendo, de que a novela seja brasileira. É uma história universal que trata de fé, trata de amor de mãe e filho, mas ela está sempre contada no Brasil e num dos “ brasis" que não foi muito visto, principalmente nessa época e nesse tempo. Trazer essa história para esse universo de um Brasil de época, que ainda não é tão conhecido pelo espectador, gera, inclusive, uma inversão de expectativa de alguma forma. Você espera ver as pessoas num enquadramento, numa forma, e elas vão vir com outras cores, com outras formas, com sotaque, contando essa história de um jeito que ainda não é tão comum.


O que significa para vocês estarem nesse projeto? Quais as expectativas?
Elísio Lopes Jr. - A Duca (Rachid) foi a minha supervisora numa série que eu estava escrevendo ano passado e, quando a gente começou a trabalhar juntos, não parecia trabalho. A gente trocava muito no processo, foi algo tão fluido e tão amoroso, eu me senti muito livre para criar e colocar as minhas ideias. E aí ela me chamou para a novela, eu não conhecia o Júlio ainda. No finalzinho de março de 2022 a gente começou a se encontrar, e de sábado para domingo, quando temos a lacuna dos encontros, eu sinto uma falta. Eu me emociono muito com isso porque eu tenho uma reverência muito grande por quem veio antes, isso não tem preço. O Júlio (Fisher) é um poço de conteúdos, cada lugar que você puxa ele traz uma referência, sempre tem uma coisa para te agregar. E a Duca tem uma mão de te puxar de onde está e te colocar mais para cima, que é sobrenatural. Eu me sinto num lugar de aprendizado, com muito respeito, que não é tão simples de encontrar.

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